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APLICAÇÃO DE ALGUNS MÉTODOS NUMÉRICOS DE
               RUNGE-KUTTA
NA RESOLUÇÃO DE UMA EQUAÇÃO DIFERENCIAL
  ORDINÁRIA REFERENTE AO PROBLEMA DO
      RESFRIAMENTO DE NEWTON


                    RODRIGO ROMAIS
           Departamento de Matemática – UNEMAT/Sinop
                    r.romais@gmail.com
Equações Diferenciais
 Uma equação diferencial é uma igualdade que envolve uma função de uma
  ou mais variáveis e suas derivadas até determinada ordem.

 Pode ser encontrada em aplicações como reações químicas, decaimento
  radioativo e corpos em queda.

 Nem toda equação diferencial apresenta solução analítica. Para se
  contornar esta problemática, surgem os métodos numéricos.

 Em se tratando da resolução de EDO´s de primeira ordem, destacam-se os
  Métodos de Runge-Kutta, devido à relativa facilidade de obtenção dos seus
  algoritmos.
Problema Modelo
  O problema modelo é governado por uma equação diferencial linear de
  primeira ordem. Uma equação diferencial de primeira ordem é toda
  equação do tipo:

                                                          (1)


em que:
          - função incógnita ou solução da EDO;
          - derivada da função incógnita;
          - função da variável independente ;
          - função da variável independente .
Problema Modelo




                Figura 1 - Representação do problema modelo


   A lei do resfriamento de Newton é contemplada pela equação:

                                                              (2)
Problema Modelo
 A barra de ferro é aquecida em 60ºC, consequentemente submergido em
  um recipiente termicamente controlado à 5ºC. No decorrer de 10 minutos
  a temperatura da barra cai para 40ºC. Qual será a temperatura da barra no
  decorrer de 22 minutos.

 Caracterizado um Problema de Valor Inicial(PVI), segue algumas
  condições iniciais:
Resolução Analítica
Da equação (1) e (2):
                                                               (3)

Fazendo analogia entre as equações (1) e (3):

                                                               (4)
                                                               (5)

A solução da equação (2), segundo a técnica do fator integrante é expressa
pela equação (6):
                                                               (6)


Conhecido o fator integrante U(t):
                                                               (7)
Resolução Analítica
Substituindo as equações (4), (5) e (7) na equação (6) :




com:


Assim:




                                                           (8)
.
    Resolução Analítica
    A equação (8) é a solução geral da EDO. Como condição inicial admitimos que
    Quando o tempo é igual à zero, a temperatura do corpo é To, e dessa forma, a
    solução particular da equação (2) fica expressa por:



    Substituindo na equação (8):




    Encontra-se a solução particular para o problema:
                                                                     (9)
Resolução Analítica
Do problema modelo é conhecido que a temperatura inicial do corpo To e
que a sua temperatura após 10 minutos é de                         , pode-se
agora encontrar o valor da constante k, assim como expressa a Equação (10) :
Resolução Analítica
Então, a expressão de k fica expressa:
                                                                   (10)


Conhecido o valor de k, a função Temperatura do corpo fica expressa pela
equação (11):

                                                                   (11)
                                         +   .


A equação (11) também pode ser representada da seguinte maneira:
Resolução Analítica


Sabendo que:




Então a função Temperatura da barra fica limitada à Temperatura do
Ambiente:
Resolução Analítica
A Figura 2 representa a variação da temperatura da barra de ferro ao longo
do tempo.




            Figura 2 - Variação de temperatura do corpo (problema modelo).

Para o instante t=22 minutos, a temperatura do corpo segundo a equação
(11), é de T(t=22)=25.347659907ºC
Métodos Numéricos de Runge-Kutta
 Basicamente, o desenvolvimento e consequentemente, a melhoria das
  aproximações de métodos numéricos aplicados a resolução de equações
  diferenciais ordinárias fundamentam-se em séries de Taylor, cuja melhoria
  das aproximações ficam atreladas ao termo do truncamento da mesma.

 Os Métodos de Runge-Kutta evitam essas dificuldades algébricas,
  utilizando expressões menos “complicadas” e fornecendo precisão igual ao
  da expansão da série de Taylor de mesma ordem.
Métodos Numéricos de Runge-Kutta
A expressão geral do Método de Runge-Kutta de ordem m, é expressa pela
equação (12):

                                                                       (12)


Com i variando de 0 a n-1. Em que:
         Constantes para cada método de ordem m




Sendo pj e r j,l , constantes para cada método de ordem m, para j>1.
Runge-Kutta de 1ª Ordem
Seja a EDO y’=f(x,y), com condições iniciais x e y . Deseja-se obter y=f(x), para
                                              0   0


que x=x.

                                                                       (13)



       Constante para o método de ordem 1
Representação Geométrica de Runge-Kutta
A Figura 3 representa o comportamento do método numérico para três
partições de domínio, h=3.




         Figura 3 – Método de Euler de 1ª Ordem para três partições de domínio
Representação Geométrica de Runge-Kutta
A Figura 4 representa o comportamento do método numérico para cinco
partições de domínio, h=5.




         Figura 4 – Método de Euler de 1ª Ordem para cinco partições de domínio
Runge-Kutta de 2ª Ordem
De maneira análoga, a expressão para Runge-Kutta de 2ª Ordem fica expresso
pela equação (14):

                                                                 (14)


Onde:
Runge-Kutta de 3ª Ordem
A expressão para Runge-Kutta de 3ª Ordem fica expresso pela equação (15):


                                                                  (15)


Onde:
Runge-Kutta de 4ª Ordem
A expressão para Runge-Kutta de 4ª Ordem fica expresso pela equação (16):


                                                                  (16)


Onde:
Runge-Kutta de 5ª Ordem
Por fim, a expressão de Runge-Kutta de 5ª Ordem, fica expresso pela equação
(17):

                                                                  (17)


Onde:
Resolução Aproximada
Para a verificação do erro gerado em ambas aproximações, utiliza-se a
medida de erro percentual relativo, assim como expressa a equação (18):


                                                            (18)



Onde:
        - Solução Analítica do Problema Modelo
        - Solução Aproximada obtida pele Método Numérico
Resolução Aproximada
Para a verificação das aproximações segundo as versões de Runge-Kutta,
Serão utilizadas respectivamente 5, 10 e 20 partições no intervalo do
problema modelo que varia de 10 a 22 minutos, lembrando que temperatura
de interesse é referente ao tempo de 22 min.


                       SAN = T(t=22)=25.347659907ºC
Aproximações com 5 partições de Domínio

     Tabela 1 - Aproximações para cinco partições e o erro encontrado.

    Xn       1ª Ordem       2ª Ordem       3ª Ordem       4ª Ordem       5ª Ordem
    10      40,000000000   40,000000000   40,000000000   40,000000000   40,000000000
   12,4     36,203324961   36,073153245   36,401803839   36,402005767   36,402001476
   14,8     32,818499674   32,885269528   33,173522409   33,173884749   33,173877048
   17,2     29,800848150   30,024439925   30,277126404   30,277614039   30,277603675
   19,6     27,110540689   27,457111019   27,678496141   27,679079482   27,679067083
    22      24,712068176   25,153171732   25,347019634   25,347673848   25,347659943

  Erro(%)   2,507496680    0,767282567    0,002525967    0,000054999    0,000000142
Aproximações com 5 partições de Domínio

O gráfico da Figura 5 ilustra a forma como as aproximações são realizadas
para ambos os métodos.




 O gráfico da Figura 5 ilustra a forma como as aproximações são realizadas para ambos os métodos.
Aproximações com 10 partições de Domínio

         Tabela 2 - Aproximações para dez partições e o erro encontrado.

    Xn         1ª Ordem       2ª Ordem       3ª Ordem       4ª Ordem       5ª Ordem
    10        40,000000000   40,000000000   40,000000000   40,000000000   40,000000000
   11,2       38,101662480   38,069119551   38,152212950   38,152225570   38,152225435
   12,4       36,306287399   36,324150643   36,401977813   36,402001722   36,402001465
   13,6       34,608290257   34,671259072   34,744144443   34,744178412   34,744178047
   14,8       33,002389448   33,105586165   33,173834588   33,173877489   33,173877028
    16        31,483589833   31,622529625   31,686427539   31,686478334   31,686477789
   17,2       30,047167198   30,217730008   30,277546532   30,277604269   30,277603649
   18,4       28,688653562   28,887057907   28,943045871   28,943109674   28,943108989
   19,6       27,403823281   27,626601810   27,678998725   27,679067794   27,679067052
   20,8       26,188679900   26,432656607   26,481685578   26,481759177   26,481758387
    22        25,039443727   25,301712695   25,347583280   25,347660740   25,347659908
  Erro(%)     1,215955165    0,181268062    0,000302306    0,000003285    0,000000004
Aproximações com 10 partições de Domínio

O gráfico da Figura 6 ilustra a forma como as aproximações são realizadas
para ambos os métodos.




 O gráfico da Figura 6 ilustra a forma como as aproximações são realizadas para ambos os métodos.
Aproximações com 20 partições de Domínio
    Tabela 3 - Aproximações para vinte partições e o erro encontrado.
        Xn      1ª Ordem       2ª Ordem       3ª Ordem       4ª Ordem       5ª Ordem
        10    40,000000000   40,000000000   40,000000000   40,000000000   40,000000000
       10,6   39,050831240   39,042695508   39,063585201   39,063585990   39,063585986
       11,2   38,127403090   38,132006273   38,152223907   38,152225443   38,152225434
       11,8   37,229017487   37,245679237   37,265245819   37,265248061   37,265248049
       12,4   36,354995299   36,383062675   36,401998572   36,402001480   36,402001465
        13    35,504675814   35,543522301   35,561847252   35,561850791   35,561850772
       13,6   34,677416233   34,726440794   34,744173937   34,744178069   34,744178047
       14,2   33,872591194   33,931217348   33,948377232   33,948381925   33,948381899
       14,8   33,089592292   33,157267231   33,173871837   33,173877056   33,173877028
       15,4   32,327827621   32,404021351   32,420088108   32,420093822   32,420093791
        16    31,586721328   31,670925841   31,686471642   31,686477822   31,686477788
       16,6   30,865713176   30,957441650   30,972482871   30,972489487   30,972489451
       17,2   30,164258122   30,263044150   30,277596662   30,277603686   30,277603648
       17,8   29,481825903   29,587222744   29,601301931   29,601309337   29,601309297
       18,4   28,817900636   28,929480496   28,943101268   28,943109030   28,943108988
        19    28,171980430   28,289333764   28,302510572   28,302518666   28,302518623
       19,6   27,543577004   27,666311844   27,679058694   27,679067096   27,679067051
       20,2   26,932215317   27,059956622   27,072287089   27,072295777   27,072295731
       20,8   26,337433214   26,469822242   26,481749481   26,481758435   26,481758386
       21,4   25,758781071   25,895474773   25,907011534   25,907020733   25,907020683
        22    25,195821457   25,336491895   25,347650535   25,347659958   25,347659907
      Erro(%) 0,599023543 0,044059342 0,000036976 0,000000201                  0
Aproximações com 20 partições de Domínio

O gráfico da Figura 7 ilustra a forma como as aproximações são realizadas
para ambos os métodos.




 O gráfico da Figura 7 ilustra a forma como as aproximações são realizadas para ambos os métodos.
Conclusões
 O método de Runge-Kutta mostra-se como forma alternativa de resolução
  de equações diferenciais ordinárias de primeira ordem, sendo de
  fundamental importância em se tratando de problemas desprovidos de
  solução analítica.

 É importante destacar que, em se tratando de problemas sem soluções
  analíticas conhecidas, a solução do problema para algum valor de domínio
  de interesse é encontrada quando a diferença entre dois valores sucessivos
  calculados sobre o mesmo ponto para várias malhas (com aumento
  progressivo) é menor que uma tolerância (erro) pré-estabelecida.
Conclusões
 Como era de se esperar, os resultados advindos das versões de Runge-
  Kutta de 5a ordem aplicados na resolução do problema modelo,
  independente da malha, mostrou ser o mais preciso dentre os demais.

 Para finalizar, a utilização de um Método de Runge-Kutta de 1a ordem pode
  apresentar resultados satisfatórios a medida em que a malha do problema
  é aumentada, o que acarreta em um número maior de iterações e
  consequentemente, em trabalho computacional maior.
Referências
 BOYCE, W. E.; Di PRIMA, R. C. “Equações Diferenciais Elementares e
  Problemas de Valores de Contorno”. 5ª Ed. Rio de Janeiro. Guanabara
  Koogan, 1994.

 ROMAIS, R.; BENETTI, D.; CHRISTOFORO, A. L; REIS Jr, D. V. “ Aplicação de
  Alguns Métodos de Runge-Kutta na Resolução de equações diferenciais
  ordinárias”. II Encontro Regional de Matemática Aplicada e Computacional
  da Região Centro-Oeste, UNEMAT, Sinop – MT, 2009.

 RUGGIERO, M.A.G.; LOPES, V.L.R. “Cálculo Numérico: Aspectos teóricos e
  computacionais”. 2° ed. São Paulo. Pearson Makron Books, 1996.

 ZILL, D.G. “Equações Diferenciais com Aplicações em Modelagem”. 1ª Ed.
  São Paulo. Thomson, 2003.

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Aplicação de métodos numéricos de Runge-Kutta na resolução de EDO

  • 1. APLICAÇÃO DE ALGUNS MÉTODOS NUMÉRICOS DE RUNGE-KUTTA NA RESOLUÇÃO DE UMA EQUAÇÃO DIFERENCIAL ORDINÁRIA REFERENTE AO PROBLEMA DO RESFRIAMENTO DE NEWTON RODRIGO ROMAIS Departamento de Matemática – UNEMAT/Sinop r.romais@gmail.com
  • 2. Equações Diferenciais  Uma equação diferencial é uma igualdade que envolve uma função de uma ou mais variáveis e suas derivadas até determinada ordem.  Pode ser encontrada em aplicações como reações químicas, decaimento radioativo e corpos em queda.  Nem toda equação diferencial apresenta solução analítica. Para se contornar esta problemática, surgem os métodos numéricos.  Em se tratando da resolução de EDO´s de primeira ordem, destacam-se os Métodos de Runge-Kutta, devido à relativa facilidade de obtenção dos seus algoritmos.
  • 3. Problema Modelo O problema modelo é governado por uma equação diferencial linear de primeira ordem. Uma equação diferencial de primeira ordem é toda equação do tipo: (1) em que: - função incógnita ou solução da EDO; - derivada da função incógnita; - função da variável independente ; - função da variável independente .
  • 4. Problema Modelo Figura 1 - Representação do problema modelo A lei do resfriamento de Newton é contemplada pela equação: (2)
  • 5. Problema Modelo  A barra de ferro é aquecida em 60ºC, consequentemente submergido em um recipiente termicamente controlado à 5ºC. No decorrer de 10 minutos a temperatura da barra cai para 40ºC. Qual será a temperatura da barra no decorrer de 22 minutos.  Caracterizado um Problema de Valor Inicial(PVI), segue algumas condições iniciais:
  • 6. Resolução Analítica Da equação (1) e (2): (3) Fazendo analogia entre as equações (1) e (3): (4) (5) A solução da equação (2), segundo a técnica do fator integrante é expressa pela equação (6): (6) Conhecido o fator integrante U(t): (7)
  • 7. Resolução Analítica Substituindo as equações (4), (5) e (7) na equação (6) : com: Assim: (8)
  • 8. . Resolução Analítica A equação (8) é a solução geral da EDO. Como condição inicial admitimos que Quando o tempo é igual à zero, a temperatura do corpo é To, e dessa forma, a solução particular da equação (2) fica expressa por: Substituindo na equação (8): Encontra-se a solução particular para o problema: (9)
  • 9. Resolução Analítica Do problema modelo é conhecido que a temperatura inicial do corpo To e que a sua temperatura após 10 minutos é de , pode-se agora encontrar o valor da constante k, assim como expressa a Equação (10) :
  • 10. Resolução Analítica Então, a expressão de k fica expressa: (10) Conhecido o valor de k, a função Temperatura do corpo fica expressa pela equação (11): (11) + . A equação (11) também pode ser representada da seguinte maneira:
  • 11. Resolução Analítica Sabendo que: Então a função Temperatura da barra fica limitada à Temperatura do Ambiente:
  • 12. Resolução Analítica A Figura 2 representa a variação da temperatura da barra de ferro ao longo do tempo. Figura 2 - Variação de temperatura do corpo (problema modelo). Para o instante t=22 minutos, a temperatura do corpo segundo a equação (11), é de T(t=22)=25.347659907ºC
  • 13. Métodos Numéricos de Runge-Kutta  Basicamente, o desenvolvimento e consequentemente, a melhoria das aproximações de métodos numéricos aplicados a resolução de equações diferenciais ordinárias fundamentam-se em séries de Taylor, cuja melhoria das aproximações ficam atreladas ao termo do truncamento da mesma.  Os Métodos de Runge-Kutta evitam essas dificuldades algébricas, utilizando expressões menos “complicadas” e fornecendo precisão igual ao da expansão da série de Taylor de mesma ordem.
  • 14. Métodos Numéricos de Runge-Kutta A expressão geral do Método de Runge-Kutta de ordem m, é expressa pela equação (12): (12) Com i variando de 0 a n-1. Em que: Constantes para cada método de ordem m Sendo pj e r j,l , constantes para cada método de ordem m, para j>1.
  • 15. Runge-Kutta de 1ª Ordem Seja a EDO y’=f(x,y), com condições iniciais x e y . Deseja-se obter y=f(x), para 0 0 que x=x. (13) Constante para o método de ordem 1
  • 16. Representação Geométrica de Runge-Kutta A Figura 3 representa o comportamento do método numérico para três partições de domínio, h=3. Figura 3 – Método de Euler de 1ª Ordem para três partições de domínio
  • 17. Representação Geométrica de Runge-Kutta A Figura 4 representa o comportamento do método numérico para cinco partições de domínio, h=5. Figura 4 – Método de Euler de 1ª Ordem para cinco partições de domínio
  • 18. Runge-Kutta de 2ª Ordem De maneira análoga, a expressão para Runge-Kutta de 2ª Ordem fica expresso pela equação (14): (14) Onde:
  • 19. Runge-Kutta de 3ª Ordem A expressão para Runge-Kutta de 3ª Ordem fica expresso pela equação (15): (15) Onde:
  • 20. Runge-Kutta de 4ª Ordem A expressão para Runge-Kutta de 4ª Ordem fica expresso pela equação (16): (16) Onde:
  • 21. Runge-Kutta de 5ª Ordem Por fim, a expressão de Runge-Kutta de 5ª Ordem, fica expresso pela equação (17): (17) Onde:
  • 22. Resolução Aproximada Para a verificação do erro gerado em ambas aproximações, utiliza-se a medida de erro percentual relativo, assim como expressa a equação (18): (18) Onde: - Solução Analítica do Problema Modelo - Solução Aproximada obtida pele Método Numérico
  • 23. Resolução Aproximada Para a verificação das aproximações segundo as versões de Runge-Kutta, Serão utilizadas respectivamente 5, 10 e 20 partições no intervalo do problema modelo que varia de 10 a 22 minutos, lembrando que temperatura de interesse é referente ao tempo de 22 min. SAN = T(t=22)=25.347659907ºC
  • 24. Aproximações com 5 partições de Domínio Tabela 1 - Aproximações para cinco partições e o erro encontrado. Xn 1ª Ordem 2ª Ordem 3ª Ordem 4ª Ordem 5ª Ordem 10 40,000000000 40,000000000 40,000000000 40,000000000 40,000000000 12,4 36,203324961 36,073153245 36,401803839 36,402005767 36,402001476 14,8 32,818499674 32,885269528 33,173522409 33,173884749 33,173877048 17,2 29,800848150 30,024439925 30,277126404 30,277614039 30,277603675 19,6 27,110540689 27,457111019 27,678496141 27,679079482 27,679067083 22 24,712068176 25,153171732 25,347019634 25,347673848 25,347659943 Erro(%) 2,507496680 0,767282567 0,002525967 0,000054999 0,000000142
  • 25. Aproximações com 5 partições de Domínio O gráfico da Figura 5 ilustra a forma como as aproximações são realizadas para ambos os métodos. O gráfico da Figura 5 ilustra a forma como as aproximações são realizadas para ambos os métodos.
  • 26. Aproximações com 10 partições de Domínio Tabela 2 - Aproximações para dez partições e o erro encontrado. Xn 1ª Ordem 2ª Ordem 3ª Ordem 4ª Ordem 5ª Ordem 10 40,000000000 40,000000000 40,000000000 40,000000000 40,000000000 11,2 38,101662480 38,069119551 38,152212950 38,152225570 38,152225435 12,4 36,306287399 36,324150643 36,401977813 36,402001722 36,402001465 13,6 34,608290257 34,671259072 34,744144443 34,744178412 34,744178047 14,8 33,002389448 33,105586165 33,173834588 33,173877489 33,173877028 16 31,483589833 31,622529625 31,686427539 31,686478334 31,686477789 17,2 30,047167198 30,217730008 30,277546532 30,277604269 30,277603649 18,4 28,688653562 28,887057907 28,943045871 28,943109674 28,943108989 19,6 27,403823281 27,626601810 27,678998725 27,679067794 27,679067052 20,8 26,188679900 26,432656607 26,481685578 26,481759177 26,481758387 22 25,039443727 25,301712695 25,347583280 25,347660740 25,347659908 Erro(%) 1,215955165 0,181268062 0,000302306 0,000003285 0,000000004
  • 27. Aproximações com 10 partições de Domínio O gráfico da Figura 6 ilustra a forma como as aproximações são realizadas para ambos os métodos. O gráfico da Figura 6 ilustra a forma como as aproximações são realizadas para ambos os métodos.
  • 28. Aproximações com 20 partições de Domínio Tabela 3 - Aproximações para vinte partições e o erro encontrado. Xn 1ª Ordem 2ª Ordem 3ª Ordem 4ª Ordem 5ª Ordem 10 40,000000000 40,000000000 40,000000000 40,000000000 40,000000000 10,6 39,050831240 39,042695508 39,063585201 39,063585990 39,063585986 11,2 38,127403090 38,132006273 38,152223907 38,152225443 38,152225434 11,8 37,229017487 37,245679237 37,265245819 37,265248061 37,265248049 12,4 36,354995299 36,383062675 36,401998572 36,402001480 36,402001465 13 35,504675814 35,543522301 35,561847252 35,561850791 35,561850772 13,6 34,677416233 34,726440794 34,744173937 34,744178069 34,744178047 14,2 33,872591194 33,931217348 33,948377232 33,948381925 33,948381899 14,8 33,089592292 33,157267231 33,173871837 33,173877056 33,173877028 15,4 32,327827621 32,404021351 32,420088108 32,420093822 32,420093791 16 31,586721328 31,670925841 31,686471642 31,686477822 31,686477788 16,6 30,865713176 30,957441650 30,972482871 30,972489487 30,972489451 17,2 30,164258122 30,263044150 30,277596662 30,277603686 30,277603648 17,8 29,481825903 29,587222744 29,601301931 29,601309337 29,601309297 18,4 28,817900636 28,929480496 28,943101268 28,943109030 28,943108988 19 28,171980430 28,289333764 28,302510572 28,302518666 28,302518623 19,6 27,543577004 27,666311844 27,679058694 27,679067096 27,679067051 20,2 26,932215317 27,059956622 27,072287089 27,072295777 27,072295731 20,8 26,337433214 26,469822242 26,481749481 26,481758435 26,481758386 21,4 25,758781071 25,895474773 25,907011534 25,907020733 25,907020683 22 25,195821457 25,336491895 25,347650535 25,347659958 25,347659907 Erro(%) 0,599023543 0,044059342 0,000036976 0,000000201 0
  • 29. Aproximações com 20 partições de Domínio O gráfico da Figura 7 ilustra a forma como as aproximações são realizadas para ambos os métodos. O gráfico da Figura 7 ilustra a forma como as aproximações são realizadas para ambos os métodos.
  • 30. Conclusões  O método de Runge-Kutta mostra-se como forma alternativa de resolução de equações diferenciais ordinárias de primeira ordem, sendo de fundamental importância em se tratando de problemas desprovidos de solução analítica.  É importante destacar que, em se tratando de problemas sem soluções analíticas conhecidas, a solução do problema para algum valor de domínio de interesse é encontrada quando a diferença entre dois valores sucessivos calculados sobre o mesmo ponto para várias malhas (com aumento progressivo) é menor que uma tolerância (erro) pré-estabelecida.
  • 31. Conclusões  Como era de se esperar, os resultados advindos das versões de Runge- Kutta de 5a ordem aplicados na resolução do problema modelo, independente da malha, mostrou ser o mais preciso dentre os demais.  Para finalizar, a utilização de um Método de Runge-Kutta de 1a ordem pode apresentar resultados satisfatórios a medida em que a malha do problema é aumentada, o que acarreta em um número maior de iterações e consequentemente, em trabalho computacional maior.
  • 32. Referências  BOYCE, W. E.; Di PRIMA, R. C. “Equações Diferenciais Elementares e Problemas de Valores de Contorno”. 5ª Ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 1994.  ROMAIS, R.; BENETTI, D.; CHRISTOFORO, A. L; REIS Jr, D. V. “ Aplicação de Alguns Métodos de Runge-Kutta na Resolução de equações diferenciais ordinárias”. II Encontro Regional de Matemática Aplicada e Computacional da Região Centro-Oeste, UNEMAT, Sinop – MT, 2009.  RUGGIERO, M.A.G.; LOPES, V.L.R. “Cálculo Numérico: Aspectos teóricos e computacionais”. 2° ed. São Paulo. Pearson Makron Books, 1996.  ZILL, D.G. “Equações Diferenciais com Aplicações em Modelagem”. 1ª Ed. São Paulo. Thomson, 2003.