O documento descreve a anatomia e funções dos núcleos da base. Apresenta os principais núcleos (caudado, putâmen e globo pálido), suas conexões no controle motor e implicações em distúrbios como Parkinson. Também menciona o corpo estriado ventral e a substância inonimada associada ao núcleo de Meynert e suas funções cognitivas.
2. INTRODUÇÃO
• Geralmente são considerados como ‘núcleos da base’ os núcleos
caudado, putâmen, globo pálido, claustro e amigdalóide.
• Alguns autores incluem a substância negra e o núcleo subtalâmico.
• Trataremos basicamente dos núcleos caudado, putâmen e globo
pálido.
• Conexões da substância negra e do núcleo subtalâmico com os
núcleos da base.
• Abordaremos ainda a substância inonimada e o núcleo basal de
Meynert.
3. CORPO ESTRIADO
• I – Estrutura e divisões:
• Pode ser dividido em um Striatum (caudado e
putâmen – semelhanças histológicas) e um pallidum
(globo pálido).
• Em cortes anatômicos, entretanto, percebemos que
o putâmen está mais ligado ao globo pálido,
formando uma unidade denominada lentiforme.
• O núcleo lentiforme está separado do caudado pela
cápsula interna.
4. CORPO ESTRIADO
• Núcleo caudado Striatum
• Corpo estriado Putâmen
• Núcleo lentiforme
• Globo pálido - Pallidum
• Além desse esquema clássico, temos também o conceito de corpo estriado
ventral.
5. CORPO ESTRIADO
• II – Conexões:
• As principais conexões são o córtex cerebral, a
substância negra, o subtálamo e o tálamo.
• As fibras aferentes, em sua maioria, chegam ao
caudado e ao putâmen e, posteriormente, são
enviadas ao globo pálido, de onde partem as
fibras eferentes.
7. CORPO ESTRIADO
• III – Considerações Funcionais.
• O controle da motricidade parece ser a principal função do
corpo estriado.
• Disfunção do tônus muscular, aparecimento de movimentos
anormais e distúrbios de iniciação do movimento são
sintomas habituais nas lesões dos núcleos da base.
• Algumas síndromes clínicas como o parkinsonismo, a coréia e
a atetose são resultados desse mau funcionamento e podem
nos ajudar a entender os núcleos da base.
8. CORPO ESTRIADO
• O Parkinsonismo caracteriza-se por rigidez
muscular, tremos em braços e mãos e
bradicinesia. Há aumento do tônus muscular e o
paciente se queixa de dificuldades para iniciar o
movimento.
• A causa ainda é desconhecida, mas há
degeneração da substância negra e baixa da
dopamina nessa estrutura e no corpo estriado.
9. CORPO ESTRIADO
• A palavra coréia deriva do grego e significa
dança.
• Hipotonia e realização de movimentos
involuntários.
• Alteração do neurotransmissor GABA ao nível
dos núcleos da base.
10. CORPO ESTRIADO
• Essas síndromes implicam o corpo estriado e
suas conexões no controle da motricidade.
• Como apresentam sintomas opostos, indicam
que o estriado deve ser importante na iniciação e
planejamento dos movimentos.
• É digno de nota que a ligação do estriado com os
neurônios motores, não é direta e se dá através
da ligação com o córtex cerebral (pré-frontal).
11. CORPO ESTRIADO VENTRAL
• Estudos imunohistoquímicos demonstraram que os
limites do estriado deveriam ser estendidos,
ventralmente, a áreas que anteriormente não se
consideravam como pertencentes a essa estrutura.
• Admite-se hoje a existência de um striatum ventral e
um pallidum ventral.
• O estriatum seria o núcleo accumbens – situado
ventralmente à cabeça do caudado.
• O pálido ventral seria a substância inonimada.
12. CORPO ESTRIADO VENTRAL
• Possuem características histológicas e
histoquímicas semelhantes aos correspondentes
dorsais.
• Porém, conectam-se com o sistema límbico,
principalmente, o estriado. Seria responsável
por reações motoras emocionais.
13. SUBSTÂNCIA INONIMADA E NÚCLEO DE
MEYNERT
• A substância inonimada é uma área de tecido
nervoso situada abaixo do núcleo lentiforme.
• É composta de células e fibras nervosas e é
denominada inonimada por não ter recebido
uma denominação pelo primeiros anatomistas.
• Em seu interior há uma estrutura bem evidente:
o núcleo basal de Meynert.
14. SUBSTÂNCIA INONIMADA E NÚCLEO
BASAL DE MEYNERT
• Possui ampla projeção para praticamente todo o córtex
cerebral.
• Suas fibras possuem como neurotransmissor a
acetilcolina.
• Na doença de alzheimer ocorre uma degeneração
acentuada desses núcleos.
• Parece ter um papel na memória, na aprendizagem e na
manutenção dos níveis de alerta.
• Mantém contato também com o sistema límbico.