3. ELETRONEUROMIOGRAFIA
• Eletroneuromiografia (ENMG) é um procedimento que avalia
a função do sistema nervoso periférico e muscular através do
registro das respostas elétricas geradas por estes sistemas, às
quais são detectadas graficamente por um equipamento
denominado eletroneuromiógrafo.
4. ELETRONEUROMIOGRAFIA
• A lesão destes sistemas determinam doenças neuromusculares que
representam um grupo extenso de afecções que comprometem a unidade
motora.
• A unidade motora estende-se do corpo celular do neurônio motor inferior,
raiz nervosa, nervo periférico, a junção neuromuscular até o tecido
muscular esquelético.
• ENMG é de fundamental importância para auxílio diagnóstico, terapêutico
e para fins de prognóstico em doenças neuromusculares.
5. ELETRONEUROMIOGRAFIA
• O exame é realizado em duas fases:
• Estudo dos nervos periféricos: aplica-se estímulo elétrico registrando a
resposta do nervo estudado (potencial de ação) que é analisado pelo
neurofisiologista clínico, comparando-se com o lado oposto, bem como os
valores padronizados de referência.
6. ELETRONEUROMIOGRAFIA
• Estudo dos músculos: utilizando-se eletrodos de agulhas
pequenas, os quais são inseridos nos músculos para registro
de atividade elétrica muscular em repouso e durante a
contração.
7. ELETRONEUROMIOGRAFIA
• Objetivo
• Analisar a velocidade de condução elétrica e o estado das
unidades motoras, ou seja, detectar lesões do sistema
nervoso periférico e muscular localizando a lesão dentro da
unidade motora, assim como quantificar tal lesão, o que
permite ao médico fazer o diagnóstico e prognóstico do
paciente, ao elucidar o tipo de patologia (axonal,
desmielinizande ou mista) e o tempo de evolução da mesma
(aguda ou crônica).
8. ELETRONEUROMIOGRAFIA
• Indicações clínicas
• Mononeuropatias (traumáticas), neuropatias compressivas
(síndrome túnel do carpo), polineuropatias axonais (por diabetes,
alcoólicas, vasculites), polineuropatias desmielinizantes (síndrome
Guillain-Barré), paralisias faciais; doenças do motoneurônio
(poliomielite, atrofia muscular espinhal, esclerose lateral
amiotrófica); lesões de gânglios das raízes dorsais (herpes zoster,
ataxia de Friedreich, neuropatia sensitiva hereditária); lesões de
raízes nervosas/hérnias discais/tumores; doenças de plexos
nervosos (tumorais, traumas, plexopatia diabética); doença da
junção neuromuscular (miastenia gravis); doenças musculares
(distrofias, síndromes miotônicas, miopatias congênitas,
metabólicas ou adquiridas)
10. ELETROENCEFALOGRAMA
• O eletrencefalograma, embora útil em outras condições
clínicas, tem sua maior indicação para os pacientes com
diagnóstico estabelecido ou suspeito de epilepsia. Nesse
sentido, vem sendo usado desde a década de 1940, ganhando
grande popularidade no Brasil a partir de década de 1950.
11. ELETROENCEFALOGRAMA
• É importante salientar que uma parcela dos pacientes epilépticos pode
apresentar traçado eletrencefalográfico normal no primeiro registro. No
entanto, quando vários exames são feitos, em período fora de crises
epilépticas (registro intercrítico), ou é feita a monitorização
eletrencefalográfica de 24 h (Holter Cerebral) a maioria desses pacientes
exibe anormalidades em seus exames.
12. ELETROENCEFALOGRAMA
• O encontro dessas anormalidades é de fundamental importância. A
análise de seu padrão eletrográfico auxilia na classificação do tipo crise
epiléptica e conseqüentemente do tipo de epilepsia, proporcionando, em
alguns casos, direcionar a terapêutica e obter dados prognósticos.
13. POLISSONOGRAFIA
• Polissonografia é um registro complexo da
atividade elétrica cerebral, da respiração e de
sinais indicativos de relaxamento muscular,
movimentos oculares, oxigenação sanguínea,
batimento cardíaco e outros.
• Cerca de 30% dos adultos roncam e, embora para
a maior parte deles isto não signifique um
problema grave, estima-se que em 5% dos casos
o ronco está associado a apnéia do sono
14. POLISSONOGRAFIA
• A polissonografia é indicada para diagnóstico
de diversos distúrbios do sono, além das
apnéias e roncos. Assim, é útil para o
diagnóstico da insônia, sonambulismo, terror
noturno, ranger de dentes (bruxismo),
fibromialgia e outros.
15. POLISSONOGRAFIA
• Como é realizado?
• O paciente deve dormir com sensores fixados
no corpo e que permitem o registro de
diversas funções durante o sono. Os sensores
(ou eletrodos) são fixados de maneira a
permitir ao paciente movimentar-se durante o
exame, não atrapalhando o sono.
16. POLISSONOGRAFIA
• O estagiamento da polissonografia segue a
proposta de RECHTSCHAFFEN and KALES, de
1968.
• O sono e´ divido em Sono com Movimentos
Oculares Rápidos (Sono REM) e Sono sem
Movimentos Oculares Rápidos (Sono NREM), que
por sua vez é ainda sub-dividido em sono fases 1,
2, 3, e 4, conforme o sono se torna mais
profundo.
17. POLISSONOGRAFIA
• Cada uma destas fases apresenta características próprias, e
o seu conhecimento é fundamental para a adequada
interpretação da polissonografia.
• Quando se avaliam eventos relacionados ao sono, a
interpretação correta da polissonografia se torna ainda
mais importante, pois esta avaliação baseia-se no tempo
que o paciente efetivamente dorme, e não em todo o
tempo que é registrado.
• Além disso, alguns eventos registrados podem ser normais
em algumas fases do sono e anormais em outras.
18. NEUROPSICOLOGIA
• A avaliação neuropsicológica é um procedimento que tem por
objetivo investigar as funções cognitivas (conhecimentos
complexos) e práxicas (atividade motora fina) dos pacientes,
buscando elucidar os distúrbios de atenção, memória e
sensopercepção, além de alterações cognitivas específicas
como gnosias, abstração, capacidade de raciocínio, cálculo e
planejamento, bem como seus diagnósticos diferenciais.
19. NEUROPSICOLOGIA
• Esta complexa avaliação é realizada por psicólogos e
neurologistas treinados na avaliação das “funções nervosas
superiores” e utiliza de testes neurológicos e psicológicos
específicos, padronizados e validados, sendo realizados em
etapas sucessivas, baseados em dados comparativos, segundo
o esperado para cada faixa etária, nível socioeconômico e
escolaridade.
20. NEUROPSICOLOGIA
• A avaliação neuropsicológica na Doença de Alzheimer (DA) é o principal
instrumento para diagnosticar o tipo e a intensidade dos distúrbios de atenção,
memória e desempenho intelectual, permitindo acompanhar, em exames
sucessivos, a progressão mais rápida ou lenta da DA, oferecendo nas fases iniciais
a possibilidade de diferenciar os sintomas da DA da depressão.
• Em TDAH, a avaliação neuropsicológica permite, além do diagnóstico, a
diferenciação de um distúrbio de atenção secundário apenas a ansiedade,
nervosismo e preocupações, além de estimar a intensidade do problema e
permitir, em exames sucessivos, o resultado do tratamento.
21. VÍDEO EEG.
• O exame de vídeo eletroencefalograma (vídeo EEG) é
realizado da mesma forma que o eletroencefalograma
tradicional, com o acréscimo de um registro simultâneo em
vídeo. Os resultados da atividade cerebral e as imagens são
analisados por um médico especialista em área de
eletrofisiologia.
22. VÍDEO EEG.
• O vídeo EEG auxilia o médico a definir se as manifestações
apresentadas pelo paciente são de natureza epiléptica ou não.
• O tempo de registro prolongado é extremamente útil para
documentar características clínicas das crises
convulsivas/epilépticas, localizar o início e a propagação das
descargas e classificar corretamente diferentes tipos de crises
epilépticas, possibilitando o diagnóstico e a programação
terapêutica clínica ou cirúrgica, assim como o seu prognóstico.
• O tempo de realização do exame depende da indicação do médico,
sendo, em média, de 24 horas. O registro eletroencefalográfico com
menor tempo de avaliação também pode ser utilizado (até 12
horas), tendo como objetivo primordial minimizar o desconforto da
monitorização prolongada.
23. VÍDEO EEG.
• A população pediátrica se beneficia com o
registro videoeletrencefalográfico, tendo em
vista a peculiaridade das crises epilépticas na
infância, a incapacidade destes pacientes em
descrever fenômenos subjetivos e a
dificuldade de caracterizar a natureza de um
evento, mesmo quando este é assistido por
um profissional.
24. VÍDEO EEG.
• - diagnóstico diferencial entre eventos epilépticos e não
epilépticos (síncopes, arritmias cardíacas, distúrbios do
sono e distúrbios psiquiátricos, entre outros);
• - classificação de síndromes e crises epilépticas (por
exemplo: parcial, generalizada; tônica, atônica, mioclônica,
espasmos, tônica-clônica);
• - determinação da zona epileptogênica na investigação pré-
cirúrgica para epilepsia,
• - determinação da freqüência das crises;
• - avaliações dos casos de epilepsia refratária ao tratamento
medicamentoso;
• - resposta às intervenções terapêuticas.