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[2009]
DESIGUALDADES
SOCIOECONÔMICAS E SAÚDE
MENTAL INFANTIL
ARTIGO
JANEIRO [2009]
Desigualdades socioeconômicas e
saúde mentalinfantil
Bibliografia: Rev Saúde Pública
2009;43(Supl. 1):92-100
.
Autores:Simone G AssisI
Joviana Quintes AvanciI
Raquel de Vasconcellos Carvalhaes
de OliveiraII
Professor
Vilmar da Conceição Oliveira
Filho
Disciplina
Psicologia e Políticas Públicas
em saúde mental
2
DESIGUALDADES SOCIOECONÔMICAS E SAÚDE MENTAL
INFANTIL
O artigo nos mostra
questionamentos sobre a vida
da criança e como a OMS atua.
Por exemplo como essa
criança virá ao mundo? Será
que tem uma infraestrutura
tanto socioeconômico como
estabilidade mental? Isso vai
depender muito. Por que com
base no que a OMS mostra que
a maioria das famílias tanto nos
EUA como no Brasil, as mães
são divorciadas ou menores de
idade. Com isso os estudos
apontam que os casos
psíquicos se devem por essa
falta de estrutura e uma vida
desabilitada tanto pela parte
emocional como financeira
também.
Objetivo
O objetivo é analisar a associação de determinantes sociais
com o desenvolvimento de problemas e de comportamento e de
competência social em criança.
Métodos
Nessa fase é implementado um método para pesquisa
com alunos de rede pública de São Gonçalo com idade de 9 e
13 anos, composta por 479 crianças, sendo 91% pertencentes a
estratos sociais de menor poder aquisitivo e 21 crianças foram
excluídas por apresentarem quociente de inteligência, ou seja,
as presentava dificuldade cognitiva para os testes aplicados. Os
responsáveis foram chamados para responderem uma
entrevista estruturada no qual 83,7% eram as mães, os
entrevistando tiveram problemas como a ausência dos
responsáveis e alunos que nunca compareceram à escola tendo
que ser substituídos, foi comprovado que a renda média familiar
eram inferior a 611,00 O método foi analisado o perfil sócio
demográfico como: sexo, idade, cor da pele e estrutura familiar
(quem vive com a criança) foi analisado que apenas um dos
pais tinham o ensino fundamental completo resultando o maior
nível de escolaridade e para e ser calculada a linha da pobreza
foi analisado a renda familiar mensal de até 207,00
representando a camada social mais baixa e representando a
camada superior, a renda vária de 207,00 a 5.554,00 Para
analisar a competência social e problemas de comportamento
foi utilizada a escala CHILD BEHEVIOR CHECKLIS (CBCL),
criada por Achenbach (2001) A escala CBCL é dívida por 3
subescalas (a,b e c) de método estruturada, respondida pelos
responsáveis para avaliar a competência social da criança. Na
escala A refere-se a atividades executadas: quantidade e
qualidade da criança em esportes, hobbies, atividades, jogos,
tarefas e afazeres. Na escala B refere-se ao funcionamento
social: integração e participação em grupos sociais, por meio de
número de organizações que participa, participação em
organizações, número e frequência de contato com amigos,
comportamento com outros (irmãos, pois, colegas) e vizinhos na
escala C refere-se ao funcionamento escolar: desempenho em
português, geografia, matemática, história, ciências,
participação em classe especial, repetência escolar e outros
problemas escolares. O resultado foi a soma das 3 subescalas
reduzindo o número das crianças devido a competências social.
Foi estudado também na escala CBCL o comportamento das
crianças. Resultados:
A. Internalizantes (depressão/ansiedade,
retraimento/depressão e queixas somáticas)
B. Externalizantes (violação de regras e agressividade)
C. Desatenção e hiperatividade
D. Perturbações de pensamento (obsessões, ouvir vozes
entre outros)
E. Dificuldades de contato social (solidão, sentir-se
perseguido, entre outros).
A escala de comportamento e de competência social
distingue os casos: clínico, limítrofes ou normais baseado em
escores T. Resultados baseados em escores T
• Criança abaixo da linha de pobreza: escore 1; acima
desse limite, escore 0;
• Pelo menos um dos pais com escolaridade analfabeto
até ensino fundamental incompleto; 0 para escolaridade de
ensino fundamental completo ou superior.
• Estrutura familiar diversa da que agrega ambos as
pais escore 1; morar com pai e mãe juntos escore 0;
• Crianças com cor de pele parda escore 1 e preta
escore 2; brancos escores 0.
Fundação Oswaldo Cruz
Resultados
Tabela 1.
Em famílias que vivem com rendimentos abaixo da linha de
pobreza, predomina a baixa escolaridade dos pais e crianças
com cor da pele preta ou parda. As famílias em que ambos os
pais da criança viviam juntos corresponderam a mais da metade
do total.
A pesquisa foi aprovada pelo
comitê de Ética em pesquisa da
Escola Nacional de Saúde Pública,
Fundação Oswaldo Cruz. Os pais
ou responsáveis e a direção das
escolas assinaram termo de
consentimento livre e esclarecido.
TABELA 2
Crianças abaixo da linha de pobreza são
aquelas com cor da pele preta e apresentam
competência social mais precária e a
existência de problemas de comportamento.
A estrutura familiar sem ambos os pais
juntos esteve associada à maior frequência
de problemas de comportamento.
TABELA 3
.
Crianças que não possuíam nenhum dos
itens de desvantagem social e econômica:
viviam em família com renda acima da linha
da pobreza, tinham pelo menos um dos pais
com ensino fundamental completo ou maior
escolaridade, viviam com ambos os pais e
possuíam cor da pele branca.
Discussão
Os resultados do presente estudo confirmam que viver em condições sociais
e econômicas muito precárias, ter cor da pele negra, ter pais com baixa
escolaridade e viver em famílias monoparentais são fatores que,
isoladamente, se mostram relacionados à precária competência social e aos
problemas de comportamento de crianças. O estresse familiar e individual de
viver em famílias em ampla desvantagem social, econômica, educacional e
demográfica tende a influenciar o contexto de vida, ocasionando problemas
em suas crianças. A discussão entre desigualdades socioeconômicas e
problemas na competência social ou dos problemas de comportamento em
crianças vai além da soma e de um estabelecimento de correlações da
hierarquia de fatores socioeconômicos familiares, pois a complexa cadeia de
mediações. Por fim, são necessárias políticas públicas de redistribuição de
renda e maior acesso aos serviços de saúde mental para a população infantil
de forma que as crianças tenham garantidos seus direitos ao nascimento,
crescimento e desenvolvimento em famílias e comunidades coesas e
obtenham apoio para alcançarem maiores perspectivas futuras.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme relatado no texto essas
crianças são geradas através de mães
solteiras ou divorciadas, precisando a
mesma abandonar os seus estudos ou
não finalizar o mesmo, para assim poder
ficar com estes. Entretanto o que ocorre
com isso é que esta mãe acaba
entrando ou aumentando o seu nível na
linha de pobreza daquela sociedade em
questão e isso acaba gerando grandes
danos para os setores econômicos
destes países mencionados.
Ocorreu um estudo na Cidade de
São Gonçalo no Estado do Rio de
Janeiro/Brasil, no ano de 2005, neste
estudo foi mencionada a grande
precariedade que vive esta população,
onde os seus filhos estudam na rede
pública de ensino com um índice de
desenvolvimento muito baixo e fora do
padrão.
Estas famílias cujas progenitoras
se veem sozinhas e sem nenhum
suporte, onde já não se encontram
estudos e nenhum tipo de informação,
desenvolvimento e infraestrutura para
essa população.
Podemos mencionar que a parte
política pouco se interessa por essa
parte da população, pois podemos
explicar que são muito mais práticos
estes se interessarem e resolverem os
problemas das cidades e capitais que
podem gerar um belo retorno sendo ele
geral ou financeiro, do que pelas
cidades e municípios com seus poucos
índices de escolaridade e
desenvolvimento.
Podemos chegar à conclusão e afirmar que tanto em um país super
conhecido mundialmente através de seus grandes impactos como os Estados
Unidos com sua população tão ampla e com diversas nacionalidades, quanto
no Brasil que é um país mundialmente reconhecido pela sua Mata Atlântica,
ambos relatam uma enorme situação de pobreza com suas crianças em seus
primeiros anos de vida.
Com esses casos tão grande de vulnerabilidade e desnutrição em ambos
os casos, tanto as mães quanto os filhos, a OMS (Organização Mundial de
Saúde), decidiu criar uma comissão específica para poder avaliar e estudar de
perto esses determinantes tão difíceis, mesmo em um mundo tão
desenvolvido e moderno para tantas mudanças e em pleno século 21 (XXI).
Acadêmicos
A saúde mental está
baseada em certo grau
de tensão, tensão entre
aquilo que já se alcançou
e aquilo que ainda se
deveria alcançar, ou o
hiato entre o que se é e o
que se deveria ser
Beatriz dos Santos Vieira de Carvalho 600915954
Marcus Alexandre 600346320
Ronald Felipe do N. Lima 600773118
Shyrlene de Maria Torres 600604549
Vanessa S. Almeida 600565119
Veronica Vilela 600876309
Virgínia Pina 600571584
Viviane Firmino 600850582

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Desigualdades socioeconômicas e saúde mental infantil

  • 2. ARTIGO JANEIRO [2009] Desigualdades socioeconômicas e saúde mentalinfantil Bibliografia: Rev Saúde Pública 2009;43(Supl. 1):92-100 . Autores:Simone G AssisI Joviana Quintes AvanciI Raquel de Vasconcellos Carvalhaes de OliveiraII Professor Vilmar da Conceição Oliveira Filho Disciplina Psicologia e Políticas Públicas em saúde mental 2
  • 3. DESIGUALDADES SOCIOECONÔMICAS E SAÚDE MENTAL INFANTIL O artigo nos mostra questionamentos sobre a vida da criança e como a OMS atua. Por exemplo como essa criança virá ao mundo? Será que tem uma infraestrutura tanto socioeconômico como estabilidade mental? Isso vai depender muito. Por que com base no que a OMS mostra que a maioria das famílias tanto nos EUA como no Brasil, as mães são divorciadas ou menores de idade. Com isso os estudos apontam que os casos psíquicos se devem por essa falta de estrutura e uma vida desabilitada tanto pela parte emocional como financeira também. Objetivo O objetivo é analisar a associação de determinantes sociais com o desenvolvimento de problemas e de comportamento e de competência social em criança. Métodos Nessa fase é implementado um método para pesquisa com alunos de rede pública de São Gonçalo com idade de 9 e 13 anos, composta por 479 crianças, sendo 91% pertencentes a estratos sociais de menor poder aquisitivo e 21 crianças foram excluídas por apresentarem quociente de inteligência, ou seja, as presentava dificuldade cognitiva para os testes aplicados. Os responsáveis foram chamados para responderem uma entrevista estruturada no qual 83,7% eram as mães, os entrevistando tiveram problemas como a ausência dos responsáveis e alunos que nunca compareceram à escola tendo que ser substituídos, foi comprovado que a renda média familiar eram inferior a 611,00 O método foi analisado o perfil sócio demográfico como: sexo, idade, cor da pele e estrutura familiar (quem vive com a criança) foi analisado que apenas um dos pais tinham o ensino fundamental completo resultando o maior nível de escolaridade e para e ser calculada a linha da pobreza foi analisado a renda familiar mensal de até 207,00 representando a camada social mais baixa e representando a camada superior, a renda vária de 207,00 a 5.554,00 Para analisar a competência social e problemas de comportamento foi utilizada a escala CHILD BEHEVIOR CHECKLIS (CBCL), criada por Achenbach (2001) A escala CBCL é dívida por 3 subescalas (a,b e c) de método estruturada, respondida pelos responsáveis para avaliar a competência social da criança. Na escala A refere-se a atividades executadas: quantidade e qualidade da criança em esportes, hobbies, atividades, jogos, tarefas e afazeres. Na escala B refere-se ao funcionamento social: integração e participação em grupos sociais, por meio de número de organizações que participa, participação em organizações, número e frequência de contato com amigos, comportamento com outros (irmãos, pois, colegas) e vizinhos na escala C refere-se ao funcionamento escolar: desempenho em português, geografia, matemática, história, ciências, participação em classe especial, repetência escolar e outros problemas escolares. O resultado foi a soma das 3 subescalas reduzindo o número das crianças devido a competências social. Foi estudado também na escala CBCL o comportamento das crianças. Resultados: A. Internalizantes (depressão/ansiedade, retraimento/depressão e queixas somáticas) B. Externalizantes (violação de regras e agressividade) C. Desatenção e hiperatividade D. Perturbações de pensamento (obsessões, ouvir vozes entre outros) E. Dificuldades de contato social (solidão, sentir-se perseguido, entre outros). A escala de comportamento e de competência social distingue os casos: clínico, limítrofes ou normais baseado em escores T. Resultados baseados em escores T • Criança abaixo da linha de pobreza: escore 1; acima desse limite, escore 0; • Pelo menos um dos pais com escolaridade analfabeto até ensino fundamental incompleto; 0 para escolaridade de ensino fundamental completo ou superior. • Estrutura familiar diversa da que agrega ambos as pais escore 1; morar com pai e mãe juntos escore 0; • Crianças com cor de pele parda escore 1 e preta escore 2; brancos escores 0.
  • 4. Fundação Oswaldo Cruz Resultados Tabela 1. Em famílias que vivem com rendimentos abaixo da linha de pobreza, predomina a baixa escolaridade dos pais e crianças com cor da pele preta ou parda. As famílias em que ambos os pais da criança viviam juntos corresponderam a mais da metade do total. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de Ética em pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz. Os pais ou responsáveis e a direção das escolas assinaram termo de consentimento livre e esclarecido.
  • 5. TABELA 2 Crianças abaixo da linha de pobreza são aquelas com cor da pele preta e apresentam competência social mais precária e a existência de problemas de comportamento. A estrutura familiar sem ambos os pais juntos esteve associada à maior frequência de problemas de comportamento.
  • 6. TABELA 3 . Crianças que não possuíam nenhum dos itens de desvantagem social e econômica: viviam em família com renda acima da linha da pobreza, tinham pelo menos um dos pais com ensino fundamental completo ou maior escolaridade, viviam com ambos os pais e possuíam cor da pele branca.
  • 7. Discussão Os resultados do presente estudo confirmam que viver em condições sociais e econômicas muito precárias, ter cor da pele negra, ter pais com baixa escolaridade e viver em famílias monoparentais são fatores que, isoladamente, se mostram relacionados à precária competência social e aos problemas de comportamento de crianças. O estresse familiar e individual de viver em famílias em ampla desvantagem social, econômica, educacional e demográfica tende a influenciar o contexto de vida, ocasionando problemas em suas crianças. A discussão entre desigualdades socioeconômicas e problemas na competência social ou dos problemas de comportamento em crianças vai além da soma e de um estabelecimento de correlações da hierarquia de fatores socioeconômicos familiares, pois a complexa cadeia de mediações. Por fim, são necessárias políticas públicas de redistribuição de renda e maior acesso aos serviços de saúde mental para a população infantil de forma que as crianças tenham garantidos seus direitos ao nascimento, crescimento e desenvolvimento em famílias e comunidades coesas e obtenham apoio para alcançarem maiores perspectivas futuras.
  • 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme relatado no texto essas crianças são geradas através de mães solteiras ou divorciadas, precisando a mesma abandonar os seus estudos ou não finalizar o mesmo, para assim poder ficar com estes. Entretanto o que ocorre com isso é que esta mãe acaba entrando ou aumentando o seu nível na linha de pobreza daquela sociedade em questão e isso acaba gerando grandes danos para os setores econômicos destes países mencionados. Ocorreu um estudo na Cidade de São Gonçalo no Estado do Rio de Janeiro/Brasil, no ano de 2005, neste estudo foi mencionada a grande precariedade que vive esta população, onde os seus filhos estudam na rede pública de ensino com um índice de desenvolvimento muito baixo e fora do padrão. Estas famílias cujas progenitoras se veem sozinhas e sem nenhum suporte, onde já não se encontram estudos e nenhum tipo de informação, desenvolvimento e infraestrutura para essa população. Podemos mencionar que a parte política pouco se interessa por essa parte da população, pois podemos explicar que são muito mais práticos estes se interessarem e resolverem os problemas das cidades e capitais que podem gerar um belo retorno sendo ele geral ou financeiro, do que pelas cidades e municípios com seus poucos índices de escolaridade e desenvolvimento. Podemos chegar à conclusão e afirmar que tanto em um país super conhecido mundialmente através de seus grandes impactos como os Estados Unidos com sua população tão ampla e com diversas nacionalidades, quanto no Brasil que é um país mundialmente reconhecido pela sua Mata Atlântica, ambos relatam uma enorme situação de pobreza com suas crianças em seus primeiros anos de vida. Com esses casos tão grande de vulnerabilidade e desnutrição em ambos os casos, tanto as mães quanto os filhos, a OMS (Organização Mundial de Saúde), decidiu criar uma comissão específica para poder avaliar e estudar de perto esses determinantes tão difíceis, mesmo em um mundo tão desenvolvido e moderno para tantas mudanças e em pleno século 21 (XXI).
  • 9. Acadêmicos A saúde mental está baseada em certo grau de tensão, tensão entre aquilo que já se alcançou e aquilo que ainda se deveria alcançar, ou o hiato entre o que se é e o que se deveria ser Beatriz dos Santos Vieira de Carvalho 600915954 Marcus Alexandre 600346320 Ronald Felipe do N. Lima 600773118 Shyrlene de Maria Torres 600604549 Vanessa S. Almeida 600565119 Veronica Vilela 600876309 Virgínia Pina 600571584 Viviane Firmino 600850582