1. « […] a educação não é o que alguns apregoam que ela é.
Dizem que arranjam a introduzir ciência numa alma em que
ela não existe, como se introduzissem a vista em olhos
cegos.”
Platão, A República
2.
3. Aprender a falar, comer, sentar-se, etc.,
é um ato de sobrevivência do ser
humano. Ele aprende, porque precisa de
viver num mundo repleto de obstáculos.
Cada passo é uma batalha ganha contra
eles. Muitos morreram ao experimentar
o mundo. Hoje, já sabemos fazer fogo,
explorar a natureza para obter dela
alimento sem ter de comer o que poderia
levar-nos à morte.
A humanidade vai crescendo com as
descobertas que vai fazendo,
aprendendo, naturalmente.
As pessoas que nos rodeiam são o
agente facilitador da aprendizagem
informal, que se realiza ao longo de toda
a vida.
4. A institucionalização dos saberes vem aprofundar os
conhecimentos obtidos empiricamente. Graças às escolas, é
possível veicular um conjunto de conteúdos que os grandes
senhores do saber e do mundo político pretendem que seja
uniforme.
Trata-se de uma aprendizagem voluntária para a qual deverá
existir uma predisposição por parte do aprendiz para receber
informação.
Os professores, os mestres, os formadores, os educadores são
fundamentais neste processo.
5. A aprendizagem é um processo único e individual,
que depende da experiência de cada um.
É necessário ter em conta as vivências do ser
humano ao transmitir determinada informação.
Muitos jovens sentem-se desmotivados, porque
acham que o que aprendem nas escolas não lhes é
de qualquer utilidade. Essa consciência leva a que
não tenham predisposição para aprender. Ao
crescer, muitos deles tornam-se indisciplinados,
pois a Escola insiste em que todos tenham de
aprender o mesmo.
Os alunos têm necessidade de aplicar o que
aprendem na escola no mundo real. A
desmotivação passa, muitas vezes, pela ausência
de relação entre os conteúdos veiculados e a sua
aplicação.
A Internet é outro fator a ter conta, pois cria um
mundo paralelo, onde os jovens têm acesso a uma
quantidade excessiva de informação.
BLA, BLA,
BLA…
Por que preciso de
saber o que é o
complement oblíquo,
se apenas preciso de
saber falar bem para
ir a um
supermercado?
6. De forma a combater a falta de atenção e poder aproveitar as
potencialidades dos jovens, é importante adaptar a escola à realidade. O
professor deverá deixar de ser um mero transmissor de conteúdos para
passar a ter um papel mais ativo, o de mediador das aprendizagens. Deverá
levá-los a questionar o mundo, transformando-os, assim, em indivíduos com
espírito crítico e não meros recetáculos. É fundamental que a tecnologia seja
usada em prol de um conhecimento ativo, preparando os alunos para a vida.
O caso da Finlândia, que pretende modernizar o ensino:
http://www.tvi24.iol.pt/internacional/ensino/finlandia-quer-deixar-de-ensinar-disciplinas-na-escola
http://www.novaliberdade.org/revolucao-na-educacao-a-finlandia-vai-acabar-com-as-materias-individuais/
A teoria de REUVEN FEUERSTEIN - a modificabilidade cognitiva estrutural:
https://www.youtube.com/watch?v=ztgCX8G5XLY
7. Uma das formas de levar os alunos a aprender é implicá-los na sua
aprendizagem, partindo das suas próprias experiências. Este vídeo
(apresentado em formato ppt aos alunos) partiu do conhecimento que tinha
sobre as ambições e objetivos dos mesmos relativamente ao seu futuro. Se
não podemos transformar um sistema, podemos, ao menos, tentar fazê-lo
numa aula. A experiência foi positiva e a aprendizagem também.
Uma tentativa, entre muitas outras.