O documento discute as normas e diretrizes para sistemas prediais de águas pluviais de acordo com a NBR 10844, abordando tópicos como dimensionamento, área de contribuição, ralos, calhas, condutores verticais e horizontais.
1. Sistemas Prediais de
Sistemas prediais de águas pluviais
Águas Pluviais
NBR 10844
Doralice Ap. Favaro Soares
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2. Normatização
• Os condutores de águas pluviais não podem ser usados para
receber efluentes de esgotos sanitários ou como tubo de
ventilação da instalação predial de esgotos sanitários.
• Os condutores de esgotos sanitários não podem ser usados
pra transportar águas pluviais;
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• As superfícies horizontais de lajes devem ter uma
declividade mínima de 0,5% que garanta o escoamento das
águas pluviais até os pontos de drenagem previstos;
• O diâmetro interno mínimo dos condutores verticais de seção
circular é de 75 mm
• Os condutores horizontais devem ser projetados com
declividade mínima de 0,5%.
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3. Dimensionamento
• Vazão de projeto:
Onde: Q = vazão (L/min)
C. A.I
Q= C = 1 = coeficiente de escoamento superficial
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A = área de contribuição (m2)
I = intensidade pluviométrica (mm/h)
• Área de contribuição:
– Cobertura
– Incremento devido a inclinação
– Incremento devido às paredes que interceptam a água da chuva
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4. Ralos
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Ralo hemisférico (a) calha de concreto Ralo seco
(b) calha de chapa galvanizada
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5. Ação dos ventos
• Devido a ação dos ventos,
considerar um ângulo de
inclinação da chuva em
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relação à horizontal de:
Θ = arctg 2
Onde: θ é o ângulo de
inclinação da chuva com a
influência do vento
Influência do vento na a = b + c c
a =b+
inclinação da chuva: tgΘ 2
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6. Área de contribuição
Para o cálculo das superfícies de captação são computadas, além
das áreas horizontais, as superfícies de paredes ou muros
próximos, que podem contribuir para a vazão no caso de chuva
inclinada (ventos).
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superfície plana horizontal superfície inclinada
A = a ⋅b h Observar que é
A = a + ⋅b para cada “água”
2 do telhado.
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7. Área de contribuição
superfície vertical única duas superfícies planas verticais opostas
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a ⋅b a ⋅b
A= A=
2 2
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8. Área de contribuição
duas superfícies planas verticais opostas
c ⋅d − a ⋅b
a ⋅b < c ⋅d → A =
2
a ⋅b − c ⋅d
a ⋅b > c ⋅d → A =
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2
duas superfícies planas verticais adjacentes e perpendiculares
A12 + A22
A=
2
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9. Área de contribuição
três superfícies planas verticais adjacentes e perpendiculares, sendo as
duas opostas adjacentes
a ⋅b
A=
2
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quatro superfícies planas verticais sendo uma de maior altura
a ⋅b
A=
2
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10. Intensidade pluviométrica (I)
É baseada em dados pluviométricos locais;
Deve ser determinada em função:
- da duração da precipitação (t = 5 min)
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- do período de retorno(T)
Período de Retorno (T)
T = 1 ano para áreas pavimentadas (tolerância de empoçamento)
T = 5 anos para coberturas e terraços
T = 25 anos para coberturas ou terraços onde não são permitidos
empoçamentos.
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11. Intensidade pluviométrica (I)
Determinação da Intensidade Pluviométrica (I)
- Para Maringá, a intensidade média é dada por:
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0 , 213
2085.T
I=
(t + 10)1, 09
Onde: I = intensidade pluviométrica, mm/h
T = período de recorrência, anos
t = duração da chuva, min (t=5min)
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13. Calhas
As calhas são condutos livres
Onde:
Equação de Chezy: v = C. Rh.i v = velocidade do
escoamento, m/s;
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1 16 Rh = raio hidráulico, m;
Equação de Manning: C = Rh i = declividade do fundo
n
da calha, m/m;
Equação da continuidade: Q = v.S S = área da seção
transversal da calha, m2;
C = coeficiente de Chezy;
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Então: Q = Rh .S . i n = coeficiente de
n Manning;
Q = vazão, m3/seg.
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14. Coeficiente de Manning (n)
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Material n
Plástico, fibrocimento, aço, metais não ferrosos 0,011
Ferro fundido, concreto alisado, alvenaria revestida 0,012
Cerâmica, concreto não-alisado 0,013
Alvenaria de tijolos não-revestida 0,015
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15. Características geométricas das calhas
Calhas retangulares
S = a ⋅b
p = 2⋅a + b
S
Rh =
p
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Calhas circulares
2⋅ y
α = 2 ⋅ arccos1 −
D
D2
S= (α − sen (α ))
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α ⋅D
p=
2
S
R=
p
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16. Coeficientes multiplicativos da vazão de projeto
Curva a menos de Curva entre 2
Tipo de curva 2 m da saída da e 4 m da saída
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calha da calha
Canto reto 1,2 1,1
Canto arredondado 1,1 1,05
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17. Dimensionamento dos condutores verticais
Ábacos (CSTC/1975 – Bélgica)
Dados:
Q = vazão de projeto (L/min)
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H = altura da lamina d´água na calha (mm)
L = comprimento do condutor vertical (m)
Incógnita:
D = diâmetro do condutor vertical (mm)
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18. Dimensionamento dos condutores verticais
Exemplo 1:
Q = 1000 L/min;
L = 6,0 m
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H = 70 mm
D=90 -> DN 100
Exemplo 2:
Q = 1000 L/min;
L = 6,0 m
H = 80 mm
D=71 -> DN 75
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19. Dimensionamento dos condutores horizontais
Declividade uniforme mínima i = 0,5%
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2
Altura da lâmina d´água: H = D
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