1. http://historiaonline.com.br
LISTA
DE
EXERCÍCIOS:
DO
MITO
À
FILOSOFIA
PRÉ-‐SOCRÁTICA
Prof.
Rodolfo
1.
(Uel
2013)
No
livro
Através
do
espelho
e
o
que
Alice
encontrou
por
lá,
a
Rainha
Vermelha
diz
uma
frase
enigmática:
“Pois
aqui,
como
vê,
você
tem
de
correr
o
mais
que
pode
para
continuar
no
mesmo
lugar.”
(CARROL,
L.
Através
do
espelho
e
o
que
Alice
encontrou
por
lá.
Rio
de
Janeiro:
Zahar,
2009.
p.186.)
Já
na
Grécia
antiga,
Zenão
de
Eleia
enunciara
uma
tese
também
enigmática,
segundo
a
qual
o
movimento
é
ilusório,
pois
“numa
corrida,
o
corredor
mais
rápido
jamais
consegue
ultrapassar
o
mais
lento,
visto
o
perseguidor
ter
de
primeiro
atingir
o
ponto
de
onde
partiu
o
perseguido,
de
tal
forma
que
o
mais
lento
deve
manter
sempre
a
dianteira.”
(ARISTÓTELES.
Física.
Z
9,
239
b
14.
In:
KIRK,
G.
S.;
RAVEN,
J.
E.;
SCHOFIELD,
M.
Os
Pré-‐socráticos.
4.ed.
Lisboa:
Fundação
Calouste
Gulbenkian,
1994,
p.284.)
Com
base
no
problema
filosófico
da
ilusão
do
movimento
em
Zenão
de
Eleia,
é
correto
afirmar
que
seu
argumento
a)
baseia-‐se
na
observação
da
natureza
e
de
suas
transformações,
resultando,
por
essa
razão,
numa
explicação
naturalista
pautada
pelos
sentidos.
b)
confunde
a
ordem
das
coisas
materiais
(sensível)
e
a
ordem
do
ser
(inteligível),
pois
avalia
o
sensível
por
condições
que
lhe
são
estranhas.
c)
ilustra
a
problematização
da
crença
numa
verdadeira
existência
do
mundo
sensível,
à
qual
se
chegaria
pelos
sentidos.
d)
mostra
que
o
corredor
mais
rápido
ultrapassará
inevitavelmente
o
corredor
mais
lento,
pois
isso
nos
apontam
as
evidências
dos
sentidos.
e)
pressupõe
a
noção
de
continuidade
entre
os
instantes,
contida
no
pressuposto
da
aceleração
do
movimento
entre
os
corredores.
2.
(Ufu
2013)
De
um
modo
geral,
o
conceito
de
physis
no
mundo
pré-‐socrático
expressa
um
princípio
de
movimento
por
meio
do
qual
tudo
o
que
existe
é
gerado
e
se
corrompe.
A
doutrina
de
Parmênides,
no
entanto,
tal
como
relatada
pela
tradição,
aboliu
esse
princípio
e
provocou,
consequentemente,
um
sério
conflito
no
debate
filosófico
posterior,
em
relação
ao
modo
como
conceber
o
ser.
Para
Parmênides
e
seus
discípulos:
a)
A
imobilidade
é
o
princípio
do
não-‐ser,
na
medida
em
que
o
movimento
está
em
tudo
o
que
existe.
b)
O
movimento
é
princípio
de
mudança
e
a
pressuposição
de
um
não-‐ser.
c)
Um
Ser
que
jamais
muda
não
existe
e,
portanto,
é
fruto
de
imaginação
especulativa.
d)
O
Ser
existe
como
gerador
do
mundo
físico,
por
isso
a
realidade
empírica
é
puro
ser,
ainda
que
em
movimento.
3.
(Ufu
2013)
Existe
uma
só
sabedoria:
reconhecer
a
inteligência
que
governa
todas
as
coisas
por
meio
de
todas
as
coisas.
Heráclito,
Diels-‐Kranz,
Frag.
41.
Por
isso
é
necessário
seguir
o
que
é
igual
para
todos,
ou
seja,
o
que
é
comum.
De
fato,
o
que
é
igual
para
todos
coincide
com
o
que
é
comum.
Mas
ainda
que
o
logos
seja
igual
para
todos,
a
maior
parte
dos
homens
vive
como
se
possuísse
dele
um
conhecimento
próprio.
Heráclito,
Diels-‐Kranz,
Frag.
2.
Com
base
nos
textos
acima
e
em
seus
conhecimentos
sobre
a
filosofia
heraclitiana,
responda:
a)
O
que
é
o
logos
ao
qual
o
filósofo
se
refere?
b)
Explicite
a
relação
existente
entre
o
logos
e
a
inteligência,
tal
como
encontrados
nos
fragmentos
supracitados.
4.
(Ufu
2013)
A
atividade
intelectual
que
se
instalou
na
Grécia
a
partir
do
séc.
VI
a.C.
está
substancialmente
ancorada
num
exercício
especulativo-‐racional.
De
fato,
“[...]
não
é
mais
uma
atividade
mítica
(porquanto
o
mito
ainda
lhe
serve),
mas
filosófica;
e
isso
quer
dizer
uma
atividade
regrada
a
partir
de
um
comportamento
epistêmico
de
tipo
próprio:
empírico
e
racional”.
SPINELLI,
Miguel.
Filósofos
Pré-‐socráticos.
Porto
Alegre:
EDIPUCRS,
1998,
p.
32.
Sobre
a
passagem
da
atividade
mítica
para
a
filosófica,
na
Grécia,
assinale
a
alternativa
correta.
a)
A
mentalidade
pré-‐filosófica
grega
é
expressão
típica
de
um
intelecto
primitivo,
próprio
de
sociedades
selvagens.
b)
A
filosofia
racionalizou
o
mito,
mantendo-‐o
como
base
da
sua
especulação
teórica
e
adotando
a
sua
metodologia.
c)
A
narrativa
mítico-‐religiosa
representa
um
meio
importante
de
difusão
e
manutenção
de
um
saber
prático
fundamental
para
a
vida
cotidiana.
d)
A
Ilíada
e
a
Odisseia
de
Homero
são
expressões
culturais
típicas
de
uma
mentalidade
filosófica
elaborada,
crítica
e
radical,
baseada
no
logos.
5.
(Ueg
2013)
O
ser
humano,
desde
sua
origem,
em
sua
existência
cotidiana,
faz
afirmações,
nega,
deseja,
recusa
e
aprova
coisas
e
pessoas,
elaborando
juízos
de
fato
e
de
valor
por
meio
dos
quais
procura
orientar
seu
comportamento
teórico
e
prático.
Entretanto,
houve
um
momento
em
sua
evolução
histórico-‐social
em
que
o
ser
humano
começa
a
conferir
um
caráter
filosófico
às
suas
indagações
e
perplexidades,
questionando
racionalmente
suas
crenças,
valores
e
escolhas.
Nesse
sentido,
pode-‐se
afirmar
que
a
filosofia
a)
é
algo
inerente
ao
ser
humano
desde
sua
origem
e
que,
por
meio
da
elaboração
dos
sentimentos,
das
percepções
e
dos
anseios
humanos,
procura
consolidar
nossas
crenças
e
opiniões.
b)
existe
desde
que
existe
o
ser
humano,
não
havendo
um
local
ou
uma
época
específica
para
seu
nascimento,
o
que
nos
autoriza
a
afirmar
que
mesmo
a
mentalidade
mítica
é
também
filosófica
e
exige
o
trabalho
da
razão.
c)
inicia
sua
investigação
quando
aceitamos
os
dogmas
e
as
certezas
cotidianas
que
nos
são
impostos
pela
tradição
e
2. http://historiaonline.com.br
LISTA
DE
EXERCÍCIOS:
DO
MITO
À
FILOSOFIA
PRÉ-‐SOCRÁTICA
Prof.
Rodolfo
pela
sociedade,
visando
educar
o
ser
humano
como
cidadão.
d)
surge
quando
o
ser
humano
começa
a
exigir
provas
e
justificações
racionais
que
validam
ou
invalidam
suas
crenças,
seus
valores
e
suas
práticas,
em
detrimento
da
verdade
revelada
pela
codificação
mítica.
6.
(Ueg
2013)
O
surgimento
da
filosofia
entre
os
gregos
(Séc.
VII
a.C.)
é
marcado
por
um
crescente
processo
de
racionalização
da
vida
na
cidade,
em
que
o
ser
humano
abandona
a
verdade
revelada
pela
codificação
mítica
e
passa
a
exigir
uma
explicação
racional
para
a
compreensão
do
mundo
humano
e
do
mundo
natural.
Dentre
os
legados
da
filosofia
grega
para
o
Ocidente,
destaca-‐se:
a)
a
concepção
política
expressa
em
A
República,
de
Platão,
segundo
a
qual
os
mais
fortes
devem
governar
sob
um
regime
político
oligárquico.
b)
a
criação
de
instituições
universitárias
como
a
Academia,
de
Platão,
e
o
Liceu,
de
Aristóteles.
c)
a
filosofia,
tal
como
surgiu
na
Grécia,
deixou-‐nos
como
legado
a
recusa
de
uma
fé
inabalável
na
razão
humana
e
a
crença
de
que
sempre
devemos
acreditar
nos
sentimentos.
d)
a
recusa
em
apresentar
explicações
preestabelecidas
mediante
a
exigência
de
que,
para
cada
fato,
ação
ou
discurso,
seja
encontrado
um
fundamento
racional.
7.
(Uncisal
2012)
O
período
pré-‐socrático
é
o
ponto
inicial
das
reflexões
filosóficas.
Suas
discussões
se
prendem
a
Cosmologia,
sendo
a
determinação
da
physis
(princípio
eterno
e
imutável
que
se
encontra
na
origem
da
natureza
e
de
suas
transformações)
ponto
crucial
de
toda
formulação
filosófica.
Em
tal
contexto,
Leucipo
e
Demócrito
afirmam
ser
a
realidade
percebida
pelos
sentidos
ilusória.
Eles
defendem
que
os
sentidos
apenas
capturam
uma
realidade
superficial,
mutável
e
transitória
que
acreditamos
ser
verdadeira.
Mesmo
que
os
sentidos
apreendam
“as
mutações
das
coisas,
no
fundo,
os
elementos
primordiais
que
constituem
essa
realidade
jamais
se
alteram.”
Assim,
a
realidade
é
uma
coisa
e
o
real
outra.
Para
Leucipo
e
Demócrito
a
physis
é
composta
a)
pelas
quatro
raízes:
o
úmido,
o
seco,
o
quente
e
o
frio.
b)
pela
água.
c)
pelo
fogo.
d)
pelo
ilimitado.
e)
pelos
átomos.
8.
(Enem
2012)
TEXTO
I
Anaxímenes
de
Mileto
disse
que
o
ar
é
o
elemento
originário
de
tudo
o
que
existe,
existiu
e
existirá,
e
que
outras
coisas
provêm
de
sua
descendência.
Quando
o
ar
se
dilata,
transforma-‐se
em
fogo,
ao
passo
que
os
ventos
são
ar
condensado.
As
nuvens
formam-‐se
a
partir
do
ar
por
feltragem
e,
ainda
mais
condensadas,
transformam-‐se
em
água.
A
água,
quando
mais
condensada,
transforma-‐se
em
terra,
e
quando
condensada
ao
máximo
possível,
transforma-‐
se
em
pedras.
BURNET,
J.
A
aurora
da
filosofia
grega.
Rio
de
Janeiro:
PUC-‐
Rio,
2006
(adaptado).
TEXTO
II
Basílio
Magno,
filósofo
medieval,
escreveu:
“Deus,
como
criador
de
todas
as
coisas,
está
no
princípio
do
mundo
e
dos
tempos.
Quão
parcas
de
conteúdo
se
nos
apresentam,
em
face
desta
concepção,
as
especulações
contraditórias
dos
filósofos,
para
os
quais
o
mundo
se
origina,
ou
de
algum
dos
quatro
elementos,
como
ensinam
os
Jônios,
ou
dos
átomos,
como
julga
Demócrito.
Na
verdade,
dão
a
impressão
de
quererem
ancorar
o
mundo
numa
teia
de
aranha”.
GILSON,
E.;
BOEHNER,
P.
História
da
Filosofia
Cristã.
São
Paulo:
Vozes,
1991
(adaptado).
Filósofos
dos
diversos
tempos
históricos
desenvolveram
teses
para
explicar
a
origem
do
universo,
a
partir
de
uma
explicação
racional.
As
teses
de
Anaxímenes,
filósofo
grego
antigo,
e
de
Basílio,
filósofo
medieval,
têm
em
comum
na
sua
fundamentação
teorias
que
a)
eram
baseadas
nas
ciências
da
natureza.
b)
refutavam
as
teorias
de
filósofos
da
religião.
c)
tinham
origem
nos
mitos
das
civilizações
antigas.
d)
postulavam
um
princípio
originário
para
o
mundo.
e)
defendiam
que
Deus
é
o
princípio
de
todas
as
coisas.
9.
(Ufsj
2012)
Sobre
o
princípio
básico
da
filosofia
pré-‐
socrática,
é
CORRETO
afirmar
que
a)
Tales
de
Mileto,
ao
buscar
um
princípio
unificador
de
todos
os
seres,
concluiu
que
a
água
era
a
substância
primordial,
a
origem
única
de
todas
as
coisas.
b)
Anaximandro,
após
observar
sistematicamente
o
mundo
natural,
propôs
que
não
apenas
a
água
poderia
ser
considerada
arché
desse
mundo
em
si
e,
por
isso
mesmo,
incluiu
mais
um
elemento:
o
fogo.
c)
Anaxímenes
fez
a
união
entre
os
pensamentos
que
o
antecederam
e
concluiu
que
o
princípio
de
todas
as
coisas
não
pode
ser
afirmado,
já
que
tal
princípio
não
está
ao
alcance
dos
sentidos.
d)
Heráclito
de
Éfeso
afirmou
o
movimento
e
negou
terminantemente
a
luta
dos
contrários
como
gênese
e
unidade
do
mundo,
como
o
quis
Catão,
o
antigo.
10.
(Uem
2012)
“A
filosofia
surgiu
quando
alguns
gregos,
admirados
e
espantados
com
a
realidade,
insatisfeitos
com
as
explicações
que
a
tradição
lhes
dera,
começaram
a
fazer
perguntas
e
buscar
respostas
para
elas,
demonstrando
que
o
mundo
e
os
seres
humanos,
os
acontecimentos
materiais
e
as
ações
dos
seres
humanos
podem
ser
conhecidos
pela
razão
humana”
(CHAUI,
Marilena.
Convite
à
filosofia.
São
Paulo:
Editora
Ática,
2011.
p.32).
Considerando
o
exposto,
assinale
o
que
for
correto.
01)
A
filosofia
surgiu
na
Grécia
durante
o
séc.
VI
a.C..
Apesar
de
seu
nascimento
ser
considerado
o
“milagre
grego”,
é
conhecida
a
frequentação
de
Atenas
por
outros
sábios
que
viveram
no
século
VI
a.C.,
como
Confúcio
e
Lao
Tse
3. http://historiaonline.com.br
LISTA
DE
EXERCÍCIOS:
DO
MITO
À
FILOSOFIA
PRÉ-‐SOCRÁTICA
Prof.
Rodolfo
(provenientes
da
China),
Buda
(proveniente
da
Índia)
e
Zaratustra
(proveniente
da
Pérsia),
fazendo
da
filosofia
grega
uma
espécie
de
comunhão
dos
saberes
da
antiguidade.
02)
O
surgimento
da
filosofia
é
coetâneo
ao
advento
da
pólis
(cidade).
Novas
estruturas
sociais
e
políticas
permitiram
o
desenvolvimento
de
formas
de
racionalidade,
modificadoras
da
prática
do
mito.
04)
Por
serem
os
únicos
filósofos
a
praticar
a
retórica,
os
sofistas
representam,
indiscutivelmente,
o
ponto
mais
alto
da
filosofia
clássica
grega
(séculos
V
e
IV
a.C.),
ultrapassando
Sócrates,
Platão
e
Aristóteles.
08)
Filósofo
é
aquele
que
busca
certezas
sem
garantias
de
possuí-‐las
efetivamente.
Por
essa
razão,
o
filósofo
deseja
o
conhecimento
do
mundo
e
das
práticas
humanas
por
meio
de
critérios
aproximativos
e
compartilhados
(de
aceitação
comum),
através
do
debate.
16)
A
atividade
filosófica
pode
ser
definida,
entre
outras
habilidades,
pela
capacidade
de
generalização
e
produção
de
conceitos,
encontrando,
sob
a
multiplicidade
de
objetos
do
mundo,
relações
de
semelhança
e
de
identidade.
11.
(Unb
2012)
No
início
do
século
XX,
estudiosos
esforçaram-‐
se
em
mostrar
a
continuidade,
na
Grécia
Antiga,
entre
mito
e
filosofia,
opondo-‐se
a
teses
anteriores,
que
advogavam
a
descontinuidade
entre
ambos.
A
continuidade
entre
mito
e
filosofia,
no
entanto,
não
foi
entendida
univocamente.
Alguns
estudiosos,
como
Cornford
e
Jaeger,
consideraram
que
as
perguntas
acerca
da
origem
do
mundo
e
das
coisas
haviam
sido
respondidas
pelos
mitos
e
pela
filosofia
nascente,
dado
que
os
primeiros
filósofos
haviam
suprimido
os
aspectos
antropomórficos
e
fantásticos
dos
mitos.
Ainda
no
século
XX,
Vernant,
mesmo
aceitando
certa
continuidade
entre
mito
e
filosofia,
criticou
seus
predecessores,
ao
rejeitar
a
ideia
de
que
a
filosofia
apenas
afirmava,
de
outra
maneira,
o
mesmo
que
o
mito.
Assim,
a
discussão
sobre
a
especificidade
da
filosofia
em
relação
ao
mito
foi
retomada.
Considerando
o
breve
histórico
acima,
concernente
à
relação
entre
o
mito
e
a
filosofia
nascente,
assinale
a
opção
que
expressa,
de
forma
mais
adequada,
essa
relação
na
Grécia
Antiga.
a)
O
mito
é
a
expressão
mais
acabada
da
religiosidade
arcaica,
e
a
filosofia
corresponde
ao
advento
da
razão
liberada
da
religiosidade.
b)
O
mito
é
uma
narrativa
em
que
a
origem
do
mundo
é
apresentada
imaginativamente,
e
a
filosofia
caracteriza-‐se
como
explicação
racional
que
retoma
questões
presentes
no
mito.
c)
O
mito
fundamenta-‐se
no
rito,
é
infantil,
pré-‐lógico
e
irracional,
e
a
filosofia,
também
fundamentada
no
rito,
corresponde
ao
surgimento
da
razão
na
Grécia
Antiga.
d)
O
mito
descreve
nascimentos
sucessivos,
incluída
a
origem
do
ser,
e
a
filosofia
descreve
a
origem
do
ser
a
partir
do
dilema
insuperável
entre
caos
e
medida.
12.
(Unioeste
2012)
“É
no
plano
político
que
a
Razão,
na
Grécia,
primeiramente
se
exprimiu,
constituiu-‐se
e
formou-‐se.
A
experiência
social
pode
tornar-‐se
entre
os
gregos
o
objeto
de
uma
reflexão
positiva,
porque
se
prestava,
na
cidade,
a
um
debate
público
de
argumentos.
O
declínio
do
mito
data
do
dia
em
que
os
primeiros
Sábios
puseram
em
discussão
a
ordem
humana,
procuraram
defini-‐la
em
si
mesma,
traduzi-‐la
em
fórmulas
acessíveis
a
sua
inteligência,
aplicar-‐lhe
a
norma
do
número
e
da
medida.
Assim
se
destacou
e
se
definiu
um
pensamento
propriamente
político,
exterior
a
religião,
com
seu
vocabulário,
seus
conceitos,
seus
princípios,
suas
vistas
teóricas.
Este
pensamento
marcou
profundamente
a
mentalidade
do
homem
antigo;
caracteriza
uma
civilização
que
não
deixou,
enquanto
permaneceu
viva,
de
considerar
a
vida
pública
como
o
coroamento
da
atividade
humana”.
Considerando
a
citação
acima,
extraída
do
livro
As
origens
do
pensamento
grego,
de
Jean
Pierre
Vernant,
e
os
conhecimentos
da
relação
entre
mito
e
filosofia,
é
incorreto
afirmar
que
a)
os
filósofos
gregos
ocupavam-‐se
das
matemáticas
e
delas
se
serviam
para
constituir
um
ideal
de
pensamento
que
deveria
orientar
a
vida
pública
do
homem
grego.
b)
a
discussão
racional
dos
Sábios
que
traduziu
a
ordem
humana
em
fórmulas
acessíveis
a
inteligência
causou
o
abandono
do
mito
e,
com
ele,
o
fim
da
religião
e
a
decorrente
exclusividade
do
pensamento
racional
na
Grécia.
c)
a
atividade
humana
grega,
desde
a
invenção
da
política,
encontrava
seu
sentido
principalmente
na
vida
pública,
na
qual
o
debate
de
argumentos
era
orientado
por
princípios
racionais,
conceitos
e
vocabulário
próprios.
d)
a
política,
por
valorizar
o
debate
publico
de
argumentos
que
todos
os
cidadãos
podem
compreender
e
discutir,
comunicar
e
transmitir,
se
distancia
dos
discursos
compreensíveis
apenas
pelos
iniciados
em
mistérios
sagrados
e
contribui
para
a
constituição
do
pensamento
filosófico
orientado
pela
Razão.
e)
ainda
que
o
pensamento
filosófico
prime
pela
racionalidade,
alguns
filósofos,
mesmo
após
o
declínio
do
pensamento
mitológico,
recorreram
a
narrativas
mitológicas
para
expressar
suas
ideias;
exemplo
disso
e
o
“Mito
de
Er”
utilizado
por
Platão
para
encerrar
sua
principal
obra,
A
República.
13.
(Ueg
2011)
No
século
V
a.C.,
Atenas
vivia
o
auge
de
sua
democracia.
Nesse
mesmo
período,
os
teatros
estavam
lotados,
afinal,
as
tragédias
chamavam
cada
vez
mais
a
atenção.
Outro
aspecto
importante
da
civilização
grega
da
época
eram
os
discursos
proferidos
na
ágora.
Para
obter
a
aprovação
da
maioria,
esses
pronunciamentos
deveriam
conter
argumentos
sólidos
e
persuasivos.
Nesse
caso,
alguns
cidadãos
procuravam
aperfeiçoar
sua
habilidade
de
discursar.
Isso
favoreceu
o
surgimento
de
um
grupo
de
filósofos
que
dominavam
a
arte
da
oratória.
Esses
filósofos
vinham
de
diferentes
cidades
e
ensinavam
sua
arte
em
troca
de
pagamento.
Eles
foram
duramente
criticados
por
Sócrates
e
são
conhecidos
como
a)
maniqueistas.
4. http://historiaonline.com.br
LISTA
DE
EXERCÍCIOS:
DO
MITO
À
FILOSOFIA
PRÉ-‐SOCRÁTICA
Prof.
Rodolfo
b)
hedonistas.
c)
epicuristas.
d)
sofistas.
14.
(Uenp
2011)
Mario
Quintana,
no
poema
“As
coisas”,
traduziu
o
sentimento
comum
dos
primeiros
filósofos
da
seguinte
maneira:
“O
encanto
sobrenatural
que
há
nas
coisas
da
Natureza!
[...]
se
nelas
algo
te
dá
encanto
ou
medo,
não
me
digas
que
seja
feia
ou
má,
é,
acaso,
singular”.
Os
primeiros
filósofos
da
antiguidade
clássica
grega
se
preocupavam
com:
a)
Cosmologia,
estudando
a
origem
do
Cosmos,
contrapondo
a
tradição
mitológica
das
narrativas
cosmogônicas
e
teogônicas.
b)
Política,
discutindo
as
formas
de
organização
da
polis
e
estabelecendo
as
regras
da
democracia.
c)
Ética,
desenvolvendo
uma
filosofia
dos
valores
e
da
vida
virtuosa.
d)
Epistemologia,
procurando
estabelecer
as
origens
e
limites
do
conhecimento
verdadeiro.
e)
Ontologia,
construindo
uma
teoria
do
ser
e
do
substrato
da
realidade.
15.
(Unicentro
2010)
Leia
o
fragmento
de
um
texto
pré-‐
socrático:
“Ainda
outra
coisa
te
direi.
Não
há
nascimento
para
nenhuma
das
coisas
mortais,
como
não
há
fim
na
morte
funesta,
mas
somente
composição
e
dissociação
dos
elementos
compostos:
nascimento
não
é
mais
do
que
um
nome
usado
pelos
homens”.
(EMPÉDOCLES.
Apud
ARANHA/
MARTINS.
Filosofando:
Introdução
à
Filosofia.
3ª
Ed.,
São
Paulo:
Moderna,
2006
-‐
p.
86.).
A
respeito
da
relação
entre
mythos
e
logos
(razão)
no
início
da
filosofia
grega,
analise
as
assertivas
e
assinale
a
alternativa
que
aponta
as
corretas.
I.
O
fragmento
acima
denota
a
“luta
de
forças”
opostas
na
massa
dos
membros
humanos,
que
ora
unem-‐se
pelo
amor
–
no
início
todos
os
membros
que
atingiram
a
corporeidade
da
vida
florescente
–,
ora
divididos
pela
força
da
discórdia,
erram
separados
nas
linhas
da
vida.
Assim
ocorre
também
com
todos
os
outros
seres
na
natureza.
II.
A
verdade
filosófica
apresenta-‐se
no
pensamento
de
Empédocles
através
de
uma
estrutura
lógica
muito
distante
da
“verdade”
expressa
nos
relatos
míticos
dos
gregos
arcaicos.
III.
Nascimento
e
morte,
no
texto
de
Empédocles,
são
apresentados
por
meio
de
representações
míticas
que
o
filósofo
retira
de
uma
tradição
religiosa
presente
ainda
em
seu
tempo.
Essas
imagens,
consequentemente,
se
transpõem,
sem
deixarem
de
ser
místicas,
em
uma
filosofia
que
quer
captar
a
verdadeira
essência
da
realidade
física.
IV.
O
fragmento
denota
continuidade
do
pensamento
mítico
no
início
da
filosofia,
pois
estão
presentes
ainda
o
uso
de
certas
estruturas
comuns
de
explicação.
a)
Apenas
II,
III
e
IV
estão
corretas.
b)
Apenas
I,
III
e
IV
estão
corretas.
c)
Apenas
I
e
II
estão
corretas.
d)
Apenas
I
e
IV
estão
corretas.
e)
Apenas
I,
II
e
IV
estão
corretas.
5. http://historiaonline.com.br
LISTA
DE
EXERCÍCIOS:
DO
MITO
À
FILOSOFIA
PRÉ-‐SOCRÁTICA
Prof.
Rodolfo
Gabarito:
Resposta
da
questão
1:
[C]
O
argumento
de
Zenão
problematiza
a
tese
de
que
o
espaço,
conceitualmente
dado,
é
divisível.
Portanto,
o
seu
argumento
parte
da
suposição
da
verdade
dessa
qualidade
do
espaço,
sua
divisibilidade,
para
provar
o
seu
absurdo.
Se
considerarmos
possível
a
divisão
do
espaço,
então
teremos
que
assumir,
por
exemplo,
que
é
impossível
Aquiles
ultrapassar
a
tartaruga
em
uma
corrida,
pois
para
Aquiles
ultrapassar
a
tartaruga
ele
teria
antes
que
ultrapassar
a
metade
da
distância
entre
eles,
e
depois
a
metade
da
metade,
e
depois
a
metade
da
metade,
assim
por
diante
infinitamente,
de
modo
que
Aquiles
nunca
sairia
do
seu
lugar
de
origem.
Como
isso
é
absurdo,
então
o
espaço
não
é
efetivamente
divisível
e
sim
uno;
também,
o
movimento
é
ilusório,
pois
não
existe
um
percurso
que
se
percorre,
afinal
não
se
pode
realmente
dividir
o
espaço.
Resposta
da
questão
2:
[B]
O
conceito
de
physis
entre
os
pré-‐socráticos
expressa
basicamente
o
princípio
gerador,
constituinte
e
ordenador
de
todas
as
coisas.
Segundo
Parmênides,
este
princípio
é
aquilo
que
racionalmente
compreendemos
ser
sempre
e
nunca
mutante,
sendo
o
seu
contrário
justamente
o
não-‐ser.
É
uma
tese
difícil
de
apreendermos,
como
se
pode
observar
no
seguinte
trecho
do
seu
poema:
“eu
te
direi,
e
tu,
recebe
a
palavra
que
ouviste,
os
únicos
caminhos
de
inquérito
que
são
a
pensar:
o
primeiro,
que
é;
e,
portanto,
que
não
é
não
ser,
de
Persuasão,
é
caminho,
pois
à
verdade
acompanha.
O
outro,
que
não
é;
e,
portanto,
que
é
preciso
não-‐ser.
Eu
te
digo
que
este
último
é
atalho
de
todo
não
crível,
Pois
nem
conhecerias
o
que
não
é,
nem
o
dirias...”
(tradução
de
José
Cavalcante
de
Souza,
“Parmênides
de
Eléia”,
in
Os
pré-‐socráticos,
coleção
Os
Pensadores)
Resposta
da
questão
3:
a)
O
logos,
no
pensamento
de
Heráclito,
é
o
princípio,
ou
seja,
é
o
mundo
como
devir
eterno,
é
a
guerra
entre
os
contrários
que
possuem
em
si
mesmos
a
existência
própria
e
do
oposto,
é
a
unidade
da
multiplicidade
na
qual
“tudo
é
um”,
é
o
fogo,
é
o
conhecimento
verdadeiro.
O
logos
é
a
exposição
de
um
único
mundo
comum
a
todos.
b)
O
logos
possui
no
seu
sentido
comum
um
caráter
contingente,
quer
dizer,
qualquer
homem
é
capaz
de
construir
uma
narrativa,
um
discurso
sobre
o
mundo.
E
Heráclito
diz
que
o
mais
o
corriqueiro
é
exatamente
a
construção
arbitrária
e
parcial
disto
que
antes
de
tudo
deveria
ser
comum.
Ele,
então,
alerta
sobre
a
necessidade
de
que
o
logos
não
seja
exposto
sem
que
antes
haja
o
reconhecimento
da
inteligência
que
torna
isto
aparentemente
diverso
em
algo
unido
sob
um
único
governo,
a
saber,
o
logos
comum.
Resposta
da
questão
4:
[C]
A
Filosofia
difere
fundamentalmente
do
mito,
pois
este
é
um
discurso
baseado
na
autoridade
religiosa
e
aquela
é
um
discurso
baseado
na
racionalidade
de
todo
e
qualquer
cidadão.
O
desenvolvimento
da
Filosofia
está
muitíssimo
próximo
do
desenvolvimento
das
cidades-‐estados
gregas
que
deixavam
de
tomar
decisões
concordantes
com
os
aconselhamentos
dos
oráculos
e
passavam
a
tomar
suas
decisões
através
do
diálogo
entre
homens
igualmente
racionais.
De
todo
modo,
a
narrativa
mítico-‐religiosa
possuía
sua
importância
por
garantir
a
sobrevivência
de
tradições,
que
definiam
a
cultura
dos
povos
e
mantinham
os
cidadãos
convivendo
de
modo
relativamente
harmonioso.
Resposta
da
questão
5:
[D]
A
filosofia
nasce,
historicamente,
em
um
período
da
Grécia
antiga
no
qual
se
modificava
a
maneira
com
que
os
homens
se
relacionavam.
Sendo
que
os
mitos
organizavam
toda
a
vida
social,
consolidando
práticas
e
cerimônias
religiosas
nas
famílias,
entre
as
famílias,
nas
tribos,
entre
cidades,
etc.,
a
sua
modificação,
ou
até
extinção,
inevitavelmente
faria
renascer,
distinta,
a
organização
das
relações
dos
homens
entre
eles
mesmos
nas
casas
e
na
cidade.
A
filosofia,
por
conseguinte,
tem
sua
origem
em
duas
modificações
uma
contextual
e
outra
subjetiva,
isto
é,
uma
modificação
na
cidade
e
outra
no
próprio
homem.
As
modificações
da
cidade
e
da
própria
subjetividade
se
confundem,
pois
a
própria
cidade
deixa
de
se
conformar
com
certas
tradições
religiosas
e
a
própria
subjetividade,
com
o
passar
das
gerações,
deixa
de
prezar
os
valores
ancestrais
organizados
nos
mitos.
Com
essas
mudanças,
a
cidade
e
o
homem
passam
a
se
constituir
a
partir
de
outras
práticas
consideradas
fundamentais,
como
o
pensamento
racional
–
um
pensamento
com
começo,
meio
e
fim
e
justificado
pela
a
experiência
do
mundo,
sem
o
auxílio
de
entes
inalcançáveis.
Resposta
da
questão
6:
[D]
No
período
em
questão,
as
cidades
passam
a
se
organizar
de
uma
maneira
distinta,
livrando-‐se
de
uma
centralização
na
figura
de
um
rei
(anax)
e
estabelecendo
a
figura
de
vários
líderes
(basileus).
Nesta
nova
ordem,
o
rei
não
é
capaz
de
dar
a
ordem
para
ser
obedecido
incondicionalmente
e
os
vários
líderes
devem
ser
convencidos
da
ação
necessária
pela
racionalidade
do
argumento,
e
não
pela
coerção.
Essa
necessidade
de
argumentar
racionaliza
os
procedimentos
deliberativos
da
cidade
e
acabam
por
estabelecer
uma
ordem
na
qual
a
tradição
passa
a
ser
afastada
de
pouco
em
pouco
por
sua
inaptidão
em
atender
problemas
de
ordem
prática
com
eficiência.
6. http://historiaonline.com.br
LISTA
DE
EXERCÍCIOS:
DO
MITO
À
FILOSOFIA
PRÉ-‐SOCRÁTICA
Prof.
Rodolfo
Resposta
da
questão
7:
[E]
O
pensamento
de
Demócrito
e
Leucipo
é
chamado
de
atomístico,
por
considerarem
que
todas
as
coisas
são
constituídas
por
elementos
indivisíveis,
que
estão
em
constante
movimento
e
se
agrupam
de
formas
diversas,
formando
os
corpos.
Esses
elementos
indivisíveis
é
que
são
chamados
de
átomos.
Resposta
da
questão
8:
[D]
Anaxímenes
de
Mileto
(585–528
a.C.)
é
um
filósofo
pré-‐
socrático
preocupado
com
a
cosmologia,
isto
é,
preocupado
com
a
ordenação
das
coisas
que
compões
o
mundo.
Desse
modo,
a
sua
filosofia
posiciona
princípios
dos
quais
ele
pensa
poder
derivar
de
maneira
coerente
e
coesa
o
sentido
da
existência
de
tudo
que
há
na
natureza.
Já
São
Basílio
Magno
(329–379
d.C.)
é
um
teólogo
preocupado
com
a
propagação
da
verdade
revelada
pela
Bíblia,
o
livro
que
já
oferece
toda
a
ordenação
das
coisas
que
compõem
o
mundo.
Desse
modo,
Deus
não
é
exatamente
um
princípio
do
qual
se
origina
o
mundo,
mas
sim
o
próprio
criador
desse
mundo,
o
seu
dono
e
conhecedor
de
todas
as
suas
regras
cosmológicas.
Resposta
da
questão
9:
[A]
Somente
a
alternativa
[A]
está
correta.
Anaximandro
considerava
que
a
arché
do
mundo
era
o
ilimitado,
e
não
a
água
e
o
fogo.
Anaxímenes,
diferenciando-‐se
de
Anaximandro,
afirmava
que
a
origem
das
coisas
era
o
ar.
Por
fim,
Heráclito
concebia
o
mundo
justamente
como
um
movimento
de
luta
dos
contrários.
Resposta
da
questão
10:
02
+
08
+
16
=
26.
O
surgimento
da
filosofia
só
foi
possível
graças
às
transformações
sociais
e
econômicas
ocorridas
na
Grécia,
permitindo
o
surgimento
dessa
nova
modalidade
de
conhecimento,
dito
filosófico.
Filosofia
significa
uma
atitude
crítica
frente
ao
mundo
e
que
não
se
contenta
com
os
conhecimentos
aparentes.
Desta
forma,
o
filósofo
cria
conceitos
que
o
ajudam
a
chegar
mais
perto
da
verdade,
ainda
que
não
tenha
qualquer
garantia
que
irá
conseguir
chegar
a
ela
ou
não.
Resposta
da
questão
11:
[B]
A
alternativa
[B]
é
a
mais
correta.
O
mito
pode
ser
caracterizado
pela
sua
narrativa
fantástica
e
que
serve
de
modelo
explicativo
sobre
a
origem
das
coisas
e
do
porquê
delas
serem
como
são.
A
filosofia,
em
contrapartida,
ainda
que
faça
indagações
similares
a
essas,
rejeita
as
explicações
fantásticas,
considerando
a
razão
como
critério
de
veracidade
de
suas
análises
e
explicações.
Resposta
da
questão
12:
[B]
O
nascimento
da
filosofia
não
significou
o
abandono
absoluto
dos
mitos,
que
continuaram
presentes
tanto
na
cultura
grega
quanto
em
obras
filosóficas,
como
recursos
de
argumentação,
como
bem
apresenta
a
alternativa
[E].
Resposta
da
questão
13:
[D]
É
um
tanto
complicado
chamar
os
conhecidos
sofistas
de
filósofos,
afinal
eles
eram
conhecidos
como
sofistas,
e
não
como
filósofos,
e
existe
um
motivo
para
tal
diferenciação.
Basicamente,
a
diferença
está
na
relação
com
o
conhecimento
que
cada
um
dos
tipos
mantém.
O
sofista
possui
um
relacionamento
técnico
com
o
conhecimento,
isto
é,
o
sofista
domina
a
opinião
(dóxa)
e
faz
uso
técnico
deste
tipo
de
conhecimento
para
estabelecer
posições
relativas,
com
força
argumentativa
menor
ou
maior.
O
filósofo
possui
um
relacionamento
amoroso
com
o
conhecimento,
isto
é,
o
filósofo
deseja
conhecer
e,
por
conseguinte,
busca,
através
de
uma
investigação
rigorosa,
desvelar
a
verdade
(alétheia)
por
trás
das
opiniões
particulares
que
cada
homem
possui
sobre
as
coisas
do
mundo.
Portanto,
por
serem
tipos
bastante
distintos
é
mais
interessante
que
não
sejam
confundidos
e
sejam
expostos
na
sua
diferença
para
que
enriqueçam
a
história
da
antiguidade
grega.
Resposta
da
questão
14:
[A]
O
período
pré-‐socrático
ou
cosmológico,
do
final
do
século
VII
ao
final
do
século
IV
a.C.
,
se
deu
quando
a
Filosofia
ocupou-‐se
fundamentalmente
com
a
origem
do
mundo
e
suas
transformações
na
natureza,
pois
entre
outras
coisas
não
admite
a
criação
do
mundo
a
partir
do
nada,
mas
a
afirma
a
geração
de
todas
as
coisas
por
um
princípio
natural
de
onde
tudo
vem
e
para
onde
tudo
retorna.
Resposta
da
questão
15:
[A]
A
filosofia
pré-‐socrática
pode
ser
considerada
como
uma
filosofia
de
transição
do
pensamento
mítico
para
o
pensamento
filosófico
propriamente
dito.
Assim
sendo,
encontramos
muitos
elementos
míticos
nos
escritos
desses
pensadores,
como
é
o
caso
de
Empédocles.
Este,
para
fazer
uma
abordagem
filosófica
da
morte,
utiliza-‐se
de
representações
míticas.
Nesse
sentido,
podemos
dizer
que
as
afirmativas
II,
III
e
IV
são
todas
corretas.
Em
contraposição
está
a
afirmativa
I,
que
é
incorreta
por
introduzir
a
ideia
de
“luta
de
forças”,
que
é
de
Heráclito,
e
não
de
Empédocles.