Limpeza e desinfeção de superfícies em ambiente escolar
Rombo de Monteiro
1. Rombo de Monteiro atinge 1.200 Milhões de Euros na
última semana.
Posted on July 21, 2016 by alertajornal
Com a decisão do Tribunal Arbitral, que condenou o Estado a pagar 150
Milhões ao seu ex-consórcio, o rombo nas contas do Estado atinge um
record de 1.200 Milhões de Euros, de acordo com os factos apurados na
última semana. E ainda a procissão vai no adro…
O Público noticia hoje (21 de Julho de 2016) que o Tribunal Arbitral
condenou o Estado português a pagar 150 Milhões de Euros ao
consórcio Elos, por causa da anulação do TGV.
E se até aqui seria o “business as usual” do ex-governo PaF, o problema
é que o concorrente que venceu o concurso público, o consórcio ELOS,
tinha justamente como Administrador Financeiro… Sérgio Monteiro.
Portanto, concorreu, venceu e contratualizou e depois, como
governante, na qualidade de Secretário das Obras do Governo
Passos/Portas, Monteiro anulou o concurso, obrigando agora o Estado
a premiar o seu ex-consórcio com 150 Milhões de Euros.
A este valor acrescem mais 150 Milhões de Euros que o Estado, através
da Parpública, ficou com o encargo de um SWAP muito mal explicado.
Na verdade, o Estado, por ordem da então Ministra Maria Luís
Albuquerque e tendo como Secretário das Obras, Sérgio Monteiro,
resgatou o financiamento do consórcio privado ELOS, num total de 600
Milhões de Euros, tendo ficado também com os prejuízos do famoso
SWAP.
2. Ainda esta semana, Monteiro fora apanhado noutra teia muita
complexa. As tão propagandeadas renegociações das parcerias
rodoviárias trouxeram um novo brinde para o privado. Com o
argumento que a renegociação do contrato da A23 representaria uma
poupança de 588 Milhões de Euros de encargos, foi feito mais um
negócio ruinoso. E muito ruinoso!
Acontece que escondidas de rabo de fora estavam as receitas. Ou seja,
enquanto anunciava uma quebra de 588 Milhões de Euros de encargos,
o anterior governo escondia que entregou a receita de portagem ao
privado com uma perda para o estado de 462 Milhões, de acordo com o
Jornal de Notícias. As famosas “poupanças” nas renegociações das PPP
feitas por Passos Coelho transformaram-se afinal em centenas de
milhões de Euros de ganho para os privados e perca para o país.
No total das concessões, estima-se que as célebres renegociações
tenham rendido ao privado, por via deste preciso expediente, o de
anular alguns dos encargos, entregando-lhes as receitas, 462 Milhões
de Euros.
O Alerta Jornal já tinha dado conta da investigação que o Ministério
Público estará a realizar ao crédito mal parado da Caixa Geral de
Depósitos. No caso concreto, a Concessão Douro Litoral, financiada por
Sérgio Monteiro e que representa hoje uma exposição de 270 Milhões e
um incumprimento de 180 Milhões, portanto, um buraco de 450
Milhões de Euros.
Em resumo, nas últimas semanas, é finalmente pública a parte dos
estragos da responsabilidade do “negociador” do Novo Banco: 150
Milhões para o seu ex-consórcio (indemnização TGV), mais 150 Milhões
da SWAP (TGV), mais 460 Milhões (renegociações), mais 450 (Douro
Litoral). Sérgio Monteiro, concedendo, financiando, contratualizando,
gerindo e depois renegociando e anulando os contratos, já custou ao
erário público 1.200 Milhões de Euros.
Faltam agora os relatórios do Tribunal de Contas sobre a TAP e a ANA,
para além do problema pendente de Cabo Verde que proíbe Sérgio
Monteiro de contactar o arguido José Veiga, num processo muito
escondido na Comunicação Social e que envolve Miguel Relvas.
Não despiciendo o facto do próprio Miguel Relvas ter nomeado Sérgio
Monteiro como sucessor de Passos, em entrevista ao Expresso de Junho
de 2015.
Com a sua soberba olímpica, Relvas rematou: “Tem feito um trabalho
espetacular”.