O documento discute fundamentos e metodologias para o ensino de ciências, enfatizando:
1) A importância de se considerar os conhecimentos prévios dos estudantes e de se usar estratégias que promovam a aprendizagem significativa;
2) Que a construção de conceitos científicos deve partir das ideias iniciais dos alunos e aproximá-los progressivamente dos conceitos científicos;
3) Que o papel do professor é mediar este processo, propondo atividades investigativas e significativas cultural e contextualmente
3. O que é ciência?
Quais são as suas
especificidades?
Qual é a diferença
entre a ciência dos
cientistas e a ciência
da escola?
Quem são os
cientistas?
Porque a educação
científica é importante
para a formação da
Ciência
4. O que deverão “saber” e “saber fazer” os professores de Ciências
Proposta baseada, de um lado, na ideia de aprendizagem como
construção de conhecimento com as características de uma pesquisa
científica e, de outro, na necessidade de transformar o pensamento
espontâneo do professor.
5. Fundamentos teóricos do processo ensino
aprendizagem das ciências da natureza
Organização dos conteúdos do componente
curricular de ciências no EF
Estratégias metodológicas para o ensino de
ciências;
A investigação e a pesquisa em fontes
diversas;
Experimentação e aulas práticas;
O uso das tecnologias da informação e da
comunicação;
Atividades lúdicas e jogos no ensino de
Ciências
Ciências nos anos iniciais: currículo e
experimentação
6. Saber Analisar criticamente o ensino habitual
☺Conhecer as limitações dos habituais currículos enciclopédicos e, ao mesmo
tempo, reducionistas. Conhecer e ter em conta que a construção do
conhecimento precisa de tempo.
☺Conhecer as limitações dos problemas habitualmente propostos.
☺Conhecer as limitações das formas de avaliação habituais.
☺Conhecer as limitações das formas de organização escolar habituais, muito
distantes das que podem favorecer um trabalho de pesquisa coletivo.
7. Procedimentos de ensino para uma aprendizagem como pesquisa
☺Saber Propor situações problemáticas que sejam acessíveis, gerem
interesse e proporcionem uma concepção preliminar da tarefa.
☺Orientar o tratamento científico dos problemas propostos, o que inclui, entre
outros:
- a invenção de conceitos e emissão de hipóteses;
- a elaboração de estratégias de resolução para contrapor as hipóteses à luz do
corpo de conhecimentos de que se dispõe.
-Favorecer, em especial, as atividades de síntese.
8. Saber Dirigir as atividades dos alunos
☺Apresentar adequadamente as atividades a serem realizadas, tornando
possível aos alunos adquirir uma concepção global da tarefa e o interesse pela
mesma.
☺Saber dirigir de forma ordenada as atividades de aprendizagem. Facilitar, em
particular, o funcionamento dos pequenos grupos e os intercâmbios
enriquecedores.
☺Realizar sínteses e reformulações que valorizem as contribuições dos alunos e
orientem devidamente o desenvolvimento da tarefa.
☺Facilitar de maneira oportuna a informação necessária para que os alunos
apreciem a validade de seu trabalho, abrindo-lhes novas perspectivas.
☺Criar um bom clima de funcionamento da aula, sabendo que uma boa
“disciplina” é o resultado de um trabalho interessante e de um relacionamento
correto entre professores e alunos.
☺Saber agir, enfim, como especialista capaz de dirigir o trabalho de várias
equipes de “pesquisadores iniciantes” e de transmitir seu próprio interesse pela
tarefa e pelos avanços de cada aluno.
9. Saber Avaliar
☺Conhecer e utilizar a avaliação como instrumento de aprendizagem que
permita favorecer um feedback adequado para promover o avanço dos
alunos.
☺Ampliar o conceito e a prática da avaliação ao conjunto de saberes,
destrezas e atitudes que interessa contemplar na aprendizagem ,
superando sua habitual limitação à memorização repetitiva de conteúdos
conceituais.
☺Introduzir formas de avaliação de sua própria tarefa docente como
instrumento de melhoria de ensino.
10. • O componente curricular Ciências da
Natureza engloba os campos da Biologia,
Física, Química, Geociências e Astronomia.
• Considera que os conhecimentos dessas
diferentes disciplinas podem proporcionar ao
estudante a construção do conhecimento
científico.
• Exige TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Ensino de Ciências – Educação
científica
11. • Como ele é elaborado
• PNLD
• Escolha
• Utilização pro 3 anos
• Objetivos:
• Servir como instrumento de apoio e mediação no
processo de construção das capacidades
necessárias para o aprendizado;
• Mobilizar estudantes e professores na busca de
informações em outras fontes;
• Abrir um leque de possibilidades de uso e de
interação com os estudantes.
Livro Didático
12. Ensino de Ciências: história
TENDÊNCIA
TRADICIONAL
(Até 1950)
TENDÊNCIA
TECNICISTA
(Até 1970)
TENDÊNCIA
PROGRESSISTA
(Atualidade)
Ensino de Ciências
Naturais
Tendência
Cibernética ???
13. Ensino de Ciências: história
Informativo
Fragmentado
Estanque
Na maioria das vezes, sem
interesse prático para os alunos
Crítico
Investigativo
Contextualizado
Propicia a participação do aluno
na construção e socialização dos
conceitos trabalhados
Ontem Hoje
14. Fundamentos Teórico-
Metodológicos
A produção do conhecimento científico é o
caminho percorrido pelos pesquisadores
para formular leis, teorias e modelos;
Impossibilidade de um único método
científico ser aplicável a todo e qualquer
domínio de investigação científica da
Natureza;
15. CONTEÚDOS DE CIÊNCIAS
NATURAIS
NO ENSINO FUNDAMENTAL
Critérios de seleção de conteúdos
Esses critérios, utilizados nas seleções dos
conteúdos dos eixos temáticos, também
serão úteis para o professor organizador de
currículos e planos de ensino, ao decidir
sobre que perspectivas, enfoques e
assuntos trabalhar em sala de aula.
16. Eixos temáticos
Os eixos temáticos representam uma organização
articulada de diferentes
conceitos, procedimentos, atitudes e valores para cada
um dos ciclos da escolaridade. Nos Parâmetros
Curriculares Nacionais de primeiro e segundo ciclos, a
escolha dos eixos orientou-se pela análise dos
currículos estaduais atualizados
Eixos temáticos estabelecidos para primeiro ciclo:
“ Vida e Ambiente” ,“ Ser Humano e Saúde” e
“ Tecnologia e Sociedade”
Os eixos temáticos foram elaborados de modo a
ampliar as possibilidades de realização dos
Parâmetros Curriculares Nacionais de Ciências
Naturais, com o estabelecimento, na prática de sala de
aula
17. Temas transversais e Ciências
Naturais
Os textos de cada eixo temático de Ciências
Naturais apontam várias conexões com todos
os temas transversais, seja para a melhor
compreensão dos conhecimentos e questões
científicas, seja para a ampliação das
análises.
Alguns deles tradicionalmente estão
presentes em muitos currículos de Ciências
Naturais, como Meio Ambiente, Saúde e
Orientação Sexual.
18. Programa Internacional de Avaliação de
Alunos - PISA
As avaliações do Pisa acontecem a cada três
anos e abrangem três áreas do conhecimento: –
Leitura, Matemática e Ciências – havendo, a
cada edição do programa, maior ênfase em cada
uma dessas áreas. Em 2000, o foco foi em
Leitura; em 2003, Matemática; e em
2006, Ciências. O Pisa 2009 iniciou um novo
ciclo do programa, com o foco novamente
recaindo sobre o domínio de Leitura; em 2012, é
novamente Matemática; e em 2015, Ciências.
Panorama geral da área de ciências
do século XXI
20. Desempenho dos alunos em Ciências
20121. Xangai (China) 580
2. Hong Kong (China)
555
3. Cingapura 551
pontos
4. Japão 547 pontos
5. Finlândia 545
pontos
6. Estônia 541 pontos
7. Coreia 538 pontos
8. Vietnã 528 pontos
9. Polônia 526 pontos
10. Liechtenstein 525
11. Canadá 525
pontos
12. Alemanha 524
pontos
13. República da China
523
14. Holanda 522
pontos
15. Irlanda 522 pontos
16. Macau (China) 521
17. Austrália 521
pontos
18. Nova
Zelândia 516
25. Letônia 502
pontos
26. França 499
pontos
27. Dinamarca 498
pontos
28. Estados
Unidos 497
29. Espanha 496
pontos
30. Lituânia 496
pontos
31. Noruega 495
pontos
32. Itália 494 pontos
33. Hungria 494
pontos
34. Luxemburgo 491
35. Croácia 491
pontos
36. Portugal 489
pontos
37. Rússia 486
pontos
38. Suécia 485 pontos
39. Islândia 478
pontos
46. Sérvia 445
pontos
47. Chile 445 pontos
48. Tailândia 444
pontos
49. Romênia 439
pontos
50. Chipre 438
pontos
51. Costa Rica 429
pontos
52. Cazaquistão 425
53. Malásia 420
pontos
54. Uruguai 416
pontos
55. México 415
pontos
56. Montenegro 410
57. Jordânia 409
pontos
58. Argentina 406
pontos
59. Brasil 405
60. Colômbia 399
pontos
61. Tunísia 398
21. Padrões de Preferência de
Estudantes (LAWSON, 2000)
1. Curiosos – aprender a partir de livros, por
“descobertas” e atividades práticas
2. Executores – Sem preferência por estilo de
aprendizagem
3. Cumpridores de Tarefas - ensino didático
convencional (instruções)
4. Sociais – maior afinidade por atividades
em grupo
22. ...” É QUESTIONÁVEL UMA AÇÃO
EDUCACIONAL BASEADA EM UM
ÚNICO ESTILO DIDÁTICO, QUE SÓ
DARIA CONTA DAS NECESSIDADES
DE UM TIPO PARTICULAR DE ALUNO
OU ALUNOS E NÃO DE OUTROS.”
23. “Se faz necessário, no ensino de
Ciências, ampliar os encaminhamentos
metodológicos para abordar os conteúdos
escolares, de modo que os estudantes
superem obstáculos conceituais originados na
sua vivência cotidiana.”
24. Formação de conceitos científicos na
idade escolar
Para Vygotsky (1991):
Conceito é um ato real e complexo de
pensamento que não pode ser ensinado por
meio de treinamento, só podendo ser
realizado quando o próprio desenvolvimento
mental da criança já tiver atingido o nível
necessário;
25.
26. Considera que ZDP está:
a) Entre o nível de desenvolvimento real
(o que o estudante já sabe e
consegue fazer) e;
b) O nível de desenvolvimento potencial
(o que o estudante ainda não
sabe, mas pode vir a saber, com a
mediação de outras pessoas)
são obtidos principalmente por
mediação didática.
27.
28.
29. Assim, o conhecimento da vida cotidiana
do estudante deve ser valorizado para que
os primeiros obstáculos conceituais sejam
superados, uma vez que são úteis para o
desenvolvimento de novas concepções.
Tomá-los como ponto de partida e
valorizá-los terá como consequência a
formação dos conceitos científicos.
30. Apontamentos para Ensino-aprendizagem bem
sucedido é necessário que professor de Ciências:
Conhecer a história da ciência;
Conhecer os métodos científicos empregados na
produção do conhecimento;
Conhecer as relações
conceituais, interdisciplinares e contextuais
associadas a produção de conhecimentos
Conhecer os desenvolvimentos científicos
recentes;
Saber selecionar os conteúdos científicos
escolares adequados ao ensino.
31. Aprendizagem Significativa no
Ensino de Ciências
“A aprendizagem significativa no ensino de
Ciências implica no entendimento de que o
estudante aprende conteúdos científicos
escolares quando lhes atribui significados.”
“Assim, a construção de significados é o
elemento central do processo de ensino-
aprendizagem.”
32. A construção de significados pelo
estudante é o resultado de uma rede de
interações composta:
Estudante
Conteúdos escolares
Professor como mediador do processo de
ensino-aprendizagem
Sendo fundamental considerar:
Organização dos conteúdos
Estratégias metodológicas adequadas
Material didático significativo
◦ Conhecimento prévio relevante do
estudante
33. O Professor
Ensino de Ciências é cada vez mais
exigente. O professor deve ser capaz de
ensinar múltiplas ciências e
metodologias, a crianças de habilidades e
culturas variadas, adaptando o ensino às
concepções iniciais dos alunos e às
condições da escola. Conhecer e aplicar
ciências cognitivas, pedagogia, e
ciências; pesquisar literatura e montar
demonstrações.
(Como as Pessoas Aprendem, NRC/EUA, SENAC/SP2007)
33
36. MATÉRIA
CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
PROPRIEDADES DA MATÉRIA
SISTEMAS BIOLÓGICOS
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO
CÉLULA
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES
VIVOS
MECANISMOS DE HERANÇA GENÉTICA
37. ENERGIA
FORMAS DE ENERGIA
CONVERSÃO DE ENERGIA
TRANSMISSÃO DE ENERGIA
BIODIVERSIDADE
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
SISTEMÁTICA
ECOSSISTEMAS
INTERAÇÕES ECOLÓGICAS
ORIGEM DA VIDA
EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS
38. ENCAMINHAMENTO
METODOLÓGICO
A Diretriz Curricular de Ciências propõe
integração dos conceitos científicos e
valorização do pluralismo metodológico.
Para isso há que superar práticas
pedagógicas centradas num único método e
em aulas de laboratório que visem somente
comprovação de teorias e leis.
52. Como vem
trabalhando com a
área de ciências
naturais?
Como organiza seu
planejamento?
De onde obtém os
conteúdos que
privilegia em sala de
aula?
Que materiais
didáticos e
paradidáticos utiliza ?
E você?
55. Ponto de partida: conhecimentos
prévios dos alunos.
“ O professor deve estimular o
questionamento das situações e as
interpretações apresentadas pelos
alunos, para que eles sintam
necessidade de rediscutí-las
, reconstruí-las ou ampliá-las”.
(Porto et al., 2009)
Problematização
56. • É considerado uma das formas mais efetivas de
ensino de ciências naturais no momento atual.
• O método do 5Es foi descrito por Bybee et al. (1989
apud PATRO, 2008), e se baseia em uma visão
construtivista da educação, que visa possibilitar um
papel mais ativo dos estudantes no processo de
aprendizagem.
Estágios do Ciclo:
• Envolvimento
• Exploração
• Explicação
• Elaboração ou Aprofundamento
• Avaliação[1]
[1] Em inglês, escreve-se “evaluation”. Por isso perfaz, com os demais estágios, os 5Es.
Ciclo de aprendizagem
57. Estágios do Ciclo de aprendizagem
Avaliação
Envolvimento
Exploração
ExplicaçãoElaboração ou
aprofundamento
Ciclo de
Aprendizagem
58. • Observação (direta ou indireta): atividade intencional
e planejada.
Exemplo: observação do movimento aparente do
Sol, as fases da Lua, dia e noite.
• Trabalho de campo: permite a integração da criança
com o ambiente, possibilitando o desenvolvimento de
atitudes de preservação.
Exemplo: observação dos componentes vivos e não
vivos de um local.
Algumas sugestões
59. • Experimentação (experimentação problematizadora e
investigação).
Exemplo: identificação do amido nos alimentos,
existência do ar.
• Atividades de pesquisa: Individual ou coletiva.
– Busca pela internet ou em outras fontes como livros,
enciclopédias, revistas, CD-ROM;
– Entrevistas;
– Pesquisa de opinião, a pesquisa histórica.
Exemplo: Conversando com um profissional, com
familiares, pessoas mais velhas.
Algumas sugestões
60. • O uso de programas da TV e do computador
• Interpretação de
gravuras, esquemas, gráficos, tabelas, desenhos;
• Exposições e os murais;
• Conversação dirigida (roda de conversa);
• Composição de relatório;
• Músicas, poesias, livros de literatura;
• Jogos, brincadeiras; dramatizações
• Dramatizações e história em quadrinhos.
Algumas sugestões
61. Apontamentos
Planejar diferentes estratégias,
selecionadas em função de critérios como:
conteúdo, sujeito (estudante), ambiente
de sala de aula, comunidade escolar,
turma, entre outros.
Problematização, contextualização,
interdisciplinaridade, pesquisa, leitura,
crítica, atividade em grupo, observação,
lúdico, atividades experimentais, aulas
expositivas, entre outros.
62. Filmes Para Assistir
A língua da Mariposa
◦ http://pt.fulltv.tv/la-lengua-de-las-mariposas.html
◦ http://www.youtube.com/watch?v=QuT2by77zgs
63. Discussão Texto (Reflexão)
Metodologia e prática de ensino de
ciências: A aproximação do estudante
de magistério das aulas de ciências
no 1º grau.
Fundamentos teórico-metodológicos
do ensino de ciências.
64. Algumas observações:
O estudo de ciências naturais
O estudo das ciências deve contribuir para que os
aluno compreendam melhor o mundo e suas
transformações, possam agir de forma responsável
em relação ao meio ambiente e aos seus semelhantes
e reflitam sobre as questões éticas que estão
implícitas na relação entre ciência e sociedade.
Nesse processo,o papel do educador é fundamental.
Sua atitude é sempre uma referência para os alunos: a
consideração das múltiplas opiniões, a persistência na
busca de informações, a valorização da vida e o
respeito às individualidades serão observados e
servirão de exemplo na formação dos valores dos
65. O livro texto: uma orientação geral
O livro texto é apenas um dos fatores
que podem facilitar a
aprendizagem, aumentando, por
exemplo, a compreensão do
estudante acerca de um conceito.
No entanto, é preciso que o livro texto
seja combinado a estratégias que
ajudem o estudante a construir o
significado dos conceitos científicos
66. O livro texto não é, nem deve ser, o único
recurso disponível para o professor. Ele é um
entre os diferentes meios de aprendizagem no
processo que visa à construção do
conhecimento e que acontece por meio da
interação de estudantes com professores.
Dependendo dos recursos de cada escola, o
professor pode valer se de textos de
jornais, revistas e outros livros, fitas de
vídeo, CDROM, softwares educativos e sites da
internet, além da realização de experimentos
em laboratório e outras atividades que
envolvam a participação ativa do estudante.
Sem esquecer, naturalmente, a própria
exposição do tema pelo professor, que pode ser
feita de modo a lançar desafios, levando o
aluno a refletir sobre suas concepções e, com
67. As saídas da escola para a realização de
trabalhos de campo devem ter um objetivo
claro e previamente especificado para os
alunos.
Eles precisam se preparar com leituras
(livros didáticos e paradidáticos, jornais,
revistas, apostilas) e ser orientados sobre
todos os procedimentos adotados, além de
solicitados a resolver determinado problema
durante a visita.
Após esse trabalho, os alunos devem
apresentar suas observações e dúvidas
oralmente ou em relatório escrito, individual
ou de grupo. Esse procedimento organiza as
visitas, aumenta a motivação e evita ao
68. O professor deverá desenvolver os
conteúdos de Ciências, privilegiando os
que sejam prementes na região, podendo
desenvolver projetos que auxiliem a
comunidade a resolver ou eliminar
problemas relacionados à saúde, ao meio
ambiente ou à vida.
Nas últimas décadas, presenciou se a
divulgação de problemas ambientais nos
meios de comunicação, o que sem dúvida
tem contribuído para que as populações
estejam alerta.
69. No ensino de Ciências, é essencial o
desenvolvimento de posturas e valores
pertinentes às relações entre os seres
humanos, entre eles e o meio, entre o
ser humano e o
conhecimento, contribuindo para uma
educação que formará indivíduos
sensíveis e solidários, cidadãos
conscientes dos processos e
regularidades de mundo e da
vida, capazes assim de realizar ações
práticas, de fazer julgamentos e de
tomar decisões.
70. A natureza passou a ser vista como
algo afetado, em geral de maneira
desastrosa, pela sociedade humana
que, por sua vez, tornou se agressora
do ambiente – sua vítima.
Aí, o conhecimento tornou se
necessário para proteger a natureza e
corrigir os erros ecológicos
71. TRABALHO COM ATIVIDADES
PRÁTICAS
O trabalho com atividades
práticas é muito importante para
desenvolver habilidades de
raciocínio no aluno e motivá lo
para o aprendizado do tema em
questão.
72. Trabalhando com filmes
O filme é uma fonte muito valiosa de relação
entre a realidade e o conteúdo da aprendizagem
formal, pois se trata de uma forma de linguagem
mais próxima e distinta das utilizadas
normalmente nas aulas.
como as visitas, a sessão de filmes pode se
tornar apenas uma diversão. Para evitar que isso
aconteça, devem ser feitos um trabalho prévio e
outro posterior.
Seria interessante discutir com a classe qual a
contribuição específica do filme para o estudo do
assunto e dirigir a observação para determinados
aspectos.
Depois da exibição do filme, os alunos devem ser
orientados a fazer uma pauta das informações
prioritárias, que será utilizada na troca de idéias.
73. Projetos
O trabalho com projetos permite a
construção coletiva do
conhecimento.
São atividades executadas por
um aluno ou por uma equipe para
resolver um problema e que
resultam em um relatório, uma
coleção de
organismos, enfim, um produto
final concreto.
74. Temas transversais
O trabalho com temas transversais
constitui se numa estratégia que visa a
globalização do conhecimento, por meio
de temas contextualizados relativos a
questões sociais amplas e relevantes;
permite a abordagem dessas questões
nos vários campos do saber em toda a
sua complexidade, evitando assim o seu
enfoque em uma só área
75. BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? 2. ed. São Paulo:
Ática, 2001.
BONAMINO, A.; BRANDÃO, Z. Currículo e tensão.
Cadernos de Pesquisa, São Paulo: nº 92, pp. 16-25, fev
1995.
BORGES, R. M. R.; MORAES, R. Educação em ciências
nas séries iniciais. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília:
MEC/SEF, 1997.
CARVALHO, A. M. P. et al. Ciências no Ensino
Referências
76. CARVALHO, A. M. P.;GIL-PÉREZ Formação de
professores de Ciências: tendências e inovações. São
Paulo: Cortez, 1993
NARDI, R. (org.) Questões atuais no ensino de ciências.
São Paulo: Escrituras, 1998.
_____________. Educação em ciências: da pesquisa à
prática docente. São Paulo: Escrituras, 2001.
OLIVEIRA, D.(org.) Ciências nas salas de aula. Porto
Alegre: mediação, 1997.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação
das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999.
WEISSMANN, H.(Org.) Didática das ciências naturais.
Porto Alegre: Artmed, 1998.
Referências
77. Grupo 1 – Ambiente
Grupo 2 – Ser Humano e Saúde
Grupo 3 – Recursos Tecnológicos
Grupo 4 – Universo
Trabalho em grupo
Para 3º Aula
78. Grupo 1 – Concepção de ciência
Grupo 2 – Ciência, tecnologia e sociedade
Grupo 3 – Ensinar ciências: resgate histórico
Grupo 4 – Repensando a prática de ensino de
ciências naturais nos anos iniciais
Grupo 5 – O uso do livro didático
Trabalho em grupo
Para 4º Aula
79. 2º Aula -ASPECTOS ESSENCIAIS
PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS
HISTÓRIA DA CIÊNCIA
O uso de
documentos, textos, imagens e
registros da história como recurso
pedagógico contribui para a formação
do professor e possibilita melhorias na
abordagem do conteúdo específico.
80. Ensino de Ciências: história
TENDÊNCIA
TRADICIONAL
(Até 1950)
TENDÊNCIA
TECNICISTA
(Até 1970)
TENDÊNCIA
PROGRESSISTA
(Atualidade)
Ensino de Ciências
Naturais
81. Ensino de Ciências: história
Informativo
Fragmentado
Estanque
Na maioria das vezes, sem
interesse prático para os alunos
Crítico
Investigativo
Contextualizado
Propicia a participação do aluno
na construção e socialização dos
conceitos trabalhados
Ontem Hoje
82. • Sobrevivência nem sempre científica
• Especificidades do conhecimento
cotidiano e do conhecimento científico:
- Contradições
- Terminologia
- Independência do contexto
- Interdependência conceitual
- Socialização
Texto: Conhecimento científico e
cotidiano – Nelio Bizzo, 2007
84. Conceito de Ciência:
Ciência é uma atividade
humana, construída coletivamente, que
influencia e sofre influências sociais,
tecnológicas, culturais,éticas e políticas.
85. É necessário e imprescindível determiná-la no
tempo e no contexto das realizações
humanas, que também são historicamente
determinadas.
A Ciência não revela a verdade, mas propõe
leis, teorias e modelos explicativos utilizando
métodos científicos, os quais, por sua
vez, são construções humanas.
86. História da Ciência:
Analisar o passado da ciência e
daqueles que a construíram, significa
identificar as diferentes formas de
pensar sobre a Natureza, interpretá-la e
compreendê-la, nos diversos momentos
históricos.
87. “Na Ciência, rompe-se com modelos
científicos anteriormente aceitos como
explicações para determinados fenômenos da
natureza.” (Gaston Bachelard, 1964)
Três períodos do desenvolvimento científico:
Estado Pré-Científico – compreende as
publicações do período da antiguidade até
sec. XVIII. Buscava-se a superação dos
modelos construídos sob o pensamento mítico
e teológico. Ex: Systema Naturae de Lineu (1735)
88. Estado Científico – compreende do final
sec. XVIII até início do sec. XX. Neste,
buscou-se a universalidade do método
científico como estratégia de
investigação valendo-se de
procedimentos experimentais e
levantamento de hipóteses.
Ex: Origem das Espécies (Charles Darwin 1859)
89. Estado do Novo Espírito Científico – de
1905, a partir da Teoria da
Relatividade de Einstein que deforma
conceitos primordiais que eram tidos
como fixados para sempre. Período em
que a tecnologia influenciou e sofreu
influências dos avanços científicos.
Ex: inovações técnicas após a Segunda
Guerra Mundial.
90. O Ensino de Ciências no Brasil
1931 – a disciplina consolidou-se no
currículo das escolas. Tinha como
objetivo transmitir conhecimentos
científicos de diferentes ciências
naturais com metodologia centrada na
aula
expositiva, memorização, privilegiand
o-se a quantidade de informações
científicas.
91. 1940 – criou-se o Instituto Brasileiro de
Educação, Ciência e Cultura que permitiu o
desenvolvimento de pesquisas e treinamento
de professores e a implantação de projetos
que influenciaram a divulgação científica na
escola.
1950 a 1960 – educação científica centrada em
aulas que reproduziam modelos científicos por
meio da experimentação seguindo os modelos
americanos e ingleses. (Futuro cientista)
92. 1980 – o método científico cedeu espaço
para aproximações entre ciência e sociedade
valorizando conteúdos mais próximos do
cotidiano, identificando problemas e
propondo soluções.
1990 – LDB 5692/71 conteúdos escolares em
três eixos: 1-Noções de Astronomia,2-
Transformação de Matéria e Energia, 3-
Saúde
93. 1996 –LDB 9394/96 os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN) ocorre
reorganização dos conteúdos escolares das
Ciências de âmbito federal: 1-Terra e
Universo, 2-Vida e Ambiente, 3-Ser Humano
e Saúde, 4- Tecnologia e Sociedade.
94. Divulgação Científica
O uso didático de materiais de
divulgação científica como revistas,
jornais, documentários, visitas a
museus e centros de ciências requer
adequação didática. (ex:linguagem,
relação com o conteúdo específico,
recortes, rigor teórico conceitual).
95. 3. Atividades Experimentais
São estratégias fundamentais de ensino
pois propiciam interpretações, discussões e
confrontos de ideias entre os estudantes,
além da natureza investigativa.
A intervenção didática do professor ao
propor atividades experimentais deve gerar
dúvidas, problematizar o conteúdo, valorizar
os resultados “errados”, direcionando a
construção de conhecimentos mais
consistentes.
96. AVALIAÇÃO
A avaliação é importante no processo de
ensino-aprendizagem, pois pode propiciar
momentos de interação e construção de
significados para o estudante.
A avaliação deverá valorizar os
conhecimentos alternativos do
estudante, construídos no cotidiano, nas
atividades experimentais por meio de
diferentes estratégias e, envolvendo recursos
pedagógicos diversos.
97. APONTAMENTOS
Utilizar instrumentos avaliativos
diversificados, compostos por situações novas
(não familiares);
Instrumentos que exijam máxima
transformação do conhecimento
adquirido, possibilitando que o estudante
expresse a compreensão do conhecimento
adquirido;
Utilização de instrumentos que possibilitem
investigar o quanto o desenvolvimento
potencial do estudante tornou-se real
(aprendizagem significativa para a sua vida).
98. Parceria SME/SP – EC/USP
ECBI – Ensino de Ciências Baseado em
Investigação (IBSE em inglês)
98
99. Avaliação Diagnóstica 2007 e
2008
Avaliação formativa do método, não
do aluno
Exigência SME
Resistência de Professores, CPs e
fDEs
Parceria SME-EC
Desafio aos alunos fez sucesso.
Educadores se converteram.
Avaliação pode enriquecer um curso!
E o resultado foi positivo, nos dois
anos. 99
100. Atividade Investigativa
2007
Problema
Como fazer para derreter uma
pedra de gelo?
Você terá que derreter o pedaço
de gelo o máximo possível,
durante 15 minutos.
2008
Problema
Muitas plantas crescem pra cima.
O que sustenta esse tipo de planta
para que ela fique em pé?
100
101. Resultados e Conclusão
do Grupo
“Nós embrulhamos o papel filme
ao redor do gelo e com o jornal
embrulhamos o papel filme, com
a lã enrolamos o jornal.
Após 15 minutos o gelo tinha
derretido muito pouco.
O gelo do nosso grupo foi o que
derreteu menos, achamos que
tínhamos enrolado muito e ele
tinha ficado sufocado...”
Grupo 2 – 3º Ano
Registro Coletivo
da Sala
”Chegamos a conclusão que alguns
materiais como a
vela, lâmpada, ventilador e o calor
das mãos ajudaram o gelo a
derreter mais rápido e outros
materiais como o
jornal, plástico, lã, o papel
alumínio, o papel filme e o
Atividade Investigativa - 2007
“O que a gente vai fazer: vamos colocar o
gelo dentro da tigela e vamos colocar a vela
de baixo da tigela de alumínio e acender a
vela com fósforo.
O que vai acontecer: o gelo que esta dentro
da tigela, a gente vai segurar a tigela e colar
a vela embaixo da tigela , ai vai derreter....”
Grupo 2 - 3º Ano
Registro da Hipótese
do Grupo
101
102. Atividade de Investigação 2008
Momento Inicial – concepções prévias do aluno (individual)
“Descreva e desenhe uma das plantas que
conhece.”
“Girassol
tem miolo laranja
folhas amarelas
e tambem tem
calho verde.”
“A rosa ela é grande os
galhos são groçose tem
espinho e folhas bonita”
102
103. Atividade de Investigação
Questão-problema
“ Muitas plantas crescem para cima. O que sustenta esse
tipo de planta para que ela fique em pé?”
“O que sustenta é as raízes
e os troncos das árvores
que são bem grossos.”
Hipótese Individual
“É a raiz, eu não
acho que é a raiz
eu tenho certeza
que é a raiz”
103
104. Atividade de Investigação
Verificação das hipóteses do grupo sobre flor Buquê de Noiva
Observaçãodaplanta
104
105. Alunos: a grande maioria
confronta suas hipóteses com os resultados
obtidos e fornece explicação para o fenômeno
estudado.
expressa suas idéias e observações por escrito.
participa da elaboração do registro coletivo.
relaciona fenômenos observados com seu
cotidiano .
se apropria de um conceito mais real de ciência.
Resultados
105
106. é ensino mais atraente para os alunos.
favorece aprendizagem dos conteúdos e
ajuda observar, argumentar e organizar.
aumenta prazer de ensinar
ciências, embora aula mais
trabalhosa, exige mais preparação.
Professor conduz o trabalho na
sala, intervém para
que alunos aprendam.
Auxilia discussão coletiva e conhecimento.
Resultados - Professores dizem que ECBI:
106
107. Pesquisa sobre a
Metodologia
Implantação é Trabalho Pioneiro.
Precisa ser concebido como
pesquisa.
Planejar cada ação e como avaliá-la.
Registrar os dados.
Apresentar ao publico análise do
trabalho.
Inclui avaliação.
Importante para futuro e colegas!
MUITO OBRIGADO ! 107
108. 1. O que é estudar ciências?
Confeccionar um mural com colagens e
desenhos.
Sugestão de atividades