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Holocausto
espaços, vítimas e heróis
Trabalho coletivo dos alunos do A9ºA,
Articulação entre o currículo de História e a Carta Encíclica Laudato Si, do Papa Francisco, no
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Citação da Carta Encíclica Laudato Si
A crítica do antropocentrismo desordenado não deveria deixar em
segundo plano também o valor das relações entre as pessoas. Se a crise
ecológica é uma expressão ou uma manifestação externa da crise
ética, cultural e espiritual da modernidade, não podemos iludir-nos de
sanar a nossa relação com a natureza e o meio ambiente, sem curar
todas as relações humanas fundamentais. Quando o pensamento
cristão reivindica, para o ser humano, um valor peculiar acima das
outras criaturas, suscita a valorização de cada pessoa humana e, assim,
estimula o reconhecimento do outro. A abertura a um «tu» capaz de
conhecer, amar e dialogar continua a ser a grande nobreza da pessoa
humana. (p. 93)
É importante não esquecer os momentos da História, em que a
dignidade do “outro” foi espezinhada por muitos e em que
alguns se arriscaram para o salvar.
Foi o que aconteceu na 2.ª Guerra Mundial.
Espaços: guetos
Durante a Segunda Guerra Mundial, os guetos eram zonas dentro das
cidades, em geral cercadas, onde os alemães concentravam a população
judaica local e a forçava a viver sob condições miseráveis.
Os alemães estabeleceram pelo menos 1000 guetos na Polónia e na União
Soviética.
Com a implementação da "Solução Final“ (o plano de extermínio de todos os
judeus da Europa), iniciado no final de 1941, os alemães foram
sistematicamente destruindo os guetos: fuzilavam os judeus nas
proximidades dos guetos, junto a grandes valas, ou procediam à sua
deportação para campos de extermínio.
O maior gueto construído é o de Varsóvia, no qual mais de 400000 judeus
foram encurralados.
A vida nos guetos era administrada por um conselho judaico, os Judenraete,
cujos membros eram escolhido pelos alemães.
Os judeus reagiram às restrições da vida nos guetos com uma série de
tentativas de resistência e mesmo de revoltas armadas.
Crianças judias com tigelas
de sopa no gueto de
Varsóvia., Polônia, por
volta de 1940.
— Instytut Pamieci
Narodowej
Espaços: campos de concentração
Entre 1933 e 1945, a Alemanha Nazi construiu mais de 40.000 campos de
concentração e foram mortos cerca de 6 milhões de judeus europeus.
A maioria dos primeiros prisioneiros nos campos eram alemães comunistas ou
sociais-democratas, testemunhas de Jeová, homossexuais, ciganos da etnia
Romani, entre outros acusados de apresentarem um comportamento
“antissocial” ou fora dos padrões. Após a Alemanha anexar a Áustria, os
nazis passaram a prender e aprisionar judeus.
Depois a invasão da Polónia, os nazis criaram campos de trabalho forçado onde
centenas de milhares de prisioneiros morreram devido à exaustão e aos
maus tratos sofridos. Em alguns dos campos, médicos nazis usavam os
prisioneiros como cobaias nas suas experiências “médicas”.
Para facilitar a execução da "Solução Final", os nazis construíram campos de
extermínio na Polónia, o país europeu que possuía a maior população
judaica. O objetivo dos campos de extermínio era o de tornar o assassinato
em massa mais acelerado e eficiente. Os alemães construíram as câmaras
de gás para tornar o processo de genocídio mais rápido e menos traumático
para os executores.
Campo de concentração de Auschwitz
Vítimas: identificação
Nos campos de concentração, os prisioneiros eram obrigados a
andar com triângulos nos casacos para que os guardas do
campo os distinguissem:
• os judeus usavam um triângulo amarelo;
• os comunistas, socialistas e sindicalistas que pertenciam ao
grupo dos prisioneiros políticos eram obrigados a andar com
um triângulo vermelho;
• os criminosos usavam um triângulo verde,
• os ciganos outros alemães que eram considerados preguiçosos
e anti sociais usavam um triângulo preto,
• as testemunhas de jeová usavam um triângulo roxo
• os homossexuais um triângulo rosa.
Os encarcerados eram distinguidos com letras como por exemplo o
“P” para polaco, a “SU” para soviético e o “F” para o francês.
Vítimas: Anne Frank
Anne foi uma menina que com apenas 15 anos, se transformou num
símbolo de luta contra a repressão e a ignorância e isso tudo
graças ao seu diário.
Ela foi uma judia obrigada a viver escondida dos nazis durante o
Holocausto na 2ª Guerra Mundial.
Em 1933 quando Hitler chega ao poder, os pais de Anne apercebem-se
que para a segurança da sua família teriam de sair da Alemanha e
nesse mesmo ano embarcaram para Holanda, durante 7 anos
tiveram uma vida despreocupada, até que em 1940, Alemanha
ocupa o país. Em 1942, começam as deportações para os campos
de concentração. No entanto, a família juntamente com mais 4
pessoas, esconderam-se num anexo por cima de onde o seu pai
trabalhava em Amesterdão, na Holanda, designado por “Anexo
Secreto” ai permaneceram durante 2 anos e 1 mês. Após esse
tempo de silêncio e medo aterrorizante, acaba por ser denunciada
e deportada para um campo de concentração.
Inicialmente Anne foi deportada junto
com os pais, irmã e outras pessoas
com quem se refugiava no anexo,
para Auschwitz. Mais tarde, foi levada
com a irmã para Bergen Belsen,
separando-a dos pais.
Em 1945, nove meses após a sua
deportação, Anne morre de tifo em
Bergen Belsen. Morre duas semanas
antes de o campo ser libertado.
Anne Frank (1929-1945)
Vítimas: Berta Rivkina
Berta era a mais nova de três meninas nascidas de uma família judaica em
Minsk, capital da Bielorrússia. Antes da Segunda Guerra Mundial,
mais de um terço da cidade era judaica.
1933-1939: Viviam em Novomesnitskaya, a apenas alguns quarteirões do
Rio Svisloch. Havia muitos refugiados polacos na cidade. A Alemanha
e a URSS tinha dividido a Polónia e os polacos fugiam para leste.
1940-44: Ela tinha 12 anos quando os alemães chegaram a Minsk em
1941 e criaram um gueto. Um ano mais tarde, tentando escapar de
um ajuntamento, ela e a sua mãe esconderam-se num armazém
.Quando foram descobertos por um guarda alemão, ela estava com
muito medo. O guarda seguiu-os. Enquanto ela fugia bateu em outra
mulher que apareceu do nada. Só então o guarda disparou a sua
arma. Ela caiu juntamente com a mulher que foi atingida,
infelizmente a mulher morreu, mas ela conseguiu fugir.
Berta Rivkina (1929-?)
Heróis: Aristides de Sousa Mendes
Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches, nasceu a 19 de julho
de 1885 nas Cabanas de Viriato, Carregal do Sal, a sul de Viseu, numa
família (aristocrática e católica) da Beira Alta.
Aristides licenciou-se em Direito, na Universidade de Coimbra com o seu
irmão César.A 18 de fevereiro de 1909, Aristides casou com a sua prima
direita D. Maria Angelina, de quem teve 14 filhos.
A vida de Aristides assume uma dimensão inesperada em 1940, em
Bordéus, França, como cônsul de Portugal.
Em Setembro de 1939, começa a Segunda Guerra Mundial, e logo em
Novembro desse ano, Salazar, de forma clara, alinha-se ao lado do mais
forte, Hitler. Esse alinhamento traduziu-se pela promulgação da Circular
14, através da qual Salazar proíbe a concessão de vistos a judeus,
apátridas e outros “indesejados”.
No início de 1940, Aristides é formalmente avisado por Salazar para não
conceder mais vistos a judeus, pois “se o fizer, ficará sujeito a
procedimento disciplinar”.
Aristides de Sousa Mendes, concede
vistos de trânsito a milhares de judeus
refugiados, desobedecendo ao seu
governo.
A 23 de junho de 1940, Salazar
determina o seu afastamento do cargo.
Morre em abril de 1954.
Em 1966, o Memorial do Holocausto,
em Israel, presta-lhe homenagem
atribuindo-lhe o título de "Justo entre as
nações".
Heróis: Carlos D’Almeida Fonseca Sampaio Garrido
Carlos de Almeida Fonseca Sampaio Garrido, nasceu a 5 de abril de 1883 e faleceu
no dia 5 de abril de 1960.
Embaixador de Portugal em Budapeste em 1944, recebeu, a título póstumo, a
medalha de “Justo entre as Nações” pela sua ação de proteção e salvamento
de judeus húngaros.
Licenciado em Ciências Económicas e Financeira iniciou a sua carreira diplomática,
em 24 de dezembro de 1901 e em 27 de Julho de 1939 é enviado para
Budapeste.
Em abril de 1944, Sampaio Garrido alugou uma vivenda em Galgagyörk, a 60 km de
Budapeste, onde sem informar Salazar, escondeu 12 judeus. Mas já antes tinha
vindo a alertar sobre a perseguição aos judeus, tomando a iniciativa de os
proteger. Em consequência dessa atitude, no dia 28 de abril, a residência oficial
de Portugal em Galgagyörk foi assaltada pela Gestapo húngara. Sem se intimidar,
o diplomata resistiu corajosamente à ação da polícia e exigiu de imediato a
libertação dos detidos assim como um pedido de desculpas. Com base na sua
atuação, Sampaio Garrido tornou-se persona non-grata para o governo húngaro
que exigiu a sua partida da Hungria Garrido partiu para Berna a 5 de Junho mas
continuou a apoiar os judeus.
Sempre em relação com
Garrido, Teixeira Branquinho
( seu sucessor em Budapeste)
obteve de Salazar a
autorização para atribuir
passaportes portugueses a
judeus húngaros, na condição
de estes terem uma relação
familiar, cultural ou
económica com Portugal ou
com o Brasil.
Heróis: José Brito Mendes
José Brito Mendes nasceu a 1909 e em 1926, emigrou para França onde se casou
com Marie-Louise e tiveram um filho chamado Jacques. Viviam em St. Ouen,
mesmo em frente a um casal de judeus, Aron e Fojgel Berkovic e a sua filha Cécile.
Em 1942, Aron é deportado e morre em Auschwitz e Fojgel tenta esconder-se em
Paris, mas antes entrega Cécile à família de José Brito. Por sua vez, a família de
José Brito cuida de Cécile como se fosse sua filha; no entanto, meses mais tarde
Fojgel é levada para os campos de extermínio e José Brito leva Cécile para ver a
sua mãe uma última vez.
Depois da guerra acabar, a família de José Brito preparava-se para adotar Cécile, mas
entretanto, um tio de Cécile chega do campo e concentração de Dachau e leva-a
para os Estados Unidos. Cécile nunca mais viu a família de José Brito.
Anos mais tarde, Cécile voltou para França na tentativa de rever a família de José
Brito, mas acabou por morrer sem os ver de novo.
Em 2004, foi atribuído a José Brito e Maria Louise Brito o título de “Justo entre as
Nações”. O diploma refere ainda que “o seu nome será homenageado para todo
o sempre, e gravado no Muro dos Justos das Nações ...”
Heróis: Padre Joaquim Carreira
Nascido em 1908, numa aldeia da região de Fátima (centro de Portugal), o padre Joaquim
Carreira cedo emigrou para Roma, onde chegou com 31 anos.
No Colégio Pontifício Português (onde esteve desde 1940 até 1954), primeiro como vice-
reitor, depois como diretor, ajudou vários judeus durante a ocupação nazi de Roma,
entre setembro de 1943 e julho de 1944. No colégio, estiveram dezenas de pessoas
e, pelo menos uma vez, o edifício foi alvo de busca dos militares alemães.
Consta-se, que pelo menos 40 pessoas foram parar àquele colégio: uns eram judeus,
outros resistentes antifascistas.
O padre Joaquim Carreira morreu a 7 de dezembro de 1981 na casa Madonna di Fatima,
em Roma, cidade que o acolheu e o viu crescer como pessoa e humilde servidor do
povo.
Em 2015, 70 anos depois do final da Segunda Guerra Mundial, o padre Joaquim
Carreira recebeu a título póstumo, a medalha e o diploma de “Justo entre a Nações”,
do Yad Vashem, Memorial do Holocausto.
Heróis: Irena Sendler
Nascida a 15 de fevereiro de 1910, na Polónia, foi uma das mulheres mais
corajosas da História da Humanidade.
Na 2ª Guerra Mundial, quando a Alemanha invade a Polónia, em 1939, os
nazis criaram o Gueto de Varsóvia, onde Irena fez parte de um movimento de
resistência Zegota e a sua tarefa era curar doenças contagiosas. Irena, esteve
constantemente ligada às famílias que ajudava e pedia-lhes que lhe
entregassem os seus filhos para os tirar do Gueto. Em cerca de um ano e meio
conseguiu salvar 2.500 crianças. A cada fuga eram elaborados documentos
falsos e assinaturas falsas, para que as crianças pudessem manter-se vivas.
Irena criou um arquivo pessoal onde registava a entidade verdadeira de cada
um e a identidade nova. Este arquivo foi guardado em latas de conserva,
enterradas no quintal do seu vizinho.
A 20 de outubro de 1943, Irena é presa pela Gestapo e na prisão de Pawiak,
foi torturada a ponto de lhe partirem os ossos dos pés e das pernas. Porém o
segredo manteve-se e como tal, foi condenada à morte. No caminho para a
sua execução, um soldado levou-a para um novo interrogatório e à saída
apenas lhe disse «Corra». Apesar de todo o seu sofrimento, voltou ao seu
trabalho sob identidade falsa, com o nome de Jolanta.
Em 1965 foi condecorada como
cidadã honorária de Israel.
Durante muitos anos
permaneceu numa cadeira de
rodas devido às torturas que
sofreu durante a prisão. Acabou
por morrer a 12 de Maio de
2008, aos 98 anos de vida.
«A razão pela qual resgatei as crianças tem
origem no meu lar, na minha infância. Fui
educada na crença de que uma pessoa
necessitada deve ser ajudada com o coração,
sem importar a sua religião ou
nacionalidade.» - Irena Sendler
Heróis: Oskar Schindler
Oskar Schindler, nasceu no dia 28 de abril de 1908, em Svitavy, Morávia (Áustria-Hungria )
- atualmente designada de República Checa - e faleceu a 9 de outubro de 1974, com
66 anos em Hildesheim, Baixa Saxônia, Alemanha Ocidental.
Grande industrial alemão, espião e membro do partido Nazi, conseguiu salvar cerca de
1200 judeus da morte durante o Holocausto, empregando-os nas suas fábricas de
esmaltes e munições, localizadas na atual Polónia e República Checa.
Inicialmente Schindler era um oportunista, estava apenas interessado em fazer dinheiro fácil
com o negócio, mas, acabou por demonstrar uma enorme iniciativa e dedicação com
o objetivo de salvar as vidas dos seus empregados de religião Judaica.
As suas ligações à Abwerh ajudaram–no a conseguir proteger os seus trabalhadores
judeus de uma deportação certa e da morte nos campos de concentração nazi.
Schindler também teve de começar a subornar os oficiais nazis com dinheiros e
ofertas de luxo.
Oskar Schindler depois de acabar a II Guerra Mundial recebeu a designação de Justos
entre as Nações pelo governo de Israel em 1963 , por ter conseguido salvar a vida de
vários Judeus durante a guerra, aqueles cujo a vida foram salvas por ele ficaram
conhecidos por “Schindlerjuden”.
Para refletir sobre o passado e o presente…
A cultura do relativismo é a mesma patologia que impele uma pessoa a
aproveitar-se de outra e a tratá-la como mero objecto, obrigando-a a
trabalhos forçados, ou reduzindo-a à escravidão por causa duma dívida. É a
mesma lógica que leva à exploração sexual das crianças, ou ao abandono
dos idosos que não servem os interesses próprios. É também a lógica interna
daqueles que dizem: «Deixemos que as forças invisíveis do mercado regulem
a economia, porque os seus efeitos sobre a sociedade e a natureza são
danos inevitáveis». Se não há verdades objectivas nem princípios estáveis,
fora da satisfação das aspirações próprias e das necessidades imediatas,
que limites pode haver para o tráfico de seres humanos, a criminalidade
organizada, o narcotráfico, o comércio de diamantes ensanguentados e de
peles de animais em vias de extinção?
Carta Encíclica Laudato Si, Papa Francisco, p. 95
Referências bibliográficas
Anne Frank House. (s.d.). A história de Anne Frank. Obtido de Anne Frank: http://www.annefrank.org/pt/Anne-Frank/O-
resumo-da-historia/
Coelho, S. O. (15 de abril de 2015). Joaquim Carreira: a história do quarto português “Justo entre as Nações”. Obtido de
Observador: http://observador.pt/especiais/joaquim-carreira-a-historia-do-quarto-portugues-justo-entre-as-
nacoes/
Fundação Aristides de Sousa Mendes. (2016). Biografia. Obtido de Fundação Aristides de Sousa Mendes:
http://www.fundacaoaristidesdesousamendes.com/index.php/aristides-de-sousa-mendes.html
Mucznik, E. (10 de novembro de 2006). Um "justo" português. Obtido de Público: https://www.publico.pt/espaco-
publico/jornal/um-justo-portugues-106585
Mucznik, E. (2016). Sampaio Garrido, o outro “Justo” português. Obtido de Yad Vashem:
http://www.yadvashem.org/yv/es/education/articles/article_mucznik6.asp
Oskar Schindler. (março de 2016). Obtido de Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Oskar_Schindler
Sousa, M. d. (8 de agosto de 2009). Irena Sendler: a mãe que salvou 2500 crianças do extermínio. Obtido de Jornal de
Notícias: http://comunidade.jn.pt/blogs/linhadagua/archive/2009/08/08/irena-splender-a-m-195-e-que-salvou-2-
500-crian-199-as-do-exterm-205-nio.aspx
United States Holocaust Memorial Museum. (s.d.). Enciclopédia do Holocausto. Obtido em fevereiro de 2016, de United
States Holocaust Memorial Museum: https://www.ushmm.org/ptbr/holocaust-encyclopedia

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Holocausto: espaços, vítimas e heróis

  • 1. Holocausto espaços, vítimas e heróis Trabalho coletivo dos alunos do A9ºA, Articulação entre o currículo de História e a Carta Encíclica Laudato Si, do Papa Francisco, no âmbito da atividade do Departamento de Ciências Sociais e Humanas
  • 2. Citação da Carta Encíclica Laudato Si A crítica do antropocentrismo desordenado não deveria deixar em segundo plano também o valor das relações entre as pessoas. Se a crise ecológica é uma expressão ou uma manifestação externa da crise ética, cultural e espiritual da modernidade, não podemos iludir-nos de sanar a nossa relação com a natureza e o meio ambiente, sem curar todas as relações humanas fundamentais. Quando o pensamento cristão reivindica, para o ser humano, um valor peculiar acima das outras criaturas, suscita a valorização de cada pessoa humana e, assim, estimula o reconhecimento do outro. A abertura a um «tu» capaz de conhecer, amar e dialogar continua a ser a grande nobreza da pessoa humana. (p. 93) É importante não esquecer os momentos da História, em que a dignidade do “outro” foi espezinhada por muitos e em que alguns se arriscaram para o salvar. Foi o que aconteceu na 2.ª Guerra Mundial.
  • 3. Espaços: guetos Durante a Segunda Guerra Mundial, os guetos eram zonas dentro das cidades, em geral cercadas, onde os alemães concentravam a população judaica local e a forçava a viver sob condições miseráveis. Os alemães estabeleceram pelo menos 1000 guetos na Polónia e na União Soviética. Com a implementação da "Solução Final“ (o plano de extermínio de todos os judeus da Europa), iniciado no final de 1941, os alemães foram sistematicamente destruindo os guetos: fuzilavam os judeus nas proximidades dos guetos, junto a grandes valas, ou procediam à sua deportação para campos de extermínio. O maior gueto construído é o de Varsóvia, no qual mais de 400000 judeus foram encurralados. A vida nos guetos era administrada por um conselho judaico, os Judenraete, cujos membros eram escolhido pelos alemães. Os judeus reagiram às restrições da vida nos guetos com uma série de tentativas de resistência e mesmo de revoltas armadas. Crianças judias com tigelas de sopa no gueto de Varsóvia., Polônia, por volta de 1940. — Instytut Pamieci Narodowej
  • 4. Espaços: campos de concentração Entre 1933 e 1945, a Alemanha Nazi construiu mais de 40.000 campos de concentração e foram mortos cerca de 6 milhões de judeus europeus. A maioria dos primeiros prisioneiros nos campos eram alemães comunistas ou sociais-democratas, testemunhas de Jeová, homossexuais, ciganos da etnia Romani, entre outros acusados de apresentarem um comportamento “antissocial” ou fora dos padrões. Após a Alemanha anexar a Áustria, os nazis passaram a prender e aprisionar judeus. Depois a invasão da Polónia, os nazis criaram campos de trabalho forçado onde centenas de milhares de prisioneiros morreram devido à exaustão e aos maus tratos sofridos. Em alguns dos campos, médicos nazis usavam os prisioneiros como cobaias nas suas experiências “médicas”. Para facilitar a execução da "Solução Final", os nazis construíram campos de extermínio na Polónia, o país europeu que possuía a maior população judaica. O objetivo dos campos de extermínio era o de tornar o assassinato em massa mais acelerado e eficiente. Os alemães construíram as câmaras de gás para tornar o processo de genocídio mais rápido e menos traumático para os executores. Campo de concentração de Auschwitz
  • 5. Vítimas: identificação Nos campos de concentração, os prisioneiros eram obrigados a andar com triângulos nos casacos para que os guardas do campo os distinguissem: • os judeus usavam um triângulo amarelo; • os comunistas, socialistas e sindicalistas que pertenciam ao grupo dos prisioneiros políticos eram obrigados a andar com um triângulo vermelho; • os criminosos usavam um triângulo verde, • os ciganos outros alemães que eram considerados preguiçosos e anti sociais usavam um triângulo preto, • as testemunhas de jeová usavam um triângulo roxo • os homossexuais um triângulo rosa. Os encarcerados eram distinguidos com letras como por exemplo o “P” para polaco, a “SU” para soviético e o “F” para o francês.
  • 6. Vítimas: Anne Frank Anne foi uma menina que com apenas 15 anos, se transformou num símbolo de luta contra a repressão e a ignorância e isso tudo graças ao seu diário. Ela foi uma judia obrigada a viver escondida dos nazis durante o Holocausto na 2ª Guerra Mundial. Em 1933 quando Hitler chega ao poder, os pais de Anne apercebem-se que para a segurança da sua família teriam de sair da Alemanha e nesse mesmo ano embarcaram para Holanda, durante 7 anos tiveram uma vida despreocupada, até que em 1940, Alemanha ocupa o país. Em 1942, começam as deportações para os campos de concentração. No entanto, a família juntamente com mais 4 pessoas, esconderam-se num anexo por cima de onde o seu pai trabalhava em Amesterdão, na Holanda, designado por “Anexo Secreto” ai permaneceram durante 2 anos e 1 mês. Após esse tempo de silêncio e medo aterrorizante, acaba por ser denunciada e deportada para um campo de concentração. Inicialmente Anne foi deportada junto com os pais, irmã e outras pessoas com quem se refugiava no anexo, para Auschwitz. Mais tarde, foi levada com a irmã para Bergen Belsen, separando-a dos pais. Em 1945, nove meses após a sua deportação, Anne morre de tifo em Bergen Belsen. Morre duas semanas antes de o campo ser libertado. Anne Frank (1929-1945)
  • 7. Vítimas: Berta Rivkina Berta era a mais nova de três meninas nascidas de uma família judaica em Minsk, capital da Bielorrússia. Antes da Segunda Guerra Mundial, mais de um terço da cidade era judaica. 1933-1939: Viviam em Novomesnitskaya, a apenas alguns quarteirões do Rio Svisloch. Havia muitos refugiados polacos na cidade. A Alemanha e a URSS tinha dividido a Polónia e os polacos fugiam para leste. 1940-44: Ela tinha 12 anos quando os alemães chegaram a Minsk em 1941 e criaram um gueto. Um ano mais tarde, tentando escapar de um ajuntamento, ela e a sua mãe esconderam-se num armazém .Quando foram descobertos por um guarda alemão, ela estava com muito medo. O guarda seguiu-os. Enquanto ela fugia bateu em outra mulher que apareceu do nada. Só então o guarda disparou a sua arma. Ela caiu juntamente com a mulher que foi atingida, infelizmente a mulher morreu, mas ela conseguiu fugir. Berta Rivkina (1929-?)
  • 8. Heróis: Aristides de Sousa Mendes Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches, nasceu a 19 de julho de 1885 nas Cabanas de Viriato, Carregal do Sal, a sul de Viseu, numa família (aristocrática e católica) da Beira Alta. Aristides licenciou-se em Direito, na Universidade de Coimbra com o seu irmão César.A 18 de fevereiro de 1909, Aristides casou com a sua prima direita D. Maria Angelina, de quem teve 14 filhos. A vida de Aristides assume uma dimensão inesperada em 1940, em Bordéus, França, como cônsul de Portugal. Em Setembro de 1939, começa a Segunda Guerra Mundial, e logo em Novembro desse ano, Salazar, de forma clara, alinha-se ao lado do mais forte, Hitler. Esse alinhamento traduziu-se pela promulgação da Circular 14, através da qual Salazar proíbe a concessão de vistos a judeus, apátridas e outros “indesejados”. No início de 1940, Aristides é formalmente avisado por Salazar para não conceder mais vistos a judeus, pois “se o fizer, ficará sujeito a procedimento disciplinar”. Aristides de Sousa Mendes, concede vistos de trânsito a milhares de judeus refugiados, desobedecendo ao seu governo. A 23 de junho de 1940, Salazar determina o seu afastamento do cargo. Morre em abril de 1954. Em 1966, o Memorial do Holocausto, em Israel, presta-lhe homenagem atribuindo-lhe o título de "Justo entre as nações".
  • 9. Heróis: Carlos D’Almeida Fonseca Sampaio Garrido Carlos de Almeida Fonseca Sampaio Garrido, nasceu a 5 de abril de 1883 e faleceu no dia 5 de abril de 1960. Embaixador de Portugal em Budapeste em 1944, recebeu, a título póstumo, a medalha de “Justo entre as Nações” pela sua ação de proteção e salvamento de judeus húngaros. Licenciado em Ciências Económicas e Financeira iniciou a sua carreira diplomática, em 24 de dezembro de 1901 e em 27 de Julho de 1939 é enviado para Budapeste. Em abril de 1944, Sampaio Garrido alugou uma vivenda em Galgagyörk, a 60 km de Budapeste, onde sem informar Salazar, escondeu 12 judeus. Mas já antes tinha vindo a alertar sobre a perseguição aos judeus, tomando a iniciativa de os proteger. Em consequência dessa atitude, no dia 28 de abril, a residência oficial de Portugal em Galgagyörk foi assaltada pela Gestapo húngara. Sem se intimidar, o diplomata resistiu corajosamente à ação da polícia e exigiu de imediato a libertação dos detidos assim como um pedido de desculpas. Com base na sua atuação, Sampaio Garrido tornou-se persona non-grata para o governo húngaro que exigiu a sua partida da Hungria Garrido partiu para Berna a 5 de Junho mas continuou a apoiar os judeus. Sempre em relação com Garrido, Teixeira Branquinho ( seu sucessor em Budapeste) obteve de Salazar a autorização para atribuir passaportes portugueses a judeus húngaros, na condição de estes terem uma relação familiar, cultural ou económica com Portugal ou com o Brasil.
  • 10. Heróis: José Brito Mendes José Brito Mendes nasceu a 1909 e em 1926, emigrou para França onde se casou com Marie-Louise e tiveram um filho chamado Jacques. Viviam em St. Ouen, mesmo em frente a um casal de judeus, Aron e Fojgel Berkovic e a sua filha Cécile. Em 1942, Aron é deportado e morre em Auschwitz e Fojgel tenta esconder-se em Paris, mas antes entrega Cécile à família de José Brito. Por sua vez, a família de José Brito cuida de Cécile como se fosse sua filha; no entanto, meses mais tarde Fojgel é levada para os campos de extermínio e José Brito leva Cécile para ver a sua mãe uma última vez. Depois da guerra acabar, a família de José Brito preparava-se para adotar Cécile, mas entretanto, um tio de Cécile chega do campo e concentração de Dachau e leva-a para os Estados Unidos. Cécile nunca mais viu a família de José Brito. Anos mais tarde, Cécile voltou para França na tentativa de rever a família de José Brito, mas acabou por morrer sem os ver de novo. Em 2004, foi atribuído a José Brito e Maria Louise Brito o título de “Justo entre as Nações”. O diploma refere ainda que “o seu nome será homenageado para todo o sempre, e gravado no Muro dos Justos das Nações ...”
  • 11. Heróis: Padre Joaquim Carreira Nascido em 1908, numa aldeia da região de Fátima (centro de Portugal), o padre Joaquim Carreira cedo emigrou para Roma, onde chegou com 31 anos. No Colégio Pontifício Português (onde esteve desde 1940 até 1954), primeiro como vice- reitor, depois como diretor, ajudou vários judeus durante a ocupação nazi de Roma, entre setembro de 1943 e julho de 1944. No colégio, estiveram dezenas de pessoas e, pelo menos uma vez, o edifício foi alvo de busca dos militares alemães. Consta-se, que pelo menos 40 pessoas foram parar àquele colégio: uns eram judeus, outros resistentes antifascistas. O padre Joaquim Carreira morreu a 7 de dezembro de 1981 na casa Madonna di Fatima, em Roma, cidade que o acolheu e o viu crescer como pessoa e humilde servidor do povo. Em 2015, 70 anos depois do final da Segunda Guerra Mundial, o padre Joaquim Carreira recebeu a título póstumo, a medalha e o diploma de “Justo entre a Nações”, do Yad Vashem, Memorial do Holocausto.
  • 12. Heróis: Irena Sendler Nascida a 15 de fevereiro de 1910, na Polónia, foi uma das mulheres mais corajosas da História da Humanidade. Na 2ª Guerra Mundial, quando a Alemanha invade a Polónia, em 1939, os nazis criaram o Gueto de Varsóvia, onde Irena fez parte de um movimento de resistência Zegota e a sua tarefa era curar doenças contagiosas. Irena, esteve constantemente ligada às famílias que ajudava e pedia-lhes que lhe entregassem os seus filhos para os tirar do Gueto. Em cerca de um ano e meio conseguiu salvar 2.500 crianças. A cada fuga eram elaborados documentos falsos e assinaturas falsas, para que as crianças pudessem manter-se vivas. Irena criou um arquivo pessoal onde registava a entidade verdadeira de cada um e a identidade nova. Este arquivo foi guardado em latas de conserva, enterradas no quintal do seu vizinho. A 20 de outubro de 1943, Irena é presa pela Gestapo e na prisão de Pawiak, foi torturada a ponto de lhe partirem os ossos dos pés e das pernas. Porém o segredo manteve-se e como tal, foi condenada à morte. No caminho para a sua execução, um soldado levou-a para um novo interrogatório e à saída apenas lhe disse «Corra». Apesar de todo o seu sofrimento, voltou ao seu trabalho sob identidade falsa, com o nome de Jolanta. Em 1965 foi condecorada como cidadã honorária de Israel. Durante muitos anos permaneceu numa cadeira de rodas devido às torturas que sofreu durante a prisão. Acabou por morrer a 12 de Maio de 2008, aos 98 anos de vida. «A razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância. Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada deve ser ajudada com o coração, sem importar a sua religião ou nacionalidade.» - Irena Sendler
  • 13. Heróis: Oskar Schindler Oskar Schindler, nasceu no dia 28 de abril de 1908, em Svitavy, Morávia (Áustria-Hungria ) - atualmente designada de República Checa - e faleceu a 9 de outubro de 1974, com 66 anos em Hildesheim, Baixa Saxônia, Alemanha Ocidental. Grande industrial alemão, espião e membro do partido Nazi, conseguiu salvar cerca de 1200 judeus da morte durante o Holocausto, empregando-os nas suas fábricas de esmaltes e munições, localizadas na atual Polónia e República Checa. Inicialmente Schindler era um oportunista, estava apenas interessado em fazer dinheiro fácil com o negócio, mas, acabou por demonstrar uma enorme iniciativa e dedicação com o objetivo de salvar as vidas dos seus empregados de religião Judaica. As suas ligações à Abwerh ajudaram–no a conseguir proteger os seus trabalhadores judeus de uma deportação certa e da morte nos campos de concentração nazi. Schindler também teve de começar a subornar os oficiais nazis com dinheiros e ofertas de luxo. Oskar Schindler depois de acabar a II Guerra Mundial recebeu a designação de Justos entre as Nações pelo governo de Israel em 1963 , por ter conseguido salvar a vida de vários Judeus durante a guerra, aqueles cujo a vida foram salvas por ele ficaram conhecidos por “Schindlerjuden”.
  • 14. Para refletir sobre o passado e o presente… A cultura do relativismo é a mesma patologia que impele uma pessoa a aproveitar-se de outra e a tratá-la como mero objecto, obrigando-a a trabalhos forçados, ou reduzindo-a à escravidão por causa duma dívida. É a mesma lógica que leva à exploração sexual das crianças, ou ao abandono dos idosos que não servem os interesses próprios. É também a lógica interna daqueles que dizem: «Deixemos que as forças invisíveis do mercado regulem a economia, porque os seus efeitos sobre a sociedade e a natureza são danos inevitáveis». Se não há verdades objectivas nem princípios estáveis, fora da satisfação das aspirações próprias e das necessidades imediatas, que limites pode haver para o tráfico de seres humanos, a criminalidade organizada, o narcotráfico, o comércio de diamantes ensanguentados e de peles de animais em vias de extinção? Carta Encíclica Laudato Si, Papa Francisco, p. 95
  • 15. Referências bibliográficas Anne Frank House. (s.d.). A história de Anne Frank. Obtido de Anne Frank: http://www.annefrank.org/pt/Anne-Frank/O- resumo-da-historia/ Coelho, S. O. (15 de abril de 2015). Joaquim Carreira: a história do quarto português “Justo entre as Nações”. Obtido de Observador: http://observador.pt/especiais/joaquim-carreira-a-historia-do-quarto-portugues-justo-entre-as- nacoes/ Fundação Aristides de Sousa Mendes. (2016). Biografia. Obtido de Fundação Aristides de Sousa Mendes: http://www.fundacaoaristidesdesousamendes.com/index.php/aristides-de-sousa-mendes.html Mucznik, E. (10 de novembro de 2006). Um "justo" português. Obtido de Público: https://www.publico.pt/espaco- publico/jornal/um-justo-portugues-106585 Mucznik, E. (2016). Sampaio Garrido, o outro “Justo” português. Obtido de Yad Vashem: http://www.yadvashem.org/yv/es/education/articles/article_mucznik6.asp Oskar Schindler. (março de 2016). Obtido de Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Oskar_Schindler Sousa, M. d. (8 de agosto de 2009). Irena Sendler: a mãe que salvou 2500 crianças do extermínio. Obtido de Jornal de Notícias: http://comunidade.jn.pt/blogs/linhadagua/archive/2009/08/08/irena-splender-a-m-195-e-que-salvou-2- 500-crian-199-as-do-exterm-205-nio.aspx United States Holocaust Memorial Museum. (s.d.). Enciclopédia do Holocausto. Obtido em fevereiro de 2016, de United States Holocaust Memorial Museum: https://www.ushmm.org/ptbr/holocaust-encyclopedia