3. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos têm sido reveladas várias infecções
humanas até então desconhecidas, da mesma forma
que tem ocorrido a reemergência de outras que haviam
sido controladas ao longo dos anos (Garret, 1994;
Schatzmayr, 1997).
A maioria dessas infecções é de origem viral,
lembrando da AIDS, como marcante exemplo de
doença emergente, e do Dengue, como doença
reemergente. O problema das viroses emergentes e
reemergentes é complexo, porém pode-se reconhecer
que, em sua maioria, essas viroses são desencadeadas
por atividades humanas que modificam o meio
ambiente, em especial, pela pressão demográfica
(Wilson et al., 1994).
5. VÍRUS
Os vírus variam em tamanho de 30
nanômetros a 300 nanômetros;
Assim representa o menor e mais simples
agente infeccioso;
São partículas muito pequenas, capazes de
filtrar por membranas de poros
esterilizantes;
Podem ser visualizados somente pelo
microscópio eletrônico;
6. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS
Possuem um único tipo de ácido nucléico:
DNA ou RNA;
Parasitas intracelulares obrigatórios que
utilizam a maquinaria da célula do
hospedeiro para a sua replicação;
Possuem uma cobertura protéica
envolvendo o ácido nucléico;
Induzem a síntese de estruturas
especializadas capazes de transferir ácido
nucléico viral, para outras células
8. São constituído de uma espécie de ácido nucléico e
de proteínas que formam uma arranjo que contém e
protege este ácido nucléico;
Há uma cápsula protéica, que protege o ácido
nucléico denominado capsídeo;
O ácido nucléico junto com o capsídeo formam o
nucleocapsídeo;
As proteínas ou subnidades estruturais que formam
os capsídeos, são chamados de protômeros as quais
se agrupam morfologicamente distintos
denominados capsômeros, mantidos juntos por
ligação não covalente;
A ligação entre os capsômeros determina a simetria
dos capsídeo, que pode ser cúbica ou helicoidal;
9. O nucleocapsídeo de um vírus é envolto
por uma membrana lipoprotéica,
denominada de envelope viral.
10. INFORMAÇÕES
Exemplos de doenças humanas provocadas por vírus:
hepatite A,B e C, sarampo, caxumba, gripe, dengue,
poliomielite, febre amarela, varíola, AIDS,catapora,
raiva e herpes.
Os antibióticos não servem para combater os vírus.
Alguns tipos de remédios servem apenas para tratar os
sintomas das infecções virais. As vacinas são utilizadas
como método de prevenção, pois estimulam o sistema
imunológico das pessoas a produzirem anticorpos
contra determinados tipos de vírus.
16. O DENGUE
O vírus do dengue pertence ao gênero flavivírus,
família flaviviridae, apresenta quatro sorotipos:
(1) Febre de início abrupto com duração de 2-7 dias.
(2) Fenômenos hemorrágicos diversos.
(3) Hepatomegalia.
(4)Distúrbios circulatórios que se iniciam após a
baixa da temperatura caracterizados por choque
hipovolêmico.
17. FOCOS DE DENGUE
Eles se proliferam dentro ou nas proximidades
das casas, hotéis, apartamentos etc., em qualquer
coleção de água relativamente limpa, em pneus,
cacos de vidros, vasos de plantas, etc.
19. O DENGUE CLÁSSICO
Apresenta quadro clínico variável geralmente
com febre alta de (39 a 40º) de início abrupto e
seguida de cefaleia, mialgia, prostração,
artralgia, anorexia, astenia, dor retro orbitária,
náuseas, vômitos e exantema. Associada a
síndrome febril em alguns casos pode ocorrer
hepatomegalia dolorosa e principalmente nas
crianças dor abdominal generalizada.
21. DENGUE HEMORRÁGICO
Os casos típicos do dengue hemorrágico são
caracterizados por febre alta, fenômenos
hemorrágicos, hepatomegalia e insuficiência
respiratória. Ocorre geralmente em crianças
com anticorpos heterólogos contra o dengue
adquiridos passivamente (na forma de
anticorpos materno) ou através de produção
endógena.
22. DENGUE HEMORRÁGICO
o No entanto adultos também podem apresentar
manifestações como: gengivorragia,
sangramento gastrintestinal, petéquias, epistaxe,
hematuria e metrorragia.
o Nos casos graves, o choque ocorre entre o 3º e o
7º dia, geralmente procedido por dores
abdominais sua duração é curta podendo levar ao
óbito em 12 a 24 horas ou recuperação rápida
após terapia apropriada.
23. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico clínico, é feito
essencialmente por exclusão de outras
doenças. A comprovação sorológica do
dengue é útil para vigilância epidemiológica
e estatísticas devido o resultado ser
disponível apenas após a pessoa ter
melhorado.
24. TRANSMISSÃO DO DENGUE
A transmissão pode ocorrer por duas espécies de
mosquitos Aedes aegypti no Brasil e Aedes
albopcture no EUA, que tem hábitos diurno, ao
contrário do mosquito (culex) comum que tem
atividade durante a noite.
25. MODO DE TRANSMISSÃO
A fêmea adquire o vírus ao picar um indivíduo e
se torna infectante depois de um período de
incubação intrínseca de 8- 14 dias. Uma vez
infectado o mosquito permanece por toda a sua
vida que é de 1 – 3 meses ou mais.
26. TRATAMENTO
Não existe nenhum tratamento especifico é
recomendável repouso e ingestão abundante
de liquido. O tratamento é referente aos
sintomas. Para dores e febres, deve-se evitar
a ingestão de medicamentos compostos por
ácido acetil salicílico (AAS) que tem ação
anticoagulante. Apesar de varias vacinas
estarem em teste ainda não existe uma
disponível contra o dengue.
28. PROFILAXIA
Para diminuir os índices de infecção e
transmissão do dengue, políticas públicas de
prevenção devem ser priorizadas e o apoio da
população com ações simples como retirar o
excesso de água acumulado em recipientes, não
jogar lixo em terreno baldio, manter limpo os
pratos de plantas. E o apoio de agentes
comunitários pessoas que estão preparadas para
combater o foco com o uso de larvicida e
aduticidas, entre outras medidas.
32. INFLUENZA
A Influenza ou gripe é uma infecção viral
aguda do sistema respiratório, de elevada
transmissibilidade e distribuição global. Um
indivíduo pode contraí-la várias vezes ao longo
da vida e, em geral, tem evolução autolimitada.
34. O agente etiológico da gripe é o Myxovirus
influenzae, também denominado vírus influenza.
Os vírus influenza são partículas envelopadas de
RNA de fita simples segmentada e subdividem-se
nos tipos A, B e C, sendo que apenas os do tipo A
e B têm relevância clínica em humanos.
35. DIFERENÇAS ENTRE INFLUENZAA, B E C
Influenza A Influenza B Influenza C
Genética 8 segmentos 8 segmentos 7 segmentos
Estrutura 11 proteínas 11 proteínas 9 proteínas
Hospedeiro Humanos, suínos,
equinos, aves, outros
mamíferos marinhos
e terrestres
Humanos, mamíferos
marinhos
Humanos e suínos
Evolução genética /
antigênica
Antigenic shift e
drift
Antigenic drift Antigenic drift
Características
epidemiológicas
Causa epidemias e
pode causar
pandemias
Causa epidemias e
não causa pandemias
Sem
sazonalidade
marcada
38. TRANSMISSÃO
A gripe suína se transmite como uma gripe
comum, de forma:
Direta.
Indireta.
Período de incubação:
Em geral de 1 a 4 dias.
39. SINAIS E SINTOMAS
Febre alta.
Tosse.
Dor no corpo.
Dor de cabeça.
Dor de garganta.
Calafrios.
Cansaço.
Coriza ou congestão nasal.
Diarreia (ás vezes).
Vômito (ás vezes).
Os sintomas aparecem de 3 a 7 dias após a transmissão.
40. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Em geral, inclui-se no diagnóstico diferencial da
influenza um grande número de infecções
respiratórias agudas de etiologia viral. Dentre essas,
destacam-se as provocadas pelo Vírus Sincicial
Respiratório e pelo Adenovírus. Na influenza, os
sintomas sistêmicos são mais intensos que nas outras
síndromes. Em muitos casos, porém, o diagnóstico
diferencial apenas pela clínica pode se tornar difícil.
41. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Os exames são realizados através de técnicas de
imunofluorescência (nos LACENs), e através de
técnicas de isolamento e cultura nos laboratórios
de referência nacional. No caso dos vírus da
influenza A, a tipagem completa é essencial, para
que o mesmo seja introduzido na composição
anual da vacina do hemisfério sul.
São utilizadas duas técnicas laboratoriais para o
diagnóstico da influenza: Reação de
Imunofluorescência Indireta e Cultura para
isolamento viral.
42. TRATAMENTO
Aos pacientes agudos, recomenda-se repouso e
hidratação adequada. Medicações antipiréticas
podem ser utilizadas, mas deve-se evitar o uso de
Ácido Acetil Salicílico nas crianças.
No caso de complicações pulmonares severas,
podem ser necessárias medidas de suporte
intensivo.
43. TRATAMENTO
Uso de antibióticos:
Nos casos indicados, recomenda-se que os
médicos sigam os protocolos/consensos
divulgados pela Sociedade Brasileira de
Infectologia, pela Sociedade Brasileira de
Pneumologia, pela Sociedade Brasileira de
Pediatria e pela Associação de Medicina Intensiva
Brasileira.
44. TRATAMENTO
Droga Faixa Etária Posologia
Fosfato de
oseltamivir
(tamiflu®)
criança
maior de
1 ano
de idade
Adulto 75mg, vo, 12/12h, 5 dias
≤ 15kg 30mg, vo, 12/12h, 5 dias
> 15kg a 23kg 45mg, vo, 12/12h, 5 dias
> 23kg a 40kg 60mg, vo, 12/12h, 5 dias
> 40kg 75mg, vo, 12/12h, 5 dias
criança
menor de
1 ano
de idade
< 3 meses 12mg, vo, 12/12h, 5 dias
3 a 5 meses 20mg, vo, 12/12h, 5 dias
6 a 11 meses 25mg, vo, 12/12h, 5 dias
46. PROFILAXIA
Higiene das mãos (HM).
O paciente deve cobrir sempre o nariz e a boca
quando espirrar ou tossir para evitar transmitir
para outras pessoas.
Sempre que possível deve-se evitar aglomerações
ou locais pouco arejado.
Deve-se manter uma boa alimentação e hábitos
saudáveis.
47. VACINA CONTRA INFLUENZA
Nas últimas décadas, a imunização anual contra
influenza tem sido a principal medida para a
profilaxia da doença e redução da
morbimortalidade. A vacina contra o vírus
influenza deve ser aplicada anualmente sempre
nos meses de outono, antes do período epidêmico
do vírus que geralmente ocorre no inverno. É
aprovada acima dos 6 meses de vida.
50. REFERÊNCIAS
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www.infectologistasp.com.br
R Ishak - Brasília med, 1987 -
Disponivel em:www.bases.bireme.br
CG Casali, MRR Pereira, L Santos… - Rev Soc Bras Med …, 2004 -
SciELO Brasil Disponivel em: www.scielo.br
JAWETZ, MELNICK e ADELBERG Microbiologia Medica 20º
Edição editora GANABARA KOOGAN 1998 RIO DE JANEIRO
M de Freitas Lenzi, LC Coura - Revista da Sociedade Brasileira de …,
2004 – Disponivel em: www.scielo.br/pdf
DA de Oliveira, IL Soares, LTC Serafim, R da Rosa – Disponivel em:
www.inesul.edu.br/revista_saude
Imagens google brasil