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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA REGIONAL DE CHAPECÓ
                    UNOCHAPECÓ




PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS E PISOS DE CONCRETO ARMADO E
                   REVESTIMENTOS




                                   Adrian Felipe Sotana
                                   Carlos Eduardo Bamberg
                                   Thiago Batista da Costa
                                   Curso de Engenharia Civil
                                   Disciplina de Construção Civil II




                   Chapecó – SC, mar. 2012
1- PATOLOGIAS DAS ESTRUTURAS
          A patologia na construção pode ser entendida, como à Ciência Médica, o ramo da
engenharia que estuda os sintomas, formas de manifestação, origens e causas das doenças ou
defeitos que ocorrem nas edificações.
       Os problemas patológicos têm suas origens motivadas por falhas que ocorrem durante
a realização de uma ou mais das atividades inerentes ao processo comum que se denomina de
Construção Civil, processo este que pode ser dividido em três etapas básicas:
       Falhas de projeto, execução e de manutenção. O surgimento de problemas patológicos
na estrutura indica maneira geral, a existência de falhas durante a execução de uma das etapas
da construção, além de apontar para falhas também no sistema de controle de qualidade
próprio de uma ou mais atividades. Os problemas patológicos estão presentes na maioria das
edificações, seja com maior ou menor intensidade, variando o período de aparição e/ou a
forma de manifestação.




                                  Figura 1: Pilares corroídos.
1.1-PATOLOGIAS GERADAS NA ETAPA DE CONCEPÇÃO DA ESTRUTURA -
PROJETO
              Várias são as falhas que podem ocorrer durante a concepção da estrutura,
podendo se originar durante os estudo preliminar, na execução do ante-projeto, ou durante a
elaboração do projeto de execução. Falhas originadas por um estudo preliminar deficiente, ou
de anteprojetos equivocados, resultam principalmente no encarecimento do processo de
construção, ou por transtornos na utilização da obra, já falhas geradas durante a realização do
projeto final de engenharia são responsáveis por problemas patológicos sérios. Uma vez
iniciada a construção podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas, associadas a causas


                                                                                              2
tão diversas como: falta de condições locais de trabalho, não capacitação profissional da mão-
de-obra, inexistência de controle de qualidade de execução, má qualidade de materiais e
componentes, irresponsabilidade técnica e até mesmo sabotagem.
              Estes inúmeros fatores podem facilmente levar a graves erros em determinadas
atividades, como a implantação da obra, escoramento, formas, posicionamento e quantidade
de armaduras e a qualidade do concreto, desde sua fabricação até a cura.
       Muitos dos problemas patológicos tem sua origem na qualidade inadequada nos
materiais e componentes, a menor durabilidade, os erros dimensionais, a presença de agentes
agressivos incorporados e a baixa resistência mecânica são apenas alguns dos muitos
problemas que podem ser implantados nas estruturas como conseqüência desta baixa
qualidade.




                              Figura 2: Falha na execução do pilar




                                 Figura 3: Sinais de patologia


                                                                                             3
1.2 - PATOLOGIAS GERADAS NA ETAPA DE UTILIZAÇÃO DA ESTRUTURA -
MANUTENÇÃO
              Acabadas as etapas de concepção e de execução com qualidade adequada, as
estruturas podem vir apresentar problemas patológicos originados da utilização errônea ou da
falta de um programa de manutenção adequado.
              Problemas patológicos podem ser evitados informando o usuário sobre as
possibilidades e as limitações da obras como por exemplo em um edifício de alvenaria
estrutural, informar ao morador sobre quais são as paredes portantes, para que não se realizem
obras de demolição ou aberturas de vãos sem a consulta e assistência de especialistas.
              Muitos são os casos em que a manutenção periódica pode evitar problemas
patológicos sérios, como a limpeza e a impermeabilização de lajes de cobertura, marquises,
piscinas elevadas, que se não forem executadas, possibilitarão a infiltração prolongada de
água, que implicarão na deterioração da estrutura.
       Problemas comuns do país, onde classifica-se as incidências de acordo com sua
origem de incidência.




                                                                                             4
Manifestação patológica com maior ocorrência nas edificações.




1.3 - CORROSÃO DE ARMADURAS NA BASE DE PILARES: ASPECTOS
GERAIS
     Manchas superficiais de cor avermelhadas;

     Fissuras paralelas à armadura;

     Redução da seção da armadura;

     Descolamento do concreto.

1.3.1 - CAUSAS PROVÁVEIS
      Alta densidade de armaduras devido a presença de ancoragem não permitindo o
      cobrimento mínimo exigido;

     Cobrimento em desacordo com o projeto;

     Falta de homogeneidade do concreto;

     Perda de nata de cimento pela junta das fôrmas;

     Alta permeabilidade do concreto;

     Insuficiência de argamassa para o envolvimento total dos agregados;

      Em áreas de garagem, devido à presença de monóxido de carbono que pode contribuir
      para a rápida carbonatação do concreto.




                                                                                       5
Figura 4: Exemplo de Patologia em Pilar
1.4 - CORROSÃO DE ARMADURAS EM VIGAS COM JUNTAS DE DILATAÇÃO:
ASPECTOS GERAIS
     Manchas superficiais de cor marrom-avermelhadas;

     Fissuras paralelas à armadura;

     Redução da seção da armadura;

     Descolamento do concreto;

     Saturação da parte inferior da viga.

1.4.1 - CAUSAS PROVÁVEIS
     Juntas de dilatação obstruídas e com infiltrações;

     Presença de agentes agressivos: águas salinas, atmosferas marinhas, etc.;

     Alta densidade de armaduras não permitindo o cobrimento mínimo exigido;

     Cobrimento em desacordo com o projeto;

     Alta permeabilidade do concreto;

     Insuficiência de argamassa para o envolvimento total dos agregados;




                                                                                  6
Figura 5:Exemplo de patologias em uma viga
1.5 - CORROSÃO DE ARMADURAS EM LAJES: ASPECTOS GERAIS
     Manchas superficiais de cor marrom-avermelhadas;

     Corrosão generalizada em todas as barras da armadura;

     Redução da seção da armadura;

     Descolamento do concreto.

1.5.1 - CAUSAS PROVÁVEIS
     Falta de espaçadores;

     Abertura nas juntas das fôrmas, provocando a fuga de nata de cimento;

     Presença de agentes agressivos: águas salinas, atmosferas marinhas, etc.;

     Cobrimento em desacordo com o projeto;

      Concreto com alta permeabilidade e/ou elevada porosidade; Insuficiência de
      estanqueidade das fôrmas; Figura 6: Demonstração de patologia em lage




                                                                                    7
1.6 - CORROSÃO DE ARMADURAS DEVIDO À PRESENÇA DE UMIDADE:
ASPECTOS GERAIS
     Manchas superficiais (em geral branco-avermelhadas) na superfície do concreto;

     Umidade e infiltrações;

     Percolação de água;

1.6.1 - CAUSAS PROVÁVEIS
     Acúmulo de água e infiltrações;

     Alta permeabilidade do concreto;

     Fissuras na superfície do concreto favorecendo a entrada de água presente.

     Juntas de concretagem mal executadas;

                                Presença de ninhos de concretagem.




                       Figura 7: Lage com visivel excesso de umidade




              Infiltração e presença de limo causado pela fissuração e
      permeabilidade
              excessiva da laje de concreto.                                           8
1.7-CORROSÃO DE ARMADURAS POR ATAQUE DE CLORETOS:ASPECTOS
GERAIS
      Manchas superficiais de cor marrom-avermelhadas;

      Apresenta corrosão localizada com formação de "pites";

1.7.1 - CAUSAS PROVÁVEIS
       Presença de agentes agressivos incorporados ao concreto: águas salinas, aditivos à
       base de cloretos ou cimentos;

       Atmosfera viciada: locais fechados com baixa renovação de ar, existindo a
       intensificação da concentração de gases.




                                  Figura 8:Ataque de cloretos




Apresenta-se formação de pites de corrosão localizada por toda a estrutura e lascamento do
concreto devido a expansão dos produtos de corrosão.



                                                                                             9
1.8 - NINHOS E SEGREGAÇÕES NO CONCRETO: ASPECTOS GERAIS
      Vazios na massa de concreto;

      Agregados sem o envolvimento da argamassa;

      Concreto sem homogeneidade dos componentes;

1.8.1 - CAUSAS PROVÁVEIS
      Baixa trabalhabilidade do concreto;

      Insuficiência no transporte, lançamento e adensamento do concreto;

      Alta densidade de armaduras;




                              Figura 9: Exemplo de segregação




       Ninhos de concretagem no encontro do pilar com a viga, posteriormente preenchido
com tijolo cerâmico.



                                                                                     10
1.9 - DESAGREGAÇÕES DO CONCRETO: ASPECTOS GERAIS
     Agregados soltos ou de fácil remoção;

1.9.1 - CAUSAS PROVÁVEIS
     Devido ao ataque químico expansivo de produtos inerentes ao concreto;

      Baixa resistência do concreto;




                           Figura 10: Desagregação do Concreto




2 - LASCAMENTO DO CONCRETO: ASPECTOS GERAIS
     Descolamento de trechos isolados do concreto;

      Desplacamento de algumas partes de concreto geralmente em quinas dos elementos e
      em locais submetidos a fortes tensões expansivas;

2.1 - CAUSAS PROVÁVEIS
     Corrosão das armaduras;

     Canos de elementos estruturais sem armadura

     Suficiente para absorver os esforços;

     Desfôrma rápida.




                                                                                      11
Figura 11: Desagregamento do concreto




Lascamento do concreto devido à expansão dos produtos de corrosão
                   nas armaduras da laje.




                                                                    12
3 - REVESTIMENTOS CERÂMICOS


   O conhecimento sobre as patologias das edificações é indispensável em maior ou menor
grau, para todos que trabalham na construção (VERÇOZA,1991). As construtoras querem
construir cada vez mais, com o objetivo de economizar ao máximo, mas apresentando um
produto com qualidade e acima de tudo, confiável.
   Dentre as patologias que o revestimento cerâmico pode apresentar, pode-se dizer, que estão
distribuidas em relação a origem do processo construtivo, onde parcela dessas patologias, são
oriundas de projetos mau elaborados, seguidos de mau execução e qualidade dos materiais
utilizados.
   As patologias mais frequentes em cerâmicas são:


              Patologias quanto as eflorescências;
              Patologias quanto as trincas, gretamento e fissuras;
              Patologias quanto ao bolor;
              Deterioração das juntas;
              Patologias quanto a expansão por umidade (EPU);
              Destacamentos de placas???




3.1 - EFLORESCÊNCIA


   Eflorescência são marcas de bolor, decorrentes da infiltração de água. São manchas
normalmente brancas que se formam sobre a superfície alterando a estética dos acabamentos.
Isso acontece quando os sais solúveis nos componentes da alvenaria são transportados pela
agua utilizada na construção através dos poros dos revestimentos.
   As placas cerâmicas possuem vazios em seu interior, onde a água passa por capilaridade ou
mesmo por força do gradiente hidráulico.
   Pode-se afirmar que sem a água, não haveria eflorescencia, pois o quadro patológico da
eflorescência, tem como fator predominante a presença e a ação da água.
   Para evitar as eflorescências deve-se utilizar cimento CP IV (pozolânico) ou cimento tipo
RS (resistente a sulfatos). Outra forma de conter a eflorescência, é utilizar rejuntes
impermeáveis, e acima de tudo, vazamentos em paredes, visto que, a origem da eflorescência



                                                                                           13
se dá, devido aos vazamentos de canos, umidades de terrenos, ou penetração por meio de
rejuntes mau aplicados.




3.2 - TRINCAS, GRETAMENTOS E FISSURAS


     Essa patologia, ocorre devido a perda de integridade da superfície da placa cerâmica.
     As trincas são rupturas causadas por esforços mecânicos, resultando na separação das
placas, gerando aberturas superiores a 1 m. Já as fissuras, são rompimentos nas placas
cerâmicas, que não chegam a causar a ruptura nas placas, gerando uma abertura inferior a 1
m.
     O gretamento são aberturas em várias direções, inferiores a 1 m, ocorrendo na superfície
esmaltada das placas.
     Para evitar essa patologia, deve-se usar argamassas bem dosadas ou colantes.




                                                                                             14
3.3 - PATOLOGIAS QUANTO AO BOLOR


  O desenvolvimento de fungos em revestimentos externos causa alteração estética formando
manchas escuras indesejáveis em tonalidades preta, marrom e verde, ou ocasionalmente,
manchas claras esbranquiçadas ou amareladas (SHIRAKAWA, 1995).
  A limpeza de manchas de bolor, gordura ou sujeira pode ser feita com escova ou esponja,
utilizando-se produtos de limpeza desengordurantes ou à base de cloro. Não devem ser usados
ácidos.
  Para ambientes que entram em contato direto com a água, o rejunte deve ser impermeável
(para impedir que o líquido infiltre por baixo da cerâmica) e antifúngico (para evitar a
formação de bolor).




                                                                                         15
3.4 - DETERIORAÇÃO DAS JUNTAS


  A deterioração das juntas compromete o desempenho dos revestimentos cerâmicos, pois as
juntas são responsáveis pela vedação do revestimento cerâmico e por absorver deformações.
  É possível perceber quando ocorre uma deterioração da junta quando há perda de
estanqueidade e envelhecimento do material de preenchimento. No caso da perda da
estanqueidade, isso se dá, devido ao mau procedimento de limpeza, logo após a sua execução,
que em contato com agentes agressivos, pode causar fissuras.
  Em situações que os rejuntes apresentam uma quantidade grande de resinas podem ocorrer
envelhecimento e perda de cor no revestimento.
  Para evitar essa patologia é necessário ter um controle rigoroso da execução do
rejuntamento, do preenchimento das juntas e da escolha dos materiais que será utilizados.




3.5 - PATOLOGIAS QUANTO A EXPANSÃO POR UMIDADE (EPU)


  Trata-se de uma propriedade dos materiais cerâmicos que tendem a inchar-se, em maior ou
menor grau com o decorrer do tempo, essa expansão associada à ausência de juntas adequadas
resultará fatalmente nodescolamento do revestimento por flambagem, ou greteamento e
fissuras doesmalte.(FIORITO, A.J.S.I 1984).
  Com a expansão por umidade ocorre o aumento da peça cerâmica devido à absorção de
água, podendo resultar na descolagem da peça da argamassa. Para locais com umidade e que


                                                                                            16
estão diretamente expostos ao sol, deve-se analisar o índice de absorção de água da peça,
visando um índice baixo para que não haja expansão.




3.6 - DESTACAMENTOS DE PLACAS


   O destacamento das placas ocorre devido a perda de aderência da cerâmica do substrato,
quando as tensões aplicadas ultrapassarem a sua capacidade de aderência das ligações.
   É possível perceber o destacamento da placa quando ocorrer um som oco na cerâmica, ou
quando ocorrer o estufamento da camada de acabamento. Isso ocorre devido a acomodação da
construção, pela deformação lenta da estrutura de concreto armado, pela ausência de detalhes
construtivos, quando utilizado cimento colante vencido, mão de obra desqualificada, entre
outras possibilidades.
   Para solucionar essa patologia, na maioria das vezes, a solução é a retirada total do
revestimento, devido a sua recuperação ser trabalhosa e cara.




                                                                                          17
4 - REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS


  Uma patologia ocorre quando o desempenho do produto ultrapassa o seu limite mínimo de
desempenho desejado. Analisando os revestimentos de argamassa, as patologias mais
frequentes são: fissuração e o deslocamento da pintura; a formação de manchas de umidade,
com desenvolvimento de bolor; deslocamento da argamassa de revestimento da alvenaria;
fissuração da superfície do revestimento; formação de vesículas na superfície do
revestimento; deslocamento entre o reboco e o emboço.
  A patologia nos revestimentos argamassados ocorre devido a qualidade do materiais
utilizados na execução, do traço da argamassa de cimento, da espessura do revestimento, da
aplicação do revestimento, do tipo de pintura, da umidade e da expansão da argamassa de
assentamento.
  A origem para a ocorrência desses problemas estão associados às fases de projeto e
execução desse revestimento, ou seja, pela ausência do projeto do revestimento ou pela má
concepção e pela não conformidade entre o projetado e o executado.
  Dessa forma, devemos considerar a qualidade dos materiais utilizados, o traço da
argamassa, o modo de aplicação, a aderência, a espessura do revestimento, a aplicação da
argamassa, pintura, umidade, expansão da argamassa de assentamento e os reparos.


4.1 - AGREGADOS


  A desagregação do revestimento, tem como causa a presença de torrões argilosos, com
excesso de finos na areia ou de mica em quantidade apreciável. A mica pode também reduzir
a aderência do revestimento à base ou de duas camadas entre si.




                                                                                        18
4.2 - CAL


  Se for utilizada logo após a fabricação, ocorrerá aumento de volume, causando danos ao
revestimento, mais precisamente na camada de reboco. Existindo óxido de cálcio livre, na
forma de grãos grossos, a expansão não pode ser absorvida pelos vazios de argamassa e o
efeito é o de formação de vesículas, podendo ser observados já nos primeiros meses de
aplicação do reboco.




4.3 - CIMENTO


  Não existe inconveniente quanto ao tipo de cimento, mas sim, quanto à finura que regulará
os níveis de retração por secagem. A retração nas primeiras 24 horas é controlada pela
retenção de água que, sendo proporcional ao teor de finos. Mas, em idades, maiores, a
retração aumenta com o teor de finos. Para resolver o problema, costuma-se adicionar aditivo
incorporador de ar à argamassas de cimento, ou adicionar cal hidratada para que aumente o
teor de finos, melhorando a retenção de água e trabalhabilidade do conjunto.




                                                                                          19
4.4 – TRAÇO DA ARGAMASSA DE CAL


  O endurecimento é resultante da carbonatação da cal. Dessa forma, a resistência da
argamassa é função de uma proporção adequada de areia, cal e de condições favoráveis à
penetração do anidrido carbônico do ar atmosférico através de toda a espessura da camada.
Considera-se argamassa rica a que contém proporção calareia, em massa superior a 1:3.




4.5 - TRAÇO DA ARGAMASSA DE CIMENTO


  A primeira camada do revestimentoé o emboço, regularizando a superfície da base. Para
que essa camada seja elástica, deve conter cal e cimento em proporções adequadas. Quando
essa camada for rica em cimento, pode-se observar fissuras e deslocamente, condição
agravada quando aplicada em espessura superior a 2 cm.


4.6 - ADERÊNCIA À BASE


  Uma camada do revestimento aplicada sobre outra, impedindo a penetração da nata do
aglomerante, pode apresentar problemas de aderência. O revestimento mantém-se aderente
nos locais correspondentes às juntas do assentamento. Sendo a área dessas juntas pequenas, o
revestimento acaba sendo descolado sob o efeito do seu próprio peso. É essencial que existam
condições de aderência do revestimento à base.




                                                                                          20
4.7 - APLICAÇÃO DA ARGAMASSA


  Se o tempo de endurecimento e secagem da camada inferior não é observado antes da
aplicação da camada superior, a retração que acompanha a secagem da camada inferior gera
fissuras na camada superior.


4.8 - ESPESSURA DO REVESTIMENTO


  Em casos em que há um traço rico de cimento, acaba não permitindo que o revestimento
acompanhe a movimentação da estrutura, deslocando-se. No reboco, o efeito observado é de
desagregação por falta de carbonatação. Segundo as prescrições da NB-231 "Revestimento de
paredes e tetos com argamassas: materiais, preparo, aplicação e manutenção", a espessura do
emboço não deve ultrapassar 2 cm e a do reboco 2 m.


4.9 - TIPO DE PINTURA


  As tintas a óleo e epóxi promovem uma camada impermeável, dificultando a difusão do ar
atmosférico através da argamassa de revestimento. Se a pintura for aplicada prematuramente,
o grau de carbonatação não será suficiente para dar resistência suficiente a camada de reboco,
gerando um deslocamento do emboço com desagregação.




                                                                                            21
4.10 - UMIDADE


  A infiltração de água acaba gerando manchas, acompanhadas pela formação de
eflorescência ou vesículas. A infiltração constante provoca a desagregação do revestimento,
com pulverulência ou formação de bolor em locais onde não há incidência com o sol.




4.11 - EXPANSÃO DA ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO


  A expansão da argamassa de assentamento pode ser provocada por reações químicas entre
os constituintes desta argamassa ou mesmo entre compostos do cimento e dos tijolos ou
blocos que compõem a alvenaria, ocorrendo no sentido vertival, podendo ser identificada por
fissuras horizontais no revestimento. Isso ocorre devido a reação de sulfato do meio ambiente
ou do componente da alvenaria com o cimento da argamassa e pela hidratação retardada da
cal dolomitica usada na argamassa de assentamento.


4.12 - REPAROS


  Sempre que surgir danos na edificação, é necessário que sejam feitos reparos para evita
que o fenômeno alastre-se progressivamente, solicitando um reparo constante. Por isso
mesmo, é necessária a identificação das causas e da extensão do dano para procurar solicioná-
los o mais rapido possível.




                                                                                           22
5 - PATOLOGIAS MAIS COMUNS NOS PISOS CIMENTADOS


          O piso de concreto é definido a partir da sua utilização final nos seguintes itens:
acabamento, resistências, espessura, tipo de concreto, tipo de estrutura, processo de
concretagem e acabamento. A variedade de solicitações a que estes revestimentos podem ser
expostos faz necessário delimitar os valores mínimos de resistência exigidos em função do
tipo de utilização, a determinação das condições do substrato (concreto novo ou piso já
utilizado), a definição de metodologias e procedimentos adequados de preparo e tratamento
do substrato e a especificação de detalhes de projeto a serem obedecidos.
          O uso de matérias de qualidade contribui fortemente no sentido de minimizar as
ocorrências de patologias, no entanto, sem eliminar por completo tais eventos.
          As patologias dos pisos cimentados agrupam-se em três grandes divisões: fissuras,
desgastes e esborcinamento de juntas, porém sem excluir outros registros como problemas de
coloração e delaminação. Frequentemente relacionam-se patologias ligadas à execução,
causadas por atraso no corte das juntas, cura inadequada, armaduras mal posicionadas e
problemas de acabamento.
          As patologias relativas ao preparo de subleito e sub-base, decorrentes de má
compactação do solo, repercutem em fissuras de caráter estrutural, assim denominadas pelos
prejuízos causados à estabilidade e à capacidade de carga do piso, podendo ser prevenidas
através da realização de ensaios do solo.
          Após o aparecimento da fissura, indica-se a remoção e recompactação do solo, ou
ainda o estaqueamento do piso, responsável pela melhor distribuição das tensões no piso.
          A dosagem correta do concreto contribui para o bom acabamento ao piso e
facilitando sai execução, sobretudo através da boa dosagem de finos.
          A cura inadequada pode resultar em fissuras e empenamentos, até baixas
resistências à abrasão. O uso de mantas para cura úmida pode contribuir como solução,
permitindo a transferência gradual e homogênea da água para o concreto. A saturação do ar
por vaporizadores é aplicável nos casos em que a umidade relativa do ar é baixa, mas torna-se
inviável em áreas externas.
          Os reparos devem ser executados observando-se vários cuidados, como a abertura
de cavidades regulares para perfeito encaixe do material de reparo, total remoção de material
solto ou desagregado, limpeza eficiente e prévia saturação de base. No caso de desagregações
muito superficiais e formação de poeira, podem ser aplicados os endurecedores de superfície,



                                                                                           23
em geral silicato de sódio ou de cálcio. No caso de desarranjos gerais, executa-se o
fresamento geral do piso e sua total recomposição.


5.1- DESGASTE SUPERFICIAL
          Patologia relativamente comum, relacionada a fatores como baixa qualidade dos
materiais empregados, traço inadequado do concreto, exsudação, acabamento inapropriado,
ausência do procedimento de cura, excesso de carregamento, dentre outros. A superfície fica
comprometida em termos de resistência e, com a solicitação por abrasão e impacto, ocorre o
desgaste, ocasionando quebras das bordas das juntas, excesso de formação de poeira e todos
os danos e prejuízos decorrentes deste processo.




                 Figura 1: Desgaste por abrasão. Fonte: Portal PI – Pisos Industriais




                  Figura 2: Desgaste acentuado. Fonte: Portal PI – Pisos Industriais




                                                                                         24
5.2 - Delaminação
          É considerada uma patologia comum ao pisos de concreto, sendo caracterizada pelo
destacamento da lâmina superficial do piso, e uma de suas conseqüências é a grande
diminuição de resistência do piso. Na maioria das vezes é causada pelo polimento precoce do
piso, procedimento que sela o concreto e deixa a superfície menos permeável, impedindo a
passagem da água de exsudação.




                    Figura 3: Delaminação. Fonte: Portal PI – Pisos Industriais




         Figura 4: Delaminação causada por incorporação de ar, excesso de materiais finos,
    excesso de água ou condições climáticas durante a execução. Fonte: portal PI – Pisos
                                        Industriais


 5.1 - Esborcinamento
          Em um piso de concreto, as juntas são pouco resistentes a impactos, podendo estar
sujeitas ao esborcinamento (quebra das bordas). Como as causas mais comuns, podemos citar
os erros de projeto, como a adoção de barras de transferência de diâmetro inadequado ou
especificação incorreta de materiais de preenchimento. A remoção das barras de transferência


                                                                                             25
para facilitar a desenforma também contribui para o enfraquecimento das juntas, e erro de
posicionamento das barras de transferência das juntas (eixo inadequado) podem criar fissuras
próximas a estes locais).




                            Figura 5: Esborcinamento. Fonte: Revesprim


 5.2 - Empenamento
          Esta patologia é provocada pelas baixas espessuras do pavimento, alta retração e
subarmação (pequena taxa de aço) do piso.




           Figura 6: Empenamento causado por retração hidráulica diferencial da pplaca de
                              concreto. Fonte: Revista Téchne
       Nenhuma entrada de sumário foi encontrada.
 5.3 - Fissuras
          Podem ser consideradas como a patologia característica das estruturas de concreto.
A caracterização da fissuração depende sempre da origem, intensidade e magnitude do quadro
de fissuração existente.
          Para serem definidas as causas da fissuração, é necessário a elaboração do
mapeamento das fissuras e sua classificação, definindo sobre a atividade ou não das mesmas
(uma fissura é dita ativa, quando a causa responsável por sua geração ainda atua sobre a


                                                                                            26
estrutura, sendo inativa, sempre que sua causa se tenha feito sentir durante um determinado
tempo, e então deixado de existir).
          As principais causas de fissuras são:
  1. Retração plástica: quando a água se desloca para fora de um corpo poroso não
      totalmente rígido, ocorre uma contração deste corpo. Logo após o adensamento e
      acabamento da superfície do concreto, pode-se observar o aparecimento de fissuras em
      sua superfície, facilmente eliminadas pelo alisamento superficial ou por revibração.
      Esta retração plástica é devida à rápida perda de água de amassamento, seja por
      evaporação ou por absorção das formas ou dos agregados.




                  Figura 7: Fissuras de retração plástica do concreto. Fonte: RIPPER, 1996.


       Assentamento plástico do concreto: após o lançamento do concreto, os sólidos da
  mistura começam a sedimentar, deslocando água e o ar aprisionado. A exsudação e a
  sedimentação continuam até o endurecimento do concreto.




                 Figura 8: Fissuras de assentamento em piso de concreto. Fonte: Portal PI –
                                          Pisos Industriais.




                                                                                              27
Movimentação de Formas e/ou do subleito: os recalques do subleito ou mau
      escoramento das fôrmas podem causar trincas no concreto durante a fase plástica. Tais
      movimentos podem ser causados por deformação das formas, por mau posicionamento,
      por falta de fixação inadequada, pela existência de juntas mal vedadas ou de fendas,
      uso impróprio ou excessivos dos vibradores.


      Retração hidráulica: após a pega, é devida à perda por evaporação de parte da água
      de amassamento para o ambiente, de baixa umidade relativa. A retração após a pega
      manifesta-se muito mais lentamente do que a retração plástica.




                  Figura 9: Junta de construção terminando em junta serrada, gerando trinca
                        alinhada com a junta de construção. Fonte: LM Brasil
 5.4 - Manchas no concreto
          As mais comuns são originárias dos processo de hidratação do cimento e
carbonatação do concreto, responsáveis pela formação de manchas que se destacam da cor
padrão do concreto aplicado no piso. Existem três causas básicas para o seu aparecimento. A
primeira, mais grave e mais comum, ocorre devido a pega diferenciada do concreto, ocorrida
por um atraso no processo de concretagem. O segundo tipo, é causado pelo posicionamento
dos agregados graúdos muito próximos a superfície. Nesse caso, a causa do problema pode
referir-se a falta de argamassa ou vibração insuficiente. Por fim, o terceiro tipo é causado pela
má aplicação das mantas de cura. Caso não fiquem perfeitamente em contato com a superfície
de concreto, formam bolsões de ar, escurecendo o concreto nestas regiões e possibilitando a
identificação de frisos e dobras do tecido mal posicionado.




                                                                                               28
Figura 10: Manchas no concreto. Fonte: Revista Téchne


 5.5 - Bolhas
          Geralmente, a formação de bolhas antecede o fenômeno de deslocamento dos
revestimentos. Pequenas formações na superfície começam a aparecer, e aos poucos, vão se
tornando maiores e numerosas. Quando o piso nesse estado é submetido a tráfego mais
intenso, aparecem as primeiras rupturas, expondo sua base ou suas camadas intermediárias.
Dentre as causas mais comuns estão o acumulo de líquidos ou gases vindos da sub-base, base
e do próprio revestimento, em decorrência de falhas durante a catalise dos materiais.




                        Figura 11: Bolhas no concreto. Fonte: Revista Téchne




                                                                                        29
CONCLUSÃO


       Os problemas patológicos podem ser motivados por falhas que ocorrem na execução
das atividades inerentes ao processo comum. As falhas que são as principais causadoras das
patologias na construção civil, podem ser divididas em três etapas básicas: falha no projeto,
na execução e na manutenção. Os problemas patológicos estão presentes ma ,aioria das
edificações, seja com maior ou menor intensidade, variando o período de manifestação ou
forma de aparição.
      A questão de tornar a obra mais barata utilizando materiais de baixa qualidade com
preços mais acessíveis e soluções mais práticas também podem contribuir para o
aparecimento de patologias.
       Contudo concluímos que para evitarmos problemas futuros, é necessário elaborar um
projeto bem detalhado e com embasamento técnico, além de um acompanhamento mais
minucioso na execução da obra, tentando evitar ao máximo a ocorrência de problemas
indesejados.




                                                                                           30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


VERÇOZA, Ênio José. Patologia das edificações. 1. ed. Porto Alegre: Sagra, 1991


         CAMARGO, Maria de Fátima Santos. Pisos à base de cimento:
caracterização, execução e patologias. Monografia apresentada ao Curso de
Especialização em Construção Civil da Escola de Engenharia UFMG. Belo
Horizonte, Janeiro de 2010.


                                REFERÊNCIAS WEBSITES


         PATOLOGIAS DAS EDIFICAÇÕES – Bruna Maidel – Francielle Almeida –
Julia Lidani – Sandra Regina Flach - http://pt.scribd.com/doc/53340108/patologias
PATOLOGIAS CERÂMICAS - Gisele Cichinelli -
http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/116/artigo35346-2.asp
PATOLOGIAS MAIS COMUNS EM REVESTIMENTOS - http://demilito.com.br/10-
Patologia%20dos%20revest-rev.pdf
PATOLOGIA           DOS        REVESTIMENTOS               –      Vicente      Vieira    -
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABj8AAD/10-patologia-dos-revest-rev
RECOMENDAÇÕES             PARA      A   EXECUÇÃO          DE    REVESTIMENTOS           DE
ARGAMASSA PARA PAREDES DE VEDAÇÃO INTERNAS E EXTERIORES E
TETOS - Luciana L. Maciel - Mércia M. S. Bottura Barros - Fernando H. Sabbatini
http://pcc2436.pcc.usp.br/Textost%C3%A9cnicos/Revestimentos%20verticais/aula%205%20
2005%20texto%20argamassa.PDF
OVAGHIMIAN, Levon Hagop. Concreto: Recuperação no chão. Revista Téchne
Online      –     Disponível      em:      http://www.revistatechne.com.br/engenharia-
civil/154/artigo159921-2.asp. Acesso em 18 de março de 2012.

LM Brasil: http://www.lmbrasil.com.br/comentarios_tecnicos/juntas_industriais.html

Portal PI – Pisos Industriais: http://www.pisosindustriais.com.br/revista/index.asp

Revesprim: http://revesprim.com.br/images/revicol_argamassa.jpg

Ripper, 1996: http://patologiaestrutura.vilabol.uol.com.br/processos.htm



                                                                                        31

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Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos

  • 1. UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA REGIONAL DE CHAPECÓ UNOCHAPECÓ PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS E PISOS DE CONCRETO ARMADO E REVESTIMENTOS Adrian Felipe Sotana Carlos Eduardo Bamberg Thiago Batista da Costa Curso de Engenharia Civil Disciplina de Construção Civil II Chapecó – SC, mar. 2012
  • 2. 1- PATOLOGIAS DAS ESTRUTURAS A patologia na construção pode ser entendida, como à Ciência Médica, o ramo da engenharia que estuda os sintomas, formas de manifestação, origens e causas das doenças ou defeitos que ocorrem nas edificações. Os problemas patológicos têm suas origens motivadas por falhas que ocorrem durante a realização de uma ou mais das atividades inerentes ao processo comum que se denomina de Construção Civil, processo este que pode ser dividido em três etapas básicas: Falhas de projeto, execução e de manutenção. O surgimento de problemas patológicos na estrutura indica maneira geral, a existência de falhas durante a execução de uma das etapas da construção, além de apontar para falhas também no sistema de controle de qualidade próprio de uma ou mais atividades. Os problemas patológicos estão presentes na maioria das edificações, seja com maior ou menor intensidade, variando o período de aparição e/ou a forma de manifestação. Figura 1: Pilares corroídos. 1.1-PATOLOGIAS GERADAS NA ETAPA DE CONCEPÇÃO DA ESTRUTURA - PROJETO Várias são as falhas que podem ocorrer durante a concepção da estrutura, podendo se originar durante os estudo preliminar, na execução do ante-projeto, ou durante a elaboração do projeto de execução. Falhas originadas por um estudo preliminar deficiente, ou de anteprojetos equivocados, resultam principalmente no encarecimento do processo de construção, ou por transtornos na utilização da obra, já falhas geradas durante a realização do projeto final de engenharia são responsáveis por problemas patológicos sérios. Uma vez iniciada a construção podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas, associadas a causas 2
  • 3. tão diversas como: falta de condições locais de trabalho, não capacitação profissional da mão- de-obra, inexistência de controle de qualidade de execução, má qualidade de materiais e componentes, irresponsabilidade técnica e até mesmo sabotagem. Estes inúmeros fatores podem facilmente levar a graves erros em determinadas atividades, como a implantação da obra, escoramento, formas, posicionamento e quantidade de armaduras e a qualidade do concreto, desde sua fabricação até a cura. Muitos dos problemas patológicos tem sua origem na qualidade inadequada nos materiais e componentes, a menor durabilidade, os erros dimensionais, a presença de agentes agressivos incorporados e a baixa resistência mecânica são apenas alguns dos muitos problemas que podem ser implantados nas estruturas como conseqüência desta baixa qualidade. Figura 2: Falha na execução do pilar Figura 3: Sinais de patologia 3
  • 4. 1.2 - PATOLOGIAS GERADAS NA ETAPA DE UTILIZAÇÃO DA ESTRUTURA - MANUTENÇÃO Acabadas as etapas de concepção e de execução com qualidade adequada, as estruturas podem vir apresentar problemas patológicos originados da utilização errônea ou da falta de um programa de manutenção adequado. Problemas patológicos podem ser evitados informando o usuário sobre as possibilidades e as limitações da obras como por exemplo em um edifício de alvenaria estrutural, informar ao morador sobre quais são as paredes portantes, para que não se realizem obras de demolição ou aberturas de vãos sem a consulta e assistência de especialistas. Muitos são os casos em que a manutenção periódica pode evitar problemas patológicos sérios, como a limpeza e a impermeabilização de lajes de cobertura, marquises, piscinas elevadas, que se não forem executadas, possibilitarão a infiltração prolongada de água, que implicarão na deterioração da estrutura. Problemas comuns do país, onde classifica-se as incidências de acordo com sua origem de incidência. 4
  • 5. Manifestação patológica com maior ocorrência nas edificações. 1.3 - CORROSÃO DE ARMADURAS NA BASE DE PILARES: ASPECTOS GERAIS  Manchas superficiais de cor avermelhadas;  Fissuras paralelas à armadura;  Redução da seção da armadura;  Descolamento do concreto. 1.3.1 - CAUSAS PROVÁVEIS  Alta densidade de armaduras devido a presença de ancoragem não permitindo o cobrimento mínimo exigido;  Cobrimento em desacordo com o projeto;  Falta de homogeneidade do concreto;  Perda de nata de cimento pela junta das fôrmas;  Alta permeabilidade do concreto;  Insuficiência de argamassa para o envolvimento total dos agregados;  Em áreas de garagem, devido à presença de monóxido de carbono que pode contribuir para a rápida carbonatação do concreto. 5
  • 6. Figura 4: Exemplo de Patologia em Pilar 1.4 - CORROSÃO DE ARMADURAS EM VIGAS COM JUNTAS DE DILATAÇÃO: ASPECTOS GERAIS  Manchas superficiais de cor marrom-avermelhadas;  Fissuras paralelas à armadura;  Redução da seção da armadura;  Descolamento do concreto;  Saturação da parte inferior da viga. 1.4.1 - CAUSAS PROVÁVEIS  Juntas de dilatação obstruídas e com infiltrações;  Presença de agentes agressivos: águas salinas, atmosferas marinhas, etc.;  Alta densidade de armaduras não permitindo o cobrimento mínimo exigido;  Cobrimento em desacordo com o projeto;  Alta permeabilidade do concreto;  Insuficiência de argamassa para o envolvimento total dos agregados; 6
  • 7. Figura 5:Exemplo de patologias em uma viga 1.5 - CORROSÃO DE ARMADURAS EM LAJES: ASPECTOS GERAIS  Manchas superficiais de cor marrom-avermelhadas;  Corrosão generalizada em todas as barras da armadura;  Redução da seção da armadura;  Descolamento do concreto. 1.5.1 - CAUSAS PROVÁVEIS  Falta de espaçadores;  Abertura nas juntas das fôrmas, provocando a fuga de nata de cimento;  Presença de agentes agressivos: águas salinas, atmosferas marinhas, etc.;  Cobrimento em desacordo com o projeto;  Concreto com alta permeabilidade e/ou elevada porosidade; Insuficiência de estanqueidade das fôrmas; Figura 6: Demonstração de patologia em lage 7
  • 8. 1.6 - CORROSÃO DE ARMADURAS DEVIDO À PRESENÇA DE UMIDADE: ASPECTOS GERAIS  Manchas superficiais (em geral branco-avermelhadas) na superfície do concreto;  Umidade e infiltrações;  Percolação de água; 1.6.1 - CAUSAS PROVÁVEIS  Acúmulo de água e infiltrações;  Alta permeabilidade do concreto;  Fissuras na superfície do concreto favorecendo a entrada de água presente.  Juntas de concretagem mal executadas; Presença de ninhos de concretagem. Figura 7: Lage com visivel excesso de umidade Infiltração e presença de limo causado pela fissuração e permeabilidade excessiva da laje de concreto. 8
  • 9. 1.7-CORROSÃO DE ARMADURAS POR ATAQUE DE CLORETOS:ASPECTOS GERAIS  Manchas superficiais de cor marrom-avermelhadas;  Apresenta corrosão localizada com formação de "pites"; 1.7.1 - CAUSAS PROVÁVEIS  Presença de agentes agressivos incorporados ao concreto: águas salinas, aditivos à base de cloretos ou cimentos;  Atmosfera viciada: locais fechados com baixa renovação de ar, existindo a intensificação da concentração de gases. Figura 8:Ataque de cloretos Apresenta-se formação de pites de corrosão localizada por toda a estrutura e lascamento do concreto devido a expansão dos produtos de corrosão. 9
  • 10. 1.8 - NINHOS E SEGREGAÇÕES NO CONCRETO: ASPECTOS GERAIS  Vazios na massa de concreto;  Agregados sem o envolvimento da argamassa;  Concreto sem homogeneidade dos componentes; 1.8.1 - CAUSAS PROVÁVEIS  Baixa trabalhabilidade do concreto;  Insuficiência no transporte, lançamento e adensamento do concreto;  Alta densidade de armaduras; Figura 9: Exemplo de segregação Ninhos de concretagem no encontro do pilar com a viga, posteriormente preenchido com tijolo cerâmico. 10
  • 11. 1.9 - DESAGREGAÇÕES DO CONCRETO: ASPECTOS GERAIS  Agregados soltos ou de fácil remoção; 1.9.1 - CAUSAS PROVÁVEIS  Devido ao ataque químico expansivo de produtos inerentes ao concreto; Baixa resistência do concreto; Figura 10: Desagregação do Concreto 2 - LASCAMENTO DO CONCRETO: ASPECTOS GERAIS  Descolamento de trechos isolados do concreto;  Desplacamento de algumas partes de concreto geralmente em quinas dos elementos e em locais submetidos a fortes tensões expansivas; 2.1 - CAUSAS PROVÁVEIS  Corrosão das armaduras;  Canos de elementos estruturais sem armadura  Suficiente para absorver os esforços;  Desfôrma rápida. 11
  • 12. Figura 11: Desagregamento do concreto Lascamento do concreto devido à expansão dos produtos de corrosão nas armaduras da laje. 12
  • 13. 3 - REVESTIMENTOS CERÂMICOS O conhecimento sobre as patologias das edificações é indispensável em maior ou menor grau, para todos que trabalham na construção (VERÇOZA,1991). As construtoras querem construir cada vez mais, com o objetivo de economizar ao máximo, mas apresentando um produto com qualidade e acima de tudo, confiável. Dentre as patologias que o revestimento cerâmico pode apresentar, pode-se dizer, que estão distribuidas em relação a origem do processo construtivo, onde parcela dessas patologias, são oriundas de projetos mau elaborados, seguidos de mau execução e qualidade dos materiais utilizados. As patologias mais frequentes em cerâmicas são: Patologias quanto as eflorescências; Patologias quanto as trincas, gretamento e fissuras; Patologias quanto ao bolor; Deterioração das juntas; Patologias quanto a expansão por umidade (EPU); Destacamentos de placas??? 3.1 - EFLORESCÊNCIA Eflorescência são marcas de bolor, decorrentes da infiltração de água. São manchas normalmente brancas que se formam sobre a superfície alterando a estética dos acabamentos. Isso acontece quando os sais solúveis nos componentes da alvenaria são transportados pela agua utilizada na construção através dos poros dos revestimentos. As placas cerâmicas possuem vazios em seu interior, onde a água passa por capilaridade ou mesmo por força do gradiente hidráulico. Pode-se afirmar que sem a água, não haveria eflorescencia, pois o quadro patológico da eflorescência, tem como fator predominante a presença e a ação da água. Para evitar as eflorescências deve-se utilizar cimento CP IV (pozolânico) ou cimento tipo RS (resistente a sulfatos). Outra forma de conter a eflorescência, é utilizar rejuntes impermeáveis, e acima de tudo, vazamentos em paredes, visto que, a origem da eflorescência 13
  • 14. se dá, devido aos vazamentos de canos, umidades de terrenos, ou penetração por meio de rejuntes mau aplicados. 3.2 - TRINCAS, GRETAMENTOS E FISSURAS Essa patologia, ocorre devido a perda de integridade da superfície da placa cerâmica. As trincas são rupturas causadas por esforços mecânicos, resultando na separação das placas, gerando aberturas superiores a 1 m. Já as fissuras, são rompimentos nas placas cerâmicas, que não chegam a causar a ruptura nas placas, gerando uma abertura inferior a 1 m. O gretamento são aberturas em várias direções, inferiores a 1 m, ocorrendo na superfície esmaltada das placas. Para evitar essa patologia, deve-se usar argamassas bem dosadas ou colantes. 14
  • 15. 3.3 - PATOLOGIAS QUANTO AO BOLOR O desenvolvimento de fungos em revestimentos externos causa alteração estética formando manchas escuras indesejáveis em tonalidades preta, marrom e verde, ou ocasionalmente, manchas claras esbranquiçadas ou amareladas (SHIRAKAWA, 1995). A limpeza de manchas de bolor, gordura ou sujeira pode ser feita com escova ou esponja, utilizando-se produtos de limpeza desengordurantes ou à base de cloro. Não devem ser usados ácidos. Para ambientes que entram em contato direto com a água, o rejunte deve ser impermeável (para impedir que o líquido infiltre por baixo da cerâmica) e antifúngico (para evitar a formação de bolor). 15
  • 16. 3.4 - DETERIORAÇÃO DAS JUNTAS A deterioração das juntas compromete o desempenho dos revestimentos cerâmicos, pois as juntas são responsáveis pela vedação do revestimento cerâmico e por absorver deformações. É possível perceber quando ocorre uma deterioração da junta quando há perda de estanqueidade e envelhecimento do material de preenchimento. No caso da perda da estanqueidade, isso se dá, devido ao mau procedimento de limpeza, logo após a sua execução, que em contato com agentes agressivos, pode causar fissuras. Em situações que os rejuntes apresentam uma quantidade grande de resinas podem ocorrer envelhecimento e perda de cor no revestimento. Para evitar essa patologia é necessário ter um controle rigoroso da execução do rejuntamento, do preenchimento das juntas e da escolha dos materiais que será utilizados. 3.5 - PATOLOGIAS QUANTO A EXPANSÃO POR UMIDADE (EPU) Trata-se de uma propriedade dos materiais cerâmicos que tendem a inchar-se, em maior ou menor grau com o decorrer do tempo, essa expansão associada à ausência de juntas adequadas resultará fatalmente nodescolamento do revestimento por flambagem, ou greteamento e fissuras doesmalte.(FIORITO, A.J.S.I 1984). Com a expansão por umidade ocorre o aumento da peça cerâmica devido à absorção de água, podendo resultar na descolagem da peça da argamassa. Para locais com umidade e que 16
  • 17. estão diretamente expostos ao sol, deve-se analisar o índice de absorção de água da peça, visando um índice baixo para que não haja expansão. 3.6 - DESTACAMENTOS DE PLACAS O destacamento das placas ocorre devido a perda de aderência da cerâmica do substrato, quando as tensões aplicadas ultrapassarem a sua capacidade de aderência das ligações. É possível perceber o destacamento da placa quando ocorrer um som oco na cerâmica, ou quando ocorrer o estufamento da camada de acabamento. Isso ocorre devido a acomodação da construção, pela deformação lenta da estrutura de concreto armado, pela ausência de detalhes construtivos, quando utilizado cimento colante vencido, mão de obra desqualificada, entre outras possibilidades. Para solucionar essa patologia, na maioria das vezes, a solução é a retirada total do revestimento, devido a sua recuperação ser trabalhosa e cara. 17
  • 18. 4 - REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS Uma patologia ocorre quando o desempenho do produto ultrapassa o seu limite mínimo de desempenho desejado. Analisando os revestimentos de argamassa, as patologias mais frequentes são: fissuração e o deslocamento da pintura; a formação de manchas de umidade, com desenvolvimento de bolor; deslocamento da argamassa de revestimento da alvenaria; fissuração da superfície do revestimento; formação de vesículas na superfície do revestimento; deslocamento entre o reboco e o emboço. A patologia nos revestimentos argamassados ocorre devido a qualidade do materiais utilizados na execução, do traço da argamassa de cimento, da espessura do revestimento, da aplicação do revestimento, do tipo de pintura, da umidade e da expansão da argamassa de assentamento. A origem para a ocorrência desses problemas estão associados às fases de projeto e execução desse revestimento, ou seja, pela ausência do projeto do revestimento ou pela má concepção e pela não conformidade entre o projetado e o executado. Dessa forma, devemos considerar a qualidade dos materiais utilizados, o traço da argamassa, o modo de aplicação, a aderência, a espessura do revestimento, a aplicação da argamassa, pintura, umidade, expansão da argamassa de assentamento e os reparos. 4.1 - AGREGADOS A desagregação do revestimento, tem como causa a presença de torrões argilosos, com excesso de finos na areia ou de mica em quantidade apreciável. A mica pode também reduzir a aderência do revestimento à base ou de duas camadas entre si. 18
  • 19. 4.2 - CAL Se for utilizada logo após a fabricação, ocorrerá aumento de volume, causando danos ao revestimento, mais precisamente na camada de reboco. Existindo óxido de cálcio livre, na forma de grãos grossos, a expansão não pode ser absorvida pelos vazios de argamassa e o efeito é o de formação de vesículas, podendo ser observados já nos primeiros meses de aplicação do reboco. 4.3 - CIMENTO Não existe inconveniente quanto ao tipo de cimento, mas sim, quanto à finura que regulará os níveis de retração por secagem. A retração nas primeiras 24 horas é controlada pela retenção de água que, sendo proporcional ao teor de finos. Mas, em idades, maiores, a retração aumenta com o teor de finos. Para resolver o problema, costuma-se adicionar aditivo incorporador de ar à argamassas de cimento, ou adicionar cal hidratada para que aumente o teor de finos, melhorando a retenção de água e trabalhabilidade do conjunto. 19
  • 20. 4.4 – TRAÇO DA ARGAMASSA DE CAL O endurecimento é resultante da carbonatação da cal. Dessa forma, a resistência da argamassa é função de uma proporção adequada de areia, cal e de condições favoráveis à penetração do anidrido carbônico do ar atmosférico através de toda a espessura da camada. Considera-se argamassa rica a que contém proporção calareia, em massa superior a 1:3. 4.5 - TRAÇO DA ARGAMASSA DE CIMENTO A primeira camada do revestimentoé o emboço, regularizando a superfície da base. Para que essa camada seja elástica, deve conter cal e cimento em proporções adequadas. Quando essa camada for rica em cimento, pode-se observar fissuras e deslocamente, condição agravada quando aplicada em espessura superior a 2 cm. 4.6 - ADERÊNCIA À BASE Uma camada do revestimento aplicada sobre outra, impedindo a penetração da nata do aglomerante, pode apresentar problemas de aderência. O revestimento mantém-se aderente nos locais correspondentes às juntas do assentamento. Sendo a área dessas juntas pequenas, o revestimento acaba sendo descolado sob o efeito do seu próprio peso. É essencial que existam condições de aderência do revestimento à base. 20
  • 21. 4.7 - APLICAÇÃO DA ARGAMASSA Se o tempo de endurecimento e secagem da camada inferior não é observado antes da aplicação da camada superior, a retração que acompanha a secagem da camada inferior gera fissuras na camada superior. 4.8 - ESPESSURA DO REVESTIMENTO Em casos em que há um traço rico de cimento, acaba não permitindo que o revestimento acompanhe a movimentação da estrutura, deslocando-se. No reboco, o efeito observado é de desagregação por falta de carbonatação. Segundo as prescrições da NB-231 "Revestimento de paredes e tetos com argamassas: materiais, preparo, aplicação e manutenção", a espessura do emboço não deve ultrapassar 2 cm e a do reboco 2 m. 4.9 - TIPO DE PINTURA As tintas a óleo e epóxi promovem uma camada impermeável, dificultando a difusão do ar atmosférico através da argamassa de revestimento. Se a pintura for aplicada prematuramente, o grau de carbonatação não será suficiente para dar resistência suficiente a camada de reboco, gerando um deslocamento do emboço com desagregação. 21
  • 22. 4.10 - UMIDADE A infiltração de água acaba gerando manchas, acompanhadas pela formação de eflorescência ou vesículas. A infiltração constante provoca a desagregação do revestimento, com pulverulência ou formação de bolor em locais onde não há incidência com o sol. 4.11 - EXPANSÃO DA ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO A expansão da argamassa de assentamento pode ser provocada por reações químicas entre os constituintes desta argamassa ou mesmo entre compostos do cimento e dos tijolos ou blocos que compõem a alvenaria, ocorrendo no sentido vertival, podendo ser identificada por fissuras horizontais no revestimento. Isso ocorre devido a reação de sulfato do meio ambiente ou do componente da alvenaria com o cimento da argamassa e pela hidratação retardada da cal dolomitica usada na argamassa de assentamento. 4.12 - REPAROS Sempre que surgir danos na edificação, é necessário que sejam feitos reparos para evita que o fenômeno alastre-se progressivamente, solicitando um reparo constante. Por isso mesmo, é necessária a identificação das causas e da extensão do dano para procurar solicioná- los o mais rapido possível. 22
  • 23. 5 - PATOLOGIAS MAIS COMUNS NOS PISOS CIMENTADOS O piso de concreto é definido a partir da sua utilização final nos seguintes itens: acabamento, resistências, espessura, tipo de concreto, tipo de estrutura, processo de concretagem e acabamento. A variedade de solicitações a que estes revestimentos podem ser expostos faz necessário delimitar os valores mínimos de resistência exigidos em função do tipo de utilização, a determinação das condições do substrato (concreto novo ou piso já utilizado), a definição de metodologias e procedimentos adequados de preparo e tratamento do substrato e a especificação de detalhes de projeto a serem obedecidos. O uso de matérias de qualidade contribui fortemente no sentido de minimizar as ocorrências de patologias, no entanto, sem eliminar por completo tais eventos. As patologias dos pisos cimentados agrupam-se em três grandes divisões: fissuras, desgastes e esborcinamento de juntas, porém sem excluir outros registros como problemas de coloração e delaminação. Frequentemente relacionam-se patologias ligadas à execução, causadas por atraso no corte das juntas, cura inadequada, armaduras mal posicionadas e problemas de acabamento. As patologias relativas ao preparo de subleito e sub-base, decorrentes de má compactação do solo, repercutem em fissuras de caráter estrutural, assim denominadas pelos prejuízos causados à estabilidade e à capacidade de carga do piso, podendo ser prevenidas através da realização de ensaios do solo. Após o aparecimento da fissura, indica-se a remoção e recompactação do solo, ou ainda o estaqueamento do piso, responsável pela melhor distribuição das tensões no piso. A dosagem correta do concreto contribui para o bom acabamento ao piso e facilitando sai execução, sobretudo através da boa dosagem de finos. A cura inadequada pode resultar em fissuras e empenamentos, até baixas resistências à abrasão. O uso de mantas para cura úmida pode contribuir como solução, permitindo a transferência gradual e homogênea da água para o concreto. A saturação do ar por vaporizadores é aplicável nos casos em que a umidade relativa do ar é baixa, mas torna-se inviável em áreas externas. Os reparos devem ser executados observando-se vários cuidados, como a abertura de cavidades regulares para perfeito encaixe do material de reparo, total remoção de material solto ou desagregado, limpeza eficiente e prévia saturação de base. No caso de desagregações muito superficiais e formação de poeira, podem ser aplicados os endurecedores de superfície, 23
  • 24. em geral silicato de sódio ou de cálcio. No caso de desarranjos gerais, executa-se o fresamento geral do piso e sua total recomposição. 5.1- DESGASTE SUPERFICIAL Patologia relativamente comum, relacionada a fatores como baixa qualidade dos materiais empregados, traço inadequado do concreto, exsudação, acabamento inapropriado, ausência do procedimento de cura, excesso de carregamento, dentre outros. A superfície fica comprometida em termos de resistência e, com a solicitação por abrasão e impacto, ocorre o desgaste, ocasionando quebras das bordas das juntas, excesso de formação de poeira e todos os danos e prejuízos decorrentes deste processo. Figura 1: Desgaste por abrasão. Fonte: Portal PI – Pisos Industriais Figura 2: Desgaste acentuado. Fonte: Portal PI – Pisos Industriais 24
  • 25. 5.2 - Delaminação É considerada uma patologia comum ao pisos de concreto, sendo caracterizada pelo destacamento da lâmina superficial do piso, e uma de suas conseqüências é a grande diminuição de resistência do piso. Na maioria das vezes é causada pelo polimento precoce do piso, procedimento que sela o concreto e deixa a superfície menos permeável, impedindo a passagem da água de exsudação. Figura 3: Delaminação. Fonte: Portal PI – Pisos Industriais Figura 4: Delaminação causada por incorporação de ar, excesso de materiais finos, excesso de água ou condições climáticas durante a execução. Fonte: portal PI – Pisos Industriais 5.1 - Esborcinamento Em um piso de concreto, as juntas são pouco resistentes a impactos, podendo estar sujeitas ao esborcinamento (quebra das bordas). Como as causas mais comuns, podemos citar os erros de projeto, como a adoção de barras de transferência de diâmetro inadequado ou especificação incorreta de materiais de preenchimento. A remoção das barras de transferência 25
  • 26. para facilitar a desenforma também contribui para o enfraquecimento das juntas, e erro de posicionamento das barras de transferência das juntas (eixo inadequado) podem criar fissuras próximas a estes locais). Figura 5: Esborcinamento. Fonte: Revesprim 5.2 - Empenamento Esta patologia é provocada pelas baixas espessuras do pavimento, alta retração e subarmação (pequena taxa de aço) do piso. Figura 6: Empenamento causado por retração hidráulica diferencial da pplaca de concreto. Fonte: Revista Téchne Nenhuma entrada de sumário foi encontrada. 5.3 - Fissuras Podem ser consideradas como a patologia característica das estruturas de concreto. A caracterização da fissuração depende sempre da origem, intensidade e magnitude do quadro de fissuração existente. Para serem definidas as causas da fissuração, é necessário a elaboração do mapeamento das fissuras e sua classificação, definindo sobre a atividade ou não das mesmas (uma fissura é dita ativa, quando a causa responsável por sua geração ainda atua sobre a 26
  • 27. estrutura, sendo inativa, sempre que sua causa se tenha feito sentir durante um determinado tempo, e então deixado de existir). As principais causas de fissuras são: 1. Retração plástica: quando a água se desloca para fora de um corpo poroso não totalmente rígido, ocorre uma contração deste corpo. Logo após o adensamento e acabamento da superfície do concreto, pode-se observar o aparecimento de fissuras em sua superfície, facilmente eliminadas pelo alisamento superficial ou por revibração. Esta retração plástica é devida à rápida perda de água de amassamento, seja por evaporação ou por absorção das formas ou dos agregados. Figura 7: Fissuras de retração plástica do concreto. Fonte: RIPPER, 1996. Assentamento plástico do concreto: após o lançamento do concreto, os sólidos da mistura começam a sedimentar, deslocando água e o ar aprisionado. A exsudação e a sedimentação continuam até o endurecimento do concreto. Figura 8: Fissuras de assentamento em piso de concreto. Fonte: Portal PI – Pisos Industriais. 27
  • 28. Movimentação de Formas e/ou do subleito: os recalques do subleito ou mau escoramento das fôrmas podem causar trincas no concreto durante a fase plástica. Tais movimentos podem ser causados por deformação das formas, por mau posicionamento, por falta de fixação inadequada, pela existência de juntas mal vedadas ou de fendas, uso impróprio ou excessivos dos vibradores. Retração hidráulica: após a pega, é devida à perda por evaporação de parte da água de amassamento para o ambiente, de baixa umidade relativa. A retração após a pega manifesta-se muito mais lentamente do que a retração plástica. Figura 9: Junta de construção terminando em junta serrada, gerando trinca alinhada com a junta de construção. Fonte: LM Brasil 5.4 - Manchas no concreto As mais comuns são originárias dos processo de hidratação do cimento e carbonatação do concreto, responsáveis pela formação de manchas que se destacam da cor padrão do concreto aplicado no piso. Existem três causas básicas para o seu aparecimento. A primeira, mais grave e mais comum, ocorre devido a pega diferenciada do concreto, ocorrida por um atraso no processo de concretagem. O segundo tipo, é causado pelo posicionamento dos agregados graúdos muito próximos a superfície. Nesse caso, a causa do problema pode referir-se a falta de argamassa ou vibração insuficiente. Por fim, o terceiro tipo é causado pela má aplicação das mantas de cura. Caso não fiquem perfeitamente em contato com a superfície de concreto, formam bolsões de ar, escurecendo o concreto nestas regiões e possibilitando a identificação de frisos e dobras do tecido mal posicionado. 28
  • 29. Figura 10: Manchas no concreto. Fonte: Revista Téchne 5.5 - Bolhas Geralmente, a formação de bolhas antecede o fenômeno de deslocamento dos revestimentos. Pequenas formações na superfície começam a aparecer, e aos poucos, vão se tornando maiores e numerosas. Quando o piso nesse estado é submetido a tráfego mais intenso, aparecem as primeiras rupturas, expondo sua base ou suas camadas intermediárias. Dentre as causas mais comuns estão o acumulo de líquidos ou gases vindos da sub-base, base e do próprio revestimento, em decorrência de falhas durante a catalise dos materiais. Figura 11: Bolhas no concreto. Fonte: Revista Téchne 29
  • 30. CONCLUSÃO Os problemas patológicos podem ser motivados por falhas que ocorrem na execução das atividades inerentes ao processo comum. As falhas que são as principais causadoras das patologias na construção civil, podem ser divididas em três etapas básicas: falha no projeto, na execução e na manutenção. Os problemas patológicos estão presentes ma ,aioria das edificações, seja com maior ou menor intensidade, variando o período de manifestação ou forma de aparição. A questão de tornar a obra mais barata utilizando materiais de baixa qualidade com preços mais acessíveis e soluções mais práticas também podem contribuir para o aparecimento de patologias. Contudo concluímos que para evitarmos problemas futuros, é necessário elaborar um projeto bem detalhado e com embasamento técnico, além de um acompanhamento mais minucioso na execução da obra, tentando evitar ao máximo a ocorrência de problemas indesejados. 30
  • 31. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS VERÇOZA, Ênio José. Patologia das edificações. 1. ed. Porto Alegre: Sagra, 1991 CAMARGO, Maria de Fátima Santos. Pisos à base de cimento: caracterização, execução e patologias. Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Construção Civil da Escola de Engenharia UFMG. Belo Horizonte, Janeiro de 2010. REFERÊNCIAS WEBSITES PATOLOGIAS DAS EDIFICAÇÕES – Bruna Maidel – Francielle Almeida – Julia Lidani – Sandra Regina Flach - http://pt.scribd.com/doc/53340108/patologias PATOLOGIAS CERÂMICAS - Gisele Cichinelli - http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/116/artigo35346-2.asp PATOLOGIAS MAIS COMUNS EM REVESTIMENTOS - http://demilito.com.br/10- Patologia%20dos%20revest-rev.pdf PATOLOGIA DOS REVESTIMENTOS – Vicente Vieira - http://www.ebah.com.br/content/ABAAABj8AAD/10-patologia-dos-revest-rev RECOMENDAÇÕES PARA A EXECUÇÃO DE REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA PARA PAREDES DE VEDAÇÃO INTERNAS E EXTERIORES E TETOS - Luciana L. Maciel - Mércia M. S. Bottura Barros - Fernando H. Sabbatini http://pcc2436.pcc.usp.br/Textost%C3%A9cnicos/Revestimentos%20verticais/aula%205%20 2005%20texto%20argamassa.PDF OVAGHIMIAN, Levon Hagop. Concreto: Recuperação no chão. Revista Téchne Online – Disponível em: http://www.revistatechne.com.br/engenharia- civil/154/artigo159921-2.asp. Acesso em 18 de março de 2012. LM Brasil: http://www.lmbrasil.com.br/comentarios_tecnicos/juntas_industriais.html Portal PI – Pisos Industriais: http://www.pisosindustriais.com.br/revista/index.asp Revesprim: http://revesprim.com.br/images/revicol_argamassa.jpg Ripper, 1996: http://patologiaestrutura.vilabol.uol.com.br/processos.htm 31