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Toxicologia na Prevenção ao Uso de Substâncias Psicoativas
Prof. Dr. Tiago Severo Peixe
Drogas de Abuso. Aspectos Clínico-Sociais
Custo Econômico
Custo do Uso de Drogas nos EUA (US$ Billion)
2007 US$ 193 BILLION
Fonte: Drug Abusive.org
$61,376,694.00
$11,416,23
2.00
$120,304,004.00
Custo Anual das Drogas nos EUA
Crime Saúde Produtividade
0
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1998 1999 2000
Produtividade Saúde Outro
$143.4
$152.5 $160.7
Estimulantes do Sistema Nervoso Central
• Naturais:
• Cocaína – Erythroxylon coca
• Mescalina – Cactus – Lophophora williamsii
• Catinona – Catha edulis
• Efedrina e Pseudoefedrina – Ephedra sinica
• Sintéticas:
• Anfetaminas e derivados; tipo anfetaminas
Dependência: é um estado mental, e muitas vezes físico, que resulta da interação entre um organismo vivo e um
fármaco/droga. Caracteriza-se por comportamento que sempre inclui uma compulsão de tomar o fármaco/droga
para experimentar seu efeito psíquico e, às vezes, evitar o desconforto provocado pela sua ausência.
“uso de droga torna-se compulsivo, prevalecendo sobre outras necessidades”
Dependência Psicológica
Capacidade de aumentar a concentração de dopamina
no núcleo de acumbens e córtex frontal – terminais de
dopaminérgicos da via mesolímbica.
- Ambiente
- Farmacocinética
Características Individuais
Dependência Fisiológica
Adaptações do organismo (tolerância) produzidas pela administração repetida
da substância de abuso
Síndrome de abstinência: conjunto de sinais e sintomas, característicos para
cada classe de agente psicoativo, que geralmente são opostos aos efeitos
agudos dos agentes psicoativos observados antes das adaptações do organismo
Cocaína
Histórico da Droga
• 5000 A.C. – nativos
Propósitos místicos, religiosos, medicinais
• 1859 – isolada por Albert Niemann
0,5 a 1,0% de cocaína
• 1884 – Sigmund Freud
Depressão – Song of praise Carl Koller – Anestésico local – Oftalmológico
Hasteald – Popularizou – Derivados
• 1885
Associação a medicamentos, cigarros e Coca Cola
• 1891 – intoxicações
• 1900 – legislação
• 1924 – mortes
Cocaína
Consumo de Droga
USA- 25 a 30 milhões - 4,5 milhões no último ano- 1,5 milhões- mensalmente
- Jovens: 12 a 39 anos
- Dependentes de pelo menos 3 drogas
- Psicopatologias pré-existentes
- Ansiedade, depressão e paranoia
- 85 a 90% alcoólatras
- Associação com medicamentos; ansiolíticos, antidepressivos
Fonte: Samhsa.gov - 2014
Cocaína
Formas de Consumo da Cocaína
Pasta- 60 a 80% cocaína
Cloridrato de cocaínaCrack
NaHCO3
ou
NH3
Merla ou
cocaína oxidada
Aquecimento (oleosa)
com posterior
Resfriamento
(precipitação da
base livre)
100Kg
1000g
800g
HCl
PF- 197CPF- 96-98C
NaHCO3
Solvente
orgânico
0
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40
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80
Sangue Saliva Urina Cabelo
Cocaína Benzoilecgonina Ecgonine Metilester Cocaetileno
Percentual
Cocaína
Biotransformação e Excreção da cocaína
Biotransformação Excreção
Efeitos da Cocaína
Mecanismo de ação da cocaína
Neurônios
dopaminérgicos,
noradrenérgicos e
serotoninérgicos
Anfetaminas
Histórico da Droga
• 1887 Síntese
• 1919
Síntese aa metanfetamina – isômero dextro
• 1920 – 1930
Finalidade Terapêutica, descongestionante nasal, redução de
apetite, obesidade, nascolepsia, hiperatividade em crianças
• 1937
Uso controlado
• 1940
Segunda Guerra Mundial, alerta e combater a fadiga.
Japoneses, soldados e civis.
• 1970
Década De 60-70: 80% dos adolescentes do EUA.
“Speed”, “Crystal”, “go”, “ice”
“Rebite,” “bolinhas”
Anfetaminas
Uso de Anfetaminas
2012- 10,4 milhões de americanos 4,7%
Milhares
0
200,000
400,000
600,000
800,000
1,000,000
1,200,000
1,400,000
1,600,000
2010 2011 2012 2013 2014
Anfetaminas Estimulantes
According to 2012 National Survey on Drug Use and Health (NSDUH)
Anfetamina x Cocaína
Como os usuários fazem uso dessas drogas
Metanfetaminas – Tipicamente os usuários dessa droga tomam a primeira dose pela manhã e seguem
tomando outras doses com intervalo de 2 a 4 horas
Cocaína – Tipicamente os usuários dessa droga tomam a primeira dose ao anoitecer e seguem ingerindo doses
adicionais por horas
Brasil – 1995 –> 20ton
Estudantes 1º e 2º grau – 4,4%, primeira vez; 0,7%, uso crônico.
Caminhoneiros – 483 amostras
4,17% drogas de abuso – 85% anfetamínicos
Fonte: PENSE - IBGE 2012
Efeitos das Anfetaminas
Mecanismo de ação das Anfetaminas
Liberação de
dopamina
produzidas nas
células nervosas
região ventral
núcleo de
accumbens e córtex
frontal
Efeitos das anfetaminas
Como as anfetaminas se manifestam
Manifestação Clínica Severidade
Agitação, irritabilidade, insônia, tremor, hiperreflexia, sudorese, midríase, rubor +
Hiperatividade, confusão, hipertensão, taquipnéia, taquicardia, extra-sístoles, febre
fraca, sudorese + +
Delírio, mania, auto escoriações, hipertensão pronunciada, taquicardia, arritmia + + +
Delírio, mania, auto escoriações, hipertensão pronunciada, taquicardia, arritmia,
hiperpirexia, acidemia, falência renal, convulsão ou coma, colapso circulatório ou morte + + + +
Metanfetaminas
DAT no estriato – transporte de dopamina
diminuição nas habilidades motoras
alterações na memória
Restauração do DAT, mas manutenção do comprometimento motor e memória.
Risco aumentado para doenças neuro-degenerativas da idade.
Fonte:
Volkow et al., Am. J. Phychiatry 158 (3): 377 - 382, 2001 ./ Volkow et al., J. Neuroscience 21 (23): 9414 - 9418, 2001.
Os Coquetéis
Maconha
Maconha – Cannabis Sativa L.
Droga Depressora do SNC
Efeitos:
• Redução da Memória;
• Diminuição da coordenação;
• Aumento da frequência cardíaca;
• Aumento do apetite (larica).
P.A. Δ9 THC (ácido Δ9 Tetrahidrocanabinol)
Maconha
Frequência de uso dos adolescentes - 2014
Cadeia de Custódia e Acreditação
Validade Forense
• A Fidedignidade, a Segurança e a Precisão do Exame Toxicológico são garantidos por Cadeia de Custódia com Validade
Forense.
• O Exame Toxicológico previsto na Lei Federal 13.103 deverá ser realizado por meio de Cadeia de Custódia com Valor
Probante e Forense.
• Somente Entidades de Acreditação Forense podem auditar e acreditar os procedimentos que garantem a qualidade da
Cadeia de Custódia. Por exemplo: ISO 17.025, ABFT, FQS, EDWTS ou CAP/FDT.
Cadeia de Custódia com Validade Forense
Desde a coleta até a entrega do Laudo ao Candidato
Exame do Cabelo (Queratina)
Preparação da Amostra
 Validade do cabelo
Cor, textura, brilho, autenticidade, testes físico-químicos
Análise segmentar
Tamanho, uniformidade, crescimento
 Descontaminação da amostra
Sujidade, interferências, lavagem e descontaminação
 Extração da amostra
Digestão, extração e concentração dos compostos
Exame do Cabelo (Queratina)
Etapa de Triagem - Etapa de Confirmação
IMUNOENSAIOS (ELISA, EIA, RIA)
 Análise individual;
 Minimizar falso-negativos;
 Valores de referência (cut-off´s)
 Positivos são submetidos à confirmação.
ETAPA DE TRIAGEM ETAPA DE CONFIRMAÇÃO
MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS (CG/MS ou LC/MS)
 Análise individual;
 Minimizar falso-positivos;
 Valores de referência (cut-off´s)
 Métodos irrefutáveis ou “ fingerprint ”
Exame do Cabelo (Queratina) - Resolução CONTRAN 529, 2015.
Análise do Consumo de Drogas por Motoristas de Caminhão
Prof. Dr. Tiago Severo Peixe
UEL/HU/LAT
tiago@uel.br
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Ciclo de Palestras: Nova Lei do Motorista e o controle de álcool e drogas

  • 1. Toxicologia na Prevenção ao Uso de Substâncias Psicoativas Prof. Dr. Tiago Severo Peixe Drogas de Abuso. Aspectos Clínico-Sociais
  • 2. Custo Econômico Custo do Uso de Drogas nos EUA (US$ Billion) 2007 US$ 193 BILLION Fonte: Drug Abusive.org $61,376,694.00 $11,416,23 2.00 $120,304,004.00 Custo Anual das Drogas nos EUA Crime Saúde Produtividade 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 1998 1999 2000 Produtividade Saúde Outro $143.4 $152.5 $160.7
  • 3. Estimulantes do Sistema Nervoso Central • Naturais: • Cocaína – Erythroxylon coca • Mescalina – Cactus – Lophophora williamsii • Catinona – Catha edulis • Efedrina e Pseudoefedrina – Ephedra sinica • Sintéticas: • Anfetaminas e derivados; tipo anfetaminas Dependência: é um estado mental, e muitas vezes físico, que resulta da interação entre um organismo vivo e um fármaco/droga. Caracteriza-se por comportamento que sempre inclui uma compulsão de tomar o fármaco/droga para experimentar seu efeito psíquico e, às vezes, evitar o desconforto provocado pela sua ausência. “uso de droga torna-se compulsivo, prevalecendo sobre outras necessidades”
  • 4. Dependência Psicológica Capacidade de aumentar a concentração de dopamina no núcleo de acumbens e córtex frontal – terminais de dopaminérgicos da via mesolímbica. - Ambiente - Farmacocinética Características Individuais
  • 5. Dependência Fisiológica Adaptações do organismo (tolerância) produzidas pela administração repetida da substância de abuso Síndrome de abstinência: conjunto de sinais e sintomas, característicos para cada classe de agente psicoativo, que geralmente são opostos aos efeitos agudos dos agentes psicoativos observados antes das adaptações do organismo
  • 6. Cocaína Histórico da Droga • 5000 A.C. – nativos Propósitos místicos, religiosos, medicinais • 1859 – isolada por Albert Niemann 0,5 a 1,0% de cocaína • 1884 – Sigmund Freud Depressão – Song of praise Carl Koller – Anestésico local – Oftalmológico Hasteald – Popularizou – Derivados • 1885 Associação a medicamentos, cigarros e Coca Cola • 1891 – intoxicações • 1900 – legislação • 1924 – mortes
  • 7. Cocaína Consumo de Droga USA- 25 a 30 milhões - 4,5 milhões no último ano- 1,5 milhões- mensalmente - Jovens: 12 a 39 anos - Dependentes de pelo menos 3 drogas - Psicopatologias pré-existentes - Ansiedade, depressão e paranoia - 85 a 90% alcoólatras - Associação com medicamentos; ansiolíticos, antidepressivos Fonte: Samhsa.gov - 2014
  • 8. Cocaína Formas de Consumo da Cocaína Pasta- 60 a 80% cocaína Cloridrato de cocaínaCrack NaHCO3 ou NH3 Merla ou cocaína oxidada Aquecimento (oleosa) com posterior Resfriamento (precipitação da base livre) 100Kg 1000g 800g HCl PF- 197CPF- 96-98C NaHCO3 Solvente orgânico
  • 9. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Sangue Saliva Urina Cabelo Cocaína Benzoilecgonina Ecgonine Metilester Cocaetileno Percentual Cocaína Biotransformação e Excreção da cocaína Biotransformação Excreção
  • 10. Efeitos da Cocaína Mecanismo de ação da cocaína Neurônios dopaminérgicos, noradrenérgicos e serotoninérgicos
  • 11. Anfetaminas Histórico da Droga • 1887 Síntese • 1919 Síntese aa metanfetamina – isômero dextro • 1920 – 1930 Finalidade Terapêutica, descongestionante nasal, redução de apetite, obesidade, nascolepsia, hiperatividade em crianças • 1937 Uso controlado • 1940 Segunda Guerra Mundial, alerta e combater a fadiga. Japoneses, soldados e civis. • 1970 Década De 60-70: 80% dos adolescentes do EUA. “Speed”, “Crystal”, “go”, “ice” “Rebite,” “bolinhas”
  • 12. Anfetaminas Uso de Anfetaminas 2012- 10,4 milhões de americanos 4,7% Milhares 0 200,000 400,000 600,000 800,000 1,000,000 1,200,000 1,400,000 1,600,000 2010 2011 2012 2013 2014 Anfetaminas Estimulantes According to 2012 National Survey on Drug Use and Health (NSDUH)
  • 13. Anfetamina x Cocaína Como os usuários fazem uso dessas drogas Metanfetaminas – Tipicamente os usuários dessa droga tomam a primeira dose pela manhã e seguem tomando outras doses com intervalo de 2 a 4 horas Cocaína – Tipicamente os usuários dessa droga tomam a primeira dose ao anoitecer e seguem ingerindo doses adicionais por horas Brasil – 1995 –> 20ton Estudantes 1º e 2º grau – 4,4%, primeira vez; 0,7%, uso crônico. Caminhoneiros – 483 amostras 4,17% drogas de abuso – 85% anfetamínicos Fonte: PENSE - IBGE 2012
  • 14. Efeitos das Anfetaminas Mecanismo de ação das Anfetaminas Liberação de dopamina produzidas nas células nervosas região ventral núcleo de accumbens e córtex frontal
  • 15. Efeitos das anfetaminas Como as anfetaminas se manifestam Manifestação Clínica Severidade Agitação, irritabilidade, insônia, tremor, hiperreflexia, sudorese, midríase, rubor + Hiperatividade, confusão, hipertensão, taquipnéia, taquicardia, extra-sístoles, febre fraca, sudorese + + Delírio, mania, auto escoriações, hipertensão pronunciada, taquicardia, arritmia + + + Delírio, mania, auto escoriações, hipertensão pronunciada, taquicardia, arritmia, hiperpirexia, acidemia, falência renal, convulsão ou coma, colapso circulatório ou morte + + + +
  • 16. Metanfetaminas DAT no estriato – transporte de dopamina diminuição nas habilidades motoras alterações na memória Restauração do DAT, mas manutenção do comprometimento motor e memória. Risco aumentado para doenças neuro-degenerativas da idade. Fonte: Volkow et al., Am. J. Phychiatry 158 (3): 377 - 382, 2001 ./ Volkow et al., J. Neuroscience 21 (23): 9414 - 9418, 2001.
  • 18. Maconha Maconha – Cannabis Sativa L. Droga Depressora do SNC Efeitos: • Redução da Memória; • Diminuição da coordenação; • Aumento da frequência cardíaca; • Aumento do apetite (larica). P.A. Δ9 THC (ácido Δ9 Tetrahidrocanabinol)
  • 19. Maconha Frequência de uso dos adolescentes - 2014
  • 20. Cadeia de Custódia e Acreditação Validade Forense • A Fidedignidade, a Segurança e a Precisão do Exame Toxicológico são garantidos por Cadeia de Custódia com Validade Forense. • O Exame Toxicológico previsto na Lei Federal 13.103 deverá ser realizado por meio de Cadeia de Custódia com Valor Probante e Forense. • Somente Entidades de Acreditação Forense podem auditar e acreditar os procedimentos que garantem a qualidade da Cadeia de Custódia. Por exemplo: ISO 17.025, ABFT, FQS, EDWTS ou CAP/FDT. Cadeia de Custódia com Validade Forense Desde a coleta até a entrega do Laudo ao Candidato
  • 21. Exame do Cabelo (Queratina) Preparação da Amostra  Validade do cabelo Cor, textura, brilho, autenticidade, testes físico-químicos Análise segmentar Tamanho, uniformidade, crescimento  Descontaminação da amostra Sujidade, interferências, lavagem e descontaminação  Extração da amostra Digestão, extração e concentração dos compostos
  • 22. Exame do Cabelo (Queratina) Etapa de Triagem - Etapa de Confirmação IMUNOENSAIOS (ELISA, EIA, RIA)  Análise individual;  Minimizar falso-negativos;  Valores de referência (cut-off´s)  Positivos são submetidos à confirmação. ETAPA DE TRIAGEM ETAPA DE CONFIRMAÇÃO MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS (CG/MS ou LC/MS)  Análise individual;  Minimizar falso-positivos;  Valores de referência (cut-off´s)  Métodos irrefutáveis ou “ fingerprint ”
  • 23. Exame do Cabelo (Queratina) - Resolução CONTRAN 529, 2015.
  • 24. Análise do Consumo de Drogas por Motoristas de Caminhão
  • 25. Prof. Dr. Tiago Severo Peixe UEL/HU/LAT tiago@uel.br OBRIGADO !!!