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Diagnóstico e tratamento
medicamentoso do
Transtorno da ansiedade
generalizada
MAGALY NÖEL
MÉDICA FORMADA PELA UNIFESO
RESIDÊNCIA EM PSIQUIATRIA PELO IMPP
MBA EM DEPENDÊNCIA QUÍMICA PELA FPCS
PROFESSORA DE MEDICINA UNIFESO
Fundação Educacional Serra dos Órgãos
Centro Universitário Serra dos Órgãos
“Guerra e Paz”, Candido Portinari.
Definição
A ansiedade pode ser conceituada como uma resposta normal e adaptativa a ameaça que
prepara o organismo para fuga ou luta.
Quando se torna um transtorno?
Os transtornos de ansiedade:
Transtornos mentais nos quais sintomas ansiosos configuram formas “puras” ou “quase puras”
de transtornos de ansiedade (transtorno de ansiedade generalizada [TAG] e transtorno de
pânico) ou aqueles nos quais a ansiedade tem importância central ou muito relevante (fobias,
ansiedade social, estresse pós-traumático, quadros dissociativos e conversivos, quadros
hipocondríacos e de somatização e transtorno obsessivocompulsivo [TOC]).
Síndromes “puras”
As síndromes ansiosas “puras” são ordenadas inicialmente em dois grandes grupos: quadros em
que a ansiedade é constante e permanente (ansiedade generalizada, livre e flutuante) e quadros
em que há crises de ansiedade abruptas e mais ou menos intensas. São as chamadas crises de
pânico, que podem configurar, se ocorrerem de modo repetitivo, o transtorno de pânico
(Hollander; Simeon, 2004).
Síndromes ansiosas de base orgânica:
Principais causas das síndromes de ansiedade secundárias ou orgânicas, assim como as
principais substâncias que desencadeiam ou causam depressão:
Hipertireoidismo 60%
Hipotireoidismo 30-40%
Esclerose múltipla 32%
Câncer Fases iniciais: 15-23% Fases terminais: 69-79%
Doença pulmonar obstrutiva crônica Fases iniciais: 32-57% Fases terminais: 51-75%
Acidente vascular cerebral 18-25%
Síndrome do ovário policístico 20%
Síndromes ansiosas de base orgânica:
Doença coronariana 10-50%
Insuficiência cardíaca congestiva 2-49%
Doenças cardiovasculares 11-49%
Diabetes 1-16%
Substâncias que produzem ou desencadeiam quadros ansiosos: Corticosteroides,
simpatomiméticos (ou outros broncodilatadores), cafeína, hormônios tireoidianos,
antiparkinsonianos, anticolinérgicos, anti-hipertensivos, inseticidas organofosforados, gases
asfixiantes, dióxido e monóxido de carbono, gasolina, tinta, cocaína, álcool, Cannabis,
alucinógeno
Diagnóstico
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
Transtorno de ansiedade generalizada
QP: “gastura”, “repuxamento dos nervos” e “cabeça ruim”
Critérios diagnósticos segundo CID-11 e DSM-5 para transtorno de ansiedade generalizada:
A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis
meses pelo dsm-5, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).
B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos
alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses).
1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele.
2. Fatigabilidade.
3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente.
4. Irritabilidade, “pavio curto”.
5. Tensão muscular.
6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto).
D. causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo.
E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a
outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo).
F. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental
Tratamento
MEDICAMENTOSO
Farmacoterapia
- ISRSs
-Benzodiazepínicos
-Buspirona
-Venlafaxina
ISRSs
- Desvantagem : ansiedade inicial transitória
- Usar em conjunto com o benzodiazepínico.
Benzodiazepínicos
- efeito imediato.
-considerar de forma específica.
-planejamento terapêutico.
-tempo DETERMINADO.
-Quais os problemas associados?
Buspirona
- tempo de efeito 2-3 semanas.
-Alguns estudos: tratamento combinado com os benzodiazepínicos.
Venlafaxina
-Serotonina, norepinefrina e em menor grau dopamina.
-Eficaz em: insônia, má concentração, inquietação, irritabilidade e tensão muscular excessiva.
Tratamento
NÃO MEDICAMENTOSO
Encaminhamentos
- psicoterapia (qual linha?)
- abordagens de apoio.
Recorte clínico
Paciente, 25 anos, desempregado, morador de São Paulo capital, busca atendimento em
emergência devido a sudorese intensa e batimentos acelerados. Conta que desde a pandemia
apresenta inúmeras preocupações com o futuro, de difícil controle em sua mente, que seus
músculos até ficam contraídos quando esses pensamentos surgem. Fala que buscou
atendimento pois está com a sensação de estar com os nervos à flor da pele, com muita fadiga.
Questões
- Durante anamnese quais perguntas imprescindíveis para formulação de hipótese diagnostica?
- Quais hipóteses diagnósticas?
Referências Bibliográficas
1. Sadock BJ, Sadock VA, Ruiz P. Compêndio de Psiquiatria - 11ed. Artmed Editora; 2016. págs
347- 380 ;
2.DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3. Porto Alegre
ArtMed 2018 1 recurso online ISBN 9788582715062.
2. Stahl SM. Fundamentos de Psicofarmacologia de Stahl - 6.ed. Artmed Editora; 2018.

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Diagnóstico e tratamento do transtorno de ansiedade generalizada

  • 1. Diagnóstico e tratamento medicamentoso do Transtorno da ansiedade generalizada MAGALY NÖEL MÉDICA FORMADA PELA UNIFESO RESIDÊNCIA EM PSIQUIATRIA PELO IMPP MBA EM DEPENDÊNCIA QUÍMICA PELA FPCS PROFESSORA DE MEDICINA UNIFESO Fundação Educacional Serra dos Órgãos Centro Universitário Serra dos Órgãos
  • 2. “Guerra e Paz”, Candido Portinari.
  • 3. Definição A ansiedade pode ser conceituada como uma resposta normal e adaptativa a ameaça que prepara o organismo para fuga ou luta. Quando se torna um transtorno?
  • 4. Os transtornos de ansiedade: Transtornos mentais nos quais sintomas ansiosos configuram formas “puras” ou “quase puras” de transtornos de ansiedade (transtorno de ansiedade generalizada [TAG] e transtorno de pânico) ou aqueles nos quais a ansiedade tem importância central ou muito relevante (fobias, ansiedade social, estresse pós-traumático, quadros dissociativos e conversivos, quadros hipocondríacos e de somatização e transtorno obsessivocompulsivo [TOC]).
  • 5. Síndromes “puras” As síndromes ansiosas “puras” são ordenadas inicialmente em dois grandes grupos: quadros em que a ansiedade é constante e permanente (ansiedade generalizada, livre e flutuante) e quadros em que há crises de ansiedade abruptas e mais ou menos intensas. São as chamadas crises de pânico, que podem configurar, se ocorrerem de modo repetitivo, o transtorno de pânico (Hollander; Simeon, 2004).
  • 6. Síndromes ansiosas de base orgânica: Principais causas das síndromes de ansiedade secundárias ou orgânicas, assim como as principais substâncias que desencadeiam ou causam depressão: Hipertireoidismo 60% Hipotireoidismo 30-40% Esclerose múltipla 32% Câncer Fases iniciais: 15-23% Fases terminais: 69-79% Doença pulmonar obstrutiva crônica Fases iniciais: 32-57% Fases terminais: 51-75% Acidente vascular cerebral 18-25% Síndrome do ovário policístico 20%
  • 7. Síndromes ansiosas de base orgânica: Doença coronariana 10-50% Insuficiência cardíaca congestiva 2-49% Doenças cardiovasculares 11-49% Diabetes 1-16% Substâncias que produzem ou desencadeiam quadros ansiosos: Corticosteroides, simpatomiméticos (ou outros broncodilatadores), cafeína, hormônios tireoidianos, antiparkinsonianos, anticolinérgicos, anti-hipertensivos, inseticidas organofosforados, gases asfixiantes, dióxido e monóxido de carbono, gasolina, tinta, cocaína, álcool, Cannabis, alucinógeno
  • 9. Transtorno de ansiedade generalizada QP: “gastura”, “repuxamento dos nervos” e “cabeça ruim”
  • 10. Critérios diagnósticos segundo CID-11 e DSM-5 para transtorno de ansiedade generalizada: A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses pelo dsm-5, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional). B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação. C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses). 1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele. 2. Fatigabilidade. 3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente. 4. Irritabilidade, “pavio curto”. 5. Tensão muscular. 6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto). D. causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo). F. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental
  • 13. ISRSs - Desvantagem : ansiedade inicial transitória - Usar em conjunto com o benzodiazepínico.
  • 14. Benzodiazepínicos - efeito imediato. -considerar de forma específica. -planejamento terapêutico. -tempo DETERMINADO. -Quais os problemas associados?
  • 15. Buspirona - tempo de efeito 2-3 semanas. -Alguns estudos: tratamento combinado com os benzodiazepínicos.
  • 16. Venlafaxina -Serotonina, norepinefrina e em menor grau dopamina. -Eficaz em: insônia, má concentração, inquietação, irritabilidade e tensão muscular excessiva.
  • 18. Encaminhamentos - psicoterapia (qual linha?) - abordagens de apoio.
  • 19. Recorte clínico Paciente, 25 anos, desempregado, morador de São Paulo capital, busca atendimento em emergência devido a sudorese intensa e batimentos acelerados. Conta que desde a pandemia apresenta inúmeras preocupações com o futuro, de difícil controle em sua mente, que seus músculos até ficam contraídos quando esses pensamentos surgem. Fala que buscou atendimento pois está com a sensação de estar com os nervos à flor da pele, com muita fadiga.
  • 20. Questões - Durante anamnese quais perguntas imprescindíveis para formulação de hipótese diagnostica? - Quais hipóteses diagnósticas?
  • 21. Referências Bibliográficas 1. Sadock BJ, Sadock VA, Ruiz P. Compêndio de Psiquiatria - 11ed. Artmed Editora; 2016. págs 347- 380 ; 2.DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3. Porto Alegre ArtMed 2018 1 recurso online ISBN 9788582715062. 2. Stahl SM. Fundamentos de Psicofarmacologia de Stahl - 6.ed. Artmed Editora; 2018.