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OLINDA E RECIFE
(Uma abordagem atrevida
sobre A Guerra dos Mascates)
Como vou falar de praia, sem me lembrar de
Olinda;
ou falar de encanto útil, sem as Pontes do
Recife?
É mister que fique claro, pra não ter “disse-me-
disse”,
O que se deu em Olinda, que resultou em
Recife?
Quem ousar falar de Olinda, alguma coisa
omitirá,
mas, não por ingratidão,
muito mais pelo montão de coisas que tem por
lá!
Na hora de descrever ou mesmo de elogiar,
é preciso ter cuidado, para não se atrapalhar,
ou até deixar de lado, tudo que tem pra contar,
porque quando não se sabe, o melhor é se
calar!
Nem um livro muito grande, ou um guia bem
informado,
poderia relatar, porque não compreenderia o
que viria depois;
A história de Olinda, é impossível descrever,
mesmo sendo PRINCIPAL, num tempo que já
se foi!
Li certa vez numa lápide citação que diz assim:
“Olinda,
Cidade Rainha que pariu outras cidades;
Olinda,
Cidade Rainha que amamentou seu primogênito, o
Recife,
cedendo-lhe o Cetro de capital de Pernambuco”
Isto confere importância a esta cidade
majestosa,
que, além de hospitaleira, é uma cidade linda,
ostenta uma culinária e uma atenção
primorosa,
até de fazer inveja à cozinha que, no mundo,
se diga ser mais gostosa!
Olinda, sede do Poder Público, na época
colonial,
exercia um poder que parecia visceral;
Recife queria apenas, ter um trato compatível,
porque já não aceitava tratamento desigual,
abrigava Os Mascates, que eram
comerciantes, na maioria migrantes, que
vinham de Portugal,
que ao serem ameaçados, entraram em um
conflito, onde Olinda se deu mal...
Foi a Guerra dos Mascates, que concedeu ao
Recife o seu direito de igual!
Recife detinha um Porto,
que lhe foi muito importante para se
desenvolver;
e disso tirou proveito, trabalhando pra valer;
Olinda era um Núcleo Urbano, mas de papel
principal;
Recife, subordinado, jogava no contra-ataque,
mas esbanjava moral!
Com a vantagem do porto, que lhe foi
fundamental,
soube ser mais estratégica,
virou a mesa e tornou-se um CENTRO
COMERCIAL!
Por conta do seu sucesso na gerência do comércio,
aumentava sua força com visível desempenho,
e, com o passar do tempo, fez crescer as diferenças,
passando a ser invejado pelos Senhores de
Engenho!
Mas, por seu merecimento, em 1703,
em um ATO ESPECIAL,
ganha representação na Câmara Municipal;
Infelizmente, porém, bebeu o que não gostou,
como um verdadeiro fel,
pois, Os Senhores de Engenho, usando sua
influência,
fizeram com que o ATO não saísse do papel!
Em 1709, após seis anos de luta,
os recifenses venceram, pelo seu envolvimento e
pela sua labuta;
e após a independência,
fez com que se instalasse, na Cidade de Recife,
aquilo que mais queria...
A Câmara Municipal,
Libertando-se de OLINDA, elevou-se o seu
astral,
foi de povoado à VILA, logrou outras
promoções,
E hoje é a CAPITAL!
Mas, amigos Recifenses, não pensem que
acabou,
os Senhores de Engenho, dominados pela
fúria
e por uma exaltação de ânimo descomunal,
atacaram o Recife, num gesto até de
anarquia,
Pois, não dá para entender, toda essa tirania,
posto que OLINDA, antes tida, como CIDADE
RAINHA,
já não podia ostentar a mesma soberania!
Os mandantes da Colônia, intervindo no
conflito (1711)
usaram seus aparatos e dissolveram o
combate...
Com um gesto fulminante, igualam Recife a
Olinda,
encerrando, dessa forma, o que passou para
a história,
como a GUERRA DOS MASCATES!
04/10/2011
Formatação, pesquisa e produção: Valdir Fentes

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Olinda e recife

  • 1. OLINDA E RECIFE (Uma abordagem atrevida sobre A Guerra dos Mascates)
  • 2. Como vou falar de praia, sem me lembrar de Olinda; ou falar de encanto útil, sem as Pontes do Recife? É mister que fique claro, pra não ter “disse-me- disse”, O que se deu em Olinda, que resultou em Recife?
  • 3. Quem ousar falar de Olinda, alguma coisa omitirá, mas, não por ingratidão, muito mais pelo montão de coisas que tem por lá! Na hora de descrever ou mesmo de elogiar, é preciso ter cuidado, para não se atrapalhar, ou até deixar de lado, tudo que tem pra contar, porque quando não se sabe, o melhor é se calar!
  • 4. Nem um livro muito grande, ou um guia bem informado, poderia relatar, porque não compreenderia o que viria depois; A história de Olinda, é impossível descrever, mesmo sendo PRINCIPAL, num tempo que já se foi!
  • 5. Li certa vez numa lápide citação que diz assim: “Olinda, Cidade Rainha que pariu outras cidades; Olinda, Cidade Rainha que amamentou seu primogênito, o Recife, cedendo-lhe o Cetro de capital de Pernambuco”
  • 6. Isto confere importância a esta cidade majestosa, que, além de hospitaleira, é uma cidade linda, ostenta uma culinária e uma atenção primorosa, até de fazer inveja à cozinha que, no mundo, se diga ser mais gostosa!
  • 7. Olinda, sede do Poder Público, na época colonial, exercia um poder que parecia visceral; Recife queria apenas, ter um trato compatível, porque já não aceitava tratamento desigual, abrigava Os Mascates, que eram comerciantes, na maioria migrantes, que vinham de Portugal, que ao serem ameaçados, entraram em um conflito, onde Olinda se deu mal... Foi a Guerra dos Mascates, que concedeu ao Recife o seu direito de igual!
  • 8. Recife detinha um Porto, que lhe foi muito importante para se desenvolver; e disso tirou proveito, trabalhando pra valer; Olinda era um Núcleo Urbano, mas de papel principal; Recife, subordinado, jogava no contra-ataque, mas esbanjava moral!
  • 9. Com a vantagem do porto, que lhe foi fundamental, soube ser mais estratégica, virou a mesa e tornou-se um CENTRO COMERCIAL!
  • 10. Por conta do seu sucesso na gerência do comércio, aumentava sua força com visível desempenho, e, com o passar do tempo, fez crescer as diferenças, passando a ser invejado pelos Senhores de Engenho!
  • 11. Mas, por seu merecimento, em 1703, em um ATO ESPECIAL, ganha representação na Câmara Municipal; Infelizmente, porém, bebeu o que não gostou, como um verdadeiro fel, pois, Os Senhores de Engenho, usando sua influência, fizeram com que o ATO não saísse do papel!
  • 12. Em 1709, após seis anos de luta, os recifenses venceram, pelo seu envolvimento e pela sua labuta; e após a independência, fez com que se instalasse, na Cidade de Recife, aquilo que mais queria... A Câmara Municipal,
  • 13. Libertando-se de OLINDA, elevou-se o seu astral, foi de povoado à VILA, logrou outras promoções, E hoje é a CAPITAL!
  • 14. Mas, amigos Recifenses, não pensem que acabou, os Senhores de Engenho, dominados pela fúria e por uma exaltação de ânimo descomunal, atacaram o Recife, num gesto até de anarquia,
  • 15. Pois, não dá para entender, toda essa tirania, posto que OLINDA, antes tida, como CIDADE RAINHA, já não podia ostentar a mesma soberania!
  • 16. Os mandantes da Colônia, intervindo no conflito (1711) usaram seus aparatos e dissolveram o combate... Com um gesto fulminante, igualam Recife a Olinda, encerrando, dessa forma, o que passou para a história, como a GUERRA DOS MASCATES!
  • 17. 04/10/2011 Formatação, pesquisa e produção: Valdir Fentes