2. O trabalho filológico tem como objetivo a
reconstituição de um texto, total ou parcial, ou a
determinação e o esclarecimento de algum aspecto
relevante a ele relacionado. Estende-se desde a crítica
textual, cujo objeto é o próprio texto, até as questões
histórico-literárias, como a autoria, a autenticidade, a
datação etc., e o estudo e a exegese do pormenor.
3. Crítica Textual
O objetivo desta primeira etapa é a reconstituição do
texto, isto é, “emendar” o texto para aproxima-lo ao
máximo da forma que recebera do próprio autor.
• Recensio (recenseamento)
Consiste no levantamento de todos os códices. distingue-
se em (tradição direta e tradição indireta).
Tradição direta: os manuscritos podem ser do próprio
autor, denominados “autógrafos” ou de copistas,
chamados “apóstrofos”
Tradição indireta: constituída por versões, comentários,
citações, alusões, glosas, paráfrases, e imitações
4. • Collatio codicum (comparação dos códigos)
Depois de um exame geral, seleciona-se um manuscrito
mais completo ou que pareça bom, ou no caso, do
impresso, a ultima edição.
Texto ou exemplar de texto: torna-se a base da
comparação, com a finalidade de eliminar os chamados
códices descript, isto é, copias de um modelo existente e
conhecido como “exemplar de copia” ou “antígrafo”
Interpolação: é a inserção de um fragmento variável na
copia de um documento, que para Lachmann, é
suficiente para levar a eliminação do documento.
5. • Estemática (desvendar a origem)
Consiste no estabelecimento da genealogia do códice. O
modo de transmissão genealógica pode ser:
Vertical: quando a derivação é direta do original ou do
arquétipo.
Transversal: quando a derivação é por comparação de
textos de épocas, lugares e valor diferente.
Horizontal: se for por coleção de textos da mesma época
e lugar.
Por contaminação: nos casos em que o copista inseriu as
anotações marginais ou interlineares, suprimindo com
isto os correspondentes tópicos originais, a linha
pontilhada, no sistmma, indica esse modo de
transmissão
6. • EMENDATIO
Emendatio é o nome dado ao conjunto das operações
que visam à correção do texto. E certamente a mais
importante desse processo da reconstituição do texto,
por que é segundo um postulado da tradução
manuscrita. “quem diz copias, diz erro”.
Emendatio ope codicum: fazem-se uma comparação e
um exame das variantes encontradas nos códices
estudadas na collatio.
Emendatio ope conjectura: envolve a intuição do
filólogo e o conhecimento profundo que deve ter do
autor, da obra e da época do texto estudado. Essas
qualidades lhe permitem até recriar passagens mutiladas
ou totalmente danificadas por manchas, desgastes ou
perfurações dos códices.
7. CRÍTICA HISTÓRICO-LITERÁRIA
Terminado o trabalho da crítica textual com a
reconstituição do texto, passa-se ao estudo dos vários
aspectos da chamada crítica História-Literária, que
procura esclarecer possíveis pontos obscuros, eliminar
lacunas no conhecimento de dados a respeito do texto
etc. Aqui também são usados os critérios externos,
sobretudo citações, alusões, referências, etc.
A crítica histórico-literária aborda os itens identificados
a seguir.
8. AUTENTICIDADE
Autenticidade diz respeito à autoria do texto, que se
dirá autêntico se realmente for do autor ao qual se atribui.
DATAÇÃO
Determinar a data, o ano ou pelo menos a época em que o
documento foi escrito pode ser muito útil para a
compreensão de seus conteúdos, de sua forma, finalmente
e outros aspectos, já que um escrito de forma ou de outra,
é um reflexo de sua época.
9. FONTES
Neste tópico, pesquisam-se as citações diretas e as
indiretas, as alusões, os possíveis plágios, as imitações, em
resumo toda e qualquer influência de outros autores sobre
o texto.
CIRCUNSTÂNCIAS
Circunstâncias são todas as variáveis que “estão ao redor”
de algo. Situar um documento em seu contexto histórico,
cultural, social e político pode facilitar a compreensão de
sua mensagem, esclarecer tópicos e alusões, além de
alinhar auto e obra segundo as diversas correntes
filosóficas, literárias, políticas etc.
10. SORTE
Neste item, o filólogo procura rastrear a sorte, boa ou má,
do documento. O êxito de um texto manuscrito se avalia
pelo número de cópias, pelas citações, referências,
estudos, alusões, etc.
UNIDADE E INTEGRIDADE
A um manuscrito era possível acrescentar textos e também
suprimir lhe uma parte menos ou maior, estudando esse
ângulo, o filólogo verifica a integridade da obra, isto é, se
está inteira, íntegra e completa.
11. • LINGUAGEM DO TEXTO
Do estudo da linguagem do documento, o filólogo
pode colher muitas informações importantes para um co
nhecimento mais aprofundado do próprio texto.
12. • Avaliação critica
Como último passo desta etapa, o filólogo fará uma
avaliação critica final da obra sob dois aspectos: seu
valor documental, e seu valor literário.
13. EXEGESE DO PORMENOR
A exegese do Pormenor busca a revelar as alusões
obscuras, esclarecer detalhes que o leitor vier a
encontrar.
Esse trabalho exige muito conhecimento por parte dos
pesquisadores referentes ciências afins, bem como do
contexto próximo e remoto.
Completando o trabalho filológico, procurar-se-á
estabelecer os detalhes ou os pormenores, que o leitor
provavelmente não consiga entender claramente, ou que
mereçam um aprofundamento maior. Para isso, aplicam-
se os princípios da hermenêutica, a ciência da
interpretação; à prática dessa ciência se dá o nome de
exegese.
14. A exegese do pormenor buscará aclarar as alusões
muitas vezes obscuras, verificará a autenticidade e a
correção das citações, possíveis erros de históricos,
tentará ao menos explicar expressões típicas, tópicos
obscurecidos por interpolações ou supressões,
pesquisará a razão de aparentes ou reais incoerências do
texto e outros problemas semelhantes.
15. EDIÇÃO
Edição Crítica
• É a que procura estabelecer o texto perfeito
confrontando manuscritos ou edições antigas.
• Tem como objetivo em restaurar os textos antigos.
16. Edição Diplomática
Digo eu, Cosme Pereira das
Mercês, abaixo assignado
que entre os mais bens que
possuo livre e desembarga
do de qualquer onus amigavel
ou judicial, bem
assim uma posse de terra
nos terrenos da Fasenda
5 Aguada Nova deste
Municipio, [...].
17. Edição Paleográfica
• É o resultado de um manuscrito antigo que se revela
mais adequada do que a reprodução fac-similada.
Outros tipos de edição
• A edição comentada se baseia no texto fidedigno e traz
comentários sobre aspectos obscuros abordando termos
técnicos, específicos e vocábulos polissêmicos.
18.
19. A evolução política
A Fenícia limitava-se ao norte com a Ásia menor ao sul
com a Palestina, a leste com a cordilheira do Líbano e o
oeste com o mar mediterrâneo, sendo de origem semita.
Os fenícios não tinham uma unidade política definida.
Sendo assim, os mesmos se agrupavam-se em cidades-
estados, contendo um governo autônomo e soberano.
20. A CIVILIZAÇÃO FINÍCIA
O povo fenício eram diferentes dos egípcios e dos
mesopotâmicos: Agricultores e guerreiros.
O comércio, principal atividade econômica dos fenícios.
O fenícios foram os primeiros a compreender a importância
da escrita, porque era básico para suas operações comerciais.
O alfabeto fenício foi a contribuição mais importante
para a civilização, pois o mesmo que deu origem a outros
dois alfabetos mais importantes da antiguidade (Grego e
o Romano) que são utilizados até hoje.
21.
22. REFERÊNCIAS
BASSETTO, Bruno Fregni. Elementos de filologia românica. 2ª
Edição, Vol. 1. Editora Edusp, São Paulo, 2001.
VASCONCELOS, Alves. Contribuição da Filologia e da Crítica
Textual para o Estudo de Documentos Manuscritos de
Paranaguá. SIGNUM: Estud. Ling., Londrina,2012.