SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  38
FILOSOFIA DA ARTE
– O problema da definição de arte
3
Capítulo
Podemos usar a palavra «arte» a propósito
de coisas diferentes:
A DIVERSIDADE DE ARTES
GRAFFITI
Muitos exemplos de obras de arte poderão não
ser motivo de discussão.
Outros exemplos que não envolvem as
capacidades que tradicionalmente associamos
à arte poderão ser polémicos; por exemplo,
1550 Cadeiras, uma obra de Doris Salcedo.
Exemplos como estes levam-nos a questionar:
A DIVERSIDADE DE ARTES
O que é
a arte?
O QUE É A ARTE?
Como pode a palavra «arte» designar coisas tão
diferentes?
Por que razão, então, algumas coisas são
consideradas arte e outras não?
Como distinguir o que é arte do que não é arte?
A Filosofia da arte é a disciplina filosófica que se
dedica ao estudo deste problema.
Qual é a definição de arte?
A DEFINIÇÃO DE ARTE
O que terá de dizer uma boa
definição de arte?
Terá de dizer o que é a arte e distingui-la do que
não é arte.
É necessário identificar características:
• que todas as obras de arte possuam;
• e que só as obras de arte possuam.
=
quais as
condições necessárias
e as condições suficientes
para algo ser arte
Muitas teorias apresentam uma resposta à pergunta
«O que é a arte?»: podem identificar-se condições
necessárias e suficientes para definir a arte.
Teorias essencialistas e teorias não-essencialistas
• Teorias essencialistas
Existem características que constituem a natureza da
arte. São inerentes às obras de arte.
• Teorias não-essencialistas
Há características comuns a todas as obras de arte,
mas essas características não são inerentes às obras
de arte.
A DEFINIÇÃO DE ARTE
Definição
de arte
Teorias
essencialistas
Teorias não-
-essencialistas
Apresentação de condições
necessárias e suficientes
Teorias essencialistas e teorias não-essencialistas
Teorias essencialistas
• Aceitam a existência de uma essência
da arte.
• Tentam captar essa essência quando
definem arte.
Teorias não-essencialistas
• Há características comuns a todas as obras de arte e só
a elas.
• Essas características não são observáveis nas próprias
obras de arte: têm a ver com o contexto social.
A DEFINIÇÃO DE ARTE
O problema da
definição de arte
Teorias
essencialistas
Teorias não-
-essencialistas
Teoria
representacional
Teoria institucional
Teoria histórica
Teoria expressivista
Teoria formalista
A TEORIA DA ARTE
COMO REPRESENTAÇÃO
Segundo esta teoria:
Se algo é arte, então é uma
representação.
Foi a primeira teoria a surgir.
Foi defendida por Platão
e Aristóteles.
Durante séculos este modo
de entender a arte foi
quase consensual.
A arte era uma representação imitativa.
Os artistas procuravam imitar as coisas
do modo mais fiel possível.
Quanto mais fossem parecidas com
o que representavam, mais valor
artístico as obras teriam.
A imitação é apenas um tipo
de representação entre outros.
O conceito de representação é mais
abrangente do que o de imitação.
IMITAÇÃ
O
REPRESENTAÇÃO
A TEORIA DA ARTE
COMO REPRESENTAÇÃO
Uma coisa pode representar outra mesmo
que não a imite.
Há obras que não imitam nada, embora
representem alguma coisa.
Exemplo: frequentemente, o escultor
Antony Gormley representa o corpo
humano sem o reproduzir.
A TEORIA DA ARTE
COMO REPRESENTAÇÃO
Objeções à teoria da arte
como representação
A ideia de que a representação
é uma condição necessária
da arte é muito discutível.
Há muitas obras
de arte que não
representam nada.
Contraexemplos
«Se algo é arte, então é representação»
significa que todas as obras de arte são
representação, mas não significa que só
a arte é representação.
O conceito é muito abrangente, inclui
coisas que não são arte, por exemplo,
os sinais de trânsito.
Não apresenta uma definição
de arte
A TEORIA DA ARTE
COMO REPRESENTAÇÃO
A TEORIA EXPRESSIVISTA
Exprimir = clarificar
Para R. G. Collingwood:
«Algo é arte se e só se
1) isso foi produzido por alguém
com o intuito de exprimir as suas
emoções individuais, 2) de modo
a clarificá-las.»
Aires Almeida, O Que É a Arte – O Essencial,
Plátano, 2019, p. 41
A TEORIA EXPRESSIVISTA
Exprimir = clarificar
R. G. Collingwood:
A expressão de emoções:
• é a essência da arte;
• é um esforço do artista para clarificar as suas emoções.
As emoções:
• não são gerais, são específicas;
• não está em causa apenas se o artista sente
insatisfação;
• mas também que insatisfação é essa.
A TEORIA EXPRESSIVISTA
Arte ≠ ofício
R. G. Collingwood: algumas coisas normalmente
consideradas como arte não o são.
Existe
• a «arte autêntica», aquilo que genuinamente é arte;
• e aquilo que não é arte, mas sim, «ofício».
A TEORIA EXPRESSIVISTA
Arte ≠ ofício
O artífice sabe o que quer
fazer antes de o fazer.
Os artistas:
• não têm um plano prévio;
• só ganham consciência
do que estão a expressar
durante o processo
de construção ou criação.
A TEORIA EXPRESSIVISTA
A arte do entretenimento
Collingwood:
É incorreto designar como arte a música,
o cinema ou o teatro quando têm por
objetivo o entretenimento.
Porquê?
Procura provocar emoções previamente
concebidas no público.
A «arte» do entretenimento não é arte
autêntica,
é, sim, uma forma de ofício.
A TEORIA EXPRESSIVISTA
Autoconhecimento através da arte
A verdadeira arte não tem por finalidade
despertar emoções.
A contemplação da arte não deve ser passiva.
O artista partilha a sua experiência com o público.
Artista e público ganham consciência do seu
mundo interior
a arte promove o autoconhecimento
A TEORIA EXPRESSIVISTA
Objeções à teoria expressivista
Muitas vezes não é possível saber o que
sentiram determinados artistas ao fazerem
as suas obras.
A apreciação de uma obra não pode
depender dos sentimentos do artista.
É implausível que a expressão de
emoções seja a essência da arte.
O estado de espírito dos artistas
é muitas vezes desconhecido
Definir arte como expressão
e clarificação de emoções é
demasiado restritivo.
Exclui:
• obras que não parecem
exprimir emoções do artista;
• obras criadas para
entretenimento e reconhecidas
como obras-primas.
Há muitos contraexemplos
A TEORIA FORMALISTA
Bell propõe a seguinte definição de arte:
Um objeto ou atividade é arte
se, e só se,
tem forma significante.
A forma significante:
• constitui a essência da arte;
• está presente em tudo o que é obra de arte.
Forma significante
A TEORIA FORMALISTA
A forma significante:
• não é a forma física dos objetos;
• é uma determinada relação entre
as partes da obra;
• é independente de qualquer
função;
• destaca-se por si mesma
e impressiona-nos.
Exemplo:
Na dança, é uma certa organização
dos movimentos.
Forma significante
A TEORIA FORMALISTA
Clive Bell:
A forma significante provoca uma emoção
estética.
Esta emoção:
• não é como a alegria ou a insatisfação;
• é uma emoção especial;
• é uma emoção apenas suscitada por uma
obra de arte.
Forma significante e emoção estética
Calmaria, de Nicolas
Poussin (1650-1651)
A TEORIA FORMALISTA
Clive Bell:
A emoção estética só é sentida
por pessoas que têm
sensibilidade estética.
Há quem não a tenha de todo.
Sem sensibilidade estética,
estar diante de uma pintura ou de
uma escultura é como estar num
concerto e ser surdo.
Sensibilidade
A TEORIA FORMALISTA
Clive Bell:
É indiferente se a arte representa ou não
alguma coisa.
A representação não é essencial.
Também é indiferente se houve ou não intenção
artística na sua criação.
Essencial é uma obra:
• ter forma significante;
• e provocar emoção estética.
Só a forma significante e a emoção estética contam
A TEORIA FORMALISTA
Para Bell:
se possuírem forma significante
e suscitarem emoção estética:
• edifícios;
• tapetes;
• cerâmica; etc.;
podem ser considerados obras de arte.
Pelo contrário, vários quadros famosos
e muito apreciados foram rotulados por
Bell como meros documentos
ou descrições que não mereciam o título
de obras de arte.
Só a forma significante e a emoção estética contam
A TEORIA FORMALISTA
Objeções à teoria formalista
A teoria formalista é
circular: as explicações
de forma significante
e de emoção estética
remetem uma para
a outra.
Circularidade
Há objetos considerados artísticos que
não se distinguem de outros (com a mesma
forma) que não são artísticos; logo,
a forma significante não permite
diferenciar o que é arte do que não é.
Por exemplo: se Fonte, de Marchel
Duchamp, é arte, então todos os urinóis
com essa forma são obras de arte.
Contraexemplos
CETICISMO ACERCA DA POSSIBILIDADE
DE DEFINIR ARTE
Existem razões para pensar que as teorias
representacional, expressivista e formalista não
conseguem definir arte adequadamente.
Morris Weitz é um dos filósofos que pensa deste modo.
E afirma que a dificuldade está na natureza
da atividade artística:
• os artistas valorizam muito a criatividade
e a liberdade;
• experimentam frequentemente novas
possibilidades e coisas diferentes;
• a arte vai estando em permanente
construção.
CETICISMO ACERCA DA POSSIBILIDADE
DE DEFINIR ARTE
Morris Weitz:
«Arte» é um conceito aberto e não fechado.
O conceito tem mudado ao longo da história e pode continuar a mudar.
Tal como as atuais, as futuras teorias também não encontrarão a essência da arte.
Não é possível definir a arte – posição cética de Weitz.
A TEORIA INSTITUCIONAL
George Dickie
Procura responder aos desafios colocados pelos
desenvolvimentos da arte no século XX,
nomeadamente o aparecimento de obras como
Fonte, de Marcel Duchamp.
Tal como Weitz
pensava não ser
possível encontrar uma
essência da arte
pensava
ser possível
definir arte
Ao contrário de Weitz
A TEORIA INSTITUCIONAL
Dickie acredita ser possível indicar
condições necessárias e suficientes
da arte, mas:
• essas características não fazem parte
das próprias obras de arte;
• fazem parte do contexto institucional
em que as obras são apreciadas.
A teoria institucional é uma
teoria não-essencialista.
Propriedades das
obras de arte
Intrínsecas,
observáveis nas
obras e comuns
a todas
Extrínsecas,
dependentes
do contexto
(institucional
ou histórico)
Teorias não-
-essencialistas
Teorias
essencialistas
Para a teoria institucional,
algo é arte se for um artefacto
e se for considerado arte
por alguém que faz parte
de uma certa instituição social
– o «mundo da arte».
Por outras palavras:
um membro do mundo da arte
atribui a um objeto ou atividade
o estatuto de candidato a apreciação;
esse objeto ou atividade torna-se
uma obra de arte.
A TEORIA INSTITUCIONAL
A TEORIA INSTITUCIONAL
Para Dickie,
– um artefacto:
• não tem de ser um objeto produzido pelo próprio
artista;
• pode ser um objeto escolhido pelo artista.
Exemplo:
um tronco de árvore apanhado do chão e colocado
num museu pode ser um artefacto.
– mundo da arte:
artistas, críticos, historiadores de arte, galeristas, público.
O mundo da arte é uma instituição social, como a
família ou uma religião.
Objetos e atividades
concebidos pelo artista
Objetos fabricados por
outras pessoas
Coisas retiradas na
natureza e colocadas
noutro contexto
Artefactos
A TEORIA INSTITUCIONAL
A teoria institucional é classificativa e não avaliativa;
• pretende apenas dizer o que é arte e o que não é arte;
• não pretende distinguir a boa e a má arte.
Dickie tenta contornar o problema das teorias
essencialistas: a avaliação de obras de arte.
Ao fazê-lo, acaba-se por negar valor a obras geralmente
consideradas como artísticas.
Dickie pretende:
• limitar-se a indicar as características que as obras de
arte possuem;
• abster-se de indicar características que deveriam ter.
A TEORIA INSTITUCIONAL
Objeções à teoria institucional
Ninguém parece ser capaz de
estabelecer muito bem
as regras e os procedimentos
do mundo da arte.
Se um dos principais conceitos
da teoria é pouco claro, esta
não parece ser uma definição
de arte satisfatória.
Circularidade
Há obras artísticas de
autores que não fazem
parte do mundo da arte.
Autores que nunca
publicaram nada em vida
só foram reconhecidos
após a sua morte.
Contraexemplos
A TEORIA HISTÓRICA
A teoria histórica é uma teoria não-essencialista.
Tal como a teoria institucional, Jerrold Levinson defende:
• é possível indicar condições necessárias e
suficientes da arte;
• essas características não são intrínsecas às obras
de arte, mas sim um aspeto contextual.
Este aspeto contextual é o caráter histórico ou
retrospetivo da arte. Todas as obras de arte se
relacionam de modo intencional com as anteriores.
Por vezes, Levinson refere-se à sua teoria como
histórico-intencional.
A TEORIA HISTÓRICA
Jerrold Levinson
Um objeto (ou atividade) é arte
na medida em que o seu autor
quer que este seja encarado
como o foram
as obras de arte do passado
e estas, por sua vez,
são arte porque os seus autores
queriam que elas fossem encaradas
como foram encaradas
as obras de arte anteriores.
A TEORIA HISTÓRICA
INTENÇÃO:
• sem a intenção, a semelhança de uma obra com as
obras do passado poderia dever-se ao acaso;
• essa intenção tem de ser firme e duradoura para
poder transparecer na própria obra.
A relação com o passado não significa:
• que as obras imitem as obras do passado;
• que se inspirem nas obras do passado.
Se assim fosse, a arte não mudaria.
Mas é facto que muda, e muito.
Artefacto
Obra de
arte
A intenção do titular do
artefacto para que este
seja encarado como outras
criações artísticas do
passado, reconhecidas
pela tradição
histórica.
A TEORIA HISTÓRICA
Levinson propõe a seguinte definição de arte:
X é uma obra de arte se,
e apenas se,
X é um objeto acerca do qual
uma pessoa (o artista),
possuindo o direito de propriedade sobre X,
tem ou teve a intenção séria
de que seja encarado
como as obras de arte anteriores foram encaradas.
A TEORIA HISTÓRICA
Objeções à teoria histórica
Se algo é uma obra
de arte se for visto
como o foram as obras
anteriores, como surgiu
uma primeira obra de
arte sem qualquer
referência anterior?
O problema
da primeira
obra de arte
É possível realizar obras
artísticas e não deter o
direito de propriedade.
Exemplo: os autores de
graffitis quando realizam
obras em paredes.
Não é plausível que
nenhum graffiti seja
uma obra de arte.
Contraexemplos

Contenu connexe

Tendances

Teoria institucional da arte
Teoria institucional da arteTeoria institucional da arte
Teoria institucional da arteJoão Martins
 
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraAlexandra Madail
 
Estrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
Estrutura do Sermão de Santo António aos PeixesEstrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
Estrutura do Sermão de Santo António aos PeixesAntónio Fernandes
 
Filosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresFilosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresInesTeixeiraDuarte
 
Sermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesSermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesPaula Oliveira Cruz
 
Teoria da justiça rawls
Teoria da justiça rawlsTeoria da justiça rawls
Teoria da justiça rawlsFilazambuja
 
Artur polónio como escrever um ensaio filosófico
Artur polónio   como escrever um ensaio filosóficoArtur polónio   como escrever um ensaio filosófico
Artur polónio como escrever um ensaio filosóficoRolando Almeida
 
Hume_problemas_existência_eu_mundo_Deus
Hume_problemas_existência_eu_mundo_DeusHume_problemas_existência_eu_mundo_Deus
Hume_problemas_existência_eu_mundo_DeusIsabel Moura
 
Cap v repreensões particular
Cap v repreensões particularCap v repreensões particular
Cap v repreensões particularHelena Coutinho
 
Cap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geralCap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geralHelena Coutinho
 
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de SousaMaria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousananasimao
 
Karl popper - Filosofia 11º ano
Karl popper - Filosofia 11º anoKarl popper - Filosofia 11º ano
Karl popper - Filosofia 11º anoFilipaFonseca
 
Gil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereiraGil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereiraDavid Caçador
 

Tendances (20)

Teoria institucional da arte
Teoria institucional da arteTeoria institucional da arte
Teoria institucional da arte
 
Comparação entre popper e kuhn
Comparação entre popper e kuhnComparação entre popper e kuhn
Comparação entre popper e kuhn
 
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
 
O que é a arte
O que é a arteO que é a arte
O que é a arte
 
Estrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
Estrutura do Sermão de Santo António aos PeixesEstrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
Estrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
 
Filosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresFilosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os Valores
 
Sermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesSermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos Peixes
 
Teoria da justiça rawls
Teoria da justiça rawlsTeoria da justiça rawls
Teoria da justiça rawls
 
O empirismo de david hume
O empirismo de david humeO empirismo de david hume
O empirismo de david hume
 
Artur polónio como escrever um ensaio filosófico
Artur polónio   como escrever um ensaio filosóficoArtur polónio   como escrever um ensaio filosófico
Artur polónio como escrever um ensaio filosófico
 
Hume_problemas_existência_eu_mundo_Deus
Hume_problemas_existência_eu_mundo_DeusHume_problemas_existência_eu_mundo_Deus
Hume_problemas_existência_eu_mundo_Deus
 
Cógito cartesiano de Descartes
Cógito cartesiano de DescartesCógito cartesiano de Descartes
Cógito cartesiano de Descartes
 
Cap v repreensões particular
Cap v repreensões particularCap v repreensões particular
Cap v repreensões particular
 
Cap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geralCap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geral
 
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de SousaMaria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousa
 
O racionalismo de Descartes
O racionalismo de DescartesO racionalismo de Descartes
O racionalismo de Descartes
 
David hume e o Empirismo
David hume e o EmpirismoDavid hume e o Empirismo
David hume e o Empirismo
 
Karl popper - Filosofia 11º ano
Karl popper - Filosofia 11º anoKarl popper - Filosofia 11º ano
Karl popper - Filosofia 11º ano
 
Gil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereiraGil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereira
 
Hume
HumeHume
Hume
 

Similaire à Filosofia da Arte

O que é a arte filosofia 11º ano ensino secundário
O que é a arte filosofia 11º ano ensino secundárioO que é a arte filosofia 11º ano ensino secundário
O que é a arte filosofia 11º ano ensino secundárioanimarescue
 
Estetica-part 3.1.docx
Estetica-part 3.1.docxEstetica-part 3.1.docx
Estetica-part 3.1.docxLuisa679574
 
Estética conceito de arte e obra de arte
Estética conceito de arte e obra de arteEstética conceito de arte e obra de arte
Estética conceito de arte e obra de arteJulia Martins
 
Quem determina o que é arte?
Quem determina o que é arte?Quem determina o que é arte?
Quem determina o que é arte?derlonpipcbc
 
Quem determina o que é arte?
Quem determina o que é arte?Quem determina o que é arte?
Quem determina o que é arte?derlonpipcbc
 
A Estética
A EstéticaA Estética
A Estética3000zxsc
 
Introdução teoria arte_arq
Introdução teoria arte_arqIntrodução teoria arte_arq
Introdução teoria arte_arqWívian Diniz
 
9 - ESTÉTICA - Gilberto Coutrim.pptx
9 - ESTÉTICA - Gilberto Coutrim.pptx9 - ESTÉTICA - Gilberto Coutrim.pptx
9 - ESTÉTICA - Gilberto Coutrim.pptxIuri Ribeiro
 
O problema da definição da arte.pptx xdd
O problema da definição da arte.pptx xddO problema da definição da arte.pptx xdd
O problema da definição da arte.pptx xddBeatrizAfonso22
 
Arte e sua função - Alexandre Linares e Ana Paula Dibbern
Arte e sua função - Alexandre Linares e Ana Paula DibbernArte e sua função - Alexandre Linares e Ana Paula Dibbern
Arte e sua função - Alexandre Linares e Ana Paula DibbernAlexandre Linares
 
Oqueaarte 100529034553-phpapp01-150514210944-lva1-app6892
Oqueaarte 100529034553-phpapp01-150514210944-lva1-app6892Oqueaarte 100529034553-phpapp01-150514210944-lva1-app6892
Oqueaarte 100529034553-phpapp01-150514210944-lva1-app6892Helena Serrão
 
O fim da arte
O fim da arteO fim da arte
O fim da arterodcassio
 
Apresentação sobre a arte, os conceitos, funções, experimentações, análise de...
Apresentação sobre a arte, os conceitos, funções, experimentações, análise de...Apresentação sobre a arte, os conceitos, funções, experimentações, análise de...
Apresentação sobre a arte, os conceitos, funções, experimentações, análise de...CarlaKohlCamargo
 
Apostila de Arte - EJA.pdf
Apostila de Arte - EJA.pdfApostila de Arte - EJA.pdf
Apostila de Arte - EJA.pdfGustavoPaz34
 

Similaire à Filosofia da Arte (20)

O que é a arte filosofia 11º ano ensino secundário
O que é a arte filosofia 11º ano ensino secundárioO que é a arte filosofia 11º ano ensino secundário
O que é a arte filosofia 11º ano ensino secundário
 
Estetica-part 3.1.docx
Estetica-part 3.1.docxEstetica-part 3.1.docx
Estetica-part 3.1.docx
 
Estética conceito de arte e obra de arte
Estética conceito de arte e obra de arteEstética conceito de arte e obra de arte
Estética conceito de arte e obra de arte
 
Estética 4
Estética 4Estética 4
Estética 4
 
Quem determina o que é arte?
Quem determina o que é arte?Quem determina o que é arte?
Quem determina o que é arte?
 
Quem determina o que é arte?
Quem determina o que é arte?Quem determina o que é arte?
Quem determina o que é arte?
 
A Estética
A EstéticaA Estética
A Estética
 
Introdução teoria arte_arq
Introdução teoria arte_arqIntrodução teoria arte_arq
Introdução teoria arte_arq
 
Tres teorias
Tres teoriasTres teorias
Tres teorias
 
9 - ESTÉTICA - Gilberto Coutrim.pptx
9 - ESTÉTICA - Gilberto Coutrim.pptx9 - ESTÉTICA - Gilberto Coutrim.pptx
9 - ESTÉTICA - Gilberto Coutrim.pptx
 
Estética2
Estética2Estética2
Estética2
 
A arte
A arteA arte
A arte
 
Arte e estética
Arte e estéticaArte e estética
Arte e estética
 
O problema da definição da arte.pptx xdd
O problema da definição da arte.pptx xddO problema da definição da arte.pptx xdd
O problema da definição da arte.pptx xdd
 
Arte e sua função - Alexandre Linares e Ana Paula Dibbern
Arte e sua função - Alexandre Linares e Ana Paula DibbernArte e sua função - Alexandre Linares e Ana Paula Dibbern
Arte e sua função - Alexandre Linares e Ana Paula Dibbern
 
Oqueaarte 100529034553-phpapp01-150514210944-lva1-app6892
Oqueaarte 100529034553-phpapp01-150514210944-lva1-app6892Oqueaarte 100529034553-phpapp01-150514210944-lva1-app6892
Oqueaarte 100529034553-phpapp01-150514210944-lva1-app6892
 
Cap 15 Filosofia Estética
Cap 15  Filosofia EstéticaCap 15  Filosofia Estética
Cap 15 Filosofia Estética
 
O fim da arte
O fim da arteO fim da arte
O fim da arte
 
Apresentação sobre a arte, os conceitos, funções, experimentações, análise de...
Apresentação sobre a arte, os conceitos, funções, experimentações, análise de...Apresentação sobre a arte, os conceitos, funções, experimentações, análise de...
Apresentação sobre a arte, os conceitos, funções, experimentações, análise de...
 
Apostila de Arte - EJA.pdf
Apostila de Arte - EJA.pdfApostila de Arte - EJA.pdf
Apostila de Arte - EJA.pdf
 

Dernier

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxLusGlissonGud
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfLuizaAbaAba
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 

Dernier (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 

Filosofia da Arte

  • 1. FILOSOFIA DA ARTE – O problema da definição de arte 3 Capítulo
  • 2. Podemos usar a palavra «arte» a propósito de coisas diferentes: A DIVERSIDADE DE ARTES GRAFFITI
  • 3. Muitos exemplos de obras de arte poderão não ser motivo de discussão. Outros exemplos que não envolvem as capacidades que tradicionalmente associamos à arte poderão ser polémicos; por exemplo, 1550 Cadeiras, uma obra de Doris Salcedo. Exemplos como estes levam-nos a questionar: A DIVERSIDADE DE ARTES O que é a arte?
  • 4. O QUE É A ARTE? Como pode a palavra «arte» designar coisas tão diferentes? Por que razão, então, algumas coisas são consideradas arte e outras não? Como distinguir o que é arte do que não é arte? A Filosofia da arte é a disciplina filosófica que se dedica ao estudo deste problema. Qual é a definição de arte?
  • 5. A DEFINIÇÃO DE ARTE O que terá de dizer uma boa definição de arte? Terá de dizer o que é a arte e distingui-la do que não é arte. É necessário identificar características: • que todas as obras de arte possuam; • e que só as obras de arte possuam. = quais as condições necessárias e as condições suficientes para algo ser arte
  • 6. Muitas teorias apresentam uma resposta à pergunta «O que é a arte?»: podem identificar-se condições necessárias e suficientes para definir a arte. Teorias essencialistas e teorias não-essencialistas • Teorias essencialistas Existem características que constituem a natureza da arte. São inerentes às obras de arte. • Teorias não-essencialistas Há características comuns a todas as obras de arte, mas essas características não são inerentes às obras de arte. A DEFINIÇÃO DE ARTE Definição de arte Teorias essencialistas Teorias não- -essencialistas Apresentação de condições necessárias e suficientes
  • 7. Teorias essencialistas e teorias não-essencialistas Teorias essencialistas • Aceitam a existência de uma essência da arte. • Tentam captar essa essência quando definem arte. Teorias não-essencialistas • Há características comuns a todas as obras de arte e só a elas. • Essas características não são observáveis nas próprias obras de arte: têm a ver com o contexto social. A DEFINIÇÃO DE ARTE O problema da definição de arte Teorias essencialistas Teorias não- -essencialistas Teoria representacional Teoria institucional Teoria histórica Teoria expressivista Teoria formalista
  • 8. A TEORIA DA ARTE COMO REPRESENTAÇÃO Segundo esta teoria: Se algo é arte, então é uma representação. Foi a primeira teoria a surgir. Foi defendida por Platão e Aristóteles. Durante séculos este modo de entender a arte foi quase consensual.
  • 9. A arte era uma representação imitativa. Os artistas procuravam imitar as coisas do modo mais fiel possível. Quanto mais fossem parecidas com o que representavam, mais valor artístico as obras teriam. A imitação é apenas um tipo de representação entre outros. O conceito de representação é mais abrangente do que o de imitação. IMITAÇÃ O REPRESENTAÇÃO A TEORIA DA ARTE COMO REPRESENTAÇÃO
  • 10. Uma coisa pode representar outra mesmo que não a imite. Há obras que não imitam nada, embora representem alguma coisa. Exemplo: frequentemente, o escultor Antony Gormley representa o corpo humano sem o reproduzir. A TEORIA DA ARTE COMO REPRESENTAÇÃO
  • 11. Objeções à teoria da arte como representação A ideia de que a representação é uma condição necessária da arte é muito discutível. Há muitas obras de arte que não representam nada. Contraexemplos «Se algo é arte, então é representação» significa que todas as obras de arte são representação, mas não significa que só a arte é representação. O conceito é muito abrangente, inclui coisas que não são arte, por exemplo, os sinais de trânsito. Não apresenta uma definição de arte A TEORIA DA ARTE COMO REPRESENTAÇÃO
  • 12. A TEORIA EXPRESSIVISTA Exprimir = clarificar Para R. G. Collingwood: «Algo é arte se e só se 1) isso foi produzido por alguém com o intuito de exprimir as suas emoções individuais, 2) de modo a clarificá-las.» Aires Almeida, O Que É a Arte – O Essencial, Plátano, 2019, p. 41
  • 13. A TEORIA EXPRESSIVISTA Exprimir = clarificar R. G. Collingwood: A expressão de emoções: • é a essência da arte; • é um esforço do artista para clarificar as suas emoções. As emoções: • não são gerais, são específicas; • não está em causa apenas se o artista sente insatisfação; • mas também que insatisfação é essa.
  • 14. A TEORIA EXPRESSIVISTA Arte ≠ ofício R. G. Collingwood: algumas coisas normalmente consideradas como arte não o são. Existe • a «arte autêntica», aquilo que genuinamente é arte; • e aquilo que não é arte, mas sim, «ofício».
  • 15. A TEORIA EXPRESSIVISTA Arte ≠ ofício O artífice sabe o que quer fazer antes de o fazer. Os artistas: • não têm um plano prévio; • só ganham consciência do que estão a expressar durante o processo de construção ou criação.
  • 16. A TEORIA EXPRESSIVISTA A arte do entretenimento Collingwood: É incorreto designar como arte a música, o cinema ou o teatro quando têm por objetivo o entretenimento. Porquê? Procura provocar emoções previamente concebidas no público. A «arte» do entretenimento não é arte autêntica, é, sim, uma forma de ofício.
  • 17. A TEORIA EXPRESSIVISTA Autoconhecimento através da arte A verdadeira arte não tem por finalidade despertar emoções. A contemplação da arte não deve ser passiva. O artista partilha a sua experiência com o público. Artista e público ganham consciência do seu mundo interior a arte promove o autoconhecimento
  • 18. A TEORIA EXPRESSIVISTA Objeções à teoria expressivista Muitas vezes não é possível saber o que sentiram determinados artistas ao fazerem as suas obras. A apreciação de uma obra não pode depender dos sentimentos do artista. É implausível que a expressão de emoções seja a essência da arte. O estado de espírito dos artistas é muitas vezes desconhecido Definir arte como expressão e clarificação de emoções é demasiado restritivo. Exclui: • obras que não parecem exprimir emoções do artista; • obras criadas para entretenimento e reconhecidas como obras-primas. Há muitos contraexemplos
  • 19. A TEORIA FORMALISTA Bell propõe a seguinte definição de arte: Um objeto ou atividade é arte se, e só se, tem forma significante. A forma significante: • constitui a essência da arte; • está presente em tudo o que é obra de arte. Forma significante
  • 20. A TEORIA FORMALISTA A forma significante: • não é a forma física dos objetos; • é uma determinada relação entre as partes da obra; • é independente de qualquer função; • destaca-se por si mesma e impressiona-nos. Exemplo: Na dança, é uma certa organização dos movimentos. Forma significante
  • 21. A TEORIA FORMALISTA Clive Bell: A forma significante provoca uma emoção estética. Esta emoção: • não é como a alegria ou a insatisfação; • é uma emoção especial; • é uma emoção apenas suscitada por uma obra de arte. Forma significante e emoção estética Calmaria, de Nicolas Poussin (1650-1651)
  • 22. A TEORIA FORMALISTA Clive Bell: A emoção estética só é sentida por pessoas que têm sensibilidade estética. Há quem não a tenha de todo. Sem sensibilidade estética, estar diante de uma pintura ou de uma escultura é como estar num concerto e ser surdo. Sensibilidade
  • 23. A TEORIA FORMALISTA Clive Bell: É indiferente se a arte representa ou não alguma coisa. A representação não é essencial. Também é indiferente se houve ou não intenção artística na sua criação. Essencial é uma obra: • ter forma significante; • e provocar emoção estética. Só a forma significante e a emoção estética contam
  • 24. A TEORIA FORMALISTA Para Bell: se possuírem forma significante e suscitarem emoção estética: • edifícios; • tapetes; • cerâmica; etc.; podem ser considerados obras de arte. Pelo contrário, vários quadros famosos e muito apreciados foram rotulados por Bell como meros documentos ou descrições que não mereciam o título de obras de arte. Só a forma significante e a emoção estética contam
  • 25. A TEORIA FORMALISTA Objeções à teoria formalista A teoria formalista é circular: as explicações de forma significante e de emoção estética remetem uma para a outra. Circularidade Há objetos considerados artísticos que não se distinguem de outros (com a mesma forma) que não são artísticos; logo, a forma significante não permite diferenciar o que é arte do que não é. Por exemplo: se Fonte, de Marchel Duchamp, é arte, então todos os urinóis com essa forma são obras de arte. Contraexemplos
  • 26. CETICISMO ACERCA DA POSSIBILIDADE DE DEFINIR ARTE Existem razões para pensar que as teorias representacional, expressivista e formalista não conseguem definir arte adequadamente. Morris Weitz é um dos filósofos que pensa deste modo. E afirma que a dificuldade está na natureza da atividade artística: • os artistas valorizam muito a criatividade e a liberdade; • experimentam frequentemente novas possibilidades e coisas diferentes; • a arte vai estando em permanente construção.
  • 27. CETICISMO ACERCA DA POSSIBILIDADE DE DEFINIR ARTE Morris Weitz: «Arte» é um conceito aberto e não fechado. O conceito tem mudado ao longo da história e pode continuar a mudar. Tal como as atuais, as futuras teorias também não encontrarão a essência da arte. Não é possível definir a arte – posição cética de Weitz.
  • 28. A TEORIA INSTITUCIONAL George Dickie Procura responder aos desafios colocados pelos desenvolvimentos da arte no século XX, nomeadamente o aparecimento de obras como Fonte, de Marcel Duchamp. Tal como Weitz pensava não ser possível encontrar uma essência da arte pensava ser possível definir arte Ao contrário de Weitz
  • 29. A TEORIA INSTITUCIONAL Dickie acredita ser possível indicar condições necessárias e suficientes da arte, mas: • essas características não fazem parte das próprias obras de arte; • fazem parte do contexto institucional em que as obras são apreciadas. A teoria institucional é uma teoria não-essencialista. Propriedades das obras de arte Intrínsecas, observáveis nas obras e comuns a todas Extrínsecas, dependentes do contexto (institucional ou histórico) Teorias não- -essencialistas Teorias essencialistas
  • 30. Para a teoria institucional, algo é arte se for um artefacto e se for considerado arte por alguém que faz parte de uma certa instituição social – o «mundo da arte». Por outras palavras: um membro do mundo da arte atribui a um objeto ou atividade o estatuto de candidato a apreciação; esse objeto ou atividade torna-se uma obra de arte. A TEORIA INSTITUCIONAL
  • 31. A TEORIA INSTITUCIONAL Para Dickie, – um artefacto: • não tem de ser um objeto produzido pelo próprio artista; • pode ser um objeto escolhido pelo artista. Exemplo: um tronco de árvore apanhado do chão e colocado num museu pode ser um artefacto. – mundo da arte: artistas, críticos, historiadores de arte, galeristas, público. O mundo da arte é uma instituição social, como a família ou uma religião. Objetos e atividades concebidos pelo artista Objetos fabricados por outras pessoas Coisas retiradas na natureza e colocadas noutro contexto Artefactos
  • 32. A TEORIA INSTITUCIONAL A teoria institucional é classificativa e não avaliativa; • pretende apenas dizer o que é arte e o que não é arte; • não pretende distinguir a boa e a má arte. Dickie tenta contornar o problema das teorias essencialistas: a avaliação de obras de arte. Ao fazê-lo, acaba-se por negar valor a obras geralmente consideradas como artísticas. Dickie pretende: • limitar-se a indicar as características que as obras de arte possuem; • abster-se de indicar características que deveriam ter.
  • 33. A TEORIA INSTITUCIONAL Objeções à teoria institucional Ninguém parece ser capaz de estabelecer muito bem as regras e os procedimentos do mundo da arte. Se um dos principais conceitos da teoria é pouco claro, esta não parece ser uma definição de arte satisfatória. Circularidade Há obras artísticas de autores que não fazem parte do mundo da arte. Autores que nunca publicaram nada em vida só foram reconhecidos após a sua morte. Contraexemplos
  • 34. A TEORIA HISTÓRICA A teoria histórica é uma teoria não-essencialista. Tal como a teoria institucional, Jerrold Levinson defende: • é possível indicar condições necessárias e suficientes da arte; • essas características não são intrínsecas às obras de arte, mas sim um aspeto contextual. Este aspeto contextual é o caráter histórico ou retrospetivo da arte. Todas as obras de arte se relacionam de modo intencional com as anteriores. Por vezes, Levinson refere-se à sua teoria como histórico-intencional.
  • 35. A TEORIA HISTÓRICA Jerrold Levinson Um objeto (ou atividade) é arte na medida em que o seu autor quer que este seja encarado como o foram as obras de arte do passado e estas, por sua vez, são arte porque os seus autores queriam que elas fossem encaradas como foram encaradas as obras de arte anteriores.
  • 36. A TEORIA HISTÓRICA INTENÇÃO: • sem a intenção, a semelhança de uma obra com as obras do passado poderia dever-se ao acaso; • essa intenção tem de ser firme e duradoura para poder transparecer na própria obra. A relação com o passado não significa: • que as obras imitem as obras do passado; • que se inspirem nas obras do passado. Se assim fosse, a arte não mudaria. Mas é facto que muda, e muito. Artefacto Obra de arte A intenção do titular do artefacto para que este seja encarado como outras criações artísticas do passado, reconhecidas pela tradição histórica.
  • 37. A TEORIA HISTÓRICA Levinson propõe a seguinte definição de arte: X é uma obra de arte se, e apenas se, X é um objeto acerca do qual uma pessoa (o artista), possuindo o direito de propriedade sobre X, tem ou teve a intenção séria de que seja encarado como as obras de arte anteriores foram encaradas.
  • 38. A TEORIA HISTÓRICA Objeções à teoria histórica Se algo é uma obra de arte se for visto como o foram as obras anteriores, como surgiu uma primeira obra de arte sem qualquer referência anterior? O problema da primeira obra de arte É possível realizar obras artísticas e não deter o direito de propriedade. Exemplo: os autores de graffitis quando realizam obras em paredes. Não é plausível que nenhum graffiti seja uma obra de arte. Contraexemplos