1 - O documento descreve a vida e obra de Ulrico Zuínglio, um dos principais líderes da Reforma Protestante na Suíça.
2 - Zuínglio iniciou seu ministério em Glarona e depois se mudou para Zurique, onde pregava versículo a versículo do Novo Testamento.
3 - Em Zurique, Zuínglio enfrentou radicais que queriam uma reforma mais rápida, vencendo um debate teológico sobre a direção da reforma.
4 - Apesar de sua morte prematura em
2. Zuínglio
Natural de Wildhaus, Vila nos
Alpes suíços. Ingressou no
sacerdócio aos 22 anos na
pequena, mas importante cidade
Suíça militar de Glarona. Esta
cidadezinha era conhecida pelos
disciplinados e bravos soldados
lanceiros que possuía.
3. Os soldados eram temidos como
guerreiros mercenários. A relação
desta parte da Suíça com o
papado estava ligada
especialmente à guarda pessoal
do papa e da igreja. É neste
contexto que surge em cena
Ulrico Zuínglio.
4. Michael Reeves destaca dois fatos
importantes na vida de Zuínglio
em Glarona:
1 – O Militarismo
“O mercenário de Deus”
2 – O Sacerdócio
Capelão do exército
5. Crise Ministerial de Zuínglio
A primeira grande decepção de
Zuínglio com o clero e o
militarismo – a morte de 10 mil
soldados suíços em guerra contra a
França. Eles lutaram pela igreja e o
papa. Zuínglio teve uma crise
ministerial.
6. O Novo Testamento Grego de
Erasmo de Roterdã
Zuínglio comprou a Bíblia e fora
transformado poderosamente.
A luz da Escritura brilha no
coração de reformador.
7. Reeves diz que o reformador
"estava tão empolgado que
copiou muitas das cartas de
Paulo e memorizou quase todo o
Novo Testamento em grego"
(Pg.81).
8. A Chegada de Zuínglio em Zurique
Em 1518, com fama de pregador,
Zuínglio se muda para Zurique.
Em 1519, Zuínglio com 35 anos
anuncia para a “Grande Igreja”
que pregaria em Mateus,
versículo por versículo.
9. A Reforma em Zurique
“Ele subiu ao púlpito sob as altas
torres da Grande Igreja e
anunciou que, em vez de pregar
leituras predefinidas e encher
seus sermões de pensamentos dos
teólogos medievais, ele pregaria
todo o Evangelho de Mateus
versículo por versículo.
10. E, ao terminar isso, ele
continuaria seguindo pelo resto
do Novo Testamento. A Palavra
de Deus chegaria a todas as
pessoas de forma pura,
inalterada e constante: esse era
o único alvo de Zuínglio e
Zurique seria reformada assim”
(Pg. 82).
11. Zuínglio Atingido Pela Peste
Bubônica
Reeves cita que ainda em 1519, “a praga
atingiu Zurique e quase levou Zuínglio
consigo”. E continua: “Isso foi tão
marcante para ele como o raio que
quase atingiu Lutero catorze anos antes:
levado à beira do abismo da morte, ele
foi forçado a pensar na eternidade. Mas,
enquanto Lutero invocou santa Ana,
Zuínglio descobriu que só poderia
confiar na misericórdia divina” (Pg. 82).
12. A Personalidade de Zuínglio
Reeves faz questão de frisar que a
personalidade de Zuínglio era bem
diferente da de Lutero. Reeves
classifica Lutero no capítulo 2 de
seu livro como “O Vulcão de
Deus”.
13. Mas Zuínglio é bem diferente! Nas
palavras de Reeves, o
reformador “era alguém muito
cauteloso, agindo com covardia
às vezes, e isso significava que a
Reforma em Zurique foi menos
dramática e explosiva que em
outros lugares” (Pg. 83).
14. Zuínglio e os Radicais
Zuínglio por ter uma atitude, por
assim dizer, mais discreta
quanto a Reforma, estava sendo
acusado de conchave com o rei
da França e com o papado. Havia
constrangedores rumores acerca
de sua vida e ministério.
15. De herege até anticristo
chamavam Zuínglio. Por isso ele
era tido em Zurique pelos
Radicais como uma pedra de
tropeço. Tinha que ser
imediatamente removida. Era
cobrada de Zuínglio a mesma
disposição enérgica de Lutero
em Wittenberg e Worms.
16. Quem Eram os Radicais?
Michael Reeves: “Eram aqueles
que pensavam que a Reforma
estava caminhando muito
devagar ou não na medida por
eles desejada” (Pg. 94).
17. Algumas Características
1 – Eram credo – batistas
Só batizavam adultos confessos
2 – Eram separatistas
Eles evitavam o contato com o
mundo pecador, secular.
Criam na separação radical entre
Igreja e Estado.
18. 3 – Defendiam a participação
somente do adulto batizado Ceia
do Senhor
4 – Eram mais práticos que teólogos
Eles se interessavam mais pela vida
cristã na prática. Como não
gostavam em geral de debates,
não se aprofundavam no estudo
teológico.
19. 5 – Alguns eram espiritualistas
Davam vazão ao impulso e
iluminação espiritual interior.
Muitos, por isso, desprezavam a
letra, a Bíblia escrita. Entendiam
que Deus falava direto com eles,
sem a letra da Bíblia.
20. 6 – Alguns eram revolucionários
armados. O lema era: “Nasça de
novo ou morra” (Pg. 95). Outros
pacifistas extremos – sem armas.
“As tensões explodiram na guerra dos
camponeses alemães em 1524 –
1525, a maior revolta popular na
Europa antes da Revolução Francesa
de 1789” (Pg. 97). Cerca de 100 mil
camponeses mortos!
21. O Futuro dos Radicais
Menno Simons (1496 – 1561) – o
maior líder dos Anabatistas. Teólogo
holandês.
Simons deu um futuro ao movimento
Radical:
Segurança teológica
Vida cristã pacifista
Menonitas
22. O Grande Debate
O cenário para um grande debate
estava montado e Zurique era o
palco. De um lado, Ulrico
Zuínglio, do outro, os Radicais.
Em jogo e disputa, o futuro da
Reforma na Suíça, especialmente
em Zurique. Reeves
magistralmente registra:
23. “Chegou a hora do confronto entre
Zuínglio e seus oponentes. [...]
Quando o dia chegou, a prefeitura
estava lotada, pois ocorreria uma
tensa luta teológica com o futuro
de Zurique em jogo. Zuínglio
entrou e, quase de imediato,
deixou claro que contava com
armas melhores.
24. Ele falou enquanto mantinha cópias do
Novo Testamento em grego, do Antigo
Testamento em hebraico e da Vulgata em
latim diante de si. E estava claro que ele
as conhecia muito bem; ele conseguia
citar longas passagens dos textos originais
de memória. Em suma, ele foi imbatível, e
o debate, um completo triunfo para ele.
Ninguém ousava encarar esse peso –
pesado teológico com a acusação de
heresia” (Pgs. 89, 90).
25. O Futuro da Reforma em Zurique
Dois fatos imediatos importantes
aconteceram:
1 – A legalização da pregação
bíblica pelo concílio da cidade
2 – O surgimento de uma escola
para novos pregadores (Pg. 90).
26. Os efeitos da Reforma seriam
notados a partir de agora,
oficialmente, como almejava
Zuínglio, somente através de
Sola Scriptura. Zuínglio foi
reconhecido como o grande
mestre e teólogo de Zurique.
27. O tri – pé da Reforma Protestante
estava lançado: Lutero, na
Alemanha, Zuínglio, em Zurique e
Calvino, em Genebra! O futuro da
Reforma em seus resultados
duradouros e permanentes pela
ação e providência divina estava
garantido. Soli Deo Glória. Amém!
28. A Morte de Zuínglio
Zuínglio morreu em batalha
campal – A Batalha de Kappel.
Nessa batalha, Zuínglio foi ferido e
depois cruelmente torturado e
morto. Seu corpo esquartejado e
depois queimado.
29. Conclusão
Contudo, a Reforma não acabou.
O poder da Palavra em Zurique
já tinha se tornado uma Chama
Inextinguível. Nenhum exército
do mundo pode apagar. Nem
mesmo a morte.