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KARL MARX E O PRINCÍPIO DA
CONTRADIÇÃO SOCIAL
Carlos Alberto Seibert
1818 – 1883
KARL MARX
REVOLUÇÃO FRANCESA
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
CONTEXTO SOCIAL
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
QUEDA DA BASTILHA
REVOLUÇÃO FRANCESA
Influências:
Karl Marx
Filosofia idealista Sociologia Economia
Alemã Utópica Francesa Inglesa
Socialismo utópico
O pensamento socialista foi primeiramente formulado
por Saint-Simon(1760-4825), Charles Fourier (1772-
1837), Louis Blanc (1811-1882) e Robert Owen (1771-
1858);
O socialismo defendido por estes autores foi, mais
tarde, denominado de socialismo utópico por seus
opositores marxistas (os quais, por oposição, se
autodenominavam Socialistas científicos), e vem do
fato de seus teóricos exporem os princípios de uma
sociedade ideal sem indicar os meios para alcançá-la;
O nome vem da obra Utopia (livro) de Thomas More
(1478-1535).
Economia Política
A escola clássica inglesa da economia política foi
fundada por Adam Smith, Thomas Malthus e David
Ricardo.
Adam Smith - Uma Investigação sobre a Natureza e as
Causas da Riqueza das Nações, mais conhecida como
A Riqueza das Nações,(1776). “analogia da mão
invisível”.
Thomas Malthus - ensaio sobre o princípio da
população (1798).
David Ricardo - A Teoria do valor-trabalho (1817).
As principais falhas na teoria Malthusiana
são:
• Corresponde a uma teoria preconceituosa,
onde só é permitido o relacionamento
sexual a quem possua dinheiro.
• Malthus não levou em consideração o avanço
tecnológico do homem no sector agrícola, como
por ex.:mecanização,irrigação,melhoramento
genético e etc.
• A população do planeta afinal não duplicou a
cada 25 anos, e a produção de alimentos se
acelerou graças ao desenvolvimento tecnológico.
Idealismo:
É um sistema filosófico iniciado pelos alemães Fichte,
Shelling e Hegel no século XVIII e XIX;
O idealismo afirma que tudo faz parte de uma dialética do
Espírito Absoluto;
Está baseado no movimento "tese, antítese e síntese". A tese
é a afirmação de algo, a antítese é sua negação e a síntese seria
a superação do problema causado pela antítese.
 Tudo seguiria esse movimento: o Absoluto é espírito (tese),
mas em um dado momento se tornou matéria (antítese), isso
explica as coisas a nossa volta, e depois voltará a ser espírito,
contudo, mais consciente de si mesmo
Idealismo:
Concebe as coisas e seu desenvolvimento
como projeções realizadas da idéia, que lhes
antecede;
Explica a existência do homem por sua
consciência.
Materialismo:
Concebe as idéias como imagens mais ou
menos abstratas dos objetos e fenômenos da
realidade;
Explica a consciência do homem por sua
existência.
IDEALISMO:
MATERIALISMO DIALÉTICO:
Conclusão:
O Materialismo segue a mesma
estrutura dialética de Hegel, mas
desconsidera o espírito absoluto.
MATERIALISMO DIALÉTICO:
Analisa a história como um movimento;
Movimento conseqüente das próprias ações
dos homens;
Reflexão crítica sobre a realidade;
Somente a dialética consegue apreender os
movimentos do real;
Papel central do pensamento na apreensão do
real;
O pensamento está inserido no próprio real.
O método dialético:
Explica o movimento pela luta dos contrários
Não isola os contrários
Nem os considera sistematicamente
incompatíveis
Um não pode existir sem o outro
Todo movimento, toda mudança, toda
transformação são explicáveis pela luta dos
contrários
O termo dialético:
Vem, diretamente do grego dialegein, que significa
discutir
Expressa a luta de idéias contrárias.
Teoria Sociológica
Karl Marx
TRABALHO:
“PROCESSO EM QUE O SER
HUMANO, COM SUA PRÓPRIA
AÇÃO, IMPULSIONA, REGULA E
CONTROLA SEU INTERCÂMBIO
MATERIAL COM A NATUREZA”
TRABALHO:
NÃO É PROFISSÃO
NÃO É MERA ATIVIDADE
TRABALHO
PRÁTICA SOCIAL
Atividade humana
Criadora / transformadora
Sobre a natureza / sociedade
TRABALHO
E
ONTOLOGIA HUMANA
1º. Pressuposto:
A existência de indivíduos humanos
vivos
o primeiro fato: a organização
corporal destes indivíduos
o segundo fato: sua relação dada
com o resto da natureza
CULTURA
X
NATUREZA
Os animais trabalham? Pg. 32
EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
ORGANIZAÇÃO CORPORAL
(Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em
homem) – (Engels 1876)
relação dada com o resto da natureza
Evolução tecnológica:
Controle do fogo
Cultivo das plantas
Domesticação dos animais
2º. Pressuposto:
“produzir os meios de vida é produzir a
vida. O modo de produzir do homem é o
que o homem é”
“o que eles [os homens] são, coincide,
portanto, com sua produção, tanto com o
que produzem, como o modo como
produzem”.
JOGO DOS 7 ERROS
TRANSFORMAÇÃO HISTÓRICA
TRABALHO COMO DETERMINAÇÃO
SOCIAL
Ao produzir uma nova realidade, o homem transforma-se a si mesmo.
BIOLÓGICA
PSICOLÓGICA
Mediação objetivada
Mediação subjetivada
MEDIAÇÃO OBJETIVADA
a m
Z
A
l
u
MEDIAÇÃO SUBJETIVADA
Atividade de criação
(transformação)
Atividade de reiteração
(evolução)
CRIAÇÃO
REITERAÇÃO
EVOLUÇÃO
TRANSFORMAÇÃO
VOLTANDO À
CENTRALIDADE DO
TRABALHO
O HOMEM É O QUE ELE
PRODUZ
LOGO:
COMPREENDER O HOMEM É
COMPREENDER AS
CONDIÇÕES DE SUA
PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO
3º. Pressuposto
O homem, hoje, se produz em
uma determinada sociedade de
classes, onde vige a alienação.
Para se entender o homem, há de
se entender esse determinado
modo de produção e o processo
de alineação.
Alienação:
Alienar vem do Latim
Alienare, de alienus, que significa “que
pertence a um outro”
(outro = alius)
Alienação:
O fundamento da alienação, encontra-se na
atividade humana prática: o trabalho;
Decorre “do estranhamento entre o
trabalhador e sua produção” e seu resultado é
o “trabalho alienado”, que se torna
independente do produtor, hostil a ele,
estranho, poderoso e que, ademais, pertence
a outro homem que o subjuga.
Marx sublinha três aspectos da alienação:
1) o trabalhador relaciona-se com o produto do seu trabalho
como com algo alheio a ele, que o domina e lhe é adverso, e
relaciona-se da mesma forma com os objetos naturais do
mundo externo; o trabalhador é alienado em relação às
coisas que produz;
2) a atividade do trabalhador tampouco está sob seu domínio,
ele a percebe como estranha a si próprio, assim como sua
vida pessoal e sua energia física e espiritual, sentidas como
atividades que não lhe pertencem; o trabalhador é alienado
em relação a si mesmo;
3) a vida genérica ou produtiva do ser humano torna-se apenas
meio de vida para o trabalhador, ou seja, seu trabalho - que é
sua atividade vital consciente e que o distingue dos animais -
deixa de ser livre e passa a ser unicamente meio para que
sobreviva.
Alienação:
O trabalhador e suas propriedades
humanas só existem para o capital.
Se ele não tem trabalho, não tem
salário, não tem existência.
Só existe quando se relaciona com o
capital e, como este lhe é estranho, a
vida do trabalhador é também estranha
para ele próprio. Pg.52
ALIENAÇÃO:
Em suma, o operário não se reconhece no
produto que criou, em condições que
escapam a seu arbítrio e às vezes até à
sua compreensão, nem vê no trabalho
qualquer finalidade que não seja a de
garantir sua sobrevivência. Pg. 53
ALIENAÇÃO (separação do fazer e do pensar):
As decisões a respeito do quê, do quanto, de como, em que
ritmo e por meio de quais métodos se produz escapam quase
inteiramente da razão do produtor direto, “retiram ao trabalho
do proletário todo o caráter substantivo e fazem com que perca
todo atrativo para ele. O produtor converte-se num simples
apêndice da máquina e só se exigem dele as operações mais
simples, mais monótonas e de mais fácil aprendizagem.”
Sendo assim, ele é mais facilmente substituível por outro
trabalhador, “especializado” em atos abstratos e com precária
capacidade de negociar melhores condições de vida e trabalho.
Pg. 53
Alienação econômica (produção)
Ver desenho
O modo capitalista de produção (MPC)
A produção é social e a apropriação
privada.
Produção e alienação.
Os interesses de classe a não-neutralidade
do sistema (inclusive da ciência e da
educação).
O trabalho sob a forma do
capital:
Produção social e apropriação
privada dos meios, dos
instrumentos, conhecimentos,
habilidades, recursos, valores,
etc.
MODO DE PRODUÇÃO
Modo de produção capitalista (MPC):
É composto pelos meios de produção e as
relações de produção.
Meios de produção: Maquinas, ferramentas,
tecnologia, força de trabalho.
Relações de produção: Somente por meio delas
se realiza a produção.
Modo de produção capitalista:
É apenas no intercambio entre relações de produção e
forças produtivas que se transformam em capital,
somente por meio do trabalho tal relação é
concretizada.
As relações de produção condicionam as relações
sociais.
O capital é também uma relação social de produção.
“Relação de produção da sociedade burguesa”
O capital como relação social de produção:
O capital não se constitui somente como meio
de subsistência, de instrumento de trabalho e
de matéria prima.
Forma o chamado valor de troca, em que
todos os produtos de que ele se constitui são
mercadorias.
MERCADORIA:
“Todas as mercadorias são
cristalizações do trabalho gasto para
produzi-las são a materialização do
trabalho social”
A Economia Capitalista
A mercadoria:
Unidade básica do MPC;
forma assumida pelas produtos e pela própria força de
trabalho, e composta por dois fatores: valor de uso e
valor de troca.
Valor de Uso: satisfazer as necessidades humanas,
sejam as da estômago ou as da fantasia.
Valor de Troca: Pode ser trocada por uma porção de
outra mercadoria.
Todas as mercadorias são produto da cristalização do
trabalho humano e que o valor de troca é proporcional
a quantidade de trabalho humano investido em cada
uma dessas mercadorias.
MERCADORIA
Valor de troca:
Se apresenta unicamente como uma relação
quantitativa
Quantidades diferenciadas de trabalho
#
MERCADORIA:
Valores de usos diferentes
=
VALOR DE TROCA:
O valor de troca é a capacidade que cada
mercadoria possui para ser trocada por outra
mercadoria. Com a troca começa a surgir um
problema. Como vou saber quanto de trigo
(mercadoria A) posso trocar por açúcar
(mercadoria B), por exemplo? Como medir a
“grandeza” do seu valor?
VALOR DE TROCA:
Adotando a teoria de David Ricardo (teoria do
valor-trabalho), Marx vai afirmar que o que
determina a grandeza do valor é a quantidade
de trabalho socialmente necessário, ou o
tempo de trabalho socialmente necessário
para a produção de um valor de uso.
VALOR DE TROCA:
O valor de uma mercadoria, portanto, vem do
trabalho. Marx explica ainda que “tempo de
trabalho socialmente necessário é o tempo de
trabalho requerido para produzir-se um valor
de uso qualquer, nas condições de produção
socialmente normais, existentes, e com o grau
social médio de destreza e intensidade do
trabalho”.
VALOR DE TROCA:
Para serem trocadas entre si, as mercadorias
precisam da intermediação de uma outra
mercadoria: o dinheiro.
Para entender a origem do valor, diz Marx,
podemos apresentá-lo de três formas:
Valor de troca:
 Forma simples: uma mercadoria X pode ser
trocada por outra mercadoria Y.
 Forma total: uma mercadoria X pode ser
trocada por várias mercadorias (a,b,c,d,e,f
etc.)
 Forma dinheiro: todas as mercadorias
(a,b,c,d,e,f etc.), podem ser trocadas por uma
única mercadoria que serve de “equivalente
geral” para todas as mercadorias.
Valor de troca:
É neste momento, que surge o dinheiro. A
ação social de todas as outras mercadorias
elege, portanto, uma mercadoria determinada
para nela representarem seus valores. O
dinheiro serve a dois propósitos: servir de meio
de troca e de forma de valor (ou equivalente
geral das mercadorias).
Elementos fundamentais da economia:
Mercadoria (M) - Dinheiro (D)
Marx analisa o processo de troca ou processo
de circulação simples, que ele explica de
acordo com a fórmula:
M ---------------- D------------------M
O importante de assinalar nesta fórmula é o seu
objetivo.
A troca tem em vista a satisfação de alguma
necessidade.
Ela começa com um valor de uso, que é
vendido. Com o dinheiro adquire-se outro valor
de uso.
O capital como relação social de produção:
Em troca do que necessita, cada um oferece o fruto
de seu próprio labor, ainda que metamorfoseado na
forma de moeda;
Os trabalhos humanos concretos, úteis, convertem-
se em trabalho abstrato que se manifesta como
dinheiro, a forma equivalente por meio da qual aqueles
podem ser trocados.
O marceneiro veste roupas, a arquiteta come pão, o
pedreiro vai ao cinema, o agricultor toma remédios, a
enfermeira lê jornal, o banqueiro escova os dentes.
Qual deles produz tudo aquilo de que precisa?
Mercadoria
Tese Antítese Síntese
Valor de uso Valor de
troca
Valor de uso
e valor de
troca.
Mais-valia:
A categoria básica da teoria
econômica;
Ao longo de O capital, ele mostra que
existem duas formas principais pelas
quais é possível extrair lucro:Mais-valia
absoluta e a Mais-valia relativa.
Mais-Valia absoluta:
O lucro é obtido pelo aumento da
jornada de trabalho.
Mais-valia relativa: o lucro é obtido pelo
aumento da produtividade. Neste processo, o
capitalista não precisa aumentar o tempo de
trabalho. Basta fazer o trabalho render mais.
Isto se consegue especialmente através do
aperfeiçoamento tecnológico, pelo qual o
operário produz sempre mais, apesar de não
variar o tempo de trabalho.
INFRAESTRUTURA E SUPERESTRUTURA
Infraestrutura:
Superestrutura:
Visão de mundo (Weltanschaaung) e a nossa psicologia são reflexo da base
econômica de nossa sociedade.
 Idéias que surgiram ao longo da história se explicam pelas sociedades nas
quais seus mentores estava inseridos.
 Elas são oriundas das necessidades das classes sociais daquele tempo.
Ideológica Política Cultural
Justiça
(base econômica da sociedade)
idéias políticas,
religiosas,
filosóficas
Estado,
polícia,
Exército
Leis,
direitos,
Tribunais
Condiciona relação dialética
Infra-estrutura:
Meios de produção
Relações de produção
Produção de
mercadorias
Superestrutura:
Estado
Direito
Justiça
Religião
Ideologias
Infraestrutura:
Para Marx, o elemento fundamental da
economia é o trabalho. O ser humano, para
sobreviver, precisa produzir os bens
necessários para a satisfação de suas
necessidades.
Infraestrutura:
• É através do trabalho que o homem transforma
a natureza e reproduz sua existência.
• Através do trabalho, o homem supera sua
condição de ser apenas natural e cria uma
nova realidade: a vida social.
Infraestrutura:
A sociedade é justamente a síntese do eterno
processo dialético pelo qual o homem atua sobre a
natureza e a transforma:
“O trabalho é um processo de que participam o
homem e a natureza, processo em que o ser humano
com sua própria ação, impulsiona, regula e controla
seu intercâmbio material com a natureza [...].
Atuando assim sobre a natureza externa
modificando-a, ao mesmo tempo modifica sua própria
natureza.”
Infraestrutura:
O processo de trabalho, diz Marx, envolve
duas dimensões principais:
A relação do homem com a natureza
A relação do homem com os outros homens
Infraestrutura:
A relação do homem com a natureza é
mediada pela matéria prima e pelos
instrumentos de trabalho que são os meios
auxiliares que o homem desenvolve e que o
auxiliam no processo de produção.
Infraestrutura:
O conjunto formado pela matéria prima, pelos meios
de produção e pelos próprios trabalhadores de uma
sociedade é chamado por Marx de forças
produtivas.
As forças produtivas da sociedade correspondem a
tudo aquilo que é utilizado pelo homem no processo
de produção, desde a simples enxada até as
máquinas mais desenvolvidas.
Infraestrutura:
Podem os homens escolher livremente esta ou
aquela forma de sociedade?
De modo algum [...]. Não é preciso acrescentar que
os homens não escolhem livremente as suas forças
produtivas – a base de toda a sua história -, pois
toda força produtiva é uma força adquirida, o
produto de uma atividade anterior.
Infraestrutura:
As forças produtivas são, portanto, o resultado
da energia aplicada dos homens [...]. A
conseqüência necessária: a história social dos
homens nada mais é que a história do seu
desenvolvimento individual, tenham ou não
consciência disso.
Infraestrutura:
Mas a produção (ou o processo de trabalho) não
é um fenômeno isolado. Ela é também um
fenômeno social, coletivo. Envolve, portanto, a
relação do homem com o próprio homem. Por
isso, no processo de trabalho, o homem cria
também relações de produção. As relações
de produção são as interações que os homens
estabelecem entre si nas atividades produtivas.
Infraestrutura:
Corresponde de forma geral, a divisão do
trabalho, seja dentro de uma atividade
específica seja entre as diversas atividades em
seu conjunto.
Para se entender a vida de uma sociedade é
preciso acompanhar a evolução de suas forças
produtivas, pois são elas que determinam o tipo
de relações existentes, como diz o próprio
Marx:
Infraestrutura:
Em certa fase de seu desenvolvimento
histórico, as forças produtivas da sociedade
entram em contradição com as relações de
produção existentes (...). Abre-se, então, uma
era de revolução social. A transformação que
se produziu na base econômica transtorna
mais ou menos lentamente toda a colossal
superestrutura.
Superestrutura - Classes sociais:
Partindo da análise das relações de
produção, Marx constatou que a sociedade
se dividia em classes sociais. As classes
sociais são frutos das relações que os
homens estabelecem no processo de
produção.
classes sociais:
Elas surgem quando um grupo social se
apropria das forças ou meios de produção e se
torna proprietários dos instrumentos de
trabalho.
As classes sociais dividem a sociedade em
dois grupos fundamentais: os proprietários
dos meios de produção e os não-proprietários
destes meios.
Classes sociais:
É o fenômeno da propriedade privada que dá
origem às classes sociais, qual seja, a divisão
da sociedade entre proprietários e não
proprietários.
Superestrutura: ESTADO
Para consolidar o seu domínio sobre os não
proprietários, as classes dominantes precisam
fazer uso da força.
É nesse momento que surge o ESTADO.
De modo geral, Marx afirma que o Estado é um
instrumento criado pelas classes dominantes
para garantir seu domínio econômico sobre as
outras classes.
Superestrutura – Estado:
As leis e determinações do Estado estão sempre
voltadas para o interesse da classe dos proprietários.
Quando as leis e normas do Estado falham, o poder
estatal tem ainda o recurso da força eu garante os
interesses das classes dominantes.
Superestrutura - Ideologia:
Um segundo instrumento das classes
proprietárias para garantir seu domínio
econômico é a força das idéias, ou seja, a
ideologia. Para Marx, as idéias da sociedade
são as idéias da classe dominante (do ponto de
vista econômico e político), ela também
consegue difundir a sua “visão de mundo” e os
seus valores.
Superestrutura - ideologia:
As outras classes acabam adotando esta visão
e, desta forma, não percebem que são
dominadas. A ideologia poder ser definida como
um conjunto de representações da realidade
que servem para legitimar e consolidar o poder
das classes dominantes.
O trabalho nas diferentes sociedades
Sociedade greco-romana: A escravidão era fundamental
para manter os cidadãos comuns longe do trabalho braçal,
discutindo os assuntos que proporcionariam o bem-estar de
seus semelhantes;
Sociedade feudal: Quem de fato trabalhavam eram os
servos, os aldeões e os camponeses livres. Os senhores
feudais e o clero exploravam e viviam do trabalho destes
primeiros;
Sociedades tribais: Nas sociedades tribais o trabalho é
uma atividade vinculada às outras, bem diferente das outras
sociedades. A produção (trabalho) está vinculada a mitos e
ritos, ligada ao parentesco, às festas, às artes, enfim a toda a
vida do grupo.
O trabalho na sociedade capitalista:
Weber - Relacionou o Capitalismo ao Protestantismo. A Reforma
Protestante deu ao trabalho a condição de se obter êxito material como
expressão de bênção divina, ao contrário da igreja cristã do sistema
feudal;
Marx - Quando os trabalhadores percebem que estão trabalhando
demais e recebendo de menos, os conflitos começam a ocorrer.
Procurou demonstrar os conflitos entre trabalhadores e capitalistas, cujo
lucro se dava através da “mais-valia”, diferença entre o valor produzido
pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. Seria a base da
exploração no sistema capitalista;
Durkheim - A divisão do trabalho seria uma forma de solidariedade
e não um fator de conflito. A solidariedade orgânica une os indivíduos
em funções sociais nas quais cada pessoa depende da outra. Assim, a
ebulição pela qual passava a sociedade era uma questão moral, pois
faltavam normas e instituições para integrar a sociedade.
Transformações no mundo do trabalho:
Fordismo - No início do século XX, a partir do
desenvolvimento das fábricas, surgem as linhas de montagem,
com a divisão do trabalho mais aperfeiçoada e detalhada.
 Taylorismo - Propõem a organização do trabalho de
forma científica, racionalizando a produção. Surge na
indústria o planejamento ajustado para controlar a execução
das tarefas e os especialistas em administração. Os
trabalhadores eram recompensados ou punidos de acordo com
a sua produtividade na indústria.
 Pós-fordismo ou acumulação flexível - A partir dos anos
de 1970. Flexibilização dos processos de produção
(automação); flexibilização dos mercados de trabalho
(subemprego); flexibilização dos produtos e dos padrões de
consumo – a durabilidade dos produtos é pequena e a mídia
estimula a troca.

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  • 1. KARL MARX E O PRINCÍPIO DA CONTRADIÇÃO SOCIAL Carlos Alberto Seibert
  • 3.
  • 7. Influências: Karl Marx Filosofia idealista Sociologia Economia Alemã Utópica Francesa Inglesa
  • 8. Socialismo utópico O pensamento socialista foi primeiramente formulado por Saint-Simon(1760-4825), Charles Fourier (1772- 1837), Louis Blanc (1811-1882) e Robert Owen (1771- 1858); O socialismo defendido por estes autores foi, mais tarde, denominado de socialismo utópico por seus opositores marxistas (os quais, por oposição, se autodenominavam Socialistas científicos), e vem do fato de seus teóricos exporem os princípios de uma sociedade ideal sem indicar os meios para alcançá-la; O nome vem da obra Utopia (livro) de Thomas More (1478-1535).
  • 9. Economia Política A escola clássica inglesa da economia política foi fundada por Adam Smith, Thomas Malthus e David Ricardo. Adam Smith - Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações, mais conhecida como A Riqueza das Nações,(1776). “analogia da mão invisível”. Thomas Malthus - ensaio sobre o princípio da população (1798). David Ricardo - A Teoria do valor-trabalho (1817).
  • 10.
  • 11.
  • 12. As principais falhas na teoria Malthusiana são: • Corresponde a uma teoria preconceituosa, onde só é permitido o relacionamento sexual a quem possua dinheiro. • Malthus não levou em consideração o avanço tecnológico do homem no sector agrícola, como por ex.:mecanização,irrigação,melhoramento genético e etc. • A população do planeta afinal não duplicou a cada 25 anos, e a produção de alimentos se acelerou graças ao desenvolvimento tecnológico.
  • 13. Idealismo: É um sistema filosófico iniciado pelos alemães Fichte, Shelling e Hegel no século XVIII e XIX; O idealismo afirma que tudo faz parte de uma dialética do Espírito Absoluto; Está baseado no movimento "tese, antítese e síntese". A tese é a afirmação de algo, a antítese é sua negação e a síntese seria a superação do problema causado pela antítese.  Tudo seguiria esse movimento: o Absoluto é espírito (tese), mas em um dado momento se tornou matéria (antítese), isso explica as coisas a nossa volta, e depois voltará a ser espírito, contudo, mais consciente de si mesmo
  • 14. Idealismo: Concebe as coisas e seu desenvolvimento como projeções realizadas da idéia, que lhes antecede; Explica a existência do homem por sua consciência. Materialismo: Concebe as idéias como imagens mais ou menos abstratas dos objetos e fenômenos da realidade; Explica a consciência do homem por sua existência.
  • 17. Conclusão: O Materialismo segue a mesma estrutura dialética de Hegel, mas desconsidera o espírito absoluto.
  • 18. MATERIALISMO DIALÉTICO: Analisa a história como um movimento; Movimento conseqüente das próprias ações dos homens; Reflexão crítica sobre a realidade; Somente a dialética consegue apreender os movimentos do real; Papel central do pensamento na apreensão do real; O pensamento está inserido no próprio real.
  • 19. O método dialético: Explica o movimento pela luta dos contrários Não isola os contrários Nem os considera sistematicamente incompatíveis Um não pode existir sem o outro Todo movimento, toda mudança, toda transformação são explicáveis pela luta dos contrários
  • 20. O termo dialético: Vem, diretamente do grego dialegein, que significa discutir Expressa a luta de idéias contrárias.
  • 22. TRABALHO: “PROCESSO EM QUE O SER HUMANO, COM SUA PRÓPRIA AÇÃO, IMPULSIONA, REGULA E CONTROLA SEU INTERCÂMBIO MATERIAL COM A NATUREZA”
  • 24. TRABALHO PRÁTICA SOCIAL Atividade humana Criadora / transformadora Sobre a natureza / sociedade
  • 26. 1º. Pressuposto: A existência de indivíduos humanos vivos o primeiro fato: a organização corporal destes indivíduos o segundo fato: sua relação dada com o resto da natureza
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31. EVOLUÇÃO BIOLÓGICA ORGANIZAÇÃO CORPORAL (Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem) – (Engels 1876)
  • 32. relação dada com o resto da natureza
  • 33. Evolução tecnológica: Controle do fogo Cultivo das plantas Domesticação dos animais
  • 34. 2º. Pressuposto: “produzir os meios de vida é produzir a vida. O modo de produzir do homem é o que o homem é” “o que eles [os homens] são, coincide, portanto, com sua produção, tanto com o que produzem, como o modo como produzem”.
  • 35.
  • 36. JOGO DOS 7 ERROS
  • 38.
  • 39. TRABALHO COMO DETERMINAÇÃO SOCIAL Ao produzir uma nova realidade, o homem transforma-se a si mesmo. BIOLÓGICA PSICOLÓGICA Mediação objetivada Mediação subjetivada
  • 46. VOLTANDO À CENTRALIDADE DO TRABALHO O HOMEM É O QUE ELE PRODUZ
  • 47. LOGO: COMPREENDER O HOMEM É COMPREENDER AS CONDIÇÕES DE SUA PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO
  • 48. 3º. Pressuposto O homem, hoje, se produz em uma determinada sociedade de classes, onde vige a alienação. Para se entender o homem, há de se entender esse determinado modo de produção e o processo de alineação.
  • 49. Alienação: Alienar vem do Latim Alienare, de alienus, que significa “que pertence a um outro” (outro = alius)
  • 50. Alienação: O fundamento da alienação, encontra-se na atividade humana prática: o trabalho; Decorre “do estranhamento entre o trabalhador e sua produção” e seu resultado é o “trabalho alienado”, que se torna independente do produtor, hostil a ele, estranho, poderoso e que, ademais, pertence a outro homem que o subjuga.
  • 51. Marx sublinha três aspectos da alienação: 1) o trabalhador relaciona-se com o produto do seu trabalho como com algo alheio a ele, que o domina e lhe é adverso, e relaciona-se da mesma forma com os objetos naturais do mundo externo; o trabalhador é alienado em relação às coisas que produz; 2) a atividade do trabalhador tampouco está sob seu domínio, ele a percebe como estranha a si próprio, assim como sua vida pessoal e sua energia física e espiritual, sentidas como atividades que não lhe pertencem; o trabalhador é alienado em relação a si mesmo; 3) a vida genérica ou produtiva do ser humano torna-se apenas meio de vida para o trabalhador, ou seja, seu trabalho - que é sua atividade vital consciente e que o distingue dos animais - deixa de ser livre e passa a ser unicamente meio para que sobreviva.
  • 52. Alienação: O trabalhador e suas propriedades humanas só existem para o capital. Se ele não tem trabalho, não tem salário, não tem existência. Só existe quando se relaciona com o capital e, como este lhe é estranho, a vida do trabalhador é também estranha para ele próprio. Pg.52
  • 53. ALIENAÇÃO: Em suma, o operário não se reconhece no produto que criou, em condições que escapam a seu arbítrio e às vezes até à sua compreensão, nem vê no trabalho qualquer finalidade que não seja a de garantir sua sobrevivência. Pg. 53
  • 54. ALIENAÇÃO (separação do fazer e do pensar): As decisões a respeito do quê, do quanto, de como, em que ritmo e por meio de quais métodos se produz escapam quase inteiramente da razão do produtor direto, “retiram ao trabalho do proletário todo o caráter substantivo e fazem com que perca todo atrativo para ele. O produtor converte-se num simples apêndice da máquina e só se exigem dele as operações mais simples, mais monótonas e de mais fácil aprendizagem.” Sendo assim, ele é mais facilmente substituível por outro trabalhador, “especializado” em atos abstratos e com precária capacidade de negociar melhores condições de vida e trabalho. Pg. 53
  • 56. O modo capitalista de produção (MPC) A produção é social e a apropriação privada. Produção e alienação. Os interesses de classe a não-neutralidade do sistema (inclusive da ciência e da educação).
  • 57. O trabalho sob a forma do capital: Produção social e apropriação privada dos meios, dos instrumentos, conhecimentos, habilidades, recursos, valores, etc.
  • 59. Modo de produção capitalista (MPC): É composto pelos meios de produção e as relações de produção. Meios de produção: Maquinas, ferramentas, tecnologia, força de trabalho. Relações de produção: Somente por meio delas se realiza a produção.
  • 60. Modo de produção capitalista: É apenas no intercambio entre relações de produção e forças produtivas que se transformam em capital, somente por meio do trabalho tal relação é concretizada. As relações de produção condicionam as relações sociais. O capital é também uma relação social de produção. “Relação de produção da sociedade burguesa”
  • 61. O capital como relação social de produção: O capital não se constitui somente como meio de subsistência, de instrumento de trabalho e de matéria prima. Forma o chamado valor de troca, em que todos os produtos de que ele se constitui são mercadorias.
  • 62. MERCADORIA: “Todas as mercadorias são cristalizações do trabalho gasto para produzi-las são a materialização do trabalho social”
  • 63. A Economia Capitalista A mercadoria: Unidade básica do MPC; forma assumida pelas produtos e pela própria força de trabalho, e composta por dois fatores: valor de uso e valor de troca. Valor de Uso: satisfazer as necessidades humanas, sejam as da estômago ou as da fantasia. Valor de Troca: Pode ser trocada por uma porção de outra mercadoria. Todas as mercadorias são produto da cristalização do trabalho humano e que o valor de troca é proporcional a quantidade de trabalho humano investido em cada uma dessas mercadorias.
  • 64. MERCADORIA Valor de troca: Se apresenta unicamente como uma relação quantitativa Quantidades diferenciadas de trabalho #
  • 66. VALOR DE TROCA: O valor de troca é a capacidade que cada mercadoria possui para ser trocada por outra mercadoria. Com a troca começa a surgir um problema. Como vou saber quanto de trigo (mercadoria A) posso trocar por açúcar (mercadoria B), por exemplo? Como medir a “grandeza” do seu valor?
  • 67. VALOR DE TROCA: Adotando a teoria de David Ricardo (teoria do valor-trabalho), Marx vai afirmar que o que determina a grandeza do valor é a quantidade de trabalho socialmente necessário, ou o tempo de trabalho socialmente necessário para a produção de um valor de uso.
  • 68. VALOR DE TROCA: O valor de uma mercadoria, portanto, vem do trabalho. Marx explica ainda que “tempo de trabalho socialmente necessário é o tempo de trabalho requerido para produzir-se um valor de uso qualquer, nas condições de produção socialmente normais, existentes, e com o grau social médio de destreza e intensidade do trabalho”.
  • 69. VALOR DE TROCA: Para serem trocadas entre si, as mercadorias precisam da intermediação de uma outra mercadoria: o dinheiro. Para entender a origem do valor, diz Marx, podemos apresentá-lo de três formas:
  • 70. Valor de troca:  Forma simples: uma mercadoria X pode ser trocada por outra mercadoria Y.  Forma total: uma mercadoria X pode ser trocada por várias mercadorias (a,b,c,d,e,f etc.)  Forma dinheiro: todas as mercadorias (a,b,c,d,e,f etc.), podem ser trocadas por uma única mercadoria que serve de “equivalente geral” para todas as mercadorias.
  • 71. Valor de troca: É neste momento, que surge o dinheiro. A ação social de todas as outras mercadorias elege, portanto, uma mercadoria determinada para nela representarem seus valores. O dinheiro serve a dois propósitos: servir de meio de troca e de forma de valor (ou equivalente geral das mercadorias).
  • 72. Elementos fundamentais da economia: Mercadoria (M) - Dinheiro (D) Marx analisa o processo de troca ou processo de circulação simples, que ele explica de acordo com a fórmula: M ---------------- D------------------M
  • 73. O importante de assinalar nesta fórmula é o seu objetivo. A troca tem em vista a satisfação de alguma necessidade. Ela começa com um valor de uso, que é vendido. Com o dinheiro adquire-se outro valor de uso.
  • 74. O capital como relação social de produção: Em troca do que necessita, cada um oferece o fruto de seu próprio labor, ainda que metamorfoseado na forma de moeda; Os trabalhos humanos concretos, úteis, convertem- se em trabalho abstrato que se manifesta como dinheiro, a forma equivalente por meio da qual aqueles podem ser trocados. O marceneiro veste roupas, a arquiteta come pão, o pedreiro vai ao cinema, o agricultor toma remédios, a enfermeira lê jornal, o banqueiro escova os dentes. Qual deles produz tudo aquilo de que precisa?
  • 75. Mercadoria Tese Antítese Síntese Valor de uso Valor de troca Valor de uso e valor de troca.
  • 76. Mais-valia: A categoria básica da teoria econômica; Ao longo de O capital, ele mostra que existem duas formas principais pelas quais é possível extrair lucro:Mais-valia absoluta e a Mais-valia relativa.
  • 77. Mais-Valia absoluta: O lucro é obtido pelo aumento da jornada de trabalho.
  • 78. Mais-valia relativa: o lucro é obtido pelo aumento da produtividade. Neste processo, o capitalista não precisa aumentar o tempo de trabalho. Basta fazer o trabalho render mais. Isto se consegue especialmente através do aperfeiçoamento tecnológico, pelo qual o operário produz sempre mais, apesar de não variar o tempo de trabalho.
  • 79. INFRAESTRUTURA E SUPERESTRUTURA Infraestrutura: Superestrutura: Visão de mundo (Weltanschaaung) e a nossa psicologia são reflexo da base econômica de nossa sociedade.  Idéias que surgiram ao longo da história se explicam pelas sociedades nas quais seus mentores estava inseridos.  Elas são oriundas das necessidades das classes sociais daquele tempo. Ideológica Política Cultural Justiça (base econômica da sociedade) idéias políticas, religiosas, filosóficas Estado, polícia, Exército Leis, direitos, Tribunais Condiciona relação dialética
  • 80. Infra-estrutura: Meios de produção Relações de produção Produção de mercadorias Superestrutura: Estado Direito Justiça Religião Ideologias
  • 81. Infraestrutura: Para Marx, o elemento fundamental da economia é o trabalho. O ser humano, para sobreviver, precisa produzir os bens necessários para a satisfação de suas necessidades.
  • 82. Infraestrutura: • É através do trabalho que o homem transforma a natureza e reproduz sua existência. • Através do trabalho, o homem supera sua condição de ser apenas natural e cria uma nova realidade: a vida social.
  • 83. Infraestrutura: A sociedade é justamente a síntese do eterno processo dialético pelo qual o homem atua sobre a natureza e a transforma: “O trabalho é um processo de que participam o homem e a natureza, processo em que o ser humano com sua própria ação, impulsiona, regula e controla seu intercâmbio material com a natureza [...]. Atuando assim sobre a natureza externa modificando-a, ao mesmo tempo modifica sua própria natureza.”
  • 84. Infraestrutura: O processo de trabalho, diz Marx, envolve duas dimensões principais: A relação do homem com a natureza A relação do homem com os outros homens
  • 85. Infraestrutura: A relação do homem com a natureza é mediada pela matéria prima e pelos instrumentos de trabalho que são os meios auxiliares que o homem desenvolve e que o auxiliam no processo de produção.
  • 86. Infraestrutura: O conjunto formado pela matéria prima, pelos meios de produção e pelos próprios trabalhadores de uma sociedade é chamado por Marx de forças produtivas. As forças produtivas da sociedade correspondem a tudo aquilo que é utilizado pelo homem no processo de produção, desde a simples enxada até as máquinas mais desenvolvidas.
  • 87. Infraestrutura: Podem os homens escolher livremente esta ou aquela forma de sociedade? De modo algum [...]. Não é preciso acrescentar que os homens não escolhem livremente as suas forças produtivas – a base de toda a sua história -, pois toda força produtiva é uma força adquirida, o produto de uma atividade anterior.
  • 88. Infraestrutura: As forças produtivas são, portanto, o resultado da energia aplicada dos homens [...]. A conseqüência necessária: a história social dos homens nada mais é que a história do seu desenvolvimento individual, tenham ou não consciência disso.
  • 89. Infraestrutura: Mas a produção (ou o processo de trabalho) não é um fenômeno isolado. Ela é também um fenômeno social, coletivo. Envolve, portanto, a relação do homem com o próprio homem. Por isso, no processo de trabalho, o homem cria também relações de produção. As relações de produção são as interações que os homens estabelecem entre si nas atividades produtivas.
  • 90. Infraestrutura: Corresponde de forma geral, a divisão do trabalho, seja dentro de uma atividade específica seja entre as diversas atividades em seu conjunto. Para se entender a vida de uma sociedade é preciso acompanhar a evolução de suas forças produtivas, pois são elas que determinam o tipo de relações existentes, como diz o próprio Marx:
  • 91. Infraestrutura: Em certa fase de seu desenvolvimento histórico, as forças produtivas da sociedade entram em contradição com as relações de produção existentes (...). Abre-se, então, uma era de revolução social. A transformação que se produziu na base econômica transtorna mais ou menos lentamente toda a colossal superestrutura.
  • 92. Superestrutura - Classes sociais: Partindo da análise das relações de produção, Marx constatou que a sociedade se dividia em classes sociais. As classes sociais são frutos das relações que os homens estabelecem no processo de produção.
  • 93. classes sociais: Elas surgem quando um grupo social se apropria das forças ou meios de produção e se torna proprietários dos instrumentos de trabalho. As classes sociais dividem a sociedade em dois grupos fundamentais: os proprietários dos meios de produção e os não-proprietários destes meios.
  • 94. Classes sociais: É o fenômeno da propriedade privada que dá origem às classes sociais, qual seja, a divisão da sociedade entre proprietários e não proprietários.
  • 95. Superestrutura: ESTADO Para consolidar o seu domínio sobre os não proprietários, as classes dominantes precisam fazer uso da força. É nesse momento que surge o ESTADO. De modo geral, Marx afirma que o Estado é um instrumento criado pelas classes dominantes para garantir seu domínio econômico sobre as outras classes.
  • 96. Superestrutura – Estado: As leis e determinações do Estado estão sempre voltadas para o interesse da classe dos proprietários. Quando as leis e normas do Estado falham, o poder estatal tem ainda o recurso da força eu garante os interesses das classes dominantes.
  • 97. Superestrutura - Ideologia: Um segundo instrumento das classes proprietárias para garantir seu domínio econômico é a força das idéias, ou seja, a ideologia. Para Marx, as idéias da sociedade são as idéias da classe dominante (do ponto de vista econômico e político), ela também consegue difundir a sua “visão de mundo” e os seus valores.
  • 98. Superestrutura - ideologia: As outras classes acabam adotando esta visão e, desta forma, não percebem que são dominadas. A ideologia poder ser definida como um conjunto de representações da realidade que servem para legitimar e consolidar o poder das classes dominantes.
  • 99. O trabalho nas diferentes sociedades Sociedade greco-romana: A escravidão era fundamental para manter os cidadãos comuns longe do trabalho braçal, discutindo os assuntos que proporcionariam o bem-estar de seus semelhantes; Sociedade feudal: Quem de fato trabalhavam eram os servos, os aldeões e os camponeses livres. Os senhores feudais e o clero exploravam e viviam do trabalho destes primeiros; Sociedades tribais: Nas sociedades tribais o trabalho é uma atividade vinculada às outras, bem diferente das outras sociedades. A produção (trabalho) está vinculada a mitos e ritos, ligada ao parentesco, às festas, às artes, enfim a toda a vida do grupo.
  • 100. O trabalho na sociedade capitalista: Weber - Relacionou o Capitalismo ao Protestantismo. A Reforma Protestante deu ao trabalho a condição de se obter êxito material como expressão de bênção divina, ao contrário da igreja cristã do sistema feudal; Marx - Quando os trabalhadores percebem que estão trabalhando demais e recebendo de menos, os conflitos começam a ocorrer. Procurou demonstrar os conflitos entre trabalhadores e capitalistas, cujo lucro se dava através da “mais-valia”, diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. Seria a base da exploração no sistema capitalista; Durkheim - A divisão do trabalho seria uma forma de solidariedade e não um fator de conflito. A solidariedade orgânica une os indivíduos em funções sociais nas quais cada pessoa depende da outra. Assim, a ebulição pela qual passava a sociedade era uma questão moral, pois faltavam normas e instituições para integrar a sociedade.
  • 101. Transformações no mundo do trabalho: Fordismo - No início do século XX, a partir do desenvolvimento das fábricas, surgem as linhas de montagem, com a divisão do trabalho mais aperfeiçoada e detalhada.  Taylorismo - Propõem a organização do trabalho de forma científica, racionalizando a produção. Surge na indústria o planejamento ajustado para controlar a execução das tarefas e os especialistas em administração. Os trabalhadores eram recompensados ou punidos de acordo com a sua produtividade na indústria.  Pós-fordismo ou acumulação flexível - A partir dos anos de 1970. Flexibilização dos processos de produção (automação); flexibilização dos mercados de trabalho (subemprego); flexibilização dos produtos e dos padrões de consumo – a durabilidade dos produtos é pequena e a mídia estimula a troca.