2. Flamengo antes e em 2012
ANTES:
Líder em Renda;
Líder em Público;
Líder em SóciosVotantes;
Líder em Receitas;
Líder emValor de Marca;
Líder emTorcida;
Líder em Dívidas
EM 2012
15º em Renda;
10º em Público;
8% dos sócios do Inter;
7º em Receitas;
70% do valor do Corinthians
Líder emTorcida;
Líder em Dívidas.
3. Por que isso é importante?
Porque clubes não competem só no terreno esportivo;
Times líderes nesses indicadores atraem mais
patrocinadores, conseguem mais audiência e ganham
mais dinheiro;
No futebol de hoje, dinheiro não é tudo, mas é quase:
times ricos ficarão entre os primeiros em ao menos 4 entre
5 competições, talvez em todas elas;
Quem não for rico terá que superar suas limitações
contando com o acaso.
4. Do que vive um clube de futebol?
Do contrato com aTV;
Do marketing (patrocínio/licenciamentos);
Da venda de atletas;
De mensalidades de sócios;
Da bilheteria dos jogos;
O Flamengo é líder em verbas daTV, mas estava MUITO
MAL EMTODOS OS OUTROS ITENS. Melhorar cada um
deles é essencial, mas nem todos podem crescer
rapidamente. Bilheteria, porém, pode!
5. A política de ingressos da Gestão
Bandeira de Mello
Evitar ter que “pagar” para jogar;
Preços de ingressos mais altos;
Busca de rentabilidade em outras praças (especialmente
Brasília);
Bilheteria como um item relevante da receita do clube;
TUDO ISSO FOI MUITO MAL RECEBIDO PELATORCIDA E
IMPRENSA, RESUMINDO A POLÍTICA EM UMA
PALAVRA: ELITIZAÇÃO DO PÚBLICO!
6. Só que não se trata de elitização...
Os 2 balanços trimestrais divulgados mostram que o clube
praticamente esgotou sua capacidade de geração de novas
receitas, porque os patrocínios já foram negociados, não há
atletas para vender, o dinheiro daTV para esse ano já foi
adiantado e o programa de SócioTorcedor deve estagnar;
Por outro lado, as necessidades financeiras do clube até o fim
do ano são imensas;
Para piorar, com a parada da Copa das Confederações e a
eliminação precoce no Carioca, o clube arrecadou muito pouco
em bilheteria no 1º semestre, menos até do que em
2012, quando a Libertadores ajudou a engordar o cofre nessa
época.
7. Bilheteria ou Nada
Se o Flamengo não se recuperar no quesito “bilheteria”, as
contas simplesmente não vão fechar, porque não há mais
de onde tirar dinheiro, a menos que o clube antecipe
receitas do futuro 0u contraia novas dívidas, voltando ao
ciclo vicioso que destruiu o valor de sua marca;
E para se recuperar rapidamente – afinal, só faltam 6
meses para o ano acabar – o clube precisa perseguir a
maior rentabilidade possível, cobrando preços mais altos e
buscando públicos dispostos a pagar por isso.
8. Preconceito às avessas
Ingresso mais caro não é sinônimo de transformar a
arquibancada em um reduto dos endinheirados;
A Nova Classe Média brasileira viaja de avião, anda de
carro, tem smartphones e notebooks, compra
eletrodomésticos caros – não tudo ao mesmo
tempo, óbvio, mas faz suas escolhas;
Portanto, pessoas dessa faixa de renda – a maioria dos
brasileiros – tem potencial econômico para consumir ingressos
de futebol, ainda que não de forma habitual;
Afirmar taxativamente que menos afortunados estão alijados
dos estádios é lançar um olhar preconceituoso sobre os
brasileiros emergentes e seus hábitos de consumo.
9. Mas e para quem ia sempre?
O grupo que ia com muita frequência aos estádios (mais de 10
jogos por ano) realmente está sendo prejudicado pela nova
política de ingressos;
Esse contingente, contudo, não deve chegar a 50 mil pessoas;
Ora, o clube não pode traçar sua estratégia pensando apenas
em 50 mil pessoas, mas sim no coletivo da Nação, milhões de
pessoas que raramente (ou nunca) vão aos estádios e para
quem a recuperação financeira é percebida como um valor mais
importante;
Por outro lado, é mais fácil criar uma política específica para
esse grupo, como venda de carnês de temporada com desconto
e incentivo ao programa de SócioTorcedor.
10. Jogar em Brasília está fazendo
mal?
Nada pode ser tão INJUSTO com a torcida Off-Rio em
geral e com a de Brasília em particular, as insinuações de
que o time vai mal por mandar seus jogos lá;
A culpa pelo desempenho medíocre NÃO é da torcida –
NUNCA é -, mas sim de quem joga, de quem escala e de
quem contrata, o que resulta em um time abaixo do que a
Nação deseja, exige e merece;
A Nação tem uma dívida de gratidão com o exercício da
paixão dos brasilienses a cada jogo no Mané Garrincha –
basta lembrar que Flamengo x Grêmio, mesmo com o
time em baixa, teve oTRIPLO de torcedores do que o
último confronto dessas equipes no Maracanã em 2010.
11. Resumindo
Cobrar mais caro e buscar mais rentabilidade ampliando o
universo de torcedores dispostos a pagar ingressos (ou seja,
indo jogar em outras praças) pode não ser a decisão mais
simpática ou agradável, mas é absolutamente necessário nesse
ano de 2013;
O Flamengo não pode ser o 15º em bilheteria, 0 10º em público
pagante, 0 7º em arrecadação, o 2º em valor. Somos o
Flamengo, nascemos para vencer em tudo, temos obrigação de
liderar em qualquer ranking – alguém discorda?
E para atingir esse objetivo em curto prazo, só há uma maneira:
contar com o apoio decisivo dos torcedores dispostos a ir aos
jogos, cada um nas medidas de suas possibilidades, mas sem
esquecer do grito: Mengão, onde estiver, estaremos!