O motor a combustão interna continuará dominante nos próximos anos devido ao seu menor custo, mas deve perder espaço para novas tecnologias a partir de 2050. Tecnologias como o desligamento automático do motor em congestionamentos irão melhorar a economia de combustível e reduzir emissões até 2020. A mudança para novas formas de motorização será motivada pelo governo e indústria.
10. GASOLINA
EUROPA 2008 15,22 km/l
EUROPA 2035 24,33 km/l
HÍBRIDO
EUROPA 2008 19,92 km/l
EUROPA 2035 36,63 km/l
Fonte: Bandivadekar et al. (2008)
11. Químico/Mecânico Eletromecânico
Motor Combustão Célula a
Motores Elétricos
Interna combustível
Motor Combustão
Tempo
Híbridos (HEV)
Interna Avançado
Híbridos Plug- in
(PHEV)
Híbridos Célula a
Combustível
Convergência de
Motores (explosão
e compressão)? Célula a
Elétricos (BEV) Combustível
avançados
Fonte: Bandivadekar et al. (2008)
12. Os automóveis nessa categoria
possuem um motor a
combustão (em geral a gasolina)
e um motor elétrico que é
carregado por energia cinética.
O motor elétrico reduz à
utilização do motor a
combustão reduzindo assim o
consumo de combustível e a Toyota Prius
emissão de poluentes.
13. Possui as mesmas
características do veículo
híbrido, porém sua bateria
pode ser carregada
diretamente em uma
tomada.
Chevrolet Volt
14. Esses automóveis são movidos
exclusivamente pela energia
acumulada e disponibilizada
por baterias (atualmente íon-
lítio) recarregáveis.
Diferentemente dos veículos Nissan Leaf
híbridos, esses automóveis não
dispõem de motores a
combustão, não emitindo assim
gases poluentes na atmosfera.
15. A célula a combustível basicamente converte energia química em energia
elétrica. Uma das tecnologias discutidas para isso utilizaria uma
membrana de troca de prótons (proton-exchange membrane – PEM). Essa
membrana permite que as células de hidrogênio e oxigênio se liguem
com rapidez a uma temperatura de 60°C a 140°C. O veículo é alimentado
com hidrogênio e capta o oxigênio do ar. A célula a combustível converte
assim os dois elementos em água e eletricidade. Essa eletricidade move
então o motor e a água sai pelo escapamento.
BMW movido a hidrogênio: o Hydrogen 7
16.
17. Delphi
Questionário com 9 questões e mais um espaço para comentários gerais,
utilizando o serviço de pesquisas na internet da Monkey Survey.
O questionário foi enviado para:
grupo de discussão sobre a indústria automobilística na rede social
LinkedIn;
sistemistas Bosch, Magneti Marelli e Delphi;
montadoras General Motors e Volkswagen;
para professores do departamento de Engenharia Mecânica da Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo;
duas associações de engenheiros: a Associação Brasileira de Engenharia
Automotiva (AEA) e a Sociedade dos Engenheiros Automotivos (SAE
Brasil).
Em 15 dias de exposição, o questionário foi respondido por 22 especialistas.
Junto com o questionário, uma carta convite explicava os objetivos da
pesquisa.
18. Admitindo as limitações dessa pesquisa, que
ainda está em sua fase inicial, os resultados
iniciais colhidos até aqui são sugestivos para
apontar o fim do domínio do motor ciclo Otto
por volta de 2050.
Até lá, essa será um tecnologia dominante por
apresentar menor custo de produção e
desenvolvimento.
19. As novas tecnologias não terão desenvolvido a
infraestrutura adequada para abastecimento e ainda,
nos próximos anos, serão vistas muitas melhorias para
tornar o motor a combustão interna mais econômico
e menos poluente.
Tecnologias como desligar e religar o motor de forma
automática nos congestionamentos (stop/start), a
injeção direta e a diminuição de cilindrada
acompanhada de superalimentação, por meio de
turbocompressores que já equipam alguns veículos,
poderão ser vistas com mais frequência nas ruas entre
2015 e 2020.
20. Tanto o consumo, quanto a emissão de
poluentes irão ter melhoria significativa após a
introdução dessas tecnologias.
A mudança para novas formas de motorização
poderá ser motivada por vários agentes, com
especial destaque para o Governo e para a
própria indústria, seja novas montadoras ou
mesmo as atuais.
A tecnologia atual de motores parece assim
que terá um fim, mas ainda irá se aperfeiçoar
e assim resistir por mais alguns anos.
21. ANDERSON, P.; TUSHMAN, M. L. Technological discontinuities and
dominant designs: a cyclical model of technological change.
Administrative Science Quarterly, v. 35, n. 4, p.604-633, 1990.
BANDIVADEKAR, Anup et al. On the road in 2035: reducing
transportation’s Petroleum Consumption and GHG Emissions.
Report. Laboratory for Energy and the Environment. MIT: July,
2008.
FOSTER, R.N. Inovação: a vantagem do atacante. 2. ed. São Paulo:
Best Seller, 1988.
JOSEPH JUNIOR, H. Tecnologia dos veículos para atendimento ao
Proconve. Disponível em:
<http://www.automotivebusiness.com.br/EMISSOESANFAVEA_HE
NRY.pdf>. Acesso em: 02/12/2011.