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SVIÄTYM B’HASE
- A LÍNGUA DOS ELFOS –
Por W. Donadon
UMA BREVE HISTÓRIA:
A raça élfica é – há mais de milênios – conhecida por sua colossal
sabedoria. Suas técnicas em medicina, lógica, herbologia, combate, e
tantas outras vertentes de conhecimento são invejadas por muitos
povos habitantes das três dimensões divinas; muito embora cada grupo
tenha em sua própria descendência heranças particulares de seus povos,
os elfos (não avaliando aqui as divergências de alguns estudiosos quanto
aos conhecimentos e capacidades distintas de elfos de luz e trevas)
possuem com toda a clareza da afirmação o maior repertório de
conhecimentos.
Seria estupidez não colocar dentre as qualidades de tão ancestral
povo a sua língua: ferramenta a eles considerada, dentre as mais
importantes, a mais importante. Se não fosse, talvez, pela sviätym, hoje
não estariam nem na metade do percurso que já percorreram.
Eram tempos sombrios os que se passavam na era pré-b’hase. Os
elfos de luz e os de trevas viviam em constantes guerras cujas batalhas
transitavam entre os territórios de Alfheim e Svartalfheim – mundos
originários de cada raça, respectivamente. Quase novecentos anos de
luta se passaram antes que a rainha Indis, de Alfheim, e o rei Eöl, de
Svartalfheim, se reunissem perante o supremo conselho de Asgard e –
num ato de ousadia para o povo, mas de coragem para os líderes –
decidiram selar um tratado de paz.
As dessemelhanças entre ambas as sociedades ainda eram grandes
e impulsionavam os conflitos entre eles; então, como tentativa de
diminuir as razões e tentar dar o primeiro passo em direção à aliança
permanente das raças, decidiram unificar as línguas dos dois mundos
em apenas uma1
.
Foi então que surgiu a sviätym b’hase.
1
Reunião entre a rainha Indis e o rei Eöl entrou para a história élfica, nomeado
como Sacro Consenso.
O dialeto se tornou base da energia mística que impulsiona a
longevidade – que se torna quase imortalidade – élfica, assim como é
até hoje utilizada em rituais de magia antiga ou moderna avançada por
ser fonte de grande poder e concentração de energia. Infelizmente, com
a expulsão de quase noventa e cinco por cento da população élfica de
Alfheim no evento que ficou conhecido como A Grande Deserção2
, a
língua se perdeu no tempo aos que partiram da dimensão nórdica para a
grega, sendo substituída pelo idioma local.
Aos que mantém suas raízes, a sviätym continua sendo não apenas
um dialeto e fonte de poder, mas também a prova de que apesar das
grandes diferenças, dois povos antes nada amigos podem se
compreender.
2
A Grande Deserção: fato histórico em que, devido a uma batalha sangrenta
entre os ljosálfar e o svartálfar, a raça élfica de luz foi caçada e expulsa de seu lar.
Em primeira instância, muitos buscaram refúgio no plano de Jotunheim; com o
passar do tempo, dezenas de famílias migraram através do portal interdimen-
sional existente naquele plano para as Ilhas de Gaia, onde foram bem recebidos e
se estabeleceram além do Lago das Lágrimas, numa floresta que chamaram de
Morada dos Elfos – ou Erenyå, em sviätym.
ALFABETO:
A sviätym consiste em basicamente os mesmo caracteres utilizados
no alfabeto latino, com vinte e seis letras de mesma grafia, no total.
Das vinte e seis, sete são vogais. São elas:
A – E – I – O – U – W – Y
As consoantes são:
B – C – D – F – G – J – K – L – M – N – P – Q – R – S – T – V – X – Z
A exceção do alfabeto é a letra H. No sviätym b’hase, quando este
está diretamente sucedido por uma vogal, é considerado também como
uma; o mesmo se aplica caso esteja sucedido por uma consoante. Outro
detalhe importante é que tal caractere pode tanto assumir sonoridade
quanto ser diacrítico – ou seja, sem pronúncia3
.
Dentre os seis símbolos de acentuações existentes, apenas as sete
vogais chegam a receber a grafia. São eles (usando como exemplo
apenas a vogal A):
à –  – Á – À – Ä – Å
Entretanto, ainda existem exceções à regra e algumas das vogais
chegam a poder receber apenas um dentre as possibilidades listadas
acima4
.
Uma curiosidade é que o alfabeto da língua pré-b’hase possuía
apenas tipos rúnicos. A razão da troca permanece desconhecida até para
estudiosos da própria raça.
3
Mais detalhes em Fonética.
4
Mais detalhes em Acentuação.
SISTEMA NUMÉRICO:
Os caracteres numéricos do sviätym b’hase seguem a mesma regra
simples que foi utilizada durante, por exemplo, o império romano. São
somados se sucedidos por algarismos de mesmo ou menor valor,
subtraídos caso sucedam de maior. A diferença cai na grafia das cifras
que, enquanto os romanos utilizavam as próprias letras, os elfos
empregavam runas próprias.
Segue uma tabela comparativa:
Decimal Romano Élfico
1 I
5 V
10 X
50 L
100 C
500 D
1000 M
Exemplo:
Decimal Romano Élfico
4 IV
22 XXII
135 CXXXV
...CONTINUA

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Sviätym b'hase introdução

  • 1. SVIÄTYM B’HASE - A LÍNGUA DOS ELFOS – Por W. Donadon
  • 2. UMA BREVE HISTÓRIA: A raça élfica é – há mais de milênios – conhecida por sua colossal sabedoria. Suas técnicas em medicina, lógica, herbologia, combate, e tantas outras vertentes de conhecimento são invejadas por muitos povos habitantes das três dimensões divinas; muito embora cada grupo tenha em sua própria descendência heranças particulares de seus povos, os elfos (não avaliando aqui as divergências de alguns estudiosos quanto aos conhecimentos e capacidades distintas de elfos de luz e trevas) possuem com toda a clareza da afirmação o maior repertório de conhecimentos. Seria estupidez não colocar dentre as qualidades de tão ancestral povo a sua língua: ferramenta a eles considerada, dentre as mais importantes, a mais importante. Se não fosse, talvez, pela sviätym, hoje não estariam nem na metade do percurso que já percorreram. Eram tempos sombrios os que se passavam na era pré-b’hase. Os elfos de luz e os de trevas viviam em constantes guerras cujas batalhas transitavam entre os territórios de Alfheim e Svartalfheim – mundos originários de cada raça, respectivamente. Quase novecentos anos de luta se passaram antes que a rainha Indis, de Alfheim, e o rei Eöl, de Svartalfheim, se reunissem perante o supremo conselho de Asgard e – num ato de ousadia para o povo, mas de coragem para os líderes – decidiram selar um tratado de paz. As dessemelhanças entre ambas as sociedades ainda eram grandes e impulsionavam os conflitos entre eles; então, como tentativa de diminuir as razões e tentar dar o primeiro passo em direção à aliança permanente das raças, decidiram unificar as línguas dos dois mundos em apenas uma1 . Foi então que surgiu a sviätym b’hase. 1 Reunião entre a rainha Indis e o rei Eöl entrou para a história élfica, nomeado como Sacro Consenso. O dialeto se tornou base da energia mística que impulsiona a longevidade – que se torna quase imortalidade – élfica, assim como é até hoje utilizada em rituais de magia antiga ou moderna avançada por ser fonte de grande poder e concentração de energia. Infelizmente, com a expulsão de quase noventa e cinco por cento da população élfica de Alfheim no evento que ficou conhecido como A Grande Deserção2 , a língua se perdeu no tempo aos que partiram da dimensão nórdica para a grega, sendo substituída pelo idioma local. Aos que mantém suas raízes, a sviätym continua sendo não apenas um dialeto e fonte de poder, mas também a prova de que apesar das grandes diferenças, dois povos antes nada amigos podem se compreender. 2 A Grande Deserção: fato histórico em que, devido a uma batalha sangrenta entre os ljosálfar e o svartálfar, a raça élfica de luz foi caçada e expulsa de seu lar. Em primeira instância, muitos buscaram refúgio no plano de Jotunheim; com o passar do tempo, dezenas de famílias migraram através do portal interdimen- sional existente naquele plano para as Ilhas de Gaia, onde foram bem recebidos e se estabeleceram além do Lago das Lágrimas, numa floresta que chamaram de Morada dos Elfos – ou Erenyå, em sviätym.
  • 3. ALFABETO: A sviätym consiste em basicamente os mesmo caracteres utilizados no alfabeto latino, com vinte e seis letras de mesma grafia, no total. Das vinte e seis, sete são vogais. São elas: A – E – I – O – U – W – Y As consoantes são: B – C – D – F – G – J – K – L – M – N – P – Q – R – S – T – V – X – Z A exceção do alfabeto é a letra H. No sviätym b’hase, quando este está diretamente sucedido por uma vogal, é considerado também como uma; o mesmo se aplica caso esteja sucedido por uma consoante. Outro detalhe importante é que tal caractere pode tanto assumir sonoridade quanto ser diacrítico – ou seja, sem pronúncia3 . Dentre os seis símbolos de acentuações existentes, apenas as sete vogais chegam a receber a grafia. São eles (usando como exemplo apenas a vogal A): Ã – Â – Á – À – Ä – Å Entretanto, ainda existem exceções à regra e algumas das vogais chegam a poder receber apenas um dentre as possibilidades listadas acima4 . Uma curiosidade é que o alfabeto da língua pré-b’hase possuía apenas tipos rúnicos. A razão da troca permanece desconhecida até para estudiosos da própria raça. 3 Mais detalhes em Fonética. 4 Mais detalhes em Acentuação. SISTEMA NUMÉRICO: Os caracteres numéricos do sviätym b’hase seguem a mesma regra simples que foi utilizada durante, por exemplo, o império romano. São somados se sucedidos por algarismos de mesmo ou menor valor, subtraídos caso sucedam de maior. A diferença cai na grafia das cifras que, enquanto os romanos utilizavam as próprias letras, os elfos empregavam runas próprias. Segue uma tabela comparativa: Decimal Romano Élfico 1 I 5 V 10 X 50 L 100 C 500 D 1000 M Exemplo: Decimal Romano Élfico 4 IV 22 XXII 135 CXXXV ...CONTINUA