SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  16
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIABEU
ZELMA ALZARETH ALMEIDA
REVOLTA DA VACINA: OS EXCLUÍDOS DA “BELLE ÉPOQUE”
NILÓPOLIS, 2013.
ZELMA ALZARETH ALMEIDA
Revolta da vacina: Os Excluídos da Belle Époque (1904).
Projeto de pesquisa apresentado ao Departamento de História do Centro Universitário Uniabeu, como requisito para
conclusão de curso de Graduação de Licenciatura em História.
Linha de Pesquisa: História e Culturas Políticas.
Orientador: Mauro
Nilópolis
Centro Universitário Uniabeu
Departamento de História
Junho de 2013.
SUMÁRIO:
TÍTULO- --------------------------------------------------------------------------1
INTRODUÇÃO- -----------------------------------------------------------------2
DELIMITAÇÃO TEMÁTICA-----------------------------------------------2.1
REVISÃO BIBLIOGRAFICA------------------------------------------------3
JUSTIFICATIVA ----------------------------------------------------------------4
OBJETIVOS ------------------------------------------------------------------5
OBJETIVOS GERAIS------------------------------------------------------5.1
OBJETIVO ESPECÍFICO----------------------------------------------------5.2
QUADRO TEÓRICO -----------------------------------------------------------6
HIPÓTESES --------------------------------------------------------------------7
FONTES E METODOLOGIA -----------------------------------------------8
CRONOGRAMA-------------------------------------------------------------9
BIBLIOGRAFIA------------------------------------------------------------10
1-TÍTULO: Revolta da Vacina: Os Excluídos da “Belle Epoque” (Novembro,
1904).
2- INTRODUÇÃO:
O presente projeto analisa a questão dos excluídos da Belle Epoque que se revoltou
contra o governo da primeira República, apresentando-se como componente
Historiográfico determinante. A priori faz análise dos diversos fatores que levaram os
participantes da Revolta da Vacina a fazer oposição ao governo republicano de forma
tão violenta. A Revolta ocorrida entre 10 a 16 de novembro de 1904, com inúmeras
manifestações por toda a cidade do Rio de Janeiro contra a lei da obrigatoriedade da
vacina em protesto contra as medidas arbitrárias que o governo impôs a população.
Esses protestos tiveram a participação de militares insatisfeitos com o comando da
primeira República, Monarquistas, Intelectuais e Líderes Operários que deram total
apoio a população que se rebelou contra o governo republicano e sua administração.
Fazendo uma nova análise Histórica sobre as relações de poder do governo da primeira
Republica em relação á população.
2.1 DELIMITAÇÃO TEMÁTICA:
– Este projeto tem como tema central a insatisfação popular com os desmandos da nova
republica, e a forma em que o governo tratava a camada pobre da população. A maneira
excludente que o governo republicano traçava seus projetos de reurbanização e
saneamento na capital fez com que a população reagisse de forma violenta em busca de
ter os seus direitos civis resguardados dando inicio á revolta da vacina. A População do
Rio de Janeiro teve um crescimento muito grande desde tornou-se capital; essas pessoas
de diversas culturas viviam em constantes mudanças, e estavam insatisfeitas com a
forma que vinha sendo realizado o projeto de reurbanização da capital, pois o governo
priorizava a burguesia, buscando afastar a camada pobre das ruas do centro da cidade.
A Capital viria a ser uma versão da “Belle Epoque” européia, com toda pompa e luxo
para o deleite dos burgueses e europeus que aqui chegassem, o afastamento da camada
pobre das ruas do centro da cidade seria necessária para o progresso da cidade. A
população assistia a tudo sem fazer nenhuma oposição, no entanto, a partir do momento
em que tornaram obrigatória a vacinação sem nenhuma orientação prévia de como seria
a vacina, a população começou a especular que a vacina seria uma manobra do governo
para o extermínio da população pobre, hipótese levantada pelos negros que eram a
maioria da população. Á partir disso somou-se a falta de informação, junto com a falta
de respeito pelas tradições das famílias, onde eram vacinados á força, o governo agia
arbitrariamente cometendo vários excessos para que a vacina fosse aplicada. Formaram-
se grupos de opositores a republica, com militares descontentes com o governo, e alguns
intelectuais, eles começaram a incentivar o povo a se revoltar para que derrubassem o
governo republicano.
A Sublevação que foi iniciada por alguns líderes operários existentes naquela época fez
com que o povo fosse às ruas a queimar bondinhos, quebrar lojas, destruindo o
patrimônio público dando inicio a uma verdadeira guerra civil. A Polícia marinha, e
exército foi às ruas para conter os manifestantes, tendo como saldo muitos mortos e
centenas de feridos, os que foram presos eram muitas das vezes deportados para o Acre
viriam a morrer de varíola meses depois pelas condições subumanas em que viviam.
Depois de uma semana decretado estado de sítio na cidade a policia conseguiu conter os
manifestantes com as prisões e mortes dos principais agitadores. Em 16 de novembro a
lei da obrigatoriedade da vacina foi revogada, decretado estado de sitio na cidade a
polícia aproveitou a oportunidade para limpar toda a cidade, prendendo as pessoas
indiscriminadamente pelas ruas, bastava estar malvestido, não ter trabalho, ou
residência fixa para ser presos e deportados. Em dois de setembro de 1905, foram
anistiados todos os participantes da revolta, os cadetes retornaram as fileiras militares, já
os deportados para o acre esses cumpriram a missão de desaparecerem como desejava a
elite Republicana.
Aos poucos a população foi se aquietando, foram retomando suas vidas sem a
imposição do governo com a obrigatoriedade da vacinação, a vida recomeçava aos
poucos, com todo o centro da cidade remodelado para a camada rica da cidade, e os
populares se refugiando em habitações improvisadas nos morros do centro da cidade e
no subúrbio carioca, a tão conhecida exclusão social havia mais uma vez saído vitoriosa
como tem sido recorrente até os dias atuais.
3- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:
– Os autores trabalhados nesta pesquisa são: Nicolau Sevcenko, José Murilo de
Carvalho, e Sidney Chalhoub. Nicolau Sevcenko aborda de uma maneira singular a
questão política da exclusão da camada popular das reformas feitas na cidade, e de
como o governo da primeira República desejava manter a parcela pobre da cidade
afastada do grande centro, que ele iria transformar na Belle Epoque Carioca, aos moldes
europeus, com seus cafés elegantes, seus prédios suntuosos e os lindos jardins,
remodelando a paisagem do centro da cidade para o lazer da burguesia, onde nada disso
combinaria com a população pobre que vivia nos cortiços e ganhavam seu sustento
pelas ruas da cidade. Em seu livro Sevcenko relata como os populares assistiam atônitos
aos mandos e desmandos do governo da primeira república, em um dos capítulos de seu
livro que relata sobre a Revolta da Vacina Sevcenko faz seguinte análise:
A ação do governo não se fez somente contra seus alojamentos, suas roupas,
seus pertences, sua família suas relações vicinais, seu cotidiano, seus
hábitos, seus animais, suas formas de subsistência e de sobrevivência sua
cultura. Tudo, enfim, é atingido pela nova disciplina espacial, física, social,
ética e cultural imposta pelo governo reformador. Gesto oficial, autoritário,
que se fazia, ao abrigo das leis, de edição que bloqueava qualquer direito ou
garantia das pessoas atingidas. Gesto brutal, disciplinador, e discriminador,
que separava claramente o espaço do privilégio e as fronteiras da exclusão e
da opressão.1
O Autor faz uma abordagem marxista dando ênfase á reação popular contra as abusivas
formas de impor o poder do governo republicano. A Revolta da vacina se constituiu em
uma das principais demonstrações de resistência dos grupos populares do país contra a
exploração, discriminação e o tratamento excludente a que eram submetidos pela
administração pública nessa fase da história.
O Segundo autor que faço referência é José Murilo de Carvalho nos remete a questão
dos problemas políticos econômicos e sociais, que ocorreram na transição do império
para a primeira república. O autor da ênfase a intenção dos participantes da revolta em
que ela começou em nome da defesa dos direitos civis, e despertou o interesse geral,
obtendo o apoio de militares insatisfeitos que buscavam derrubar o governo,
empregados de emprego público acertando contas com as companhias, os produtores
mal pagos também fizeram o mesmo com as fábricas e todos os cidadãos acertaram suas
contas com o governo. Para José Murilo de Carvalho foi “’á revolta fragmentada de
1
SEVCENKO, Nicolau. Revolta da Vacina: Mentes Insanas em Corpos Rebeldes. S.P: Cosac Naif,
2010(pág.82).
uma sociedade fragmentada”, procurando explicar os motivos que teriam levado aos
protestos Carvalho faz a seguinte análise em seu livro:
Havia setores sociais interesses e insatisfações variadas que teriam se
articulado de forma complexa e contraditória nos eventos que conduziam à
revolta, a divisão social tinha resultado na alienação quase que completa da
população em relação ao sistema político que não lhe abria espaços; mas
havia certo tipo de pacto informal de que a população assistiria a tudo sem se
manifestar desde que o estado não interferisse na vida do cotidiano dessas
pessoas. Quando a população se vê invadida dentro desses limites ela reage
de forma violenta, por conta própria. Foi à única revolta que teve êxito
baseado nos direitos dos cidadãos de não serem tratados arbitrariamente pelo
governo.2
Outro autor que buscarei referências sobre a revolta foi Sidney Chalhoub ele apresenta
um debate sobre o que ele denomina “Ideologia da Higiene”, abordando o mundo pouco
conhecido dos cortiços e dos populares. Segundo Chalhoub os governantes da capital
desejavam por um fim nessas habitações que se concentravam no centro da cidade, e
que esses moradores eram vistos pela sociedade fluminense como malfeitores,
carregadores de vícios e perigosos para a sociedade, motivo pelo qual deviam manter-se
afastados das ruas do centro da capital do Rio de Janeiro local onde a burguesia iria
desfrutar de ares europeus desejados pela elite carioca, com a realização do projeto de
reurbanização da cidade. Chalhoub retrata diversificadas questões da época fala sobre a
febre amarela, a vacina antivariólica, sobre a cultura africana no Brasil e suas mais
variadas resistências á escravidão relacionando cada um desses tópicos com a exclusão
social na cidade do Rio de Janeiro que nos é pertinente até hoje.
Em sua obra Chalhoub toma como ponto de partida a cidade do Rio de Janeiro e a
demolição dos cortiços, passando pelas divergências entre os médicos sanitaristas e os
contaminados pela febre amarela, relatando à resistência da população negra e da
cultura africana no Brasil, e suas lutas contra a exclusão social vivida depois de 1888
quando ocorreu à abolição da escravatura. Segundo o Sidney Chalhoub o apego á
religião africana também foi fator preponderante para a resistência a vacina, Chalhoub
fez uma ampla pesquisa buscando fontes para relatar a situação em que viviam os
participantes da revolta da vacina em seu contexto político e social.
4- JUSTIFICATIVA:
2
CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados: O Rio de Janeiro e a República que não Foi. São Paulo:
Companhia das Letras,1987.
O Tema que apresento está inserido na História Política e Cultural, a abordagem que
pretendo realizar afasta-se do tradicional modelo de tratamento desta perspectiva
Histórica, assim a metodologia e o objeto de pesquisa constituem-se como componentes
de pesquisa histórica de grande relevância.
Minha contribuição para a historiografia com este projeto será trazer ao cenário
historiográfico uma nova leitura de fontes, utilizando uma nova abordagem à revolta da
vacina, dando ênfase a insatisfação popular com a política da nova República,
mostrando o quanto a revolta da vacina foi um dos episódios mais significativos do
contexto desta época, onde vários grupos da sociedade estavam em total discordância
com esta república e estando dispostos a não mais aceitar o autoritarismo dessa elite
republicana que somente visava os seus interesses próprios, foi o nascer de uma nova
sociedade que não mais aceitaria atônitos aos mandos e desmandos da política
Republicana, dando informações detalhadas e sistemáticas sobre a revolta da vacina
ocorrida em novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro.
Fazendo abordagem de maneira diferenciada aos possíveis motivos que levaram os
populares a se oporem a política da nova República, buscando descrever de forma
precisa os fatos que antecedem a revolta da vacina, e apresentando como o tema está
inserido na busca do entendimento do bloco que dividem as várias classes sociais da
nossa república.
5- 0BJETIVOS:
5.1- Objetivo Geral:
■Contribuir para os estudos historiográficos sobre a Revolta da Vacina, principalmente
sobre os estudos da repressão policial que toda a população sofreu.
5.2- objetivos específicos:
■ Compreender os motivos que levaram os grupos participantes da revolta a fazer
oposição ao governo de maneira violenta.
■ Debater os mecanismos de exclusão dos governos da primeira república, ás camadas
populares.
6- QUADRO TEÓRICO:
– pesquiso o tema Os Excluídos Da Belle Époque que está inserido na História Política
e Cultural á partir da linha de pensamento da Nova História. Também farei uso da
Corrente Marxista, abordando a luta de classes analisando a exclusão social que existiu
intensamente no momento da chamada “Belle Epoque” Carioca. Também faço uso das
Ciências Sociais sobre a perspectiva de Michael Foucault para contextualizar as
Relações de Poder entre os governantes da primeira República e a camada popular,
Fazendo análise sobre a Revolta da Vacina.
A Revolta da Vacina ocorrida no Rio de Janeiro em 1904, quinze anos após a
implantação da República e dezesseis anos depois da abolição da escravidão nos remete
a questão de que a capital da República vivia um momento de grandes mudanças
políticas e sociais.
O projeto de reurbanização do Prefeito Pereira Passos era arbitrário e a política de
saneamento de Oswaldo Cruz era opressora pela obrigatoriedade da vacina, neste
momento o regime Republicano que ainda não tinha se firmado, obteve vários grupos de
opositores ao governo, eram civis e militares que acusavam o governo de traição aos
ideais de propaganda. Em um ambiente de inúmeros conflitos e valores desrespeitados,
a adoção da vacina obrigatória contra a varíola foi o estopim para desencadear a Revolta
Urbana em que o Rio de Janeiro foi cenário.
Fazendo uso da perspectiva etnográfica da revolta da vacina descreverei os grupos que
agiram no contexto da revolta, analisando a forma repressiva que o governo buscava
para conter estes grupos.
Também faço análise da concepção de que o governo Monárquico teria sido mais
tolerante do que o Republicano no que se refere ás manifestações da Cultura Popular,
cujas implicações Políticas tiveram fator preponderante na Revolta.
Outro ponto pesquisado é de que República inaugurou uma nova ordem estrutural nas
políticas de dominação e nas relações das lutas de classes, pesquisarei também sobre a
repressão ao culto as religiões africanas, e do aburguesamento da sociedade Carioca
deste período dando destaque à questão da insatisfação do governo da Republica com os
cultos africanos.
Analiso também a questão dos africanos que depositavam total confiança pelos métodos
de cura com seus líderes religiosos, e da desconfiança que tinham em relação á vacina
desenvolvida pelos brancos, eles acreditavam que ela era um método de erradicação da
população negra da cidade, uma vez que eles eram os excluídos da então capital do Rio
de Janeiro, que no contexto desse período com o fim da escravidão no Brasil pregava o
branqueamento da cidade incentivando a chegada dos imigrantes para trabalharem em
suas fazendas, Trabalhando com a concepção de que os problemas econômicos e sociais
que ocorreram na transição da Monarquia para a República pelo qual foi precursores a
revolta da vacina.
Darei ênfase na diversidade de raças e culturas das mais variadas que viviam na então
capital do país, motivo pelo qual desencadeou a revolta. Seguirei a linha de pensamento
de alguns autores de que o inimigo não foi à vacina, e sim o governo e as suas mais
variadas formas de repressão, um governo que não respeitava os direitos individuais das
pessoas não deveria também ser respeitado.
– Finalizo meu projeto analisando o contexto Político Social deste período, fazendo uso
de visão Marxista da luta de classes visando trazer a comunidade Científica uma nova
abordagem ao tema. Minha análise será o estudo sobre as possíveis causas que levaram
os participantes da revolta a rebelar-se promovendo um acerto de contas com o Governo
Republicano. Pretendendo abordar de forma variada as diferentes motivações dos
participantes da revolta da vacina que estavam insatisfeitos com a política da nova
Republica, buscando o entendimento do bloco que dividiam as várias classes sociais
existentes daquele período, divisões estas existentes até hoje.
7- HIPÓTESES:
■A Insatisfação popular com governo Republicano, que corroborou para desencadear a
Revolta da Vacina.
■O Governo Republicano assistia apenas a elite, mantendo a exclusão dos pobres em
relação aos benefícios da Urbanização da cidade do Rio de Janeiro.
8- FONTES E METODOLOGIA:
As fontes utilizadas são Periódicos, jornais da época, artigos e teses relacionados ao
tema.
Fontes Primárias:
■Discurso de posse de Rodrigues Alves realizado em três de maio de 1903. IN: anais da
assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.
■Discurso do Senador Rui Barbosa realizado em 15 de novembro de 1904. IN: jornal do
Brasil, Rio de Janeiro, 15-11-1904.
Jornais da Época:
Jornal o Tagarela- Rio de Janeiro, 10 de março de 1904 n.107 (Fonte Arquivo da
Biblioteca Nacional)
Tagarela, Rio de Janeiro, 27 de outubro de 1904, edição n.140 (Arquivo da Biblioteca
Nacional).
Tagarela, Rio de Janeiro, 10 de novembro de 1904, n. 142(Arquivo da Biblioteca
Nacional).
O Malho, Rio de Janeiro, 29 de outubro de 1904 (Arquivo da Biblioteca Nacional).
ARTIGOS:
PORTO, Mayla Yara. Uma Revolta Popular contra a Vacinação. Ciência e Cultura-
Scielo [online] São Paulo: Janeiro/março de 2003, volume 55 nº 1.
LOPES, Miriam Bahia. Corpos Ultrajados quando a Medicina e a Caricatura se
encontram. História Ciência e Saúde- Manguinhos [online] jul/ outubro de 1999. Vol. 6
nº2, pagina: 744-748.
GAGNEBIN, Jeane Marie. A Lavagem do Rio. História Ciência e Saúde-
Manguinhos. [online]. Maio/agosto 2003, volume 10 nº2- pagina 744-748.
A Metodologia utilizada será a descritiva, trabalharemos com a releitura de artigos
relacionados á revolta da vacina fazendo análise das teses relativas ao período
pesquisado. Buscarei analisar os periódicos e jornais da época, analisando as
ocorrências policiais relativas á semana da revolta da vacina e o desfecho destas
ocorrências em documentos oficiais da policia no ano de 1904. Farei uso da pesquisa
documental dos arquivos que se encontram na Biblioteca Nacional buscando
compreender o pensamento dos Intelectuais através das charges e jornais o Malho e
Tagarela, que satirizavam constantemente o governo Republicano, buscando entender
como esses opositores articulavam-se usando o temor da população para convencê-los a
sublevação á obrigatoriedade da vacina.
9- CRONOGRAMA:
ATIVIDADES JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNO
INICIO DO
PROJETO
X
COLETA DE
FONTES
X X
CORREÇÃO
TEXTUAL
X
REDAÇÃO
FINAL
X X
ENTREGA
DO PROJETO
X
1O- BIBLIOGRAFIA:
BENCHIMOL, Jaime. A Reforma Urbana e a Revolta da Vacina no Rio de Janeiro. IN:
O Brasil Republicano: O tempo do Liberalismo Excludente, da Proclamação da
Republica a Revolução de 1930. Organizadores: Jorge Ferreira e Marilia Lucilia
Delgado. Rio de Janeiro; civilização Brasileira -2003, Volume 1.
BENCHIMOL, Jaime L. Pereira Passos: Um Hassmann Tropical. Rio de Janeiro:
Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes-Divisão de Editoração, 1992.
(Biblioteca Cultural, vol. 11).
BUENO, Eduardo. Á Sua Saúde- A Vigilância Sanitária na História do Brasil. Brasilia:
ANVISA, 2005.
BARRETO, Afonso Henrique de Lima. Diário Íntimo. S.P: Brasiliense, 1956.
CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados: O Rio de Janeiro e A República que
não Foi. São Paulo; Companhia das Letras, 1987.
CARVALHO, José Murilo de. Pontos e Bordados: Escritos de História e Política. Belo
Horizonte: UFMG, 1998.
CARVALHO, José Murilo de. A Formação das Almas: O Imaginário Político da
Primeira República no Brasil. S.P; Companhia das Letras, 1990.
CHALHOUB, Sidney. Cidade Febril: Cortiços e Epidemias na Corte Imperial. São
Paulo: Companhia das Letras. 1999.
CHALHOUB, Sidney. Trabalho, Lar e Botequim: O Cotidiano dos Trabalhadores no
Rio de Janeiro da Belle Époque. 2ª Edição S.P: Unicamp, 2001.
CARONE, Edgard. A Primeira República (1889-1930) / São Paulo: Difusão Européia
do Livro, 1969.
FAUSTO, Boris. Trabalho Urbano e Conflito Social. São Paulo: Difel, 1977.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. São Paulo: Graal, 1979.
JANOTTI, Maria de Lourdes M. Os Subversivos da República. São Paulo: Brasiliense,
1986.
MEIHY, J.C & BERTOLLI FILHO, Claudio. A Revolta da Vacina. São Paulo: Editora
Ática. 1995, (Coleção Guerras e Revoluções Brasileiras, vol.5).
PEREIRA, Leonardo Afonso de M. As Barricadas da Saúde: Vacina e Protesto Popular
no Rio de Janeiro da Primeira República. São Paulo; Editora Fundação Perseu Abramo,
2002.
ROCHA, Oswaldo Porto. A Era das Demolições: Cidade do Rio de Janeiro (1870-
1920). Rio de Janeiro, 2ª edição Biblioteca Nacional Carioca, 1995.
RIO, João do. A Alma Encantadora das Ruas. 3ª edição, Rio de Janeiro: Biblioteca
Carioca, 1995.
SEVCENKO, Nicolau. A Revolta da Vacina: Mentes Insanas em Corpos Rebeldes. São
Paulo: Cosac Naif, 2010.
SEVCENKO, Nicolau. (org.) História da Vida Privada no Brasil República: da Belle
Epoque á Era do Rádio. São Paulo Companhia das Letras; 1998.
SEVCENKO, Nicolau. Literatura como Missão: Tensões Sociais e Criação Cultural da
Primeira República. S.P: Brasiliense, 1983.

Contenu connexe

Tendances

História das favelas
História das favelasHistória das favelas
História das favelascarlsojsb
 
“Precisa-se de creada branca. Prefere-se estrangeira.”Os libertos e as relaç...
 “Precisa-se de creada branca. Prefere-se estrangeira.”Os libertos e as relaç... “Precisa-se de creada branca. Prefere-se estrangeira.”Os libertos e as relaç...
“Precisa-se de creada branca. Prefere-se estrangeira.”Os libertos e as relaç...Emerson Mathias
 
2 az grupo-meninosdavila
2 az grupo-meninosdavila2 az grupo-meninosdavila
2 az grupo-meninosdavilaclaudia murta
 
A proposta para a elaboração
A proposta para a elaboraçãoA proposta para a elaboração
A proposta para a elaboraçãoismaelgta2010
 
O Rio Civilizado - Sonhos e Pesadelos da Cidade Moderna
O Rio Civilizado  - Sonhos e Pesadelos da Cidade ModernaO Rio Civilizado  - Sonhos e Pesadelos da Cidade Moderna
O Rio Civilizado - Sonhos e Pesadelos da Cidade ModernaAdilson P Motta Motta
 
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplica
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplicaTopico resistencias e conflitos na primeira repuplica
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplicaAtividades Diversas Cláudia
 
Público 16 o regresso do povo 3.11.2012
Público 16 o regresso do povo 3.11.2012Público 16 o regresso do povo 3.11.2012
Público 16 o regresso do povo 3.11.2012Elisio Estanque
 
3° Ano - Aula 16 - 19 - Brasil República / República Velha
3° Ano - Aula 16 - 19 - Brasil República / República Velha3° Ano - Aula 16 - 19 - Brasil República / República Velha
3° Ano - Aula 16 - 19 - Brasil República / República VelhaEscola Modelo de Iguatu
 
Repressão no Campo em São Paulo
Repressão no Campo em São PauloRepressão no Campo em São Paulo
Repressão no Campo em São Paulocomissaodaverdadesp
 
Aulas nas quintas as primeiras décadas de república
Aulas nas quintas   as primeiras décadas de repúblicaAulas nas quintas   as primeiras décadas de república
Aulas nas quintas as primeiras décadas de repúblicaIsaquel Silva
 
Ana Rita Gonçalves Oliveira
Ana Rita Gonçalves OliveiraAna Rita Gonçalves Oliveira
Ana Rita Gonçalves Oliveira1103sancho
 
Sociedade e Cultura Num Mundo Em Mudança
Sociedade e Cultura Num Mundo Em MudançaSociedade e Cultura Num Mundo Em Mudança
Sociedade e Cultura Num Mundo Em MudançaCPH
 

Tendances (19)

História das favelas
História das favelasHistória das favelas
História das favelas
 
“Precisa-se de creada branca. Prefere-se estrangeira.”Os libertos e as relaç...
 “Precisa-se de creada branca. Prefere-se estrangeira.”Os libertos e as relaç... “Precisa-se de creada branca. Prefere-se estrangeira.”Os libertos e as relaç...
“Precisa-se de creada branca. Prefere-se estrangeira.”Os libertos e as relaç...
 
11 república velha iii
11 república velha iii11 república velha iii
11 república velha iii
 
Revolta da vacina
Revolta da vacinaRevolta da vacina
Revolta da vacina
 
2 az grupo-meninosdavila
2 az grupo-meninosdavila2 az grupo-meninosdavila
2 az grupo-meninosdavila
 
A proposta para a elaboração
A proposta para a elaboraçãoA proposta para a elaboração
A proposta para a elaboração
 
O Rio Civilizado - Sonhos e Pesadelos da Cidade Moderna
O Rio Civilizado  - Sonhos e Pesadelos da Cidade ModernaO Rio Civilizado  - Sonhos e Pesadelos da Cidade Moderna
O Rio Civilizado - Sonhos e Pesadelos da Cidade Moderna
 
Revolta da vacina
Revolta da vacinaRevolta da vacina
Revolta da vacina
 
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplica
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplicaTopico resistencias e conflitos na primeira repuplica
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplica
 
Brasil Republica Velha - apogeu
Brasil Republica Velha - apogeuBrasil Republica Velha - apogeu
Brasil Republica Velha - apogeu
 
Público 16 o regresso do povo 3.11.2012
Público 16 o regresso do povo 3.11.2012Público 16 o regresso do povo 3.11.2012
Público 16 o regresso do povo 3.11.2012
 
A República velha
A República velhaA República velha
A República velha
 
3° Ano - Aula 16 - 19 - Brasil República / República Velha
3° Ano - Aula 16 - 19 - Brasil República / República Velha3° Ano - Aula 16 - 19 - Brasil República / República Velha
3° Ano - Aula 16 - 19 - Brasil República / República Velha
 
Historia vol5
Historia vol5Historia vol5
Historia vol5
 
Repressão no Campo em São Paulo
Repressão no Campo em São PauloRepressão no Campo em São Paulo
Repressão no Campo em São Paulo
 
Aulas nas quintas as primeiras décadas de república
Aulas nas quintas   as primeiras décadas de repúblicaAulas nas quintas   as primeiras décadas de república
Aulas nas quintas as primeiras décadas de república
 
Ana Rita Gonçalves Oliveira
Ana Rita Gonçalves OliveiraAna Rita Gonçalves Oliveira
Ana Rita Gonçalves Oliveira
 
Linha 29 imigrantes x caboclos
Linha 29 imigrantes x caboclosLinha 29 imigrantes x caboclos
Linha 29 imigrantes x caboclos
 
Sociedade e Cultura Num Mundo Em Mudança
Sociedade e Cultura Num Mundo Em MudançaSociedade e Cultura Num Mundo Em Mudança
Sociedade e Cultura Num Mundo Em Mudança
 

Similaire à Tcc

Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01
Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01
Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01wladimir1aguiar
 
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplica
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplicaTopico resistencias e conflitos na primeira repuplica
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplicaAtividades Diversas Cláudia
 
A revolta da vacina nicolau sevcenko- LIVRO PDF
A revolta da vacina  nicolau sevcenko- LIVRO PDFA revolta da vacina  nicolau sevcenko- LIVRO PDF
A revolta da vacina nicolau sevcenko- LIVRO PDFELIAS OMEGA
 
Revolta da vacina.PRODUZIDO POR ZELMA ALZARETH ALMEIDA.
Revolta da vacina.PRODUZIDO POR ZELMA ALZARETH ALMEIDA.Revolta da vacina.PRODUZIDO POR ZELMA ALZARETH ALMEIDA.
Revolta da vacina.PRODUZIDO POR ZELMA ALZARETH ALMEIDA.Zelma Alzareth Almeida
 
UFF 2010 discursiva com gabarito
UFF 2010 discursiva com gabaritoUFF 2010 discursiva com gabarito
UFF 2010 discursiva com gabaritocursohistoria
 
Mesa Redonda Arquivo, Memória e Ditadura - Edição 2013
Mesa Redonda Arquivo, Memória e Ditadura - Edição 2013Mesa Redonda Arquivo, Memória e Ditadura - Edição 2013
Mesa Redonda Arquivo, Memória e Ditadura - Edição 2013Arquivista.org
 
Paper - As Transformações do cenário...
Paper - As Transformações do cenário...Paper - As Transformações do cenário...
Paper - As Transformações do cenário...Emerson Mathias
 
Revolta da vacina
Revolta da vacinaRevolta da vacina
Revolta da vacinaMJPBO
 
A REVOLTA DA VACINA - BRASIL III.doc
A REVOLTA DA VACINA - BRASIL III.docA REVOLTA DA VACINA - BRASIL III.doc
A REVOLTA DA VACINA - BRASIL III.docGabrielAzevedodeOliv1
 
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)Jorge Marcos Oliveira
 
O projeto estético e ideológico do modernismo brasileiro
O projeto estético e ideológico do modernismo brasileiroO projeto estético e ideológico do modernismo brasileiro
O projeto estético e ideológico do modernismo brasileiroPaulo Konzen
 
Revolta da vacina
Revolta da vacinaRevolta da vacina
Revolta da vacinapoxalivs
 
Revolta da vacina
Revolta da vacinaRevolta da vacina
Revolta da vacinaMJPBO
 

Similaire à Tcc (20)

Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01
Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01
Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01
 
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplica
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplicaTopico resistencias e conflitos na primeira repuplica
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplica
 
Os movimentos urbanos e o movimento operário na república oligárquica
Os movimentos urbanos e o movimento operário na república oligárquicaOs movimentos urbanos e o movimento operário na república oligárquica
Os movimentos urbanos e o movimento operário na república oligárquica
 
A revolta da vacina nicolau sevcenko- LIVRO PDF
A revolta da vacina  nicolau sevcenko- LIVRO PDFA revolta da vacina  nicolau sevcenko- LIVRO PDF
A revolta da vacina nicolau sevcenko- LIVRO PDF
 
Revolta da vacina.PRODUZIDO POR ZELMA ALZARETH ALMEIDA.
Revolta da vacina.PRODUZIDO POR ZELMA ALZARETH ALMEIDA.Revolta da vacina.PRODUZIDO POR ZELMA ALZARETH ALMEIDA.
Revolta da vacina.PRODUZIDO POR ZELMA ALZARETH ALMEIDA.
 
Movimentos sociais
Movimentos sociaisMovimentos sociais
Movimentos sociais
 
Movimentos sociais
Movimentos sociaisMovimentos sociais
Movimentos sociais
 
UFF 2010 discursiva com gabarito
UFF 2010 discursiva com gabaritoUFF 2010 discursiva com gabarito
UFF 2010 discursiva com gabarito
 
Mesa Redonda Arquivo, Memória e Ditadura - Edição 2013
Mesa Redonda Arquivo, Memória e Ditadura - Edição 2013Mesa Redonda Arquivo, Memória e Ditadura - Edição 2013
Mesa Redonda Arquivo, Memória e Ditadura - Edição 2013
 
Paper - As Transformações do cenário...
Paper - As Transformações do cenário...Paper - As Transformações do cenário...
Paper - As Transformações do cenário...
 
Modernidade.pdf
Modernidade.pdfModernidade.pdf
Modernidade.pdf
 
Brasil: República Oligárquica (estruturas e questões sociais e políticas)
Brasil: República Oligárquica   (estruturas e questões sociais e políticas)Brasil: República Oligárquica   (estruturas e questões sociais e políticas)
Brasil: República Oligárquica (estruturas e questões sociais e políticas)
 
Revolta da vacina
Revolta da vacinaRevolta da vacina
Revolta da vacina
 
A REVOLTA DA VACINA - BRASIL III.doc
A REVOLTA DA VACINA - BRASIL III.docA REVOLTA DA VACINA - BRASIL III.doc
A REVOLTA DA VACINA - BRASIL III.doc
 
Revisão Geral Ciências Humanas
Revisão Geral Ciências Humanas Revisão Geral Ciências Humanas
Revisão Geral Ciências Humanas
 
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
 
O projeto estético e ideológico do modernismo brasileiro
O projeto estético e ideológico do modernismo brasileiroO projeto estético e ideológico do modernismo brasileiro
O projeto estético e ideológico do modernismo brasileiro
 
Revolta da vacina
Revolta da vacinaRevolta da vacina
Revolta da vacina
 
Revolta da vacina
Revolta da vacinaRevolta da vacina
Revolta da vacina
 
3ª-SÉRIE-ENEM-1
3ª-SÉRIE-ENEM-13ª-SÉRIE-ENEM-1
3ª-SÉRIE-ENEM-1
 

Plus de Zelma Alzareth Almeida (10)

Revolução Cubana
 Revolução Cubana Revolução Cubana
Revolução Cubana
 
O ludismo e o cartismo.
O ludismo e o cartismo.O ludismo e o cartismo.
O ludismo e o cartismo.
 
Trabalhismo e getulismo
Trabalhismo e getulismoTrabalhismo e getulismo
Trabalhismo e getulismo
 
Plano de aula, revolução cubana
Plano de aula, revolução cubanaPlano de aula, revolução cubana
Plano de aula, revolução cubana
 
Cartismo
CartismoCartismo
Cartismo
 
Resenha
ResenhaResenha
Resenha
 
Ditadura na américa latina
Ditadura na américa latinaDitadura na américa latina
Ditadura na américa latina
 
Colégio futuro vip
Colégio futuro vipColégio futuro vip
Colégio futuro vip
 
Nova resenha de zelma
Nova resenha de zelmaNova resenha de zelma
Nova resenha de zelma
 
Trabalho história da áfrica
Trabalho história da áfricaTrabalho história da áfrica
Trabalho história da áfrica
 

Dernier

Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxLeonardoGabriel65
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUAO PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUAJulianeMelo17
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxandrenespoli3
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxFlviaGomes64
 

Dernier (20)

Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUAO PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 

Tcc

  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIABEU ZELMA ALZARETH ALMEIDA REVOLTA DA VACINA: OS EXCLUÍDOS DA “BELLE ÉPOQUE” NILÓPOLIS, 2013.
  • 2. ZELMA ALZARETH ALMEIDA Revolta da vacina: Os Excluídos da Belle Époque (1904). Projeto de pesquisa apresentado ao Departamento de História do Centro Universitário Uniabeu, como requisito para conclusão de curso de Graduação de Licenciatura em História. Linha de Pesquisa: História e Culturas Políticas. Orientador: Mauro Nilópolis Centro Universitário Uniabeu Departamento de História Junho de 2013.
  • 3. SUMÁRIO: TÍTULO- --------------------------------------------------------------------------1 INTRODUÇÃO- -----------------------------------------------------------------2 DELIMITAÇÃO TEMÁTICA-----------------------------------------------2.1 REVISÃO BIBLIOGRAFICA------------------------------------------------3 JUSTIFICATIVA ----------------------------------------------------------------4 OBJETIVOS ------------------------------------------------------------------5 OBJETIVOS GERAIS------------------------------------------------------5.1 OBJETIVO ESPECÍFICO----------------------------------------------------5.2 QUADRO TEÓRICO -----------------------------------------------------------6 HIPÓTESES --------------------------------------------------------------------7 FONTES E METODOLOGIA -----------------------------------------------8 CRONOGRAMA-------------------------------------------------------------9 BIBLIOGRAFIA------------------------------------------------------------10
  • 4. 1-TÍTULO: Revolta da Vacina: Os Excluídos da “Belle Epoque” (Novembro, 1904). 2- INTRODUÇÃO: O presente projeto analisa a questão dos excluídos da Belle Epoque que se revoltou contra o governo da primeira República, apresentando-se como componente Historiográfico determinante. A priori faz análise dos diversos fatores que levaram os participantes da Revolta da Vacina a fazer oposição ao governo republicano de forma tão violenta. A Revolta ocorrida entre 10 a 16 de novembro de 1904, com inúmeras manifestações por toda a cidade do Rio de Janeiro contra a lei da obrigatoriedade da vacina em protesto contra as medidas arbitrárias que o governo impôs a população. Esses protestos tiveram a participação de militares insatisfeitos com o comando da primeira República, Monarquistas, Intelectuais e Líderes Operários que deram total apoio a população que se rebelou contra o governo republicano e sua administração. Fazendo uma nova análise Histórica sobre as relações de poder do governo da primeira Republica em relação á população. 2.1 DELIMITAÇÃO TEMÁTICA: – Este projeto tem como tema central a insatisfação popular com os desmandos da nova republica, e a forma em que o governo tratava a camada pobre da população. A maneira excludente que o governo republicano traçava seus projetos de reurbanização e saneamento na capital fez com que a população reagisse de forma violenta em busca de ter os seus direitos civis resguardados dando inicio á revolta da vacina. A População do Rio de Janeiro teve um crescimento muito grande desde tornou-se capital; essas pessoas de diversas culturas viviam em constantes mudanças, e estavam insatisfeitas com a forma que vinha sendo realizado o projeto de reurbanização da capital, pois o governo priorizava a burguesia, buscando afastar a camada pobre das ruas do centro da cidade. A Capital viria a ser uma versão da “Belle Epoque” européia, com toda pompa e luxo para o deleite dos burgueses e europeus que aqui chegassem, o afastamento da camada pobre das ruas do centro da cidade seria necessária para o progresso da cidade. A população assistia a tudo sem fazer nenhuma oposição, no entanto, a partir do momento em que tornaram obrigatória a vacinação sem nenhuma orientação prévia de como seria a vacina, a população começou a especular que a vacina seria uma manobra do governo para o extermínio da população pobre, hipótese levantada pelos negros que eram a
  • 5. maioria da população. Á partir disso somou-se a falta de informação, junto com a falta de respeito pelas tradições das famílias, onde eram vacinados á força, o governo agia arbitrariamente cometendo vários excessos para que a vacina fosse aplicada. Formaram- se grupos de opositores a republica, com militares descontentes com o governo, e alguns intelectuais, eles começaram a incentivar o povo a se revoltar para que derrubassem o governo republicano. A Sublevação que foi iniciada por alguns líderes operários existentes naquela época fez com que o povo fosse às ruas a queimar bondinhos, quebrar lojas, destruindo o patrimônio público dando inicio a uma verdadeira guerra civil. A Polícia marinha, e exército foi às ruas para conter os manifestantes, tendo como saldo muitos mortos e centenas de feridos, os que foram presos eram muitas das vezes deportados para o Acre viriam a morrer de varíola meses depois pelas condições subumanas em que viviam. Depois de uma semana decretado estado de sítio na cidade a policia conseguiu conter os manifestantes com as prisões e mortes dos principais agitadores. Em 16 de novembro a lei da obrigatoriedade da vacina foi revogada, decretado estado de sitio na cidade a polícia aproveitou a oportunidade para limpar toda a cidade, prendendo as pessoas indiscriminadamente pelas ruas, bastava estar malvestido, não ter trabalho, ou residência fixa para ser presos e deportados. Em dois de setembro de 1905, foram anistiados todos os participantes da revolta, os cadetes retornaram as fileiras militares, já os deportados para o acre esses cumpriram a missão de desaparecerem como desejava a elite Republicana. Aos poucos a população foi se aquietando, foram retomando suas vidas sem a imposição do governo com a obrigatoriedade da vacinação, a vida recomeçava aos poucos, com todo o centro da cidade remodelado para a camada rica da cidade, e os populares se refugiando em habitações improvisadas nos morros do centro da cidade e no subúrbio carioca, a tão conhecida exclusão social havia mais uma vez saído vitoriosa como tem sido recorrente até os dias atuais.
  • 6. 3- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: – Os autores trabalhados nesta pesquisa são: Nicolau Sevcenko, José Murilo de Carvalho, e Sidney Chalhoub. Nicolau Sevcenko aborda de uma maneira singular a questão política da exclusão da camada popular das reformas feitas na cidade, e de como o governo da primeira República desejava manter a parcela pobre da cidade afastada do grande centro, que ele iria transformar na Belle Epoque Carioca, aos moldes europeus, com seus cafés elegantes, seus prédios suntuosos e os lindos jardins, remodelando a paisagem do centro da cidade para o lazer da burguesia, onde nada disso combinaria com a população pobre que vivia nos cortiços e ganhavam seu sustento pelas ruas da cidade. Em seu livro Sevcenko relata como os populares assistiam atônitos aos mandos e desmandos do governo da primeira república, em um dos capítulos de seu livro que relata sobre a Revolta da Vacina Sevcenko faz seguinte análise: A ação do governo não se fez somente contra seus alojamentos, suas roupas, seus pertences, sua família suas relações vicinais, seu cotidiano, seus hábitos, seus animais, suas formas de subsistência e de sobrevivência sua cultura. Tudo, enfim, é atingido pela nova disciplina espacial, física, social, ética e cultural imposta pelo governo reformador. Gesto oficial, autoritário, que se fazia, ao abrigo das leis, de edição que bloqueava qualquer direito ou garantia das pessoas atingidas. Gesto brutal, disciplinador, e discriminador, que separava claramente o espaço do privilégio e as fronteiras da exclusão e da opressão.1 O Autor faz uma abordagem marxista dando ênfase á reação popular contra as abusivas formas de impor o poder do governo republicano. A Revolta da vacina se constituiu em uma das principais demonstrações de resistência dos grupos populares do país contra a exploração, discriminação e o tratamento excludente a que eram submetidos pela administração pública nessa fase da história. O Segundo autor que faço referência é José Murilo de Carvalho nos remete a questão dos problemas políticos econômicos e sociais, que ocorreram na transição do império para a primeira república. O autor da ênfase a intenção dos participantes da revolta em que ela começou em nome da defesa dos direitos civis, e despertou o interesse geral, obtendo o apoio de militares insatisfeitos que buscavam derrubar o governo, empregados de emprego público acertando contas com as companhias, os produtores mal pagos também fizeram o mesmo com as fábricas e todos os cidadãos acertaram suas contas com o governo. Para José Murilo de Carvalho foi “’á revolta fragmentada de 1 SEVCENKO, Nicolau. Revolta da Vacina: Mentes Insanas em Corpos Rebeldes. S.P: Cosac Naif, 2010(pág.82).
  • 7. uma sociedade fragmentada”, procurando explicar os motivos que teriam levado aos protestos Carvalho faz a seguinte análise em seu livro: Havia setores sociais interesses e insatisfações variadas que teriam se articulado de forma complexa e contraditória nos eventos que conduziam à revolta, a divisão social tinha resultado na alienação quase que completa da população em relação ao sistema político que não lhe abria espaços; mas havia certo tipo de pacto informal de que a população assistiria a tudo sem se manifestar desde que o estado não interferisse na vida do cotidiano dessas pessoas. Quando a população se vê invadida dentro desses limites ela reage de forma violenta, por conta própria. Foi à única revolta que teve êxito baseado nos direitos dos cidadãos de não serem tratados arbitrariamente pelo governo.2 Outro autor que buscarei referências sobre a revolta foi Sidney Chalhoub ele apresenta um debate sobre o que ele denomina “Ideologia da Higiene”, abordando o mundo pouco conhecido dos cortiços e dos populares. Segundo Chalhoub os governantes da capital desejavam por um fim nessas habitações que se concentravam no centro da cidade, e que esses moradores eram vistos pela sociedade fluminense como malfeitores, carregadores de vícios e perigosos para a sociedade, motivo pelo qual deviam manter-se afastados das ruas do centro da capital do Rio de Janeiro local onde a burguesia iria desfrutar de ares europeus desejados pela elite carioca, com a realização do projeto de reurbanização da cidade. Chalhoub retrata diversificadas questões da época fala sobre a febre amarela, a vacina antivariólica, sobre a cultura africana no Brasil e suas mais variadas resistências á escravidão relacionando cada um desses tópicos com a exclusão social na cidade do Rio de Janeiro que nos é pertinente até hoje. Em sua obra Chalhoub toma como ponto de partida a cidade do Rio de Janeiro e a demolição dos cortiços, passando pelas divergências entre os médicos sanitaristas e os contaminados pela febre amarela, relatando à resistência da população negra e da cultura africana no Brasil, e suas lutas contra a exclusão social vivida depois de 1888 quando ocorreu à abolição da escravatura. Segundo o Sidney Chalhoub o apego á religião africana também foi fator preponderante para a resistência a vacina, Chalhoub fez uma ampla pesquisa buscando fontes para relatar a situação em que viviam os participantes da revolta da vacina em seu contexto político e social. 4- JUSTIFICATIVA: 2 CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados: O Rio de Janeiro e a República que não Foi. São Paulo: Companhia das Letras,1987.
  • 8. O Tema que apresento está inserido na História Política e Cultural, a abordagem que pretendo realizar afasta-se do tradicional modelo de tratamento desta perspectiva Histórica, assim a metodologia e o objeto de pesquisa constituem-se como componentes de pesquisa histórica de grande relevância. Minha contribuição para a historiografia com este projeto será trazer ao cenário historiográfico uma nova leitura de fontes, utilizando uma nova abordagem à revolta da vacina, dando ênfase a insatisfação popular com a política da nova República, mostrando o quanto a revolta da vacina foi um dos episódios mais significativos do contexto desta época, onde vários grupos da sociedade estavam em total discordância com esta república e estando dispostos a não mais aceitar o autoritarismo dessa elite republicana que somente visava os seus interesses próprios, foi o nascer de uma nova sociedade que não mais aceitaria atônitos aos mandos e desmandos da política Republicana, dando informações detalhadas e sistemáticas sobre a revolta da vacina ocorrida em novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro. Fazendo abordagem de maneira diferenciada aos possíveis motivos que levaram os populares a se oporem a política da nova República, buscando descrever de forma precisa os fatos que antecedem a revolta da vacina, e apresentando como o tema está inserido na busca do entendimento do bloco que dividem as várias classes sociais da nossa república.
  • 9. 5- 0BJETIVOS: 5.1- Objetivo Geral: ■Contribuir para os estudos historiográficos sobre a Revolta da Vacina, principalmente sobre os estudos da repressão policial que toda a população sofreu. 5.2- objetivos específicos: ■ Compreender os motivos que levaram os grupos participantes da revolta a fazer oposição ao governo de maneira violenta. ■ Debater os mecanismos de exclusão dos governos da primeira república, ás camadas populares.
  • 10. 6- QUADRO TEÓRICO: – pesquiso o tema Os Excluídos Da Belle Époque que está inserido na História Política e Cultural á partir da linha de pensamento da Nova História. Também farei uso da Corrente Marxista, abordando a luta de classes analisando a exclusão social que existiu intensamente no momento da chamada “Belle Epoque” Carioca. Também faço uso das Ciências Sociais sobre a perspectiva de Michael Foucault para contextualizar as Relações de Poder entre os governantes da primeira República e a camada popular, Fazendo análise sobre a Revolta da Vacina. A Revolta da Vacina ocorrida no Rio de Janeiro em 1904, quinze anos após a implantação da República e dezesseis anos depois da abolição da escravidão nos remete a questão de que a capital da República vivia um momento de grandes mudanças políticas e sociais. O projeto de reurbanização do Prefeito Pereira Passos era arbitrário e a política de saneamento de Oswaldo Cruz era opressora pela obrigatoriedade da vacina, neste momento o regime Republicano que ainda não tinha se firmado, obteve vários grupos de opositores ao governo, eram civis e militares que acusavam o governo de traição aos ideais de propaganda. Em um ambiente de inúmeros conflitos e valores desrespeitados, a adoção da vacina obrigatória contra a varíola foi o estopim para desencadear a Revolta Urbana em que o Rio de Janeiro foi cenário. Fazendo uso da perspectiva etnográfica da revolta da vacina descreverei os grupos que agiram no contexto da revolta, analisando a forma repressiva que o governo buscava para conter estes grupos. Também faço análise da concepção de que o governo Monárquico teria sido mais tolerante do que o Republicano no que se refere ás manifestações da Cultura Popular, cujas implicações Políticas tiveram fator preponderante na Revolta. Outro ponto pesquisado é de que República inaugurou uma nova ordem estrutural nas políticas de dominação e nas relações das lutas de classes, pesquisarei também sobre a repressão ao culto as religiões africanas, e do aburguesamento da sociedade Carioca deste período dando destaque à questão da insatisfação do governo da Republica com os cultos africanos. Analiso também a questão dos africanos que depositavam total confiança pelos métodos de cura com seus líderes religiosos, e da desconfiança que tinham em relação á vacina desenvolvida pelos brancos, eles acreditavam que ela era um método de erradicação da
  • 11. população negra da cidade, uma vez que eles eram os excluídos da então capital do Rio de Janeiro, que no contexto desse período com o fim da escravidão no Brasil pregava o branqueamento da cidade incentivando a chegada dos imigrantes para trabalharem em suas fazendas, Trabalhando com a concepção de que os problemas econômicos e sociais que ocorreram na transição da Monarquia para a República pelo qual foi precursores a revolta da vacina. Darei ênfase na diversidade de raças e culturas das mais variadas que viviam na então capital do país, motivo pelo qual desencadeou a revolta. Seguirei a linha de pensamento de alguns autores de que o inimigo não foi à vacina, e sim o governo e as suas mais variadas formas de repressão, um governo que não respeitava os direitos individuais das pessoas não deveria também ser respeitado. – Finalizo meu projeto analisando o contexto Político Social deste período, fazendo uso de visão Marxista da luta de classes visando trazer a comunidade Científica uma nova abordagem ao tema. Minha análise será o estudo sobre as possíveis causas que levaram os participantes da revolta a rebelar-se promovendo um acerto de contas com o Governo Republicano. Pretendendo abordar de forma variada as diferentes motivações dos participantes da revolta da vacina que estavam insatisfeitos com a política da nova Republica, buscando o entendimento do bloco que dividiam as várias classes sociais existentes daquele período, divisões estas existentes até hoje.
  • 12. 7- HIPÓTESES: ■A Insatisfação popular com governo Republicano, que corroborou para desencadear a Revolta da Vacina. ■O Governo Republicano assistia apenas a elite, mantendo a exclusão dos pobres em relação aos benefícios da Urbanização da cidade do Rio de Janeiro.
  • 13. 8- FONTES E METODOLOGIA: As fontes utilizadas são Periódicos, jornais da época, artigos e teses relacionados ao tema. Fontes Primárias: ■Discurso de posse de Rodrigues Alves realizado em três de maio de 1903. IN: anais da assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. ■Discurso do Senador Rui Barbosa realizado em 15 de novembro de 1904. IN: jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 15-11-1904. Jornais da Época: Jornal o Tagarela- Rio de Janeiro, 10 de março de 1904 n.107 (Fonte Arquivo da Biblioteca Nacional) Tagarela, Rio de Janeiro, 27 de outubro de 1904, edição n.140 (Arquivo da Biblioteca Nacional). Tagarela, Rio de Janeiro, 10 de novembro de 1904, n. 142(Arquivo da Biblioteca Nacional). O Malho, Rio de Janeiro, 29 de outubro de 1904 (Arquivo da Biblioteca Nacional). ARTIGOS: PORTO, Mayla Yara. Uma Revolta Popular contra a Vacinação. Ciência e Cultura- Scielo [online] São Paulo: Janeiro/março de 2003, volume 55 nº 1. LOPES, Miriam Bahia. Corpos Ultrajados quando a Medicina e a Caricatura se encontram. História Ciência e Saúde- Manguinhos [online] jul/ outubro de 1999. Vol. 6 nº2, pagina: 744-748. GAGNEBIN, Jeane Marie. A Lavagem do Rio. História Ciência e Saúde- Manguinhos. [online]. Maio/agosto 2003, volume 10 nº2- pagina 744-748. A Metodologia utilizada será a descritiva, trabalharemos com a releitura de artigos relacionados á revolta da vacina fazendo análise das teses relativas ao período pesquisado. Buscarei analisar os periódicos e jornais da época, analisando as ocorrências policiais relativas á semana da revolta da vacina e o desfecho destas ocorrências em documentos oficiais da policia no ano de 1904. Farei uso da pesquisa documental dos arquivos que se encontram na Biblioteca Nacional buscando compreender o pensamento dos Intelectuais através das charges e jornais o Malho e Tagarela, que satirizavam constantemente o governo Republicano, buscando entender como esses opositores articulavam-se usando o temor da população para convencê-los a sublevação á obrigatoriedade da vacina.
  • 14. 9- CRONOGRAMA: ATIVIDADES JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNO INICIO DO PROJETO X COLETA DE FONTES X X CORREÇÃO TEXTUAL X REDAÇÃO FINAL X X ENTREGA DO PROJETO X 1O- BIBLIOGRAFIA:
  • 15. BENCHIMOL, Jaime. A Reforma Urbana e a Revolta da Vacina no Rio de Janeiro. IN: O Brasil Republicano: O tempo do Liberalismo Excludente, da Proclamação da Republica a Revolução de 1930. Organizadores: Jorge Ferreira e Marilia Lucilia Delgado. Rio de Janeiro; civilização Brasileira -2003, Volume 1. BENCHIMOL, Jaime L. Pereira Passos: Um Hassmann Tropical. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes-Divisão de Editoração, 1992. (Biblioteca Cultural, vol. 11). BUENO, Eduardo. Á Sua Saúde- A Vigilância Sanitária na História do Brasil. Brasilia: ANVISA, 2005. BARRETO, Afonso Henrique de Lima. Diário Íntimo. S.P: Brasiliense, 1956. CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados: O Rio de Janeiro e A República que não Foi. São Paulo; Companhia das Letras, 1987. CARVALHO, José Murilo de. Pontos e Bordados: Escritos de História e Política. Belo Horizonte: UFMG, 1998. CARVALHO, José Murilo de. A Formação das Almas: O Imaginário Político da Primeira República no Brasil. S.P; Companhia das Letras, 1990. CHALHOUB, Sidney. Cidade Febril: Cortiços e Epidemias na Corte Imperial. São Paulo: Companhia das Letras. 1999. CHALHOUB, Sidney. Trabalho, Lar e Botequim: O Cotidiano dos Trabalhadores no Rio de Janeiro da Belle Époque. 2ª Edição S.P: Unicamp, 2001. CARONE, Edgard. A Primeira República (1889-1930) / São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1969. FAUSTO, Boris. Trabalho Urbano e Conflito Social. São Paulo: Difel, 1977. FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. São Paulo: Graal, 1979. JANOTTI, Maria de Lourdes M. Os Subversivos da República. São Paulo: Brasiliense, 1986.
  • 16. MEIHY, J.C & BERTOLLI FILHO, Claudio. A Revolta da Vacina. São Paulo: Editora Ática. 1995, (Coleção Guerras e Revoluções Brasileiras, vol.5). PEREIRA, Leonardo Afonso de M. As Barricadas da Saúde: Vacina e Protesto Popular no Rio de Janeiro da Primeira República. São Paulo; Editora Fundação Perseu Abramo, 2002. ROCHA, Oswaldo Porto. A Era das Demolições: Cidade do Rio de Janeiro (1870- 1920). Rio de Janeiro, 2ª edição Biblioteca Nacional Carioca, 1995. RIO, João do. A Alma Encantadora das Ruas. 3ª edição, Rio de Janeiro: Biblioteca Carioca, 1995. SEVCENKO, Nicolau. A Revolta da Vacina: Mentes Insanas em Corpos Rebeldes. São Paulo: Cosac Naif, 2010. SEVCENKO, Nicolau. (org.) História da Vida Privada no Brasil República: da Belle Epoque á Era do Rádio. São Paulo Companhia das Letras; 1998. SEVCENKO, Nicolau. Literatura como Missão: Tensões Sociais e Criação Cultural da Primeira República. S.P: Brasiliense, 1983.