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Chapeuzinho Vermelho
ontem hoje e sempre
Hazel Terry
“El verdadero viaje de descubrimiento no
consiste en buscar nuevos paisajes, sino en
tener nuevos ojos.”
Marcel Proust
Studio Tour, 2011
“Um conto de fadas é acima de tudo uma obra de arte.”
Goethe
“Contar um conto de fadas com uma finalidade específica que não seja a
de enriquecer a experiência da criança transforma-o num conto
admonitório, numa fábula, ou em alguma experiência didática que, na
melhor das hipóteses, fala à mente consciente da criança, ao passo que um
dos grandes méritos desta literatura é atingir diretamente o inconsciente
da criança.”
Bruno Bettleheim
Chapeuzinho de Perrault (1697)
Parece que muitos adultos acham melhor amedrontar as crianças para que elas se
comportem bem do que aliviar suas ansiedades.
Isso poderia explicar a escolha de Perrault ao terminar sua história com a vitória do lobo.
Assim, é destituída de escape, recuperação e consolo. Não é, para Bettelheim, um conto
de fadas, e sim uma história admonitória (que ensina com delicadeza) que ameaça
deliberadamente a criança com seu final produtor de ansiedade.
Chapeuzinho de Perrault
(1697)
O valor dos Contos de Fada para a criança é destruído se alguém detalha os significados.
Perrault faz pior - reelabora-os. Todos os bons Contos de Fada têm significados em
muitos níveis; só a criança pode saber quais significados são importantes para ela no
momento. À medida que cresce, a criança descobre novos aspectos destes Contos bem
conhecidos, e isso lhe dá a convicção de que realmente amadureceu em compreensão,
já que a mesma história agora revela tantas coisas novas para ela.
Bruno Bettelheim
Chapeuzinho Vermelho e João e Maria debruçam-se sob
a mesma ameaça: a criança ser devorada
Kveta Pacovska
Hazel Terry
“Podemos dizer que os personagens de contos de fadas são ‘bons
para pensar com’ [e que] o trabalho do conto de fadas é mostrar
que Por que? questões não podem ser respondidas com exceção de
uma única maneira: por contar as histórias. A história não contém a
resposta, é a resposta.”
Brian Wicker
https://youtu.be/RU0hRK-AoFI
Caperucita Roja
Presento una versión sin texto del cuento clásico Caperucita Roja. La ilustración se convierte en la
única herramienta para contar la historia, fomentando la interpretación del lector, ya sea niño o
adulto. El cuento no se agota, cada lectura supone una nueva versión de Caperucita Roja.
Adolfo Serra
versões que transgridem
por quê utilizá-las?
Joanna Concejo
Marjolaine Leray
Laura Bernardi
as infindáveis Chapeuzinho
modos de contar
Adolfo Serra
Kveta Pacovska
Susanne Janssen
Barroux
Benjamin Lacombe
Fabu
Veronika Kopeckova
modos de ler
Diane e Christyan Fox
Marjolaine Leray
Lynn e David Roberts
A escolha da versão depende do
que o mediador deseja provocar
com aquela leitura. Hoje, as
imagens costumam ser as
grandes definidoras de
propósitos, uma vez que os textos
podem ser os mesmos, já
conhecidos por longos séculos.
a mesma cena com
intencionalidades distintas
Por que ler Chapeuzinho
Vermelho?
bastante coloridos mas com tons
distintos… com ou sem maniqueísmo?
Maria Jesus RiveroNIcolas Gouny
ChapeuzinhoVermelho
para várias idades
Quando a espreita é mais assustadora que o
lobo, não seria hora de retomar a história
sob outras bases?
Podemos pensar em camadas da história:
1. Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Mau
2. Chapeuzinho Vermelho e o Mal
…
Chaperon Rouge
https://youtu.be/Z2QvhAC4cmM
“O medo não é tão difícil de entender. Nada mudou desde que
Chapeuzinho Vermelho enfrentou o lobo mau. O que nos assusta,
hoje, é exatamente o mesmo tipo de coisa que nos assustou
ontem. É apenas um lobo diferente. O complexo de medo está
enraizado em cada indivíduo.”
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EDUX Chapeuzinho Vermelho Ontem, Hoje, Sempre

  • 1. Chapeuzinho Vermelho ontem hoje e sempre Hazel Terry
  • 2. “El verdadero viaje de descubrimiento no consiste en buscar nuevos paisajes, sino en tener nuevos ojos.” Marcel Proust
  • 4. “Um conto de fadas é acima de tudo uma obra de arte.” Goethe “Contar um conto de fadas com uma finalidade específica que não seja a de enriquecer a experiência da criança transforma-o num conto admonitório, numa fábula, ou em alguma experiência didática que, na melhor das hipóteses, fala à mente consciente da criança, ao passo que um dos grandes méritos desta literatura é atingir diretamente o inconsciente da criança.” Bruno Bettleheim
  • 5. Chapeuzinho de Perrault (1697) Parece que muitos adultos acham melhor amedrontar as crianças para que elas se comportem bem do que aliviar suas ansiedades. Isso poderia explicar a escolha de Perrault ao terminar sua história com a vitória do lobo. Assim, é destituída de escape, recuperação e consolo. Não é, para Bettelheim, um conto de fadas, e sim uma história admonitória (que ensina com delicadeza) que ameaça deliberadamente a criança com seu final produtor de ansiedade.
  • 6. Chapeuzinho de Perrault (1697) O valor dos Contos de Fada para a criança é destruído se alguém detalha os significados. Perrault faz pior - reelabora-os. Todos os bons Contos de Fada têm significados em muitos níveis; só a criança pode saber quais significados são importantes para ela no momento. À medida que cresce, a criança descobre novos aspectos destes Contos bem conhecidos, e isso lhe dá a convicção de que realmente amadureceu em compreensão, já que a mesma história agora revela tantas coisas novas para ela. Bruno Bettelheim
  • 7. Chapeuzinho Vermelho e João e Maria debruçam-se sob a mesma ameaça: a criança ser devorada Kveta Pacovska
  • 9. “Podemos dizer que os personagens de contos de fadas são ‘bons para pensar com’ [e que] o trabalho do conto de fadas é mostrar que Por que? questões não podem ser respondidas com exceção de uma única maneira: por contar as histórias. A história não contém a resposta, é a resposta.” Brian Wicker
  • 11. Presento una versión sin texto del cuento clásico Caperucita Roja. La ilustración se convierte en la única herramienta para contar la historia, fomentando la interpretación del lector, ya sea niño o adulto. El cuento no se agota, cada lectura supone una nueva versión de Caperucita Roja. Adolfo Serra
  • 12. versões que transgridem por quê utilizá-las?
  • 14. as infindáveis Chapeuzinho modos de contar Adolfo Serra Kveta Pacovska Susanne Janssen Barroux Benjamin Lacombe Fabu Veronika Kopeckova modos de ler Diane e Christyan Fox Marjolaine Leray Lynn e David Roberts
  • 15. A escolha da versão depende do que o mediador deseja provocar com aquela leitura. Hoje, as imagens costumam ser as grandes definidoras de propósitos, uma vez que os textos podem ser os mesmos, já conhecidos por longos séculos.
  • 16. a mesma cena com intencionalidades distintas Por que ler Chapeuzinho Vermelho?
  • 17. bastante coloridos mas com tons distintos… com ou sem maniqueísmo? Maria Jesus RiveroNIcolas Gouny
  • 18. ChapeuzinhoVermelho para várias idades Quando a espreita é mais assustadora que o lobo, não seria hora de retomar a história sob outras bases? Podemos pensar em camadas da história: 1. Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Mau 2. Chapeuzinho Vermelho e o Mal …
  • 20. “O medo não é tão difícil de entender. Nada mudou desde que Chapeuzinho Vermelho enfrentou o lobo mau. O que nos assusta, hoje, é exatamente o mesmo tipo de coisa que nos assustou ontem. É apenas um lobo diferente. O complexo de medo está enraizado em cada indivíduo.” Alfred Hitchcock
  • 21. Chapeuzinho Vermelho sempre Cabe ou não a discussão para bem além da pequena infância? Amy Blackwell