3. - Podias fazer o favor de me dizer para onde devo
ir a partir de agora? [perguntou Alice]
- Isso depende muito de para onde é que queres
ir – disse o gato.
- Não me importa muito onde…- respondeu
Alice.
- Então também não importa por onde vás –
disse o Gato.
- …desde que chegue a algum lado – explicou
Alice.
- Oh, com certeza que chegas – disse o Gato –
se andares o suficiente.
Alice no Pais das Maravilhas
4. “Processo ativo no qual os sujeitos estabelecem os
objetivos que norteiam a sua aprendizagem tentando
monitorizar, regular e controlar as suas cognições,
motivação e comportamentos com o intuito de os
alcançar “ (Rosário, 2004, p.37).
Enfatiza a autonomia e responsabilidade dos alunos na
condução do seu projeto de aprendizagem.
O ensino de estratégias é considerado uma das
chaves principais na promoção da aprendizagem
auto-regulada (Zimmerman, 1998).
5. É possível e desejável, ensinar estratégias de
aprendizagem que capacitem os alunos para saber
como aprender, contudo, tal não é suficiente para
incrementar a qualidade das suas aprendizagens.
Alunos tem que querer aplicar esses ensinamentos
estratégicos na prática.
Conhecer é fundamental para mudar, mas não é
suficiente. Por estes motivos, ensinar o “conhecer” e o
“querer”, para que caminhem lado a lado é uma
condição para que avancemos na direcção do
“Aprender” (Rosário & Almeida, 2005).
6. Os alunos auto-reguladores da sua aprendizagem
têm de conhecer as estratégias de aprendizagem
que lhes facilitem a tarefa de aprender, mas também
de querer ser aprendizes efectivos (Rosário, Simão,
Chaleta & Grácio, 2005).
A tarefa dos educadores, orienta-se no sentido de
incentivar os alunos a assumirem a responsabilidade
pelo seu aprender.
7. Os professores por mais empenhados que estejam
no processo educativo, não podem sozinhos
colmatar as (in)competências dos alunos. É
necessária a ajuda dos próprios e dos seus
encarregados de educação. Para promover o
sucesso escolar é necessário um esforço
concertado de todos os agentes educativos
(Rosário, Simão, Chaleta & Grácio, 2005).
9. Promover a motivação para o estudo;
Estabelecer e realizar tarefas de forma rotineira
mantendo a mesma metodologia de trabalho;
Dar pistas ao aluno para que inicie o trabalho e
preparar o início do trabalho de forma progressiva
(ex. daqui a cinco minutos vamos começar a
estudar!);
Estas pistas e indicações devem passar
paulatinamente do adulto para o aluno;
ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A ATENÇÃO E
CONCENTRAÇÃO
10. Planear o estudo a desenvolver:
Verificar os conteúdos a estudar e os conceitos a
reter (ex. verificar objectivos de aprendizagem
definidos pelo professor ou apresentados no início de
cada capítulo do manual);
Definir objectivos específicos para a sessão de
estudo;
Explicitar objectivos e finalidades do trabalho a
desenvolver;
ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A ATENÇÃO E A
CONCENTRAÇÃO
11. ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A ATENÇÃO E A
CONCENTRAÇÃO
Planear o estudo a desenvolver:
Planificar o trabalho a desenvolver, sinalizando o
número e tipo de tarefas que o aluno irá
executar;
Construir listas de verificação para que o aluno se
organize, antecipando o trabalho a desenvolver
e verificando a sua execução.
Utilizar um relógio como apoio à regulação do
trabalho;
Estabelecer limites precisos para terminar as tarefas.
12. Assumir uma postura activa nas aulas e estudo (ex.
tirar apontamentos, questionar-se sobre o significado
da matéria estudada, comparar informação com
conhecimentos anteriores, fazer resumos, etc.).
Fazer perguntas a si próprio para manter o interesse e
curiosidade no tema estudado.
Eliminar distractores (visuais, auditivos e cinestésicos)
do ambiente de estudo.
Organizar o material e a área de trabalho,
mantendo-a livre de materiais desnecessários.
ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A ATENÇÃO E A
CONCENTRAÇÃO
13. Garantir as condições ambientais adequadas ao
estudo: luz, temperatura, mobiliário, ventilação, etc.
Garantir a presença de todos os materiais
necessários ao estudo para evitar quebras nos
períodos de concentração para ir buscar materiais;
Colocar na mesa de trabalho um sinal sinalizador
para manutenção da atenção.
ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A ATENÇÃO E A
CONCENTRAÇÃO
14. Controlar
pensamentos
parasitas/
distractores:
•Estar vigilante e reconhecer que
se está pensar noutros temas que
não a matéria a estudar;
•Dar auto-instruções: “Vou deixar
de pensar nisto, agora vou
estudar!”
•Fazer questões orientadoras: “O
que estava a estudar? onde é
que eu ia? O que vou estudar
agora?”;
•Levantar-se ou fazer algum
movimento para “expulsar” o
pensamento.
ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A ATENÇÃO E A
CONCENTRAÇÃO
15. Dividir o tempo de estudo em períodos mais
pequenos, fazendo intervalos regulares.
Alternar o estudo de matérias fáceis com o estudo de
matérias mais difíceis para o aluno.
Alternar actividades paradas com actividades mais
activas.
Dividir as tarefas complexas em tarefas mais
pequenas.
ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A ATENÇÃO E A
CONCENTRAÇÃO
16. Estudar em períodos do dia em que o aluno está mais
desperto e menos cansado.
Utilizar material de suporte visual como complemento
do estudo (ex. esquemas e desenhos/gravuras).
Mudar de tarefa apenas quando a primeira está
concluída. Evitar mudar constantemente de
tarefa/actividade.
Reforçar positivamente a finalização das tarefas e os
todos os comportamentos adequados.
ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A ATENÇÃO E A
CONCENTRAÇÃO
17. Para uma boa memorização são condições
essenciais:
A convicção de que se é capaz, ou seja, a
autoconfiança, a par da motivação.
A realização de revisões periódicas da matéria.
A utilização de estratégias adequadas para a
realização do estudo.
ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A
MEMORIZAÇÃO
18. Há que reter um princípio muito importante: a
organização da informação deve ser feita de uma
forma o mais pessoal possível, de modo a que faça
sentido para o aluno!
É essencial para que o aluno consiga fixar bem e para
poder evocar mais tarde com facilidade. Assim,
precisamos sempre de relacionar os nossos novos
conhecimentos com os anteriores e outras
experiências. Essa organização será mais eficaz se
resultar de um trabalho pessoal.
ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A
MEMORIZAÇÃO
19. Fases de estudo de um texto e estratégias
FASE COMO?
Pré-leitura
Examinar todo o tema rapidamente para saber
como está organizado:
Transformar o título numa questão
Observar títulos e subtítulos existentes
Observar mapas, diagramas, gráficos, etc.
Fazer uma leitura rápida de todo o tema, lição
ou capítulo, sem paragens de nenhum tipo
Procurar no dicionário no vocabulário que não
se conhece para haver uma melhor
compreensão.
ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER UMA LEITURA EFICAZ
20. FASE COMO
LeituraAnalítica
Antes de começar a ler:
Perguntar à medida que se vai lendo:
Porque é que o professor quer que eu leia este
texto;
Que passos devo seguir na sua leitura
A partir da informação fornecida por desenhos,
gráficos, títulos e subtítulos, qual será o tema do
texto?
Se houver uma lista de questões, tentar responder.
Enquanto está a ler:
Colocar questões sobre os conteúdos do texto;
LER cada parágrafo de forma mais profunda e
sistemática;
Concentração nos pontos principais;
Sublinhar o mais importante em cada parágrafo à
medida que se vai lendo;
21. FASE Como
Pós-Leitura
Esquematizar o que foi sublinhado:
Evitar as palavras acessórias e desnecessárias;
Ser o mais breve e conciso possível;
Distinguir as ideias mais importantes das
complementares;
RESUMIR
Para resumir é importante:
Compreender o texto que se leu;
Seleccionar as ideias principais e acessórias;
Hierarquizar a informação obtida;
Escrever as ideias identificadas como as mais
importantes em pequenas frases ou por tópicos;
Dar um carácter pessoal ao que se escreve de
modo ser mais facilmente retido;
REVER periodicamente os esquemas, as notas e os
resumos.
22. Dimensão que influencia de forma contínua o processo de
ensino-aprendizagem, cuja dinâmica se explica, em
função do seguinte conjunto de finalidades:
Do conhecimento que cada aluno possuiu acerca
dos objectivos que orientam as actividades
propostas;
Do significado que se atribui a esses objectivos e a
essas actividades;
Das crenças e expectativas que se possui
relativamente às possibilidades de sucesso no
desempenho dessas actividades;
Do grau de controlo que se exerce, ou julga poder
exercer, a este nível.
MOTIVAÇÃO
23. 1. Porque é que alguns alunos enfrentam as tarefas de
aprendizagem com entusiasmo e outros não?
Existe um conflito entre a luta pelo sucesso e o
evitamento do insucesso;
A esperança do aluno e a antecipação do orgulho
sentido face a resultados positivos encorajam os alunos
a orientarem-se para o estudo;
MOTIVAÇÃO
24. MOTIVAÇÃO
No entanto, a antecipação dos sentimentos de
vergonha e humilhação (fracasso) conduzem os
alunos a evitar as situações em que percepcionam
insucesso.
Assim, as expectativas positivas face ao
desempenho escolar são uma variável
determinante na motivação.
25. 2. Como é que os alunos interpretam os resultados que
obtêm e lhes atribuem significado?
Os alunos tentam compreender as razões ou causas
que estão na origem dos seus resultados escolares.
A forma como eles percebem as causas dos seus
sucessos ou insucessos é o factor decisivo na escolha e
envolvimento das tarefas.
Os alunos podem atribuir as causas dos resultados a
factores internos (ex. a capacidade, sentido de
responsabilidade, expectativas, significado da
tarefa para o sujeito) ou externos (ex. grau de
dificuldade da tarefa).
MOTIVAÇÃO
26. Podem também atribuir os resultados a causas
instáveis (como a sorte, o que produz alterações nas
expectativas, elevando-as ou baixando-as), ou a causas
estáveis (como a dificuldade na disciplina, o que tende a
manter o nível das expectativas).
O aluno pode ainda classificar as causas como
controláveis ou incontroláveis em função da percepção
do domínio dos acontecimentos, o que está relacionado
com emoções como a pena, raiva, gratidão ou
vergonha.
A atribuição do sucesso a causas internas, estáveis e
controláveis é preditora de um envolvimento futuro
positivo.
MOTIVAÇÃO
27. 3. Porque é que os alunos por vezes referem/pensam
que não se querem esforçar em determinada matéria
ou disciplina?
A preocupação prioritária dos alunos é a procura de
aceitação própria.
Os alunos preferem atribuições ao esforço do que à
capacidade (face ao insucesso), para não ferir o seu
ego.
MOTIVAÇÃO
28. A percepção da capacidade depende muitas vezes
da competência exibida para alcançar o sucesso.
Por isso, muitos alunos confundem capacidade com
valor próprio.
Objectivo final dos alunos é assegurar um
autoconceito académico positivo, e em algumas
ocasiões, podem manipular as suas atribuições
causais (pergunta 2).
A atribuição dos êxitos a causas internas e dos
fracassos a causas externas, desempenha uma
função de autoprotecção.
MOTIVAÇÃO
29. MOTIVAÇÃO
O esforço pode representar uma ameaça para os
alunos, pois:
Um esforço intenso associado ao fracasso
constitui uma atribuição à ausência de
capacidade, o que pode danificar o
sentimento de valor pessoal.
Desta forma, é preferível não investir na tarefa
para não se confrontar com o fracasso!
30. 4. Quais são os objectivos académicos dos
alunos?
Objectivos referem-se à finalidade ou propósito do
comportamento;
Desempenham uma função organizadora do
comportamento, dirigindo-o e monitorizando-o para a
obtenção de fins desejados.
Na ausência de objectivos o aluno é improdutivo e
comporta-se ao sabor dos acontecimentos, sem
auto-direcção ou regulação interna.
Os alunos têm diferentes objectivos nas situações de
ensino/aprendizagem.
MOTIVAÇÃO
31. 5. Porque é que o meu filho, por vezes, acha que não
é capaz?
Os alunos fazem avaliações pessoais acerca das suas
capacidades (inteligência, habilidades,
conhecimentos), que são as percepções de
competência em determinada área (ex. “sou muito
bom a Matemática, mas péssimo a línguas.”).
Esta percepção vai evoluindo cimentada nos
resultados mais ou menos positivos, que indicam a
medida da sua capacidade relativamente a uma
determinada tarefa ou área de conhecimento.
MOTIVAÇÃO
32. Esta percepção de competência para realizar uma
determinada tarefa com sucesso no nível
pretendido, não é alimentada do exterior, mas sim
em função das aspirações do aluno.
Assim, a diferença entre o que o aluno gostaria de
atingir e os resultados obtidos podem conduzir a
percepções de incapacidade, nem sempre reais.
MOTIVAÇÃO
33. Ter objectivos definidos
Os objectivos devem ser pensados a curto (o que
pretende saber no final da sessão de estudo) e a
longo prazo (que nota quer tirar no final do
período). É importante definir tudo ao pormenor,
inclusive, por exemplo, aquilo que o aluno vai
estudar naquele dia.
Estabelecer Objectivos CRAva
Os objectivos estabelecidos devem ser Concretos,
Realizáveis e Avaliáveis.
ESTRATÉGIAS MOTIVACIONAIS
34. As sessões de estudo devem ter aproximadamente
40 minutos para os mais novos e 50 para os mais
velhos. Os intervalos não devem exceder os 10
minutos;
Exemplo de Reforços motivadores:
Reforço social - é fornecido através da atenção,
feedback, a aprovação, contingentes aos
comportamentos positivos do aluno;
Recompensas imediatas - Para manter a atenção no
estudo, por vezes é preciso auto-recompensar-se.
ESTRATÉGIAS MOTIVACIONAIS
35. Exemplo de reforços motivadores (cont.)
Sistema de créditos
É uma técnica de gestão de comportamento que
visa aumentar comportamentos apropriados.
Os créditos podem ser atribuídos com as notas
obtidas, e/ou no final do período (ou do ano) ou
dos comportamentos adoptados pelo aluno. É
atribuído um prémio previamente estabelecido.
Prémio pode ser um objecto, um privilégio ou uma
tarefa agradável.
ESTRATÉGIAS MOTIVACIONAIS
38. Constrói-se um conjunto de razões para aprender e
escolhe-se um reportório de estratégias de
aprendizagem com o intuito de alcançar os objec-
tivos estabelecidos.
É o pensar no que queremos fazer e preparar um
plano para saber quando e como o faremos.
Em consequência, os alunos analisam a tarefa,
avaliando os seus recursos pessoais e ambientais, e
cogitam um plano que os conduza do projectado
ao realizado.
PLANIFICAÇÃO
39. EXECUÇÃO
O Objectivo é colocar o plano estabelecido em
prática.
Implementação de um conjunto de estratégias de
aprendizagem ao serviço das tarefas.
Torna-se também essencial o controlo e
monitorização da sua eficácia tendo em vista as
metas propostas.
40. AVALIAÇÃO
O que se pretende é julgar se as tarefas de
aprendizagem estão a acontecer como o previsto e a
produzir os resultados esperados.
Feito através da analise da relação entre o produto e
as metas estabelecidas, equacionando os porquês.
Os resultados desta fase alimentam a planificação de
novas tarefas reiniciando assim o ciclo de auto-
regulação.
41. PREPARAR O ESTUDO: PLANIFICAÇÃO
Planificar o trabalho poupa energia conseguindo
produzir mais e melhor com menos esforço.
Antes de iniciar qualquer tipo de abordagem aos
processos de estudo, é importante destacar o papel
do auto-conhecimento do aluno.
Para um estudo bem sucedido, o aluno precisa,
antes de mais conhecer-se como estudante,
perceber aquilo que faz bem ou mal. Conhecer
quais as melhores estratégias para o seu estudo.
42. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE CASA
Horário de estudo semanal - o acto de elaborar um
horário constitui por si só, um importante passo
educativo em que o aluno reflecte sobre o seu plano
de actividades e se procura organizar (inclui
actividades diárias como comer, dormir, actividades
extracurriculares, etc.). Depois de experimentado o
horário deve ser revisto e reestruturado nos aspectos
menos conseguidos.
Criar um plano de estudos diário – dentro do horário,
antes de estudar, pensar no que vai ser feito nesse dia,
através de, por exemplo, listas CAF (Coisas A Fazer).
43. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE CASA
Ter em atenção a marcação dos testes e
desenvolver um plano de estudo de acordo com o
mesmo (adaptar o horário em épocas de testes).
Preparar tudo o que é necessário antes de começar
a estudar é o primeiro passo. Interromper o estudo
para procurar material que falta (livros, cadernos,
etc.) irá quebrar a concentração e
consequentemente o rendimento no estudo.
Afastar de distractores – motivar o aluno a retirar todo
o material que possa ser motivo de distracção
durante o estudo: telemóvel, jornais, revistas,
televisão, etc.
44. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE CASA
Criação de rotinas -– é fundamental para que o
aluno se organize e gira melhor o seu tempo, para
que crie hábitos de estudo regulares.
Criação de um local e de condições adequadas
para o estudo: ambiente de estudo, condições físicas
e psicológicas.
Boa gestão do tempo de televisão (TV) e do
computador (PC).
45. ESTUDAR: EXECUÇÃO
Tirar apontamentos
O que são apontamentos?
Os apontamentos são registos que se elaboram durante
as aulas ou apresentações, onde ficam elencadas as
ideias principais das temáticas abordadas.
Para tirar bons apontamentos é necessário que os alunos
saibam seleccionar a informação que lhes convém reter
ao longo de uma aula, logo, devem saber distinguir as
ideias principais das complementares. Em cada aula, o
aluno deve assumir uma postura activa.
46. ESTUDAR: EXECUÇÃO
A escrita literal de tudo o que é dito na aula, sem
compreensão da informação transmitida é, na
maioria dos casos, uma perda de tempo.
Como tirar bons apontamentos?
Ter o material em condições
Caneta para escrever e uma suplente para se
esta falhar.
Cadernos ou folhas com divisórias por
disciplina.
Caneta de cor para realçar títulos e palavras-
chave.
47. ESTUDAR: EXECUÇÃO
Utilizar bem o material
Lição aberta com a indicação da data da aula.
Indicação do tema e capítulo da aula – os
apontamentos devem ser claros e as matérias
referidas sem confusão.
Deve ser deixado espaço entre as informações
anotadas para facilitar a leitura e possibilitar
eventuais acrescentos de matéria. A boa
apresentação torna os apontamentos mais
atractivos e fáceis de estudar.
48. ESTUDAR: EXECUÇÃO
Os apontamentos devem ser breves, claros
e bem organizados!
Distinção clara entre ideias principais e ideias
secundárias: os apontamentos devem focar as
ideias principais de determinada temática,
evitando repetições.
Devem ser anotados os pontos para os quais o
professor chama mais a atenção .
A informação recebida deve ser compreendida
antes de ser escrita.
O aluno deve tentar escrever o conteúdo
lido/ouvido pelas suas próprias palavras.
49. ESTUDAR: EXECUÇÃO
Os apontamentos devem ser breves, claros
e bem organizados!
O aluno deve procurar resumir tudo o que for
possível sem modificar o seu significado.
Devem ser escritos com a melhor caligrafia
possível. As abreviaturas podem ser uma ajuda
para uma escrita mais célere e legível.
Acompanhados de desenhos ou esquemas que
o professor elabora no quadro para apoiar na
visualização da matéria.
utilizar realces de cor para destacar o mais
importante.
50. ESTUDAR: EXECUÇÃO
O que conseguimos com os bons apontamentos?
Se os apontamentos forem bem realizados:
O aluno poderá ter confiança neles quando for
estudar.
Serão mais atractivos e o aluno poderá relembrá-los
mais facilmente.
Poderão favorecer uma imagem positiva do seu
trabalho, por parte do professor.
O aluno ficará orgulhoso do trabalho por si
desenvolvido.
O aluno estará mais concentrado durante as aulas e
prestará mais atenção para entender tudo o que se
vai explicando.
51. ESTUDAR: EXECUÇÃO
Tirar notas
As notas são o resultado escrito do processamento da
informação que ouvimos ou lemos. Quando tiramos
notas de um texto escrito devemos:
Ler o texto completo para termos uma ideia geral
do assunto e compreendermos a sua estrutura.
Ler o texto por partes e em cada uma:
Sublinhar ou destacar as palavras ou frases
mais importantes.
Escrever notas na margem com os
conceitos chave.
Utilizar setas a partir da margem para
indicar conceitos ou definições importantes.
52. ESTUDAR: EXECUÇÃO
Resumos
O que é um resumo?
Resumir significa concentrar tudo num pequeno
espaço.
Implica fazer escolhas, seleccionar primeiro as
ideias principais e do muito retirar apenas o
essencial, reescrevendo os conteúdos essenciais
com as suas próprias palavras.
Como fazer um resumo:
Ser breve – colocar apenas o essencial e evitar
repetição de ideias. O sublinhado do texto é o
primeiro passo para esta selecção de informação.
53. ESTUDAR: EXECUÇÃO
Como fazer um resumo?
Ser claro - compreender a matéria para distinguir
cada uma das ideias do tema estudado e
seleccionar apenas o essencial. Utilizar títulos e
subtítulos para distinguir os temas.
Estabelecer hierarquias - dar maior importância às
ideias principais. Utilizar símbolos (quadros, setas,
cores, …) para destacar o prioritário do secundário.
Garantir integridade – o resumo deve conter todas
as ideias essenciais da matéria.
54. ESTUDAR: EXECUÇÃO
Nota: Para elaborar um resumo devem ser tidas
em conta 5 fases
Fase 1: Transformar o título numa questão;
Fase 2: Sublinhar as ideias principais;
Fase 3: Parafrasear: a utilização das próprias
palavras requer pensamento activo, estimulando a
aprendizagem;
Fase 4: Sequenciar as ideias parafraseadas e os
sublinhados;
Fase 5: Reproduzir a informação por escrito.
55. ESTUDAR: EXECUÇÃO
Esquemas
O que são esquemas?
O esquema é uma representação da
informação através de palavras/ conceitos chave.
Como fazer esquemas?
O esquema deve ser perfeitamente estruturado
e hierarquizado, permitindo que se identifique, à
primeira vista, o que é mais importante.
Devem ser apresentados apenas os conceitos
chave de uma temática.
Devem permitir a visualização das relações entre
os conceitos chave do tema.
56. ESTUDAR: EXECUÇÃO
Realização de testes
Fazem parte do processo de ensino-aprendizagem
e estão inseridos nas diversas actividades do
quotidiano escolar.
Não devem constituir um motivo de particular
ansiedade para os alunos.
Estes devem ser encarados como um desafio, ou
como uma oportunidade de avaliar a evolução das
aprendizagens.
57. ESTUDAR: EXECUÇÃO
Preparação para os testes
1. Identificar os conteúdos sobre os quais o teste vai
incidir.
2. Determinar o volume de trabalho e planear o
estudo de acordo com o tempo disponível.
3. Verificar se estão disponíveis e acessíveis todos os
materiais necessários para o estudo.
4. Rever a matéria, atendendo especialmente às
ideias principais (cf. sublinhados, notas, resumos,
esquemas) e aos assuntos assinalados pelo aluno
durante o estudo como sendo de maior dificuldade
para si.
58. ESTUDAR: EXECUÇÃO
Preparação para os testes
5. Repetir os exercícios mais difíceis ou, pelo menos,
seguir as etapas que levaram à sua resolução.
6. Se necessário, clarificar alguns pontos da matéria
em recursos complementares (ex. dicionário,
enciclopédia, gramática, …).
7. Esclarecer possíveis dúvidas com professor ou com
colegas.
59. ESTUDAR: EXECUÇÃO
Na véspera do teste
Fazer uma revisão geral da matéria dando
particular atenção aos pontos em que o aluno tem
mais dificuldade (e menos aos pontos que domina).
Preparar todo o material necessário para o teste.
Dormir o número de horas suficiente.
60. ESTUDAR: EXECUÇÃO
No dia do teste
Dormir o número de horas suficiente;
Estar confiante, ciente das suas capacidades e
trabalho desenvolvido.
Ter a consciência de que se trabalhou o suficiente
para um bom resultado.
Ter presente que é natural a sensação de ter
esquecido tudo. Assim que se começa a ler o
enunciado, a memória activa-se.
Evitar conversas geradoras de ansiedade antes do
teste.
61. ESTUDAR: EXECUÇÃO
Na Realização do teste
Chegar atempadamente à sala.
Colocar o material necessário em cima da mesa.
Manter-se confiante.
Se necessário, respirar profundamente para aliviar a
tensão.
Ouvir as instruções prévias do professor.
Preencher o cabeçalho.
Ler todo o enunciado do teste – permite gerir o
tempo disponível de acordo com o tipo e a
complexidade das perguntas. Devem ser previstos
uns minutos para a revisão final.
62. ESTUDAR: EXECUÇÃO
Realização do teste
Manter a concentração, afastando pensamentos
distractores.
Ler cada pergunta pelos menos duas vezes antes
de responder e sublinhar as palavras mais
importantes.
O aluno deve assegurar-se de que percebe o que
lhe é pedido. Deve conhecer as diferentes palavras
que requerem diferentes tipos de resposta (analisar,
avaliar, definir, comentar, descrever, etc.).
Responder primeiro às questões que o aluno
considera mais fáceis (em que sente mais seguro ou
que recorda melhor).
63. ESTUDAR: EXECUÇÃO
Realização do teste
Fazer um breve plano mental da resposta antes de
escrever (pensar na resposta no seu formato escrito);
Procurar escrever de forma legível, evitando riscar ou
utilizar demasiado corrector.
Avançar as perguntas a que não sabe responder,
assinalando o que deixa por fazer para tentar
responder mais tarde.
Se não se conseguir dar a resposta completa a uma
questão, escrever o que se sabe, sem se desviar do
assunto.
Deixar um espaço em branco no final das respostas,
caso seja necessário acrescentar algo.
64. ESTUDAR: EXECUÇÃO
No final do teste
Rever o teste com atenção e fazer as correcções
necessárias.
Verificar se todas as perguntas foram respondidas.
Se alguma pergunta não foi respondida por não se
lembrar; do assunto, procurar fazê-lo nesta altura.
65. É a experiência subjectiva que os alunos têm da sua
ansiedade que determina o seu aparecimento,
duração, intensidade e qualidade.
Quando os alunos sentem as situações como
ameaçadoras, podem sentir-se vulneráveis, ou seja,
acreditar que lhes faltam competências para lidar
com a ameaça e activar processos fisiológicos
associados à ansiedade: aumento do ritmo cardíaco,
sudação, tremor, etc.
O desconforto emocional deriva assim da avaliação
cognitiva que o aluno faz da situação e não da
situação em si.
66. Como controlar a ansiedade?
Reconhecer o estado de ansiedade e os seus motivos
é o primeiro passo para que o aluno o possa
controlar.
Respiração e relaxamento muscular – existem
exercícios de relaxamento que podem ajudar a
reduzir os sintomas fisiológicos de ansiedade. A
respiração diafragmática é útil e fácil de aplicar:
inspirar colocando a barriga para dentro, expirar
colocando a barriga para fora! Este tipo de
estratégias podem ajudar o aluno a desenvolver o
autocontrole.
67. Como controlar a ansiedade?
A prática de exercício físico regular pode ser uma
boa ajuda para promover o bem-estar físico e
psicológico e libertar o aluno de preocupações e
obsessões relacionadas com o estudo.
Modelagem – se o adulto adoptar uma postura
calma e tranquila servirá de modelo ao aluno e este
tenderá a reproduzir o modelo que observa.
68. ANSIEDADE
Como controlar a ansiedade?
Imagem positiva
A imagem positiva constrói-se com base em
experiências agradáveis, de sucesso e com
consequências positivas.
É importante elogiar o aluno pelo trabalho
desenvolvido, centrando a aprovação na forma
como desenvolve o seu estudo (processo)e
menos nos resultados.
69. Como controlar a ansiedade?
Imagem positiva
A associação de actividades agradáveis a um
bom desempenho escolar poderá ser também
uma boa forma de reforçar positivamente o
trabalho desenvolvido pelo aluno (ex. ir ao
cinema).
É importante ensinar o aluno a estabelecer
reforços para si próprio, de acordo com o
cumprimento de objectivos pessoais que podem
passar, por exemplo, pela concretização do plano
de estudo diário.
70. REVER PARA MELHORAR: AVALIAÇÃO
Tem lugar quando o aluno analisa a relação entre o
resultado da sua aprendizagem e os objectivos
estabelecidos para si próprios.
De um modo geral, podemos dizer que a avaliação,
em qualquer situação, se deve orientar para dois
aspectos:
Revisão de dados: esforços e iniciativa dos alunos
para reverem informações ou para se prepararem
para uma aula ou exercício escrito.
Administração de auto-consequências:
imaginação ou concretização de recompensas
ou sanções face aos resultados.
71. AVALIAÇÃO DE CONTEÚDOS
Leitura dos sublinhados.
Elaboração de questões sobre a matéria - desta
forma, espera-se que tome consciência dos aspectos
ainda a necessitar de consolidação e irá dirigir a sua
atenção para aspectos concretos, dando sentido ao
processo de revisão.
Auto-questionamento constante.
Anotação das dúvidas e o recurso aos materiais
escolares, pais, Internet ou outros para o seu
esclarecimento.
72. AVALIAÇÃO DE CONTEÚDOS
Saliente-se que num aluno com baixa auto-regulação
ou menos autónomo, os pais podem e devem ter uma
influência duplamente importante:
Podem funcionar como modelos neste processo
de avaliação da matéria, verbalizando junto do
aluno os passos/pensamentos inerentes a um
processo de avaliação;
Poderão ser eles a questionar os alunos sobre a
matéria, oralmente ou através de perguntas
escritas, à semelhança de um teste. Este processo
deverá ser tão mais próximo tanto quanto a
capacidade de auto-regulação do aluno for
menor.
73. AVALIAÇÃO DE OBJECTIVOS
Horário de estudo
Para que este seja eficaz no estudo do aluno
deverá ser alvo de uma avaliação, no sentido de
se saber se estão a ser cumpridas as tarefas nos
tempos previstos.
Por isso, o aluno deverá questionar se: o meu
horário inclui todas as actividades e tarefas
previstas? O horário é cumprido? Em caso
negativo, porque razão? É irrealista? Está bem
organizado, mas não é cumprido por falta de
concentração e empenho na tarefa? E, uma vez
encontradas as razões, qual o novo perfil de
horário?
74. AVALIAÇÃO DE OBJECTIVOS
Avaliação da sessão de estudo
Também este aspecto deve ser avaliado para que o
aluno tome consciência da sua eficácia ou não.
Assim, poderá colocar questões como as seguintes:
estou a cumprir o tempo de estudo definido para
cada disciplina? Se não, o que está a interferir? Falta
de motivação? Estímulos distractores? Quais são e
como os posso eliminar? O local de estudo não é o
mais adequado?
O aluno poderá mesmo atribuir uma pontuação de
1 a 5, dependendo da proximidade da avaliação
que fez da sessão de estudo ao plano traçado
inicialmente.
75. Quer-me assim, por favor
Não me dês tudo o que peço. Às vezes só peço para
ver até quanto posso colher.
Não me grites. Respeito-te menos quando o fazes, e
ensinas-me a gritar a mim também, e eu não quero
fazê-lo.
Não me dês sempre ordens. Se às vezes me pedisses as
coisas, eu as faria mais rapidamente e com mais gosto.
Cumpre as promessas, boas ou más. Se me prometes
um prémio, dá-mo; mas também se é um castigo.
76. Não me compares com ninguém, especialmente da
família. Se tu me apresentas melhor que os outros,
alguém vai sofrer; se me apresentas pior que os outros,
serei eu quem sofre.
Não mudes de opinião constantemente sobre o que
devo fazer, decide e mantém essa decisão.
Deixa-me valer-me por mim mesmo. Se tu fazes tudo
por mim, eu nunca poderei aprender.
Não digas mentiras diante de mim, nem me peças que
as diga por ti ainda que seja para livrar-te de um apuro.
Fazes-me sentir mal e perder a fé naquilo que dizes.
77. Não me exijas que te diga o porquê quando faço
algo mal. Às vezes nem eu mesmo sei.
Admite os teus erros. Fortalecerá a boa opinião
que tenho por ti e ensinas-me a admitir os meus.
Trata-me com a mesma amabilidade que aos teus
amigos. Será que por sermos família não podemos
tratar-nos com a mesma cordialidade como se
fossemos amigos?
78. Não me digas que faça uma coisa se tu não a fazes.
Eu aprenderei e farei sempre o que tu fizeres ainda
que não o digas; mas nunca farei o que tu dizes e
não o fazes.
Não me digas “não tenho tempo” quando te conto
um problema pessoal. Trata de compreender-me e
ajudar-me.
E quer-me e diz-mo. Eu gosto de ouvir-te dizê-lo,
ainda que tu não julgues necessário dizê-lo.
Com amor, teu filho
Boletim informativo do colégio, Associação de Pais e Antigos Alunos S.
Inácio de Loyola de Las Palmas de Gran Canaria