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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA IBN MUCANA
História da Cultura e das Artes – 11ºF – 2012/2013
Ficha formativa 4
_________________________________________________________________________________________

Módulo 8 – A Cultura da Gare
1. Descreve os factores que contribuíram para o aparecimento da pintura impressionista.
Na época, a França vivia um período de desenvolvimento económico e de estabilização política e social,
permitindo um florescimento cultural (letras, ciências, artes), fazendo de Paris um pólo cultural da
Europa. A vida social intensifica-se, tornando-se frequente as idas ao teatro, à ópera, ao vaudeville, aos
cafés e às mostras de arte.
A pintura impressionista surge entre 1860 e 1870, entre um grupo de jovens artistas que se reunia no
Café Guerbois, em Paris, para discutir as suas incertezas e atitudes perante a arte, numa altura em que a
fotografia como técnica inovadora e revolucionária da representação do real. A fotografia, ao fazer a
reprodução exata da natureza, liberta a pintura da representação realista da natureza, pelo que os artistas
procuram novas formas de representação da realidade.
Os pintores impressionistas vão ser influenciados pelas estampas japonesas (concepção livre da forma e
da composição, cores puras e claras,bidimensionalidade, linearidade do desenho, decorativismo),
conduzindo a uma ruptura com os cânones tradicionais da representação pictórica.
Para além disso, vão receber do Romantismo (Constable e Turner) o paisagismo e a captação de
ambiências atmosféricas, da “Escola de Barbizon” a pintura ao ar livre, do Realismo o interesse pelo
quotidiano diretamente observado e da fotografia os novos enquadramentos e novas perspectivas. A
pintura impressionista vai ainda beneficiar das descobertas científicas na ótica, cor e perceção e do
fabrico industrializado das tintas em tubo.
2. Caracteriza a pintura impressionista, a nível temático e formal.
A pintura impressionista opõe-se ao intelectualismo sociopolítico doRealismo e às concepções
neoclássicas e românticas do Academismo. É uma pintura mais intuitiva e espontânea, realizada perante
o motivo, em imediatismo de percepção e sensação, pretendendo captar uma dada realidade, parcial,
sensível e fugaz. O objetivo passa a ser captar a luz e os seus efeitos sobre a Natureza, as pessoas e os
objectos, pelo que o tema perde importância. A pintura passa a ser uma tradução pictográfica da verdade
sensível e perceptiva da realidade.
Os pintores impressionistas banalizaram os temas, que foram reduzidos à realidade visível, tendo
preferido a paisagem e as cenas sociais de lazer urbano. Preferiram a pintura ao ar livre, registando o
instante luminoso, fugidio, em constante mutação, conforme o momento do dia, da estação do ano ou
das condições atmosféricas.
Aplicaram técnicas inovadoras. A pintura executa-se no momento, perante o motivo, excluindo todos
os estudos de composição e os esboços prévios e negando a racionalização e a teorização especulativa
na arte. Por outro lado, a pintura é feita exclusivamente pela cor: é esta que constrói as formas, sendo
usada pura, tirada diretamente dos tubos, sem mistura prévia. A tinta é aplicada com pinceladas curtas,
rápidas, fragmentadas. As pinceladas são justapostas de acordo com a lei das cores complementares de
modo a obter a fusão dos tons (síntese ótica). Por isso, os quadros têm um aspeto inacabado e rugoso, de
cores abertas, formas e volumes pouco definidos e quase desmaterializados. As obras, pondo em
evidência os jogos “frios e crus” da luz e da cor, libertam-se das velhas noções de claro-escuro e da
visão racionalizada da realidade física. Os quadros têm um aspeto fluido, dinâmico e vibrante de
colorido, rico de emoções sensoriais e plásticas. Face a este conjunto de inovações técnicas, os pintores
impressionistas sofrem da rejeição dos críticos e do público do seu tempo.
3. Identifica os pintores impressionistas, destacando as principais características de cada um.
- ÉdouardManet (1832-1883): pintor de transição, é considerado como um renovador da pintura
académica, com uma temática descomprometida. Possui uma paleta clara, sem gradação cromática entre
tons claros e escuros, uma pincelada solta e a bidimensionalidade. Obras: O Almoço na Relva, Música
nas Tulherias, , Olympia.
- Claude Monet (1840-1926): dedicou-se a representar sobretudo paisagens campestres e marinhas e
temas experimentais de análise dos efeitos da luz ambiente sobre a cor e as formas, na procura da sua
impressão. As suas obras transmitem a fragmentação do espaço, a diluição da forma, o esbatimento do
desenho e, ao limite, a desmaterialização da pintura. Obras: Impressão:Sol Nascente; Catedral de SaintLazare, Catedral de Ruão
- Edgar Degas (1834-1917): recusando a prática enpleinair, criou em atelier imagens retiradas ao
instantâneo da acção quotidiana, sobre as quais aplicou uma visão quase fotográfica. Representou cenas
de interior (bastidores de ópera, cafés), com enquadramentos e perspetivas inusitadas, inspirando-se nas
fotografias e nas estampas japonesas. Tem um desenho menos difuso. Obras: O Absinto, A Aula de
Dança
- Auguste Renoir (1841-1919): preferência pelas cenas sociais dos pequenos lazeres da burguesia
urbana e pelo nu feminino; pinceladas curtas e transmissão do efeito da passagem da luz sobre as
pessoas e os objectos; este era, de facto o seu verdadeiro tema, os efeitos luminosos, as atmosferas
vibrantes e as superfícies transparentes. Obras: LeMoulin de laGalette, O Baloiço
4. Caracteriza o Neoimpressionismo, identificando os seus principais representantes.
O Impressionismo foi alvo de várias críticas: não concretizaram a teoria da cor; a execução imediata
tornava os pintores negligentes e intuitivos na aplicação da cor; as pinceladas sobrepostas acabavam por
misturaras cores. O Neoimpressionismo defendeu um maior rigor na aplicação das teorias sobre a cor.
Georges Seurat (1859-1891) descobriu um novo processo de execução, que consistia no pontilhismo
(pinceladas reduzidas a pequenas manchas arredondadas, que evoluíram para minúsculos pontos) e no
divisionismo (cores puras não misturadas, cientificamente colocadas umas ao lado das outras, de acordo
com a lei das cores complementares).A uma certa distância, as manchas cromáticas misturam-se, dando
forma ao objecto.
No Neoimpressionismo,a representação do instante luminoso perde importância e aumenta a
importância dada ao jogo da harmonia das cores, havendo uma rigorosa construção de cores, de formas
e de linhas, segundo as leis universais da harmonia. Os principais temas eram a vida citadina, as
paisagens marítimas e as diversões. Os pintores pintam em grandes telas executadas em atelier a partir
de estudos ao ar livre. A expressividade é sempre de grande tranquilidade.
Outros representantes do Neo-impressionismo são Paul Signac e Pissaro.
5. Caracteriza o Pós-Impressionismo.
O Pós-Impressionismo designa um período artístico que se estende entre 1880 e 1900, onde se cruzam
diferentes tendências e diferentes autores, na busca de novos caminhos para a arte. Ao Impressionismo
vão buscar a separação entre a pintura e a representação mimética da Natureza, interpretada através da
cor e da bidimensionalidade; mas afastam-se também do Impressionismo pois reagem contra a
superficialidade da sua análise ilusionística da realidade.
6. Identifica os pintores pós-impressionistas, destacando as principais características de cada um.
Van Gogh (1853-1890) é um pintor de desenho anguloso e violento, que utiliza cores contrastadas
(contrastes simultâneos de cor) e arbitrárias, formas sinuosas e flamejantes, pincelada larga e pontilhada,
com uma intencionalidade marcadamente expressionista, pretendendo transmitir a realidade tal como é
sentida pelo pintor. Personificou também a natureza, atribuindo-lhe estados de alma.
Paul Cézanne (1839-1906) quis fixar a realidade em imagens mais sólidas e permanentes, começando a
articular formas e cores mais geometrizantes. A sua pintura, expressa em numerosas paisagens,
naturezas mortas e retratos, associou a luminosidade impressionista ao rigor da forma e volume. A sua
técnica baseava-se na cor, aplicada com pincelada curta.
Toulouse-Lautrec (1864-1901) foi o pintor da vida boémia de Paris, apresentada de forma crítica, até
obscena e grotesca. Este próximo dos Impressionistas e recebeu influências das estampas japonesas e de
Degas no gosto pelo desenho delicado e linear, sobressaindo dos fundos na cor da tela ou do papel,
acentuando a bidimensionalidade e aproximando-se da ilustração. A sua expressão formal reflecte
nítidas influências da Arte Nova.
Paul Gauguin (1848-1903) também recebe influências das estampas japonesas e da arte medieval do
vitral na simplificação/sintetização das formas, fechadas pela linha de contorno a negro e preenchidas
com cores planas, sem modelado. Em Paris contactou com Pissarro, Cézanne e VanGogh ,
aproximando-se ao impressionismo. Na procura da pureza original na vida e na arte, refugiou-se
primeiro em Pont-Aven na Bretanha (onde retratou asimplicidade da comunidade rural) e depois nas
ilhas da Polinésia Francesa, sendo o pintor da evasão, da recusa da vida moderna e do exotismo.
Retratou temas da natureza, explorando o seu carácter alegórico, místico, simbólico e exótico (a cultura
popular bretã ou as culturas e civilizações primitivas). Predominam as formas bidimensionais,
estilizadas e estáticas, circundadas pela linha a negro. Utiliza cores fortes, contrastantes e planas, sem
modelado, encarando a pintura, não como cópia da realidade, mas como a sua transposição mágica e
imaginativa.
7. Caracteriza o simbolismo.
O simbolismo procura revelar o mundo do espírito, dos mitos e da magia. Para o Simbolismo, a pintura
não é a cópia da realidade, mas sim a sua transposição mágica, imaginativa e alegórica. A arte deve
reflectir mais que o aspecto exterior das coisas, serve para revelar o mundo o espírito, dos mitos, da
magia. Com o Simbolismo, há uma separação definitiva entre arte e a representação da Natureza.
Para AlbertAurier, a obra simbolista deverá ser ideísta, pois o seu único ideal será a expressão da
Ideia;simbolista, pois exprimirá esta ideia em formas; sintética, pois escreverá estas formas, esses sinais,
segundo um modo de compreensão geral; e subjectiva (é uma consequência) porque a pintura decorativa
propriamente dita não é senão uma manifestação de arte ao mesmo tempo subjectiva, sintética,
simbolista e ideísta.
O Simbolismo não tem unidade estilística, pois inclui: o sintetismo de Gauguin, a escola de PontAven,
uma série de percursos individuais e o Grupo dos Nabis (continuadores das propostas plásticas de
PontAven). De uma forma geral, os pintores simbolistas adotaram formas simplificadas e cores puras e
deram pouca relevância à temática (alguns mais intimistas e decorativos).
8. Apresenta o contributo de Rodin para a escultura na segunda metade do século XIX.
Auguste Rodin foi o grande renovador da escultura europeia nas últimas décadas do século XIX,
aproximando-a dos objectivos e da estética da pintura do seu tempo. Formado segundo as regras do
academismo romântico, recebeu influências de Miguel Ângelo (pelo gosto pela figura humana e pela
forma inacabada) e dos Românticos (pela transmissão de emoção). As suas obras caracterizam-se pelo
realismo formal e pelo rigor anatómico.Contrapôs as formas lisas, polidas e aveludadas dos corpos ao
bloco de pedra rugoso, inacabado. As suas peças estão repletas de superfícies reentrantes e salientes,
côncavas e convexas, que absorvem e reflectem a luminosidade, criando, através do movimento
expressivo, uma ilusão de força, dinamismo e vitalidade. As marcas dos seus dedos ficam fixadas,
deixando aí os sinais de uma forte personalidade, preocupada em captar os aspetos emocionais,
transitórios e fugidios.
9. Apresenta a conjuntura política, económica e cultural de Portugal na segunda metade do século
XIX.
A partir de 1851, inicia-se a Regeneração, um período de estabilidade política e de crescimento
económico. No entanto, nos finais do século, Portugal atravessa uma grave crise económico-financeira
(1889-1892), à qual se segue um período de agitação com a Ditadura de João Franco (1907), o
Regicídio (1908) e, por fim, a implantação da República (1910).
10. Demonstra a permanência do Naturalismo e do Realismo em Portugal até meados do século XX.
A crise económica e a instabilidade política explicam o atraso cultural de Portugal, o que se reflectiu na
Arte. Para além da falta de originalidade e de inovação, existia um grande conservadorismo o que
arrastou o período de vigência do Neoclassicismo e do Romantismo, atrasando a chegada das novas
correntes artísticas.
Na pintura, o Naturalismo (sobretudo sentimental e romântico) foi a corrente de maior aceitação em
Portugal, fazendo a transição do Romantismo para o Modernismo.
11. Apresenta os principais pintores e escultores portugueses deste período e as principais
características de cada um.
Silva Porto e Marques Oliveira foram os responsáveis pela introdução do Naturalismo em Portugal.
Tendo estado em França, entraram em contacto com os pintores da “Escola de Barbizon”, com os
realistas e com os impressionistas. Foram ambos professores nas Academias de Lisboa e do Porto,
respetivamente.
José Malhoa pintou cenas de género, de caráter sentimental e popular, foi um cronista da vida citadina
da pequena burguesia, com um forte cunho de ingenuidade e optimismo. Algumas obras têm nítidas
influências do Impressionismo.
Sousa Pinto, influenciado pelo Realismo, pintou sobretudo cenas do campo.
Pousão, marcadamente naturalista com algumas influências impressionistas, pintou quadros de pequeno
tamanho, composições rigorosas e personalizadas.
Columbano Bordalo Pinheiro foi um retratista da pequena burguesia lisboeta (retrato psicológico),
demonstrou gosto pelo anedótico e pitoresco (próximo da caricatura) e preferiu temas sociais, captados
em interiores e terminados no atelier.
Soares dos Reis foi o escultor que se destacou na época. Esteve mais próximo do Romantismo do que
do Naturalismo, tendo sido capaz de captar no mármore os sentimentos do ser humano. Com influências
clássicas nas técnicas e na composição, as suas obras denotam uma forte modelação com jogos de luz e
sombra, subtileza de movimentos, tratamento naturalista e minucioso nas roupagens.
Compromisso entre o classicismo académico e a liberdade temática e expressiva
12. Justifica o contributo dos engenheiros para as inovações registadas na arquitectura na segunda
metade do século XIX.
Na segunda metade do século XIX predominou a estética romântica, histórica e revivalista, tendo-se
valorizadoas questões formais e estéticas pela escolha de materiais nobres, a eleição do estilo, os temas
de decoração, a harmonia e o equilíbrio das formas. As potencialidades técnicas dos novos materiais,
como o ferro e o vidro, foram desvalorizadas pelos arquitectos da época. Os engenheiros foram os
verdadeiros responsáveis pelas inovações na arquitectura da época devido a uma visão prática e a uma
maior preparação científico-técnica nas Escolas Politécnicas, o que lhes permitiu a aplicação de saberes
científicos obtidos no ramo da física mecânica, da resistência e comportamento dos materiais, da
geometria(Gaspar Monge – invenção da GD), da matemática e do metro-padrão. Desde modo,
utilizaram os novos equipamentos e novos meios construtivos, produzidos industrialmente e por isso
mais baratos, como o tijolo cozido, o ferro e o vidro, até meados do século e, posteriormente, também o
aço, o cimento armado e o betão. Os engenheiros tinham uma visão mais pragmática (menos poética),
mais racionalista e funcionalista (pode não ser bonito mas tem que ser útil), em relação às construções,
que os arquitectos.
Este carácter pragmático surge face às novas necessidades criadas pelo crescimento urbano: o
alojamento dos trabalhadores, o sistema de transportes e o melhor aproveitamento dos espaços
(construção em altura), o que torna necessário rever os sistemas, os processos e os modelos construtivos
13. Descreve a forma como foram aplicados os novos materiais nas construções da época.
O ferro foi utilizado em pontes e aquedutos e permitiu a construção de grandes espaços com estruturas
leves, resistentes e não inflamáveis. O vidro foi utilizado na construção de grandes estufas, coberturas
para estações e grandes superfícies verticais (CrystalPalace). A utilização do betão permitiu a
construção vertical e o crescimento muito rápido de cidades. Estes materiais foram aplicados sem
qualquer preocupação estética, nos edifícios para fins industriais, comerciais ou de exposições, fazendo
da arquitectura como meio para atingir um fim.
14. Refere as vantagens da utilização do ferro na construção das novas estruturas.
A utilização do ferro permite a criação de estruturas construtivas mais resistentes, mais baratas e rápidas
de montar e adaptáveis a todas as dimensões e formas. A resistência, preço e funcionalidade
comprovada nas pontes, permitiu a sua utilização em estrutura de grandes cúpulas e outras coberturas
arrojadas. Por outro lado, permitia vãos abertos muito maiores, que deixavam entrar a luz, podendo ser
usados sem que delimitassem um espaço interior.
15. Identifica as novas estruturas construídas na época.
Como exemplos de novos equipamentos e infra-estruturas podem ser mencionados:
• edifícios: fábricas;armazéns;mercados;galerias comerciais; pavilhões de exposição;gares;
• pontes metálicas;
• ascensores urbanos;
• estufas e equipamento de jardins públicos.
16. Descreve as duas tendências inovadoras da arquitectura de ferro.
A arquitectura de ferro teve duas tendências inovadoras: uma primeira, que consistiu na necessidade de
modernizar os sistemas e processos construtivos, aproveitando os recursos da industrialização e o
avanço da engenharia; e uma segunda, que consistiu no desenvolvimento de novos gostos e outros
conceitos estéticos.
A modernização dos sistemas de construção fez-se pela aceitação do esqueleto construtivo em ferro (que
permitiu a libertação das paredes da sua função estrutural) e a utilização da construção modular e de
elementos prefabricados e estandardizados (que permitiram aumentar a resistência do edifício e tornar a
sua construção mais barata e mais rápida).
O aparecimento de uma nova estética assentou nos elementos estruturais e não mais nos artifícios
decorativos. As longas e finas barras de ferro das estruturas, aliadas ao vidro, substituíram a ideia do
volume plástico fechado, ligado à construção em pedra, permitindo a passagem de luz.
17. Insere o aparecimento da Arte Nova na conjuntura da época.
A Arte Nova surge na época da BelleÉpoque, um movimento cultural existente na Europa entre 1890 e
1914, que se caracterizou por uma prosperidade económica, paz e estabilidade política e progressos
científicos e técnicos, conduzindo a um clima de optimismo e de confiança no futuro. Foi o primeiro
movimento integrado no Modernismo, movimento cultural e artístico que atingiu todas as artes e que
significou uma ruptura com a tradição e uma procura de novas expressões que melhor correspondessem
ao progresso e à nova estética.
18. Descreve as influências sofridas pela Arte Nova.
A Arte Nova sofreu uma série de influências:
o o movimento ArtsandCrafts, no seu princípio de «unidade das artes», de renovação das «artes
industriais» e desenvolvimento das artes decorativas, no sentido de restituir a qualidade estética
aos produtos;
o a arte japonesa, no seu desenho gráfico, bidimensionalidade e naturalismo;
o o gótico, na expressividade da linha fluida e sinuosa;
o oRococó, no naturalismo e decoração requintada
o a arquitectura do ferro e do vidro, na utilização das novas técnicas e materiais;
o o simbolismo, na estilização da forma.
19. Descreve as características da Arte Nova.
As inovações formais, técnicas e estéticas da Arte Nova foram as seguintes:
• ruptura com as tradições historicista, académica e revivalista aceites na época;
• formas, estruturas e texturas orgânicas inspiradas na natureza (fauna e flora);
• linha sinuosa, estilizada ou geometrizada;
• integração de novas técnicas e de novos materiais (mosaico, ferro, vidro, betão, madeira), com a
exploração dassuas qualidades plásticas e expressivas;
• funcionalidade dos espaços interiores, nos quais se articulam os elementos estruturais com as formas
decorativas;
• assunção do arquitecto como, simultaneamente, artesão e designer, já que concebe também a
decoração de interiores (adereços, mobiliário, equipamentos).
20. Apresenta os principais focos da Arte Nova, os seus principais representantes e as suas
características.
A Arte Nova teve duas tendências: uma primeira, com a tónica na estética ornamental, floral, naturalista
e curvilínea e outra, mais estrutural, geométrica e funcionalista sem, contudo, abandonar o ornamento
(que tratou de forma mais contida, planimétrica e abstratizante).


Bélgica:
- Victor Horta:edifícios de estruturas simples e sóbrias, fachadas movimentadas, grandes janelões,
interiores funcionais, aliança decoração/elementos estruturais, jogos de espelhos e pinturas ilusórias
- Henry van de Velde: pintor, arquiteto e designer de mobiliário formal e funcional



Arte Nova Francesa- HectorGuimard: entradas para o metro de Paris (armações e redes metálicas e
formas vegetalistas)



Catalunha:
- Luís Domenech i Montaner: formas simples; uso de materiais locais (ladrilhos cozidos de cor
vermelha
- AntoníGaudi (arquiteto-escultor ou arquiteto-poeta): influências locais de raíz gótica e mudéjar,
construções e plantas orgânicas, com modelação dinâmica dos volumes estruturais e mistura de
materiais (betão, ferro, vidro, madeira, tijolo, cerâmica e azulejos multicolores)


Escola de Glasgow, Escócia - Charles RennieMackintosh: estruturas ortogonais de ferro, com
paredes lisas de pedra, grandes superfícies envidraçadas, decoração contida e um racionalismo
estrutural e geométrico. Também realizou trabalhos decorativos e mobiliário marcados pelo
racionalismo mais estrutural e geométrico.



Áustria - “Escola de Secessão Vienense” ( pintor Gustave Klimt e arquitetos como J. Maria Ölbrich
e Joseph Hoffman): caracterizado pelo modernismo pré-racionalista, simplificação geométrica dos
volumes e das formas, distribuição simétrica, racional e funcional dos espaços e decoração austera.



Escola de Chicago: amodernização dos sistemas de construção permitiu o aparecimento de edifícios
em altura, caracterizados pela regularidade horizontal e vertical. Frank LoydWright surge já
integrado na arquitetura organicista e funcional, pela integração do edifício no meio envolvente
eumanova conceção estética do espaço interior, alargado e projetado sobre o exterior.

21. Demonstra o desenvolvimento das artes decorativas com a Arte Nova.
Uma das maiores contribuições do Modernismo e, em particular, da Arte Nova, foi a importância que
nele alcançaram as artes aplicadas, elevadas à estatura da arquitectura ou da pintura. Herdeiros do
pensamento de Morris e do movimento ArtsandCrafts deitaram a baixo barreiras entre as diferentes
modalidades, praticando com frequência várias delas com igual relevância, podendo ser
simultaneamente arquitectos, designers ou escultores. Por outro lado, foram criados objectos úteis,
funcionais e estéticos, produzidos industrialmente, contribuindo para a qualidade estética do quotidiano.
Exemplos disso são alguns objectos do quotidiano, como candeeiros, cadeiras, jarras. O grafismo Arte
Nova também se desenvolveu na cerâmica, no têxtil e, sobretudo, nas artes gráficas ligadas ao cartaz
publicitário e à ilustração de jornais, revistas e livros. Copiados em formas cada vez menos depuradas,
caíram no exagero ornamental, na artificialidade e na superficialidade, provocando, a partir de 1910, um
progressivo esquecimento.
22. Refere a forma como a arquitectura de ferro e a Arte Nova estiveram presentes em Portugal.
A arquitectura do ferrro teve uma entrada tardia e pouco significativa. Foi utilizada sobretudo na
arquitetura utilitária (gares, mercados, pontes, armazéns, estufas), tendo o ferro sido conjugado com
materiais tradicionais, com desenhos e formas revivalistas (arquiteturaeclética). Exemplos de
construções: Palácio de Cristal, no Porto; a gare da Estação de Santa Apolónia e do Rossio, em Lisboa,
e da Estação de São Bento, no Porto; as pontes de D. Maria e de D. Luís, no Porto; o Mercado das
Flores e o Mercado do Bolhão no Porto;o mercado da Praça da Figueira, em Lisboa; o Coliseu dos
Recreios em Lisboa, os Armazéns do Grandela; o Elevador de Santa Justa (RaoulMesnierduPonsard).
A Arte Nova também teve uma implantação tardia, tendo sofrido sobretudo a influência da Arte Nova
francesa, e teve uma curta duração, entre 1905 e 1920. Foi aplicada em prédios da burguesia urbana, em
particular no Porto e em Aveiro. Foi integrada na arquitetura tradicional, sem inovação estrutural, tendo
por isso, um carácter decorativo. Foi utilizada sobretudo em:
- Serralharia artística: portões, gradeamentos de varandas, escadarias e janelas
- Escultura decorativa em cantaria ou massa de cimento: molduras de portas e janelas, mísulas, florões,
relevos e arabescos
- Azulejos de caráter naturalista nas fachadas, em frisos horizontais ou verticais, nas cimalhas,
arquitraves e fachadas.
Exemplos de edifícios: Animatógrafo do Rossio, pastelaria Tentadora, leitaria A Camponesa, tabacaria
Mónaco, a estação de Metro de picoas, a Garagem Auto-Palace, a mercearia A Pérola do Bolhão.

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Ficha formativa "A Cultura da Gare 2"

  • 1. ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA IBN MUCANA História da Cultura e das Artes – 11ºF – 2012/2013 Ficha formativa 4 _________________________________________________________________________________________ Módulo 8 – A Cultura da Gare 1. Descreve os factores que contribuíram para o aparecimento da pintura impressionista. Na época, a França vivia um período de desenvolvimento económico e de estabilização política e social, permitindo um florescimento cultural (letras, ciências, artes), fazendo de Paris um pólo cultural da Europa. A vida social intensifica-se, tornando-se frequente as idas ao teatro, à ópera, ao vaudeville, aos cafés e às mostras de arte. A pintura impressionista surge entre 1860 e 1870, entre um grupo de jovens artistas que se reunia no Café Guerbois, em Paris, para discutir as suas incertezas e atitudes perante a arte, numa altura em que a fotografia como técnica inovadora e revolucionária da representação do real. A fotografia, ao fazer a reprodução exata da natureza, liberta a pintura da representação realista da natureza, pelo que os artistas procuram novas formas de representação da realidade. Os pintores impressionistas vão ser influenciados pelas estampas japonesas (concepção livre da forma e da composição, cores puras e claras,bidimensionalidade, linearidade do desenho, decorativismo), conduzindo a uma ruptura com os cânones tradicionais da representação pictórica. Para além disso, vão receber do Romantismo (Constable e Turner) o paisagismo e a captação de ambiências atmosféricas, da “Escola de Barbizon” a pintura ao ar livre, do Realismo o interesse pelo quotidiano diretamente observado e da fotografia os novos enquadramentos e novas perspectivas. A pintura impressionista vai ainda beneficiar das descobertas científicas na ótica, cor e perceção e do fabrico industrializado das tintas em tubo. 2. Caracteriza a pintura impressionista, a nível temático e formal. A pintura impressionista opõe-se ao intelectualismo sociopolítico doRealismo e às concepções neoclássicas e românticas do Academismo. É uma pintura mais intuitiva e espontânea, realizada perante o motivo, em imediatismo de percepção e sensação, pretendendo captar uma dada realidade, parcial, sensível e fugaz. O objetivo passa a ser captar a luz e os seus efeitos sobre a Natureza, as pessoas e os objectos, pelo que o tema perde importância. A pintura passa a ser uma tradução pictográfica da verdade sensível e perceptiva da realidade. Os pintores impressionistas banalizaram os temas, que foram reduzidos à realidade visível, tendo preferido a paisagem e as cenas sociais de lazer urbano. Preferiram a pintura ao ar livre, registando o instante luminoso, fugidio, em constante mutação, conforme o momento do dia, da estação do ano ou das condições atmosféricas. Aplicaram técnicas inovadoras. A pintura executa-se no momento, perante o motivo, excluindo todos os estudos de composição e os esboços prévios e negando a racionalização e a teorização especulativa na arte. Por outro lado, a pintura é feita exclusivamente pela cor: é esta que constrói as formas, sendo usada pura, tirada diretamente dos tubos, sem mistura prévia. A tinta é aplicada com pinceladas curtas,
  • 2. rápidas, fragmentadas. As pinceladas são justapostas de acordo com a lei das cores complementares de modo a obter a fusão dos tons (síntese ótica). Por isso, os quadros têm um aspeto inacabado e rugoso, de cores abertas, formas e volumes pouco definidos e quase desmaterializados. As obras, pondo em evidência os jogos “frios e crus” da luz e da cor, libertam-se das velhas noções de claro-escuro e da visão racionalizada da realidade física. Os quadros têm um aspeto fluido, dinâmico e vibrante de colorido, rico de emoções sensoriais e plásticas. Face a este conjunto de inovações técnicas, os pintores impressionistas sofrem da rejeição dos críticos e do público do seu tempo. 3. Identifica os pintores impressionistas, destacando as principais características de cada um. - ÉdouardManet (1832-1883): pintor de transição, é considerado como um renovador da pintura académica, com uma temática descomprometida. Possui uma paleta clara, sem gradação cromática entre tons claros e escuros, uma pincelada solta e a bidimensionalidade. Obras: O Almoço na Relva, Música nas Tulherias, , Olympia. - Claude Monet (1840-1926): dedicou-se a representar sobretudo paisagens campestres e marinhas e temas experimentais de análise dos efeitos da luz ambiente sobre a cor e as formas, na procura da sua impressão. As suas obras transmitem a fragmentação do espaço, a diluição da forma, o esbatimento do desenho e, ao limite, a desmaterialização da pintura. Obras: Impressão:Sol Nascente; Catedral de SaintLazare, Catedral de Ruão - Edgar Degas (1834-1917): recusando a prática enpleinair, criou em atelier imagens retiradas ao instantâneo da acção quotidiana, sobre as quais aplicou uma visão quase fotográfica. Representou cenas de interior (bastidores de ópera, cafés), com enquadramentos e perspetivas inusitadas, inspirando-se nas fotografias e nas estampas japonesas. Tem um desenho menos difuso. Obras: O Absinto, A Aula de Dança - Auguste Renoir (1841-1919): preferência pelas cenas sociais dos pequenos lazeres da burguesia urbana e pelo nu feminino; pinceladas curtas e transmissão do efeito da passagem da luz sobre as pessoas e os objectos; este era, de facto o seu verdadeiro tema, os efeitos luminosos, as atmosferas vibrantes e as superfícies transparentes. Obras: LeMoulin de laGalette, O Baloiço 4. Caracteriza o Neoimpressionismo, identificando os seus principais representantes. O Impressionismo foi alvo de várias críticas: não concretizaram a teoria da cor; a execução imediata tornava os pintores negligentes e intuitivos na aplicação da cor; as pinceladas sobrepostas acabavam por misturaras cores. O Neoimpressionismo defendeu um maior rigor na aplicação das teorias sobre a cor. Georges Seurat (1859-1891) descobriu um novo processo de execução, que consistia no pontilhismo (pinceladas reduzidas a pequenas manchas arredondadas, que evoluíram para minúsculos pontos) e no divisionismo (cores puras não misturadas, cientificamente colocadas umas ao lado das outras, de acordo com a lei das cores complementares).A uma certa distância, as manchas cromáticas misturam-se, dando forma ao objecto. No Neoimpressionismo,a representação do instante luminoso perde importância e aumenta a importância dada ao jogo da harmonia das cores, havendo uma rigorosa construção de cores, de formas e de linhas, segundo as leis universais da harmonia. Os principais temas eram a vida citadina, as
  • 3. paisagens marítimas e as diversões. Os pintores pintam em grandes telas executadas em atelier a partir de estudos ao ar livre. A expressividade é sempre de grande tranquilidade. Outros representantes do Neo-impressionismo são Paul Signac e Pissaro. 5. Caracteriza o Pós-Impressionismo. O Pós-Impressionismo designa um período artístico que se estende entre 1880 e 1900, onde se cruzam diferentes tendências e diferentes autores, na busca de novos caminhos para a arte. Ao Impressionismo vão buscar a separação entre a pintura e a representação mimética da Natureza, interpretada através da cor e da bidimensionalidade; mas afastam-se também do Impressionismo pois reagem contra a superficialidade da sua análise ilusionística da realidade. 6. Identifica os pintores pós-impressionistas, destacando as principais características de cada um. Van Gogh (1853-1890) é um pintor de desenho anguloso e violento, que utiliza cores contrastadas (contrastes simultâneos de cor) e arbitrárias, formas sinuosas e flamejantes, pincelada larga e pontilhada, com uma intencionalidade marcadamente expressionista, pretendendo transmitir a realidade tal como é sentida pelo pintor. Personificou também a natureza, atribuindo-lhe estados de alma. Paul Cézanne (1839-1906) quis fixar a realidade em imagens mais sólidas e permanentes, começando a articular formas e cores mais geometrizantes. A sua pintura, expressa em numerosas paisagens, naturezas mortas e retratos, associou a luminosidade impressionista ao rigor da forma e volume. A sua técnica baseava-se na cor, aplicada com pincelada curta. Toulouse-Lautrec (1864-1901) foi o pintor da vida boémia de Paris, apresentada de forma crítica, até obscena e grotesca. Este próximo dos Impressionistas e recebeu influências das estampas japonesas e de Degas no gosto pelo desenho delicado e linear, sobressaindo dos fundos na cor da tela ou do papel, acentuando a bidimensionalidade e aproximando-se da ilustração. A sua expressão formal reflecte nítidas influências da Arte Nova. Paul Gauguin (1848-1903) também recebe influências das estampas japonesas e da arte medieval do vitral na simplificação/sintetização das formas, fechadas pela linha de contorno a negro e preenchidas com cores planas, sem modelado. Em Paris contactou com Pissarro, Cézanne e VanGogh , aproximando-se ao impressionismo. Na procura da pureza original na vida e na arte, refugiou-se primeiro em Pont-Aven na Bretanha (onde retratou asimplicidade da comunidade rural) e depois nas ilhas da Polinésia Francesa, sendo o pintor da evasão, da recusa da vida moderna e do exotismo. Retratou temas da natureza, explorando o seu carácter alegórico, místico, simbólico e exótico (a cultura popular bretã ou as culturas e civilizações primitivas). Predominam as formas bidimensionais, estilizadas e estáticas, circundadas pela linha a negro. Utiliza cores fortes, contrastantes e planas, sem modelado, encarando a pintura, não como cópia da realidade, mas como a sua transposição mágica e imaginativa. 7. Caracteriza o simbolismo. O simbolismo procura revelar o mundo do espírito, dos mitos e da magia. Para o Simbolismo, a pintura não é a cópia da realidade, mas sim a sua transposição mágica, imaginativa e alegórica. A arte deve
  • 4. reflectir mais que o aspecto exterior das coisas, serve para revelar o mundo o espírito, dos mitos, da magia. Com o Simbolismo, há uma separação definitiva entre arte e a representação da Natureza. Para AlbertAurier, a obra simbolista deverá ser ideísta, pois o seu único ideal será a expressão da Ideia;simbolista, pois exprimirá esta ideia em formas; sintética, pois escreverá estas formas, esses sinais, segundo um modo de compreensão geral; e subjectiva (é uma consequência) porque a pintura decorativa propriamente dita não é senão uma manifestação de arte ao mesmo tempo subjectiva, sintética, simbolista e ideísta. O Simbolismo não tem unidade estilística, pois inclui: o sintetismo de Gauguin, a escola de PontAven, uma série de percursos individuais e o Grupo dos Nabis (continuadores das propostas plásticas de PontAven). De uma forma geral, os pintores simbolistas adotaram formas simplificadas e cores puras e deram pouca relevância à temática (alguns mais intimistas e decorativos). 8. Apresenta o contributo de Rodin para a escultura na segunda metade do século XIX. Auguste Rodin foi o grande renovador da escultura europeia nas últimas décadas do século XIX, aproximando-a dos objectivos e da estética da pintura do seu tempo. Formado segundo as regras do academismo romântico, recebeu influências de Miguel Ângelo (pelo gosto pela figura humana e pela forma inacabada) e dos Românticos (pela transmissão de emoção). As suas obras caracterizam-se pelo realismo formal e pelo rigor anatómico.Contrapôs as formas lisas, polidas e aveludadas dos corpos ao bloco de pedra rugoso, inacabado. As suas peças estão repletas de superfícies reentrantes e salientes, côncavas e convexas, que absorvem e reflectem a luminosidade, criando, através do movimento expressivo, uma ilusão de força, dinamismo e vitalidade. As marcas dos seus dedos ficam fixadas, deixando aí os sinais de uma forte personalidade, preocupada em captar os aspetos emocionais, transitórios e fugidios. 9. Apresenta a conjuntura política, económica e cultural de Portugal na segunda metade do século XIX. A partir de 1851, inicia-se a Regeneração, um período de estabilidade política e de crescimento económico. No entanto, nos finais do século, Portugal atravessa uma grave crise económico-financeira (1889-1892), à qual se segue um período de agitação com a Ditadura de João Franco (1907), o Regicídio (1908) e, por fim, a implantação da República (1910). 10. Demonstra a permanência do Naturalismo e do Realismo em Portugal até meados do século XX. A crise económica e a instabilidade política explicam o atraso cultural de Portugal, o que se reflectiu na Arte. Para além da falta de originalidade e de inovação, existia um grande conservadorismo o que arrastou o período de vigência do Neoclassicismo e do Romantismo, atrasando a chegada das novas correntes artísticas. Na pintura, o Naturalismo (sobretudo sentimental e romântico) foi a corrente de maior aceitação em Portugal, fazendo a transição do Romantismo para o Modernismo. 11. Apresenta os principais pintores e escultores portugueses deste período e as principais características de cada um.
  • 5. Silva Porto e Marques Oliveira foram os responsáveis pela introdução do Naturalismo em Portugal. Tendo estado em França, entraram em contacto com os pintores da “Escola de Barbizon”, com os realistas e com os impressionistas. Foram ambos professores nas Academias de Lisboa e do Porto, respetivamente. José Malhoa pintou cenas de género, de caráter sentimental e popular, foi um cronista da vida citadina da pequena burguesia, com um forte cunho de ingenuidade e optimismo. Algumas obras têm nítidas influências do Impressionismo. Sousa Pinto, influenciado pelo Realismo, pintou sobretudo cenas do campo. Pousão, marcadamente naturalista com algumas influências impressionistas, pintou quadros de pequeno tamanho, composições rigorosas e personalizadas. Columbano Bordalo Pinheiro foi um retratista da pequena burguesia lisboeta (retrato psicológico), demonstrou gosto pelo anedótico e pitoresco (próximo da caricatura) e preferiu temas sociais, captados em interiores e terminados no atelier. Soares dos Reis foi o escultor que se destacou na época. Esteve mais próximo do Romantismo do que do Naturalismo, tendo sido capaz de captar no mármore os sentimentos do ser humano. Com influências clássicas nas técnicas e na composição, as suas obras denotam uma forte modelação com jogos de luz e sombra, subtileza de movimentos, tratamento naturalista e minucioso nas roupagens. Compromisso entre o classicismo académico e a liberdade temática e expressiva 12. Justifica o contributo dos engenheiros para as inovações registadas na arquitectura na segunda metade do século XIX. Na segunda metade do século XIX predominou a estética romântica, histórica e revivalista, tendo-se valorizadoas questões formais e estéticas pela escolha de materiais nobres, a eleição do estilo, os temas de decoração, a harmonia e o equilíbrio das formas. As potencialidades técnicas dos novos materiais, como o ferro e o vidro, foram desvalorizadas pelos arquitectos da época. Os engenheiros foram os verdadeiros responsáveis pelas inovações na arquitectura da época devido a uma visão prática e a uma maior preparação científico-técnica nas Escolas Politécnicas, o que lhes permitiu a aplicação de saberes científicos obtidos no ramo da física mecânica, da resistência e comportamento dos materiais, da geometria(Gaspar Monge – invenção da GD), da matemática e do metro-padrão. Desde modo, utilizaram os novos equipamentos e novos meios construtivos, produzidos industrialmente e por isso mais baratos, como o tijolo cozido, o ferro e o vidro, até meados do século e, posteriormente, também o aço, o cimento armado e o betão. Os engenheiros tinham uma visão mais pragmática (menos poética), mais racionalista e funcionalista (pode não ser bonito mas tem que ser útil), em relação às construções, que os arquitectos. Este carácter pragmático surge face às novas necessidades criadas pelo crescimento urbano: o alojamento dos trabalhadores, o sistema de transportes e o melhor aproveitamento dos espaços (construção em altura), o que torna necessário rever os sistemas, os processos e os modelos construtivos 13. Descreve a forma como foram aplicados os novos materiais nas construções da época.
  • 6. O ferro foi utilizado em pontes e aquedutos e permitiu a construção de grandes espaços com estruturas leves, resistentes e não inflamáveis. O vidro foi utilizado na construção de grandes estufas, coberturas para estações e grandes superfícies verticais (CrystalPalace). A utilização do betão permitiu a construção vertical e o crescimento muito rápido de cidades. Estes materiais foram aplicados sem qualquer preocupação estética, nos edifícios para fins industriais, comerciais ou de exposições, fazendo da arquitectura como meio para atingir um fim. 14. Refere as vantagens da utilização do ferro na construção das novas estruturas. A utilização do ferro permite a criação de estruturas construtivas mais resistentes, mais baratas e rápidas de montar e adaptáveis a todas as dimensões e formas. A resistência, preço e funcionalidade comprovada nas pontes, permitiu a sua utilização em estrutura de grandes cúpulas e outras coberturas arrojadas. Por outro lado, permitia vãos abertos muito maiores, que deixavam entrar a luz, podendo ser usados sem que delimitassem um espaço interior. 15. Identifica as novas estruturas construídas na época. Como exemplos de novos equipamentos e infra-estruturas podem ser mencionados: • edifícios: fábricas;armazéns;mercados;galerias comerciais; pavilhões de exposição;gares; • pontes metálicas; • ascensores urbanos; • estufas e equipamento de jardins públicos. 16. Descreve as duas tendências inovadoras da arquitectura de ferro. A arquitectura de ferro teve duas tendências inovadoras: uma primeira, que consistiu na necessidade de modernizar os sistemas e processos construtivos, aproveitando os recursos da industrialização e o avanço da engenharia; e uma segunda, que consistiu no desenvolvimento de novos gostos e outros conceitos estéticos. A modernização dos sistemas de construção fez-se pela aceitação do esqueleto construtivo em ferro (que permitiu a libertação das paredes da sua função estrutural) e a utilização da construção modular e de elementos prefabricados e estandardizados (que permitiram aumentar a resistência do edifício e tornar a sua construção mais barata e mais rápida). O aparecimento de uma nova estética assentou nos elementos estruturais e não mais nos artifícios decorativos. As longas e finas barras de ferro das estruturas, aliadas ao vidro, substituíram a ideia do volume plástico fechado, ligado à construção em pedra, permitindo a passagem de luz. 17. Insere o aparecimento da Arte Nova na conjuntura da época. A Arte Nova surge na época da BelleÉpoque, um movimento cultural existente na Europa entre 1890 e 1914, que se caracterizou por uma prosperidade económica, paz e estabilidade política e progressos científicos e técnicos, conduzindo a um clima de optimismo e de confiança no futuro. Foi o primeiro movimento integrado no Modernismo, movimento cultural e artístico que atingiu todas as artes e que significou uma ruptura com a tradição e uma procura de novas expressões que melhor correspondessem ao progresso e à nova estética. 18. Descreve as influências sofridas pela Arte Nova.
  • 7. A Arte Nova sofreu uma série de influências: o o movimento ArtsandCrafts, no seu princípio de «unidade das artes», de renovação das «artes industriais» e desenvolvimento das artes decorativas, no sentido de restituir a qualidade estética aos produtos; o a arte japonesa, no seu desenho gráfico, bidimensionalidade e naturalismo; o o gótico, na expressividade da linha fluida e sinuosa; o oRococó, no naturalismo e decoração requintada o a arquitectura do ferro e do vidro, na utilização das novas técnicas e materiais; o o simbolismo, na estilização da forma. 19. Descreve as características da Arte Nova. As inovações formais, técnicas e estéticas da Arte Nova foram as seguintes: • ruptura com as tradições historicista, académica e revivalista aceites na época; • formas, estruturas e texturas orgânicas inspiradas na natureza (fauna e flora); • linha sinuosa, estilizada ou geometrizada; • integração de novas técnicas e de novos materiais (mosaico, ferro, vidro, betão, madeira), com a exploração dassuas qualidades plásticas e expressivas; • funcionalidade dos espaços interiores, nos quais se articulam os elementos estruturais com as formas decorativas; • assunção do arquitecto como, simultaneamente, artesão e designer, já que concebe também a decoração de interiores (adereços, mobiliário, equipamentos). 20. Apresenta os principais focos da Arte Nova, os seus principais representantes e as suas características. A Arte Nova teve duas tendências: uma primeira, com a tónica na estética ornamental, floral, naturalista e curvilínea e outra, mais estrutural, geométrica e funcionalista sem, contudo, abandonar o ornamento (que tratou de forma mais contida, planimétrica e abstratizante).  Bélgica: - Victor Horta:edifícios de estruturas simples e sóbrias, fachadas movimentadas, grandes janelões, interiores funcionais, aliança decoração/elementos estruturais, jogos de espelhos e pinturas ilusórias - Henry van de Velde: pintor, arquiteto e designer de mobiliário formal e funcional  Arte Nova Francesa- HectorGuimard: entradas para o metro de Paris (armações e redes metálicas e formas vegetalistas)  Catalunha: - Luís Domenech i Montaner: formas simples; uso de materiais locais (ladrilhos cozidos de cor vermelha - AntoníGaudi (arquiteto-escultor ou arquiteto-poeta): influências locais de raíz gótica e mudéjar, construções e plantas orgânicas, com modelação dinâmica dos volumes estruturais e mistura de materiais (betão, ferro, vidro, madeira, tijolo, cerâmica e azulejos multicolores)
  • 8.  Escola de Glasgow, Escócia - Charles RennieMackintosh: estruturas ortogonais de ferro, com paredes lisas de pedra, grandes superfícies envidraçadas, decoração contida e um racionalismo estrutural e geométrico. Também realizou trabalhos decorativos e mobiliário marcados pelo racionalismo mais estrutural e geométrico.  Áustria - “Escola de Secessão Vienense” ( pintor Gustave Klimt e arquitetos como J. Maria Ölbrich e Joseph Hoffman): caracterizado pelo modernismo pré-racionalista, simplificação geométrica dos volumes e das formas, distribuição simétrica, racional e funcional dos espaços e decoração austera.  Escola de Chicago: amodernização dos sistemas de construção permitiu o aparecimento de edifícios em altura, caracterizados pela regularidade horizontal e vertical. Frank LoydWright surge já integrado na arquitetura organicista e funcional, pela integração do edifício no meio envolvente eumanova conceção estética do espaço interior, alargado e projetado sobre o exterior. 21. Demonstra o desenvolvimento das artes decorativas com a Arte Nova. Uma das maiores contribuições do Modernismo e, em particular, da Arte Nova, foi a importância que nele alcançaram as artes aplicadas, elevadas à estatura da arquitectura ou da pintura. Herdeiros do pensamento de Morris e do movimento ArtsandCrafts deitaram a baixo barreiras entre as diferentes modalidades, praticando com frequência várias delas com igual relevância, podendo ser simultaneamente arquitectos, designers ou escultores. Por outro lado, foram criados objectos úteis, funcionais e estéticos, produzidos industrialmente, contribuindo para a qualidade estética do quotidiano. Exemplos disso são alguns objectos do quotidiano, como candeeiros, cadeiras, jarras. O grafismo Arte Nova também se desenvolveu na cerâmica, no têxtil e, sobretudo, nas artes gráficas ligadas ao cartaz publicitário e à ilustração de jornais, revistas e livros. Copiados em formas cada vez menos depuradas, caíram no exagero ornamental, na artificialidade e na superficialidade, provocando, a partir de 1910, um progressivo esquecimento. 22. Refere a forma como a arquitectura de ferro e a Arte Nova estiveram presentes em Portugal. A arquitectura do ferrro teve uma entrada tardia e pouco significativa. Foi utilizada sobretudo na arquitetura utilitária (gares, mercados, pontes, armazéns, estufas), tendo o ferro sido conjugado com materiais tradicionais, com desenhos e formas revivalistas (arquiteturaeclética). Exemplos de construções: Palácio de Cristal, no Porto; a gare da Estação de Santa Apolónia e do Rossio, em Lisboa, e da Estação de São Bento, no Porto; as pontes de D. Maria e de D. Luís, no Porto; o Mercado das Flores e o Mercado do Bolhão no Porto;o mercado da Praça da Figueira, em Lisboa; o Coliseu dos Recreios em Lisboa, os Armazéns do Grandela; o Elevador de Santa Justa (RaoulMesnierduPonsard). A Arte Nova também teve uma implantação tardia, tendo sofrido sobretudo a influência da Arte Nova francesa, e teve uma curta duração, entre 1905 e 1920. Foi aplicada em prédios da burguesia urbana, em particular no Porto e em Aveiro. Foi integrada na arquitetura tradicional, sem inovação estrutural, tendo por isso, um carácter decorativo. Foi utilizada sobretudo em: - Serralharia artística: portões, gradeamentos de varandas, escadarias e janelas - Escultura decorativa em cantaria ou massa de cimento: molduras de portas e janelas, mísulas, florões, relevos e arabescos
  • 9. - Azulejos de caráter naturalista nas fachadas, em frisos horizontais ou verticais, nas cimalhas, arquitraves e fachadas. Exemplos de edifícios: Animatógrafo do Rossio, pastelaria Tentadora, leitaria A Camponesa, tabacaria Mónaco, a estação de Metro de picoas, a Garagem Auto-Palace, a mercearia A Pérola do Bolhão.