1) Portugal possui cinco grandes bacias hidrográficas compartilhadas com a Espanha, incluindo os rios Minho, Lima, Douro, Tejo e Guadiana.
2) O balanço hídrico dessas bacias varia entre regiões, sendo positivo no norte e negativo no sul devido às diferenças climáticas.
3) Os caudais dos rios portugueses também variam espacial e temporalmente de acordo com a precipitação e temperatura em cada região.
2. AS BACIAS HIDROGRÁFICAS ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS Portugal partilha com Espanha cinco bacias hidrográficas que ocupam cerca de 45% da Península Ibérica. Dos 264 560 Km 2 ocupados por estas, face ao território ibérico continental, 22% localizam-se no espaço nacional e 78% em Espanha.
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4. AS BACIAS HIDROGRÁFICAS ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS RIO NASCENTE FOZ EXTENSÃO (Km) BACIA HIDROGRÁFICA (Km 2 ) Portugal Total Minho Serra de Meira nos Montes Cantábricos (Espanha) Caminha 75 120 8 144 Lima Lagoa de Antela (Espanha) Viana do Castelo 65 105 1 127 Cavado Serra do Larouco Esposende 124 124 1 593 Ave Serra da Cabreira Vila do Conde 87 87 11 335 Douro Serra de Urbion (Espanha) Porto 322 522 18 570 Vouga Serra da Lapa Aveiro 186 186 2 344 Mondego Serra da Estrela Figueira da Foz 305 305 6 658 Tejo Serra de Albarracim (Espanha) Lisboa 275 487 24 460 Sado Serra do Caldeirão Setúbal 245 245 6 271 Mira Serra do Caldeirão Vila Nova de Milfontes 160 160 1 025 Guadiana Serra de Alcaraz (Espanha) Vila Real de Santo António 260 332 11 300
5. O BALANÇO HÍDRICO ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS Balanço hídrico Consiste na distribuição da precipitação pela evapotranspiração e pelo escoamento superficial e subterrâneo. Evapotranspiração real (ETR) Corresponde à quantidade que se perde efectivamente para a atmosfera. Evapotranspiração potencial (ETP) Representa a perda máxima possível de água para a atmosfera em condições ideais de o solo estar completamente abastecido em água.
7. O BALANÇO HÍDRICO ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS PRECIPITAÇÃO - representa os ganhos de água que alimentam os recursos hídricos. EVAPOTRANSPIRAÇÃO - representa as perdas de água para a atmosfera, a partir da evaporação dos rios, lagos, das albufeiras e do solo e da transpiração das plantas. ESCOAMENTO - parte da água da precipitação que escorre à superfície ou em canais subterrâneos.
8. O BALANÇO HÍDRICO ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS ESCOAMENTO MÉDIO ANUAL- corresponde à parte da precipitação que em média escorre à superfície e em canais subterrâneos. ESCOAMENTO CONCENTRADO- é o escoamento localizado num leito bem definido. ESCOAMENTO DIFUSO- é o que ocorre numa rede hidrográfica instável formada por pequenos canais anastomosados (canais que se juntam e afastam frequentemente) pouco profundos que contornam todos os obstáculos (vegetação, calhaus, etc.).
9. O BALANÇO HÍDRICO ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS O balanço hídrico pode ser: • positivo P>ETP: reconstituem-se as reservas de água no solo e a água em excesso alimenta o escoamento; • negativo P<ETP: situação de défice hídrico, a evapotranspiração faz-se a partir das reservas de água no solo. O escoamento sofre uma forte influência da precipitação que, em termos médios, cerca de 40% alimenta o escoamento , perdendo-se os restantes 60% por evapotranspiração real .
11. O BALANÇO HÍDRICO ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS O balanço hídrico das bacias hidrográficas nacionais demonstra um contraste Norte/Sul: Norte - com um balanço hídrico positivo, o que traduz excesso de água. Os valores mais elevados registam-se nas bacias do Cávado e do Lima. A bacia do Douro apresenta, devido ao contraste climático entre o Norte litoral e o Norte interior, um balanço hídrico relativamente equilibrado, apesar de ligeiramente negativo, resultante das elevadas temperaturas registadas no Verão.
12. O BALANÇO HÍDRICO ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS O balanço hídrico das bacias hidrográficas nacionais demonstra um contraste Norte/Sul: Sul - apresentam défice de água, um balanço hídrico negativo, com as do Guadiana e as do Sado a revelarem os valores mais baixos.
13. O BALANÇO HÍDRICO ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS Os contrastes regionais do balanço hídrico podem ser representados em 10 regiões hidrográficas, 8 no continente e 2 nas regiões autónomas. Regiões Hidrográficas Definem bacias hidrográficas com características climáticas semelhantes, podendo levar ao agrupamento de umas ou à separação de outras.
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17. O ESCOAMENTO ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS 2- A desigual repartição geográfica do escoamento: A distribuição geográfica do escoamento segue a da precipitação. REPARTIÇÃO GEOGRÁFICA DO ESCOAMENTO Regiões com maior escoamento anual (> 400 mm/ano) Bacias hidrográficas com escoamento médio anual superior à média do continente Causas - Noroeste (>1000 mm/ano); - cordilheira central - rio Tejo - rio Lima (>1390 mm) Elevada precipitação: - Por serem mais montanhosas; - Por serem mais afectadas pelos ventos húmidos de Oeste, pelas perturbações frontais e pelas baixas pressões subpolares. Regiões com menor escoamento anual (< 200 mm/ano) Bacias hidrográficas com escoamento médio anual inferior à média do continente Causas - Nordeste - Sul do Tejo Rios a Sul da bacia hidrográfica do Tejo e sector interior da bacia hidrográfica do Douro, como: - no Sado (155 mm); - rio Mira; - ribeiras do Algarve. Baixa precipitação: - a Nordeste está protegido pelas montanhas concordantes, que são responsáveis pela perda de humidade das massas de ar oceânicas; - o Sul sofre uma maior influência das altas pressões subtropicais, que originam tempo seco.
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23. OS CAUDAIS E O REGIME DOS RIOS ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS A Acção do Homem De forma positiva: Construção de barragens , que permitem regularizar os caudais durante o ano: Na época em que os quantitativos pluviométricos são muito elevados, há retenção de água nas albufeiras, visando atenuar a ocorrência de cheias; Na época em que a precipitação é escassa impedem que deixe de haver escoamento, ou seja, que os rios sequem totalmente, uma vez que a água armazenada permite manter um escoamento mínimo - caudal ecológico .
24. OS CAUDAIS E O REGIME DOS RIOS ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS A Acção do Homem De forma positiva: Construção de barragens , que permitem regularizar os caudais durante o ano: Na época em que os quantitativos pluviométricos são muito elevados, há retenção de água nas albufeiras, visando atenuar a ocorrência de cheias; Na época em que a precipitação é escassa impedem que deixe de haver escoamento, ou seja, que os rios sequem totalmente, uma vez que a água armazenada permite manter um escoamento mínimo - caudal ecológico .
25. OS CAUDAIS E O REGIME DOS RIOS ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS CAUDAL ECOLÓGICO Caudal mínimo necessário a manter no curso de água a jusante de uma barragem que permita assegurar a conservação e a protecção dos ecossistemas aquáticos naturais, a protecção das espécies com interesse comercial e desportivo, a conservação e a manutenção dos ecossistemas ricícolas.
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27. OS CAUDAIS E O REGIME DOS RIOS ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS A variação anual do caudal de um rio acaba por se reflectir no seu LEITO , podendo levar a situações de cheias ou escoamento nulo.
28. OS LAGOS ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS Em Portugal, não se verifica a existência de lagos (reservatórios de água doce ou salobra - doce mais salgada), mas apenas de algumas lagoas pouco profundas e mais pequenas do que os lagos.