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Principais alterações introduzidas pelo Tratado de Lisboa
O Tratado de Lisboa entrou em vigor a 1 de Dezembro de 2009 e veio alterar muitos dos aspectos normativos
da política europeia introduzidos pelos dois tratados fundamentais da União Europeia: o Tratado de Maastricht
(ou Tratado da União Europeia) e o Tratado de Roma (ou Tratado da Comunidade Económica Europeia).

O Tratado de Lisboa produz para a União Europeia e para os seus 27 Estados-membros um novo quadro
jurídico e novos instrumentos legais que resultam, principalmente, nas seguintes mudanças:

    Com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, a representação da União Europeia (UE) no Mundo
     é unificada através da criação do cargo de Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e
     Política de Segurança, ocupado actualmente por Catherine Ashton, e da alteração configurativa do
     desempenho da presidência da União Europeia, doravante com a permanência de dois anos e
     meio, substituindo a actual presidência semestral assumida rotativamente pelos Estados-membros.
     O novo presidente permanente da União Europeia passa a ser Herman Van Rompuy, o primeiro-
     ministro belga.

    Com o Tratado de Lisboa, a União Europeia adquire personalidade jurídica própria, a qual lhe
     permitirá assinar tratados internacionais – entre outras acções –, reforçando o seu poder de
     negociação.

    O Tratado de Lisboa vem simplificar o processo de decisão do Conselho Europeu (órgão
     executivo).

    O Parlamento Europeu terá poderes reforçados graças aoTratado de Lisboa, podendo intervir em
     mais áreas e será preponderante na decisão do orçamento da União Europeia.

    O Tratado de Lisboa cria um novo mecanismo de subsidiariedade entre os vários parlamentos
     nacionais e aUnião Europeia, o qual permitirá assegurar que a União Europeia só intervenha nos
     casos em que possa obter melhores resultados, comparativamente a uma intervenção de nível
     nacional.

    O Tratado de Lisboa passa a reconhecer a cada Estado-membro a liberdade de poder sair da União
     Europeia.
    Com o Tratado de Lisboa são reforçados os direitos dos cidadãos da União Europeia, garantindo
     os princípios da Carta dos Direitos Fundamentais através da vinculação jurídica das suas
     disposições.

    O Tratado de Lisboa aumenta a representatividade dos cidadãos na apresentação de novas
     propostas para apolítica europeia, a qual passa a requerer um mínimo de um milhão de cidadãos
     proponentes, os quais deverão ser oriundos de um número significativo de Estados-membros
     da União Europeia.

    É estabelecida uma política europeia de acção conjunta entre a União Europeia e os seus Estados-
     membros como forma de resposta solidária, designadamente, e de acordo com os termos
     do Tratado de Lisboa, nas área da energia e da segurança nos casos específicos de atentado
     terrorista ou de catástrofe, seja ela natural ou resultado de acção humana.

    O Tratado de Lisboa institui novas disposições legais que reforçam a reacção da União em matéria
     de segurança dos cidadãos europeus em caso de ameaça.
    Finalmente, o Tratado de Lisboa consigna a constituição de um órgão composto por um pequeno
     grupo de Estados-membros com poder decisório na política europeia de segurança e defesa.
O Tratado de Lisboa resulta das negociações mantidas entre os Estados-membros da União Europeia, da
   Comissão Europeia e do Parlamento Europeu durante a conferência intergovernamental realizada a 13 de Dezembro
   de 2007 em Lisboa, na qual ficou aprovado.

   O Tratado de Lisboa, ratificado pelos 27 Estados-membros,s ervirá de base orientadora à acção da União
   Europeia que visa dar respostas sobretudo a questões como a globalização, as alterações climáticas, a segurança e a
   energia.


http://tratadodelisboa.com/

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  • 1. Principais alterações introduzidas pelo Tratado de Lisboa O Tratado de Lisboa entrou em vigor a 1 de Dezembro de 2009 e veio alterar muitos dos aspectos normativos da política europeia introduzidos pelos dois tratados fundamentais da União Europeia: o Tratado de Maastricht (ou Tratado da União Europeia) e o Tratado de Roma (ou Tratado da Comunidade Económica Europeia). O Tratado de Lisboa produz para a União Europeia e para os seus 27 Estados-membros um novo quadro jurídico e novos instrumentos legais que resultam, principalmente, nas seguintes mudanças: Com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, a representação da União Europeia (UE) no Mundo é unificada através da criação do cargo de Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, ocupado actualmente por Catherine Ashton, e da alteração configurativa do desempenho da presidência da União Europeia, doravante com a permanência de dois anos e meio, substituindo a actual presidência semestral assumida rotativamente pelos Estados-membros. O novo presidente permanente da União Europeia passa a ser Herman Van Rompuy, o primeiro- ministro belga. Com o Tratado de Lisboa, a União Europeia adquire personalidade jurídica própria, a qual lhe permitirá assinar tratados internacionais – entre outras acções –, reforçando o seu poder de negociação. O Tratado de Lisboa vem simplificar o processo de decisão do Conselho Europeu (órgão executivo). O Parlamento Europeu terá poderes reforçados graças aoTratado de Lisboa, podendo intervir em mais áreas e será preponderante na decisão do orçamento da União Europeia. O Tratado de Lisboa cria um novo mecanismo de subsidiariedade entre os vários parlamentos nacionais e aUnião Europeia, o qual permitirá assegurar que a União Europeia só intervenha nos casos em que possa obter melhores resultados, comparativamente a uma intervenção de nível nacional. O Tratado de Lisboa passa a reconhecer a cada Estado-membro a liberdade de poder sair da União Europeia. Com o Tratado de Lisboa são reforçados os direitos dos cidadãos da União Europeia, garantindo os princípios da Carta dos Direitos Fundamentais através da vinculação jurídica das suas disposições. O Tratado de Lisboa aumenta a representatividade dos cidadãos na apresentação de novas propostas para apolítica europeia, a qual passa a requerer um mínimo de um milhão de cidadãos proponentes, os quais deverão ser oriundos de um número significativo de Estados-membros da União Europeia. É estabelecida uma política europeia de acção conjunta entre a União Europeia e os seus Estados- membros como forma de resposta solidária, designadamente, e de acordo com os termos do Tratado de Lisboa, nas área da energia e da segurança nos casos específicos de atentado terrorista ou de catástrofe, seja ela natural ou resultado de acção humana. O Tratado de Lisboa institui novas disposições legais que reforçam a reacção da União em matéria de segurança dos cidadãos europeus em caso de ameaça. Finalmente, o Tratado de Lisboa consigna a constituição de um órgão composto por um pequeno grupo de Estados-membros com poder decisório na política europeia de segurança e defesa.
  • 2. O Tratado de Lisboa resulta das negociações mantidas entre os Estados-membros da União Europeia, da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu durante a conferência intergovernamental realizada a 13 de Dezembro de 2007 em Lisboa, na qual ficou aprovado. O Tratado de Lisboa, ratificado pelos 27 Estados-membros,s ervirá de base orientadora à acção da União Europeia que visa dar respostas sobretudo a questões como a globalização, as alterações climáticas, a segurança e a energia. http://tratadodelisboa.com/