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Faculdade de Odontologia 
Disciplina de Odontologia em Saúde Coletiva II 
Hierarquização e 
Epidemiologia das 
Doenças Bucais 
Professora Me. Adélia Delfina da Motta Silva Correia 
Campo Grande, 22 de setembro de 2014
Contextualização das Doenças Bucais 
no Mundo 
 As doenças bucais de maior prevalência continuam sendo a cárie 
dentária, doença periodontal e câncer de boca. Em muito países em 
desenvolvimento o acesso aos serviços de saúde bucal é limitado e 
dentes geralmente não são tratados ou são extraídos devido a dor ou 
desconforto. 
 Infelizmente no mundo, a perda de dentes ainda é vista por muitas 
pessoas como uma consequência natural do envelhecimento. Enquanto 
em alguns países industrializados existe uma tendência positiva de 
redução da perda dentária em adultos no últimos anos, a proporção de 
adultos edêntulos acima de 65 anos de idade ainda é alta. Nos EUA 26% 
dessa população já perdeu algum dente, na Finlândia 41 e no Reino Unido 
46 . Segundo o último levantamento epidemiológico de saúde bucal 
realizado no Brasil em 2010, nossos idosos já perderam em média 25 
dentes.
Contextualização das Doenças Bucais 
no Mundo 
 As ações prioritárias para a melhoria das condições de saúde bucal são, conforme 
recomendado pela WHO: 
 Uso efetivo de Fluoretos 
 Dieta e nutrição saudáveis 
 Controle do Tabaco 
 Saúde bucal para jovens e crianças através de escolas promotoras de saúde 
 Melhoria na saúde bucal entre os idosos 
 Saúde bucal, saúde geral e qualidade de vida 
 Sistemas de saúde bucal 
 HIV/AIDS e saúde bucal Sistemas de informação em saúde bucal, evidências em prol 
de políticas de saúde bucal e formulação de metas 
 Pesquisa em prol da saúde bucal 
Petersen, 2008
Contextualização das Doenças Bucais 
no Mundo 
 Bases políticas para Programas de Saúde Bucal 
 Saúde bucal é integral e essencial à saúde geral 
 Saúde bucal é um fator determinante para a 
qualidade de vida 
 Saúde bucal - saúde geral 
 Cuidados próprios de saúde bucal reduzem 
mortalidade prematura 
 Qual é o peso da doença oral? 
 O peso das doenças orais e fatores de risco 
comuns 
 Vigilância em saúde bucal e metas 
WHO, 2003
Contextualização das Doenças Bucais 
no Mundo
Contextualização das Doenças Bucais 
no Mundo
Contextualização das Doenças Bucais 
no Mundo
Contextualização das Doenças Bucais 
no Mundo
Contextualização das Doenças Bucais 
no Mundo
Contextualização das Doenças Bucais 
no Mundo
Contextualização das Doenças Bucais 
no Mundo 
 Doenças bucais: um problema de saúde para a Europa 
 Doenças orais, incluindo a cárie dentária e doenças periodontais, 
estão entre os mais importantes encargos globais de saúde, 
afetando a maioria das crianças em idade escolar e adultos ao 
redor do mundo. 
 Apesar de uma melhoria na prevalência de cárie dentária em 
crianças e adultos jovens na Europa Ocidental e um declínio no 
percentual de pessoas sem dentes naturais, cáries continuam a ser 
um grande problema, especialmente na Europa Oriental e em 
grupos socioeconomicamente desfavorecidos em todos os países 
membros da União Europeia. 
 Apenas 41% dos europeus ainda afirmam ter todos os seus dentes 
originais. 
 No Reino Unido, quase um em cada quatro adultos ainda não 
escova os dentes duas vezes por dia e um terço das pessoas ainda 
só escova os dentes uma vez por dia, ou menos. 
The State of Oral health in Europe (2012)
Contextualização das Doenças Bucais 
no Mundo 
 Doenças bucais: um problema de saúde para a Europa 
 O câncer de boca é o quinto tipo de câncer mais importante para os homens 
na Europa. 
 Na Hungria, 3.800 novos casos são diagnosticados a cada ano, com cerca de 
1.700 mortes associadas. Em comparação, quase 6.000 novos casos de câncer 
de boca são diagnosticados no Reino Unido a cada ano e mais de 1.800 
pessoas morrem de câncer de boca por ano no UK. 
 Se a Alemanha é feita como um exemplo, cerca de uma em cada cinco 
pessoas sofre de periodontite, de acordo com a OMS. Devido às insuficiências 
da epidemiologia periodontal, está longe de ser claro se a saúde periodontal 
da população europeia está a melhorar. No entanto, é claro que o número de 
diabéticos está aumentando e que mais pessoas estão retendo seus dentes em 
sua velhice. Esses grupos estão em maior risco de destruição periodontal. 
 Existem profundas disparidades de saúde bucal entre os países da UE, 
relacionadas ao nível socioeconômico, idade, sexo ou estado geral de saúde, 
tal como reconhecido pelo Parlamento Europeu na sua resolução sobre 
Desigualdades em Saúde (2010). A utilização de serviços odontológicos é 
consideravelmente maior entre os grupos de alta renda em relação aos grupos 
de baixa renda. 
The State of Oral health in Europe (2012)
Contextualização das Doenças Bucais 
no Mundo 
O custo das doenças orais na Europa 
 A Doença Oral é a quarta doença mais dispendiosa de tratar. 
Atendimento odontológico curativo tradicional é um ônus 
econômico significativo para muitos países industrializados, onde 5- 
10% das despesas de saúde pública relaciona-se com a saúde 
bucal. 
 Em toda a UE, a prestação de cuidados de saúde oral foi estimada 
em valor superior a 54 mil milhões de euros por ano em 2000 e o 
número tem aumentado substancialmente desde então. 
 Só na Alemanha, 18,000,000,000 € são gastos anualmente em 
serviços odontológicos pela sistema seguro de saúde de 
estatutários, além de passar ainda por outras fontes. 
 O custo de manutenção de dentes, especialmente para adultos, na 
segunda metade de suas vidas, que frequentemente têm dentes 
muito restaurados, é elevado. Neste contexto, a evolução 
demográfica representa um desafio para a saúde oral. 
The State of Oral health in Europe (2012)
Doenças Bucais no Brasil 
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
 1º Levantamento de abrangência nacional teve seus resultados divulgados 
em 1988, organizado pela Divisão Nacional de Saúde Bucal (DNSB) do 
Ministério da Saúde, sob o comando do Dr. Vitor Gomes Pinto. 
 Foi realizado em1986, com base nas seguintes justificativas: 
1. “o reconhecimento de que, somente com dados fidedignos tornar-se-ia 
possível o desenvolvimento de ações preventivas, educativas e curativas com 
a necessária amplitude no país” 
2. “a evidência de que a demanda por serviços odontológicos é limitada (...)” 
3. “a possibilidade cada vez mais próxima e concreta de implementação de um 
programa nacional de saúde pública em odontologia, para o qual esses 
subsídios são essenciais” 
Oliveira,2006
Doenças Bucais no Brasil 
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Em suma, de uma maneira ou de outra, se 
falava, concretamente – provavelmente pela primeira 
vez em caráter nacional – no estabelecimento de um 
modelo de atenção à saúde bucal de base 
epidemiológica. Neste sentido, o levantamento de 1986 
pode ser considerado um marco no desenvolvimento 
da epidemiologia em saúde bucal no país, a despeito 
de suas limitações(...). 
Oliveira, 2006
Doenças Bucais no Brasil 
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Levantamento de 1986 
6 até12 anos – 15.480 exames em escolas 
15 a 19 anos 
35 a 44 anos exames domiciliares 
50 a 59 anos 
Avaliação de cárie e doença periodontal 
Somente em zona urbana de 16 capitais 
Oliveira,2006
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Levantamento de 1986 
Doenças Bucais no Brasil 
Oliveira,2006
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Levantamento de 1986 
Doenças Bucais no Brasil 
Oliveira,2006
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Levantamento de 1986 
Doenças Bucais no Brasil 
Oliveira,2006
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Levantamento de 1986 
Doenças Bucais no Brasil 
Oliveira,2006
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Levantamento de 1986 
Doenças Bucais no Brasil 
Oliveira,2006
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Levantamento de 1986 
Doenças Bucais no Brasil 
Oliveira,2006
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Levantamento de 1986 
Doenças Bucais no Brasil 
Oliveira,2006
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Levantamento de 1986 
Doenças Bucais no Brasil 
Oliveira,2006
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Levantamento de 1986 
Doenças Bucais no Brasil 
Oliveira,2006
Metas Estabelecidas para 2010 
OMS/FDI, Suécia, 1993 
METAS 
ANO 
IDADE 
12 ANOS 18 ANOS 35-44 
ANOS 
65-74 
ANOS 
2010 
CPO-D <1 100% P=O 
90% com 20 
ou+ dentes; 
até 2% 
desdentados 
Até 5% 
desdentados 
Fonte: BRASIL, 2001.
Doenças Bucais no Brasil 
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Levantamento de 1993 
☻3 a 14 anos 
☻ Realizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) 
☻ Financiamento Ministério da Saúde e Kolynos do 
Brasil 
☻ Amostra “enviesada” – escolas do SESI na amostra 
☻ Coordenado por Dr. Vitor Gomes Pinto 
☻ 110.640 crianças em 114 cidades de 22 unidades 
federadas 
☻ 52.190 de escolas públicas e 58.450 de escolas do 
SESI SESI, 1993
Levantamento de 1993 
SESI, 1993 
Doenças Bucais no Brasil 
Estudos Epidemiológicos Nacionais
Levantamento de 1993 
SESI, 1993 
Doenças Bucais no Brasil 
Estudos Epidemiológicos Nacionais
Levantamento de 1993 
SESI, 1993 
Doenças Bucais no Brasil 
Estudos Epidemiológicos Nacionais
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Levantamento de 1996 
Doenças Bucais no Brasil 
☻Realizado pela Coordenação de Saúde Bucal do 
Ministério da Saúde (COSAB), em 2 etapas, sendo que a 
segunda não aconteceu 
☻ 6 a 12 anos 
☻ CRO, ABO, SES 
☻ Escolas públicas e privadas 
☻ Sofreu várias críticas 
Oliveira,2006
Levantamento de 1996 
Doenças Bucais no Brasil 
Estudos Epidemiológicos Nacionais
Levantamento de 1996 
Doenças Bucais no Brasil 
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Oliveira,2006
Levantamento de 1996 
Doenças Bucais no Brasil 
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Oliveira,2006
Levantamento de 1996 
Doenças Bucais no Brasil 
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Oliveira,2006
 O declínio da cárie dentária na população infantil está ocorrendo de forma desigual na população 
brasileira. 
 Em relação à população infantil, tanto na dentição decídua quanto na permanente são notáveis as 
diferenças na distribuição do ataque de cárie. Essas diferenças foram observadas tanto na experiência 
global (CPO- D/ceo-d) quanto na análise por componentes. As crianças do Norte e Nordeste do País 
apresentaram os maiores números de dentes cariados não tratados. Essas diferenças são ainda mais 
marcantes na análise por porte municipal e entre os adolescentes. O ataque de cárie e o número de 
dentes perdidos entre adultos e idosos são profundamente elevados. 
 A identificação de bolsa periodontal durante o exame indica agravamento das condições do órgão de 
suporte dentário relacionadas à presença e/ou risco de infecção periodontal. Região da boca excluída do 
exame reflete incapacidade funcional gerada por mobilidade e/ou perda do órgão dental. Cerca de 10% 
dos adultos brasileiros possuíam bolsa periodontal em uma ou mais regiões da boca. Praticamente a 
mesma proporção de adultos apresentou pelo menos um sextante da boca excluído, sendo que esse 
problema atinge mais da metade dos idosos. 
 A perda dentária precoce é grave. A necessidade de algum tipo de prótese começa a surgir a partir da 
faixa etária de 15 a 19 anos de idade. 
 O edentulismo continua sendo um grave problema em nosso País, especialmente entre os idosos. 
Disparidades relacionadas ao acesso a serviços também foram identificadas. 
BRASIL, 2004
Brasil, 2011
Brasil, 2011
Brasil, 2011
Brasil, 2011
Entre quem necessita 
estão os que não 
usam e precisam usar 
e os que já usam e 
precisam trocar. 
Brasil, 2011
 O primeiro inquérito nacional, realizado em 16 capitais em 1986, mostrou um CPO aos 12 anos de 6,7, ou seja, 
aproximadamente 7 dentes afetados pela doença, sendo a maioria destes ainda sem tratamento. Em 2003 foi realizado o 
primeiro inquérito de saúde bucal que incluiu, além de todas as 27 capitais, os municípios do interior das cinco regiões, 
pesquisa que ficou conhecida como Projeto SBBrasil 2003. Naquele estudo, o CPO aos 12 anos foi igual a 2,78 e, nesta 
pesquisa de 2010, o CPO aos 12 anos ficou em 2,07, correspondendo a uma redução de 26,2% em 7 anos. Considerando o 
componente do CPO relativo especificamente aos dentes não tratados (cariados), a redução foi de mesma magnitude (de 
1,62 para 1,21). 
 Entre os adolescentes de 15 a 19 anos, a média de dentes afetados foi de 4,25, mais que o dobro do número médio 
encontrado aos 12 anos. Esta evolução do CPO entre a infância e a adolescência tem sido um achado comum em outros 
estudos no Brasil e no mundo. Comparando-se com 2003, contudo, a redução no componente “cariado” foi de 35% (de 
2,60 dentes em 2003 para 1,70 em 2010). 
 No que diz respeito aos adultos e idosos, em geral a redução no ataque de cárie é menos significativa, tendo em conta o 
caráter cumulativo das sequelas da doença. Entre os idosos de 65 a 74 anos, por exemplo, o CPO praticamente não se 
alterou, ficando em 27,5 em 2010, enquanto que, em 2003, a média era de 27,8, com a maioria correspondendo ao 
componente “extraído”. Entretanto, analisando os resultados para o grupo de 35 a 44 anos, observa-se que o CPO caiu de 
20,1 para 16,7 – um declínio de 17%. Mais importante: observa-se que os componentes “cariado” e “perdido” caíram mais 
acentuadamente enquanto que o componente “obturado” cresceu em termos relativos. Sinteticamente, o componente 
“perdido” cai de 13,23 para 7,48 enquanto que o componente “obturado” cresce de 4,22 para 7,33 (um aumento de 
73,7%). Em linhas gerais, isso significa que a população adulta de 35 a 44 anos, ao longo dos últimos sete anos, está tendo 
um menor ataque de cárie e está, também, tendo um maior acesso a serviços odontológicos para restaurações dentárias. 
Esta é uma importantíssima inversão de tendência registrada no país: os procedimentos mutiladores, representados pelas 
extrações de dentes, cedendo espaço aos tratamentos restauradores.
 Ainda com relação à cárie dentária, cabe destaque às importantes diferenças regionais. Comparando-se 
as regiões naturais, são expressivas as diferenças nas médias do CPO aos 12 anos: o Norte (com 3,16) e o 
Nordeste (com 2,63) e também o Centro-Oeste (com 2,63) têm situação pior que as regiões Sudeste (1,72) e 
Sul (2,06). Os valores extremos (Norte e Sudeste) mostram uma diferença de cerca de 84%. Além disso, no 
Nordeste a proporção de dentes restaurados em relação ao CPO total é menor que no Sudeste, indicando 
que o maior ataque da doença combina-se com menor acesso aos serviços odontológicos. 
Comparativamente ao observado em 2003, esse padrão de diferenças regionais se manteve. 
 Cabe ressaltar, também, que atenção especial deve ser dada à dentição decídua, pois o ataque de cárie 
em crianças de cinco anos foi, em média, de 2,43 dentes. Desses, menos de 20% estavam tratados no 
momento em que os exames epidemiológicos foram realizados. Em 2003 a média nessa idade era de 2,8 
dentes afetados – uma redução, portanto, de apenas 13,9% em 7 anos. Além disso, a proporção de dentes 
não tratados se manteve no mesmo patamar de 80%. 
 Em termos internacionais, úteis para comparações, o último estudo sobre carga de doença bucal no 
mundo foi realizado pela OMS em 2004. Na ocasião, o CPO médio mundial aos 12 anos (dados ponderados 
de 188 países) foi de 1,6. Na região correspondente às Américas, a média ficou em 2,8 e, na Europa, em 1,6. 
As regiões responsáveis pela baixa média mundial são a África e o Sudeste Asiático, que apresentam valores 
médios baixos, geralmente explicados pelo baixo consumo de açúcares.
 Comparando-se o Brasil com países de mesmo grau de desenvolvimento na Europa e na América, a média 
brasileira se situa em um valor intermediário. Dentro da América do Sul, apenas a Venezuela apresenta 
média de CPO aos 12 anos semelhante à brasileira (2,1). Os demais países possuem médias mais altas, 
como a Argentina (3,4), Colômbia (2,3), Paraguai (2,8), Bolívia (4,7) e Peru (3,7). 
 Os resultados do Projeto SB Brasil 2010 indicam que, segundo a classificação adotada pela OMS, o Brasil saiu 
de uma condição de média prevalência de cárie em 2003 (CPO entre 2,7 e 4,4), para uma condição de 
baixa prevalência em 2010 (CPO entre 1,2 e 2,6). 
 No que diz respeito às condições periodontais, avaliadas pelo Índice Periodontal Comunitário (CPI), em 
termos populacionais, estes problemas aumentam, de modo geral, com a idade. Os resultados do Projeto SB 
Brasil 2010 indicam que o percentual de indivíduos sem nenhum problema periodontal foi de 63% para a 
idade de 12 anos, 50,9% para a faixa de 15 a 19 anos, 17,8% para os adultos de 35 a 44 anos e somente 1,8% 
nos idosos de 65 a 74 anos. 
 A presença de cálculo e sangramento é mais comum aos 12 anos e entre os adolescentes. As formas mais 
graves da doença periodontal aparecem de modo mais significativo nos adultos (35 a 44 anos), em que se 
observa uma prevalência de 19,4%. Nos idosos, os problemas gengivais têm pequena expressão em termos 
populacionais, em decorrência do reduzido número de dentes presentes.
 Quanto às diferenças regionais, cabe menção ao percentual de adolescentes sem problemas 
gengivais, que varia de 30,8% na região Norte a 56,8% na região Sudeste. 
 Com relação ao edentulismo, avaliado pela necessidade de prótese dentária, é importante 
destacar que, no Projeto SB Brasil 2010, as necessidades de próteses dentárias foram estimadas 
com a finalidade de proporcionar subsídios para o planejamento dos serviços de atenção 
secundária de caráter reabilitador. As próteses dentárias referidas foram a parcial e a total e 
buscou-se verificar se a necessidade ocorria em um ou nos dois maxilares. 
 Entre os adolescentes, 13,7% necessitam próteses parciais em um maxilar (10,3%) ou nos dois 
maxilares (3,4%). Não houve registro para necessidade de próteses totais. Em 2003, 27% dos 
adolescentes necessitavam algum tipo de prótese. Assim, constata-se importante redução de 
52% nas necessidades de prótese entre adolescentes. 
 Para os adultos, a necessidade de algum tipo de prótese ocorre em 68,8% dos casos, sendo que 
a maioria (41,3%) é relativa à prótese parcial em um maxilar. Em 1,3% dos casos, há necessidade 
de prótese total em pelo menos um maxilar. Importante destacar que este percentual em 2003 
era de 4,4%, portanto a redução corresponde a 70%.
 Em idosos de 65 a 74 anos, 23,9% necessitam de prótese total em pelo menos um maxilar e 15,4% 
necessitam de prótese total dupla, ou seja, nos dois maxilares. Estes números estão muito próximos 
dos encontrados em 2003. 
 Os problemas de oclusão dentária, como mordida aberta, mordida cruzada, apinhamentos e 
desalinhamentos dentários, sobremordidas e protrusões, dentre outros, foram avaliados em 
crianças de 12 anos e em adolescentes (15 a 19 anos). Aos 12 anos, 38,8% apresentam problemas 
de oclusão. Em 19,9% dessas crianças, os problemas se expressam na forma mais branda. Mas 
19,0% têm oclusopatia severa ou muito severa, sendo estas as condições que requerem 
tratamento mais imediato, constituindo-se em prioridade em termos de Saúde Pública. 
 Outros agravos e condições importantes foram também avaliados nesta pesquisa, sendo que em 
alguns casos, por conta do ineditismo da mensuração do agravo (como foi o caso do traumatismo 
dentário), não são possíveis, neste momento, estabelecer comparações com dados anteriores. De 
todo modo, estes dados são muito importantes para estabelecer uma linha base que servirá como 
instrumento de planejamento das ações no momento atual e também para projetar metas futuras.
Fonte: Brasil, 2011
Fonte: Brasil, 2011
Fonte: Brasil, 2011
Fonte: Brasil, 2011
Fonte: Brasil, 2011
Fonte: Brasil, 2011
Fonte: Brasil, 2011
Fonte: Brasil, 2011
Martins et al., 2005
Doenças Bucais no Brasil 
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Dados do INCA 
☻ O câncer de cavidade oral é considerado um problema de saúde pública em todo o 
mundo. A última estimativa mundial apontou que ocorreriam cerca de 300 mil casos novos e 
145 mil óbitos, para o ano de 2012, por câncer de boca e lábio (C00-08). Desses, cerca de 80% 
ocorreram em países em desenvolvimento. As mais altas taxas de incidência foram observadas 
em populações da Melanésia, do Centro-Sul Asiático, da Europa Oriental, Central e Ocidental, 
da África e da América Central. 
☻ Os principais fatores de risco para o câncer da cavidade oral são: tabagismo, etilismo, 
infecções por HPV, principalmente pelo tipo 16, e exposição à radiação UVA solar (câncer de 
lábio). Contudo, entre tais fatores, destacam-se o tabagismo e o etilismo. Estudos mostram um 
risco muito maior de desenvolver câncer na cavidade oral em indivíduos tabagistas e etilistas 
do que na população em geral, evidenciando a existência de uma sinergia entre o tabagismo 
e o etilismo. Ressaltam ainda um aumento no risco de acordo com o tempo que a pessoa fuma, 
com o número de cigarros fumados por dia e com a frequência de ingestão de bebidas 
alcoólicas. 
☻ A dieta também parece exercer um papel importante na prevenção desse tipo de câncer. 
Alguns estudos de base hospitalar reportam que o aumento da ingestão de frutas e vegetais 
contribui para a diminuição do risco de desenvolver essa neoplasia. 
BRASIL, 2014
Doenças Bucais no Brasil 
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Dados do INCA 
☻ As taxas de incidência para câncer de cavidade oral relacionado à infecção pelo HPV, 
como amígdala, base da língua e orofaringe, vêm aumentando entre a população de adultos 
jovens em ambos os sexos. Parte desse aumento pode ser em razão de mudanças no 
comportamento sexual. 
☻ Apesar disso, as taxas de mortalidade por câncer da cavidade oral apresentam um 
declínio na maioria das populações masculinas. Contudo, em mulheres, esse comportamento 
ainda não pode ser observado, porque o início do uso do tabaco por elas foi posterior ao dos 
homens. 
☻ A melhor forma de diminuir a incidência dessa doença é controlar os fatores de risco que 
conhecidamente favorecem seu desenvolvimento. Para reduzir a mortalidade, é necessário 
que haja diagnóstico precoce feito por meio do exame clínico dos tecidos da boca, realizado 
obrigatoriamente por um profissional de saúde capacitado, com o qual será possível identificar 
tanto lesões potencialmente malignas quanto o câncer em estágios iniciais, possibilitando um 
tratamento menos agressivo e o aumento da sobrevida. O autoexame não deve ser 
preconizado como método preventivo com o risco de mascarar lesões e retardar o diagnóstico 
do tumor. 
BRASIL, 2014
Doenças Bucais no Brasil 
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Estimativas do INCA para o Brasil em 2014 
BRASIL, 2014
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Estimativas do INCA 
Doenças Bucais no Brasil 
☻Estimam-se, para o Brasil, no ano de 2014, 11.280 casos novos de câncer 
da cavidade oral em homens e 4.010 em mulheres. Tais valores correspondem 
a um risco estimado de 1,54 casos novos a cada 100 mil homens e 3,92 a 
cada 100 mil mulheres. 
☻ Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer da cavidade 
oral em homens é o quarto mais frequente nas regiões Sudeste (15,48/ 100 
mil) e Nordeste (7,16/100 mil). Na região Centro-Oeste, é o quinto (8,18/ 100 
mil). Nas regiões Sul (15,21/ 10mil) e Norte (3,21/ 100 mil), o sexto. 
☻ Para as mulheres, é o nono mais frequente nas regiões Sudeste (4,88/ 100 
mil) e Nordeste (3,72/ 100 mil). Na região Norte (1,60/ 100 mil), ocupa a 11ª 
posição. Na região Centro-Oeste (3,30/ 100 mil), é o 12º mais frequente e, na 
região Sul 3,09/ 100 mil), o 15º. 
BRASIL, 2014
Doenças Bucais no Brasil 
Estudos Epidemiológicos Nacionais 
Estimativas do INCA para Mato Grosso do Sul 
e Campo Grande, 2014 
BRASIL, 2014
Relações das Doenças Bucais com a Realidade 
Socioeconômica no Brasil – 
Produção Social de Doenças 
Diagrama de Influência em Camadas de Dahlgren e Whitehead 
Fonte: Comissão de Determinantes de Saúde (2005)
Relações das Doenças Bucais com a Realidade 
Socioeconômica no Brasil – 
Produção Social de Doenças 
Barros, 2007
Relações das Doenças Bucais com a Realidade 
Socioeconômica no Brasil – 
Produção Social de Doenças 
BASTOS et al., 2007
Relações das Doenças Bucais com a Realidade 
Socioeconômica no Brasil – 
Produção Social de Doenças 
Pitts et al., 2011
Relações das Doenças Bucais com a 
Realidade Socioeconômica no Brasil – 
Produção Social de Doenças 
 Tem sido sugerido que os determinantes sociais da saúde (ou seja , formação educacional, 
status econômico, as condições de vida ,estilos de vida e ambiente de trabalho) são em 
grande parte responsáveis pela desigualdades na saúde oral e periodontal em todo o 
mundo (Petersen et al., 2005 ; Petersen; Kwan , 2010). 
 Entre as três mais comuns doenças bucais ( cárie dentária, doença periodontal e câncer 
oral), a doença periodontal apresenta a associação mais forte com os determinantes sociais, 
econômicos e as variáveis de risco comportamentais (Hobdell et al. , 2003). 
 Estes determinantes podem afetar uma gama de efeitos na saúde oral , como aumentar a 
exposição a fatores de risco e dificultar o acesso e utilização de serviços de saúde bucal. 
 Portanto, intervenções que modificam o ambiente socioeconômico e capazes de melhorar o 
controle dos fatores de risco são estratégias importantes para a promoção da saúde bucal 
na comunidade. 
 Além disso, essas intervenções precisam ser integradas com os esforços globais na prevenção 
de doenças crônicas e promoção da saúde geral ( Petersen e Kwan , 2010; Marmot e Bell, 
2011). 
Jin et al., 2011
Relações das Doenças Bucais com a Realidade 
Socioeconômica no Brasil – 
Produção Social de Doenças 
Giannobile; Joskow, 2012

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Epidemiologia das doenças bucais

  • 1. Faculdade de Odontologia Disciplina de Odontologia em Saúde Coletiva II Hierarquização e Epidemiologia das Doenças Bucais Professora Me. Adélia Delfina da Motta Silva Correia Campo Grande, 22 de setembro de 2014
  • 2. Contextualização das Doenças Bucais no Mundo  As doenças bucais de maior prevalência continuam sendo a cárie dentária, doença periodontal e câncer de boca. Em muito países em desenvolvimento o acesso aos serviços de saúde bucal é limitado e dentes geralmente não são tratados ou são extraídos devido a dor ou desconforto.  Infelizmente no mundo, a perda de dentes ainda é vista por muitas pessoas como uma consequência natural do envelhecimento. Enquanto em alguns países industrializados existe uma tendência positiva de redução da perda dentária em adultos no últimos anos, a proporção de adultos edêntulos acima de 65 anos de idade ainda é alta. Nos EUA 26% dessa população já perdeu algum dente, na Finlândia 41 e no Reino Unido 46 . Segundo o último levantamento epidemiológico de saúde bucal realizado no Brasil em 2010, nossos idosos já perderam em média 25 dentes.
  • 3.
  • 4. Contextualização das Doenças Bucais no Mundo  As ações prioritárias para a melhoria das condições de saúde bucal são, conforme recomendado pela WHO:  Uso efetivo de Fluoretos  Dieta e nutrição saudáveis  Controle do Tabaco  Saúde bucal para jovens e crianças através de escolas promotoras de saúde  Melhoria na saúde bucal entre os idosos  Saúde bucal, saúde geral e qualidade de vida  Sistemas de saúde bucal  HIV/AIDS e saúde bucal Sistemas de informação em saúde bucal, evidências em prol de políticas de saúde bucal e formulação de metas  Pesquisa em prol da saúde bucal Petersen, 2008
  • 5. Contextualização das Doenças Bucais no Mundo  Bases políticas para Programas de Saúde Bucal  Saúde bucal é integral e essencial à saúde geral  Saúde bucal é um fator determinante para a qualidade de vida  Saúde bucal - saúde geral  Cuidados próprios de saúde bucal reduzem mortalidade prematura  Qual é o peso da doença oral?  O peso das doenças orais e fatores de risco comuns  Vigilância em saúde bucal e metas WHO, 2003
  • 12. Contextualização das Doenças Bucais no Mundo  Doenças bucais: um problema de saúde para a Europa  Doenças orais, incluindo a cárie dentária e doenças periodontais, estão entre os mais importantes encargos globais de saúde, afetando a maioria das crianças em idade escolar e adultos ao redor do mundo.  Apesar de uma melhoria na prevalência de cárie dentária em crianças e adultos jovens na Europa Ocidental e um declínio no percentual de pessoas sem dentes naturais, cáries continuam a ser um grande problema, especialmente na Europa Oriental e em grupos socioeconomicamente desfavorecidos em todos os países membros da União Europeia.  Apenas 41% dos europeus ainda afirmam ter todos os seus dentes originais.  No Reino Unido, quase um em cada quatro adultos ainda não escova os dentes duas vezes por dia e um terço das pessoas ainda só escova os dentes uma vez por dia, ou menos. The State of Oral health in Europe (2012)
  • 13. Contextualização das Doenças Bucais no Mundo  Doenças bucais: um problema de saúde para a Europa  O câncer de boca é o quinto tipo de câncer mais importante para os homens na Europa.  Na Hungria, 3.800 novos casos são diagnosticados a cada ano, com cerca de 1.700 mortes associadas. Em comparação, quase 6.000 novos casos de câncer de boca são diagnosticados no Reino Unido a cada ano e mais de 1.800 pessoas morrem de câncer de boca por ano no UK.  Se a Alemanha é feita como um exemplo, cerca de uma em cada cinco pessoas sofre de periodontite, de acordo com a OMS. Devido às insuficiências da epidemiologia periodontal, está longe de ser claro se a saúde periodontal da população europeia está a melhorar. No entanto, é claro que o número de diabéticos está aumentando e que mais pessoas estão retendo seus dentes em sua velhice. Esses grupos estão em maior risco de destruição periodontal.  Existem profundas disparidades de saúde bucal entre os países da UE, relacionadas ao nível socioeconômico, idade, sexo ou estado geral de saúde, tal como reconhecido pelo Parlamento Europeu na sua resolução sobre Desigualdades em Saúde (2010). A utilização de serviços odontológicos é consideravelmente maior entre os grupos de alta renda em relação aos grupos de baixa renda. The State of Oral health in Europe (2012)
  • 14. Contextualização das Doenças Bucais no Mundo O custo das doenças orais na Europa  A Doença Oral é a quarta doença mais dispendiosa de tratar. Atendimento odontológico curativo tradicional é um ônus econômico significativo para muitos países industrializados, onde 5- 10% das despesas de saúde pública relaciona-se com a saúde bucal.  Em toda a UE, a prestação de cuidados de saúde oral foi estimada em valor superior a 54 mil milhões de euros por ano em 2000 e o número tem aumentado substancialmente desde então.  Só na Alemanha, 18,000,000,000 € são gastos anualmente em serviços odontológicos pela sistema seguro de saúde de estatutários, além de passar ainda por outras fontes.  O custo de manutenção de dentes, especialmente para adultos, na segunda metade de suas vidas, que frequentemente têm dentes muito restaurados, é elevado. Neste contexto, a evolução demográfica representa um desafio para a saúde oral. The State of Oral health in Europe (2012)
  • 15. Doenças Bucais no Brasil Estudos Epidemiológicos Nacionais  1º Levantamento de abrangência nacional teve seus resultados divulgados em 1988, organizado pela Divisão Nacional de Saúde Bucal (DNSB) do Ministério da Saúde, sob o comando do Dr. Vitor Gomes Pinto.  Foi realizado em1986, com base nas seguintes justificativas: 1. “o reconhecimento de que, somente com dados fidedignos tornar-se-ia possível o desenvolvimento de ações preventivas, educativas e curativas com a necessária amplitude no país” 2. “a evidência de que a demanda por serviços odontológicos é limitada (...)” 3. “a possibilidade cada vez mais próxima e concreta de implementação de um programa nacional de saúde pública em odontologia, para o qual esses subsídios são essenciais” Oliveira,2006
  • 16. Doenças Bucais no Brasil Estudos Epidemiológicos Nacionais Em suma, de uma maneira ou de outra, se falava, concretamente – provavelmente pela primeira vez em caráter nacional – no estabelecimento de um modelo de atenção à saúde bucal de base epidemiológica. Neste sentido, o levantamento de 1986 pode ser considerado um marco no desenvolvimento da epidemiologia em saúde bucal no país, a despeito de suas limitações(...). Oliveira, 2006
  • 17. Doenças Bucais no Brasil Estudos Epidemiológicos Nacionais Levantamento de 1986 6 até12 anos – 15.480 exames em escolas 15 a 19 anos 35 a 44 anos exames domiciliares 50 a 59 anos Avaliação de cárie e doença periodontal Somente em zona urbana de 16 capitais Oliveira,2006
  • 18. Estudos Epidemiológicos Nacionais Levantamento de 1986 Doenças Bucais no Brasil Oliveira,2006
  • 19. Estudos Epidemiológicos Nacionais Levantamento de 1986 Doenças Bucais no Brasil Oliveira,2006
  • 20. Estudos Epidemiológicos Nacionais Levantamento de 1986 Doenças Bucais no Brasil Oliveira,2006
  • 21. Estudos Epidemiológicos Nacionais Levantamento de 1986 Doenças Bucais no Brasil Oliveira,2006
  • 22. Estudos Epidemiológicos Nacionais Levantamento de 1986 Doenças Bucais no Brasil Oliveira,2006
  • 23. Estudos Epidemiológicos Nacionais Levantamento de 1986 Doenças Bucais no Brasil Oliveira,2006
  • 24. Estudos Epidemiológicos Nacionais Levantamento de 1986 Doenças Bucais no Brasil Oliveira,2006
  • 25. Estudos Epidemiológicos Nacionais Levantamento de 1986 Doenças Bucais no Brasil Oliveira,2006
  • 26. Estudos Epidemiológicos Nacionais Levantamento de 1986 Doenças Bucais no Brasil Oliveira,2006
  • 27. Metas Estabelecidas para 2010 OMS/FDI, Suécia, 1993 METAS ANO IDADE 12 ANOS 18 ANOS 35-44 ANOS 65-74 ANOS 2010 CPO-D <1 100% P=O 90% com 20 ou+ dentes; até 2% desdentados Até 5% desdentados Fonte: BRASIL, 2001.
  • 28. Doenças Bucais no Brasil Estudos Epidemiológicos Nacionais Levantamento de 1993 ☻3 a 14 anos ☻ Realizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) ☻ Financiamento Ministério da Saúde e Kolynos do Brasil ☻ Amostra “enviesada” – escolas do SESI na amostra ☻ Coordenado por Dr. Vitor Gomes Pinto ☻ 110.640 crianças em 114 cidades de 22 unidades federadas ☻ 52.190 de escolas públicas e 58.450 de escolas do SESI SESI, 1993
  • 29. Levantamento de 1993 SESI, 1993 Doenças Bucais no Brasil Estudos Epidemiológicos Nacionais
  • 30. Levantamento de 1993 SESI, 1993 Doenças Bucais no Brasil Estudos Epidemiológicos Nacionais
  • 31. Levantamento de 1993 SESI, 1993 Doenças Bucais no Brasil Estudos Epidemiológicos Nacionais
  • 32. Estudos Epidemiológicos Nacionais Levantamento de 1996 Doenças Bucais no Brasil ☻Realizado pela Coordenação de Saúde Bucal do Ministério da Saúde (COSAB), em 2 etapas, sendo que a segunda não aconteceu ☻ 6 a 12 anos ☻ CRO, ABO, SES ☻ Escolas públicas e privadas ☻ Sofreu várias críticas Oliveira,2006
  • 33. Levantamento de 1996 Doenças Bucais no Brasil Estudos Epidemiológicos Nacionais
  • 34. Levantamento de 1996 Doenças Bucais no Brasil Estudos Epidemiológicos Nacionais Oliveira,2006
  • 35. Levantamento de 1996 Doenças Bucais no Brasil Estudos Epidemiológicos Nacionais Oliveira,2006
  • 36. Levantamento de 1996 Doenças Bucais no Brasil Estudos Epidemiológicos Nacionais Oliveira,2006
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 40.  O declínio da cárie dentária na população infantil está ocorrendo de forma desigual na população brasileira.  Em relação à população infantil, tanto na dentição decídua quanto na permanente são notáveis as diferenças na distribuição do ataque de cárie. Essas diferenças foram observadas tanto na experiência global (CPO- D/ceo-d) quanto na análise por componentes. As crianças do Norte e Nordeste do País apresentaram os maiores números de dentes cariados não tratados. Essas diferenças são ainda mais marcantes na análise por porte municipal e entre os adolescentes. O ataque de cárie e o número de dentes perdidos entre adultos e idosos são profundamente elevados.  A identificação de bolsa periodontal durante o exame indica agravamento das condições do órgão de suporte dentário relacionadas à presença e/ou risco de infecção periodontal. Região da boca excluída do exame reflete incapacidade funcional gerada por mobilidade e/ou perda do órgão dental. Cerca de 10% dos adultos brasileiros possuíam bolsa periodontal em uma ou mais regiões da boca. Praticamente a mesma proporção de adultos apresentou pelo menos um sextante da boca excluído, sendo que esse problema atinge mais da metade dos idosos.  A perda dentária precoce é grave. A necessidade de algum tipo de prótese começa a surgir a partir da faixa etária de 15 a 19 anos de idade.  O edentulismo continua sendo um grave problema em nosso País, especialmente entre os idosos. Disparidades relacionadas ao acesso a serviços também foram identificadas. BRASIL, 2004
  • 41.
  • 42.
  • 47. Entre quem necessita estão os que não usam e precisam usar e os que já usam e precisam trocar. Brasil, 2011
  • 48.  O primeiro inquérito nacional, realizado em 16 capitais em 1986, mostrou um CPO aos 12 anos de 6,7, ou seja, aproximadamente 7 dentes afetados pela doença, sendo a maioria destes ainda sem tratamento. Em 2003 foi realizado o primeiro inquérito de saúde bucal que incluiu, além de todas as 27 capitais, os municípios do interior das cinco regiões, pesquisa que ficou conhecida como Projeto SBBrasil 2003. Naquele estudo, o CPO aos 12 anos foi igual a 2,78 e, nesta pesquisa de 2010, o CPO aos 12 anos ficou em 2,07, correspondendo a uma redução de 26,2% em 7 anos. Considerando o componente do CPO relativo especificamente aos dentes não tratados (cariados), a redução foi de mesma magnitude (de 1,62 para 1,21).  Entre os adolescentes de 15 a 19 anos, a média de dentes afetados foi de 4,25, mais que o dobro do número médio encontrado aos 12 anos. Esta evolução do CPO entre a infância e a adolescência tem sido um achado comum em outros estudos no Brasil e no mundo. Comparando-se com 2003, contudo, a redução no componente “cariado” foi de 35% (de 2,60 dentes em 2003 para 1,70 em 2010).  No que diz respeito aos adultos e idosos, em geral a redução no ataque de cárie é menos significativa, tendo em conta o caráter cumulativo das sequelas da doença. Entre os idosos de 65 a 74 anos, por exemplo, o CPO praticamente não se alterou, ficando em 27,5 em 2010, enquanto que, em 2003, a média era de 27,8, com a maioria correspondendo ao componente “extraído”. Entretanto, analisando os resultados para o grupo de 35 a 44 anos, observa-se que o CPO caiu de 20,1 para 16,7 – um declínio de 17%. Mais importante: observa-se que os componentes “cariado” e “perdido” caíram mais acentuadamente enquanto que o componente “obturado” cresceu em termos relativos. Sinteticamente, o componente “perdido” cai de 13,23 para 7,48 enquanto que o componente “obturado” cresce de 4,22 para 7,33 (um aumento de 73,7%). Em linhas gerais, isso significa que a população adulta de 35 a 44 anos, ao longo dos últimos sete anos, está tendo um menor ataque de cárie e está, também, tendo um maior acesso a serviços odontológicos para restaurações dentárias. Esta é uma importantíssima inversão de tendência registrada no país: os procedimentos mutiladores, representados pelas extrações de dentes, cedendo espaço aos tratamentos restauradores.
  • 49.  Ainda com relação à cárie dentária, cabe destaque às importantes diferenças regionais. Comparando-se as regiões naturais, são expressivas as diferenças nas médias do CPO aos 12 anos: o Norte (com 3,16) e o Nordeste (com 2,63) e também o Centro-Oeste (com 2,63) têm situação pior que as regiões Sudeste (1,72) e Sul (2,06). Os valores extremos (Norte e Sudeste) mostram uma diferença de cerca de 84%. Além disso, no Nordeste a proporção de dentes restaurados em relação ao CPO total é menor que no Sudeste, indicando que o maior ataque da doença combina-se com menor acesso aos serviços odontológicos. Comparativamente ao observado em 2003, esse padrão de diferenças regionais se manteve.  Cabe ressaltar, também, que atenção especial deve ser dada à dentição decídua, pois o ataque de cárie em crianças de cinco anos foi, em média, de 2,43 dentes. Desses, menos de 20% estavam tratados no momento em que os exames epidemiológicos foram realizados. Em 2003 a média nessa idade era de 2,8 dentes afetados – uma redução, portanto, de apenas 13,9% em 7 anos. Além disso, a proporção de dentes não tratados se manteve no mesmo patamar de 80%.  Em termos internacionais, úteis para comparações, o último estudo sobre carga de doença bucal no mundo foi realizado pela OMS em 2004. Na ocasião, o CPO médio mundial aos 12 anos (dados ponderados de 188 países) foi de 1,6. Na região correspondente às Américas, a média ficou em 2,8 e, na Europa, em 1,6. As regiões responsáveis pela baixa média mundial são a África e o Sudeste Asiático, que apresentam valores médios baixos, geralmente explicados pelo baixo consumo de açúcares.
  • 50.  Comparando-se o Brasil com países de mesmo grau de desenvolvimento na Europa e na América, a média brasileira se situa em um valor intermediário. Dentro da América do Sul, apenas a Venezuela apresenta média de CPO aos 12 anos semelhante à brasileira (2,1). Os demais países possuem médias mais altas, como a Argentina (3,4), Colômbia (2,3), Paraguai (2,8), Bolívia (4,7) e Peru (3,7).  Os resultados do Projeto SB Brasil 2010 indicam que, segundo a classificação adotada pela OMS, o Brasil saiu de uma condição de média prevalência de cárie em 2003 (CPO entre 2,7 e 4,4), para uma condição de baixa prevalência em 2010 (CPO entre 1,2 e 2,6).  No que diz respeito às condições periodontais, avaliadas pelo Índice Periodontal Comunitário (CPI), em termos populacionais, estes problemas aumentam, de modo geral, com a idade. Os resultados do Projeto SB Brasil 2010 indicam que o percentual de indivíduos sem nenhum problema periodontal foi de 63% para a idade de 12 anos, 50,9% para a faixa de 15 a 19 anos, 17,8% para os adultos de 35 a 44 anos e somente 1,8% nos idosos de 65 a 74 anos.  A presença de cálculo e sangramento é mais comum aos 12 anos e entre os adolescentes. As formas mais graves da doença periodontal aparecem de modo mais significativo nos adultos (35 a 44 anos), em que se observa uma prevalência de 19,4%. Nos idosos, os problemas gengivais têm pequena expressão em termos populacionais, em decorrência do reduzido número de dentes presentes.
  • 51.  Quanto às diferenças regionais, cabe menção ao percentual de adolescentes sem problemas gengivais, que varia de 30,8% na região Norte a 56,8% na região Sudeste.  Com relação ao edentulismo, avaliado pela necessidade de prótese dentária, é importante destacar que, no Projeto SB Brasil 2010, as necessidades de próteses dentárias foram estimadas com a finalidade de proporcionar subsídios para o planejamento dos serviços de atenção secundária de caráter reabilitador. As próteses dentárias referidas foram a parcial e a total e buscou-se verificar se a necessidade ocorria em um ou nos dois maxilares.  Entre os adolescentes, 13,7% necessitam próteses parciais em um maxilar (10,3%) ou nos dois maxilares (3,4%). Não houve registro para necessidade de próteses totais. Em 2003, 27% dos adolescentes necessitavam algum tipo de prótese. Assim, constata-se importante redução de 52% nas necessidades de prótese entre adolescentes.  Para os adultos, a necessidade de algum tipo de prótese ocorre em 68,8% dos casos, sendo que a maioria (41,3%) é relativa à prótese parcial em um maxilar. Em 1,3% dos casos, há necessidade de prótese total em pelo menos um maxilar. Importante destacar que este percentual em 2003 era de 4,4%, portanto a redução corresponde a 70%.
  • 52.  Em idosos de 65 a 74 anos, 23,9% necessitam de prótese total em pelo menos um maxilar e 15,4% necessitam de prótese total dupla, ou seja, nos dois maxilares. Estes números estão muito próximos dos encontrados em 2003.  Os problemas de oclusão dentária, como mordida aberta, mordida cruzada, apinhamentos e desalinhamentos dentários, sobremordidas e protrusões, dentre outros, foram avaliados em crianças de 12 anos e em adolescentes (15 a 19 anos). Aos 12 anos, 38,8% apresentam problemas de oclusão. Em 19,9% dessas crianças, os problemas se expressam na forma mais branda. Mas 19,0% têm oclusopatia severa ou muito severa, sendo estas as condições que requerem tratamento mais imediato, constituindo-se em prioridade em termos de Saúde Pública.  Outros agravos e condições importantes foram também avaliados nesta pesquisa, sendo que em alguns casos, por conta do ineditismo da mensuração do agravo (como foi o caso do traumatismo dentário), não são possíveis, neste momento, estabelecer comparações com dados anteriores. De todo modo, estes dados são muito importantes para estabelecer uma linha base que servirá como instrumento de planejamento das ações no momento atual e também para projetar metas futuras.
  • 56.
  • 58.
  • 64. Doenças Bucais no Brasil Estudos Epidemiológicos Nacionais Dados do INCA ☻ O câncer de cavidade oral é considerado um problema de saúde pública em todo o mundo. A última estimativa mundial apontou que ocorreriam cerca de 300 mil casos novos e 145 mil óbitos, para o ano de 2012, por câncer de boca e lábio (C00-08). Desses, cerca de 80% ocorreram em países em desenvolvimento. As mais altas taxas de incidência foram observadas em populações da Melanésia, do Centro-Sul Asiático, da Europa Oriental, Central e Ocidental, da África e da América Central. ☻ Os principais fatores de risco para o câncer da cavidade oral são: tabagismo, etilismo, infecções por HPV, principalmente pelo tipo 16, e exposição à radiação UVA solar (câncer de lábio). Contudo, entre tais fatores, destacam-se o tabagismo e o etilismo. Estudos mostram um risco muito maior de desenvolver câncer na cavidade oral em indivíduos tabagistas e etilistas do que na população em geral, evidenciando a existência de uma sinergia entre o tabagismo e o etilismo. Ressaltam ainda um aumento no risco de acordo com o tempo que a pessoa fuma, com o número de cigarros fumados por dia e com a frequência de ingestão de bebidas alcoólicas. ☻ A dieta também parece exercer um papel importante na prevenção desse tipo de câncer. Alguns estudos de base hospitalar reportam que o aumento da ingestão de frutas e vegetais contribui para a diminuição do risco de desenvolver essa neoplasia. BRASIL, 2014
  • 65. Doenças Bucais no Brasil Estudos Epidemiológicos Nacionais Dados do INCA ☻ As taxas de incidência para câncer de cavidade oral relacionado à infecção pelo HPV, como amígdala, base da língua e orofaringe, vêm aumentando entre a população de adultos jovens em ambos os sexos. Parte desse aumento pode ser em razão de mudanças no comportamento sexual. ☻ Apesar disso, as taxas de mortalidade por câncer da cavidade oral apresentam um declínio na maioria das populações masculinas. Contudo, em mulheres, esse comportamento ainda não pode ser observado, porque o início do uso do tabaco por elas foi posterior ao dos homens. ☻ A melhor forma de diminuir a incidência dessa doença é controlar os fatores de risco que conhecidamente favorecem seu desenvolvimento. Para reduzir a mortalidade, é necessário que haja diagnóstico precoce feito por meio do exame clínico dos tecidos da boca, realizado obrigatoriamente por um profissional de saúde capacitado, com o qual será possível identificar tanto lesões potencialmente malignas quanto o câncer em estágios iniciais, possibilitando um tratamento menos agressivo e o aumento da sobrevida. O autoexame não deve ser preconizado como método preventivo com o risco de mascarar lesões e retardar o diagnóstico do tumor. BRASIL, 2014
  • 66. Doenças Bucais no Brasil Estudos Epidemiológicos Nacionais Estimativas do INCA para o Brasil em 2014 BRASIL, 2014
  • 67. Estudos Epidemiológicos Nacionais Estimativas do INCA Doenças Bucais no Brasil ☻Estimam-se, para o Brasil, no ano de 2014, 11.280 casos novos de câncer da cavidade oral em homens e 4.010 em mulheres. Tais valores correspondem a um risco estimado de 1,54 casos novos a cada 100 mil homens e 3,92 a cada 100 mil mulheres. ☻ Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer da cavidade oral em homens é o quarto mais frequente nas regiões Sudeste (15,48/ 100 mil) e Nordeste (7,16/100 mil). Na região Centro-Oeste, é o quinto (8,18/ 100 mil). Nas regiões Sul (15,21/ 10mil) e Norte (3,21/ 100 mil), o sexto. ☻ Para as mulheres, é o nono mais frequente nas regiões Sudeste (4,88/ 100 mil) e Nordeste (3,72/ 100 mil). Na região Norte (1,60/ 100 mil), ocupa a 11ª posição. Na região Centro-Oeste (3,30/ 100 mil), é o 12º mais frequente e, na região Sul 3,09/ 100 mil), o 15º. BRASIL, 2014
  • 68. Doenças Bucais no Brasil Estudos Epidemiológicos Nacionais Estimativas do INCA para Mato Grosso do Sul e Campo Grande, 2014 BRASIL, 2014
  • 69.
  • 70. Relações das Doenças Bucais com a Realidade Socioeconômica no Brasil – Produção Social de Doenças Diagrama de Influência em Camadas de Dahlgren e Whitehead Fonte: Comissão de Determinantes de Saúde (2005)
  • 71. Relações das Doenças Bucais com a Realidade Socioeconômica no Brasil – Produção Social de Doenças Barros, 2007
  • 72. Relações das Doenças Bucais com a Realidade Socioeconômica no Brasil – Produção Social de Doenças BASTOS et al., 2007
  • 73. Relações das Doenças Bucais com a Realidade Socioeconômica no Brasil – Produção Social de Doenças Pitts et al., 2011
  • 74. Relações das Doenças Bucais com a Realidade Socioeconômica no Brasil – Produção Social de Doenças  Tem sido sugerido que os determinantes sociais da saúde (ou seja , formação educacional, status econômico, as condições de vida ,estilos de vida e ambiente de trabalho) são em grande parte responsáveis pela desigualdades na saúde oral e periodontal em todo o mundo (Petersen et al., 2005 ; Petersen; Kwan , 2010).  Entre as três mais comuns doenças bucais ( cárie dentária, doença periodontal e câncer oral), a doença periodontal apresenta a associação mais forte com os determinantes sociais, econômicos e as variáveis de risco comportamentais (Hobdell et al. , 2003).  Estes determinantes podem afetar uma gama de efeitos na saúde oral , como aumentar a exposição a fatores de risco e dificultar o acesso e utilização de serviços de saúde bucal.  Portanto, intervenções que modificam o ambiente socioeconômico e capazes de melhorar o controle dos fatores de risco são estratégias importantes para a promoção da saúde bucal na comunidade.  Além disso, essas intervenções precisam ser integradas com os esforços globais na prevenção de doenças crônicas e promoção da saúde geral ( Petersen e Kwan , 2010; Marmot e Bell, 2011). Jin et al., 2011
  • 75. Relações das Doenças Bucais com a Realidade Socioeconômica no Brasil – Produção Social de Doenças Giannobile; Joskow, 2012