SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  7
1
Sumário
1. Flambagem......................................................................................................................2
1.1.Introdução..................................................................................................................2
1.2.Definição....................................................................................................................2
1.3. Cálculo da carga Crítica (Pcr).......................................................................................2
1.4. Comportamento da Coluna Ideal:................................................................................4
1.5. Equação diferencial para flambagem de coluna: ..........................................................4
1.6. Exemplo:...................................................................................................................5
1.7. Conclusão..................................................................................................................6
1.8. Referências Bibliográficas...........................................................................................6
2
1. Flambagem
1.1.Introdução
Em todas as construções as peças componentes da estrutura devem ter geometria
adequada e definida para resistirem às AÇÕES (forças existentes e peso próprio ou prováveis =
ação do vento) impostas sobre elas. Desta maneira, as paredes de um reservatório de pressão
têm resistência apropriada para suportar à pressão interna; um pilar de um edifício tem
resistência para suportar as cargas das vigas; uma asa de avião deve suportar com segurança as
cargas aerodinâmicas que aparecem durante o vôo ou a decolagem. Se o material não resistir às
AÇÕES, atingirá um Estado Limite Último por Ruptura. Da mesma forma, um piso de edifício
deve ser rígido para evitar uma flecha excessiva, o que em alguns casos pode provocar fissuras
no teto, tornando-se inadequado em seu aspecto funcional (Estado Limite de Utilização).
Finalmente, uma peça pode ser tão delgada que submetida a uma AÇÃO compressiva atingirá o
colapso por perda de estabilidade (FLAMBAGEM), isto é, um Estado Limite Último.
Sabemos que a seleção dos elementos estruturais se baseia em três características básicas:
•Resistência;
•Rigidez;
•Estabilidade.
1.2.Definição.
Elementos compridos e esbeltos sujeitos a uma força axial de compressão são chamados
de colunas e a de flexão lateral que sofrem é chamada de flambagem. Em geral a flambagem
leva a uma falha repentina e dramática da estrutura.
1.3. Cálculo da carga Crítica (Pcr)
É a carga axial máxima que uma coluna pode suportar antes de ocorrer a flambagem.
Qualquer carga adicional provocará flambagem na coluna. Para compreender melhor esse tipo
de instabilidade, considere um mecanismo formado por duas barras sem peso, rígidas e
acopladas por pinos nas duas extremidades.
3
Tipos de equilíbrio
• P<
𝐾𝑙
4
: Equilíbrio estável;
• P>
𝐾𝑙
4
: Equilíbrio instável; (1)
• P=
𝐾𝑙
4
: Equilíbrio neutro (Carga Crítica)
Os estados de equilíbrio apresentados na expressão (1) estão mostrados na Figura 02.
Colunas com apoios simples (pinos)
A coluna da Figura 03 é carregada por uma força vertical P que é aplicada através do
centroide da seção transversal da extremidade. A coluna é perfeitamente reta e é feita de um
material elástico linear que segue a lei de Hooke. Uma vez que se considera que a coluna não
tem imperfeições, ela é chamada de coluna ideal.
4
1.4. Comportamento da Coluna Ideal:
Se P < Pcr , a coluna está em equilíbrio estável na posição reta.
Se P = Pcr , a coluna está em equilíbrio neutro tanto na posição reta quanto na posição
levemente flexionada.
Se P > Pcr , a coluna está em equilíbrio instável na posição retilínea e irá flambar sobre
a menor.
1.5. Equação diferencial para flambagem de coluna:
Para determinar os carregamentos críticos correspondentes às formas defletidas para
uma coluna real apoiada por pinos, usamos as equações diferenciais da curva de deflexão de
uma viga. Essas equações são aplicáveis a uma coluna flambada porque a coluna flete como se
fosse uma viga. Tem-se a seguinte equação:
Elv = M (2)
Onde,
M = -Pv (3)
Se a coluna flambar para a direita a curva da equação diferencial se torna:
Elv = - Pv (4)
A eq. (4) é uma equação diferencial linear homogênea de segunda ordem com coeficientes
constantes.
Solução da equação diferencial;
K²=
𝑃
𝐸𝑙
(5)
A solução geral da equação (4) é;
V=C1 seno kx + C2 cosseno kx (6)
As duas condições de contorno são determinadas pelas condições de contorno nas extremidades
da coluna. Como V = 0 em x = 0. E como V = 0 em x = L, então:
C1 seno kL = 0 (7)
A equação (7) é satisfeita se:
√ 𝑘𝐿=nπ (8)
Ou:
P=
𝑛²𝜋²𝐸𝑙
𝐿²
, n= 1,2,3... (9)
5
O menor valor de P é obtido quando n=1, e a carga crítica para a coluna, é portanto:
Pcr=
𝜋²𝐸𝑙
𝐿²
(10)
P → Carga crítica ou carga axial máxima na coluna imediatamente antes da flambagem, essa
carga não deve permitir que a tensão na coluna exceda o limite de proporcionalidade.
E →módulo de elasticidade do material
I →O menor momento de inércia da área da seção transversal.
L→ Comprimento da coluna sem apoio, cujas extremidades são apoiadas por pinos.
P cr →Denomina-se também de carga de Euler em homenagem ao matemático suíço Leonhard
Euler, que solucionou o problema em 1757.
Em projeto se utiliza a eq. (10) em função do raio de giração, onde o momento de inércia é:
I=Ar² (11)
Onde A e a área da seção transversal e r o raio de giração da área da seção transversal. Dessa
forma tem-se:
Pcr=
𝜋²𝐸(𝐴𝑟2)
𝐿²
𝑃𝑐𝑟
𝐴
=
𝜋²𝐸
(
𝐿
𝑟
)²
(12)
Dessa forma, a tensão critica e dada pela seguinte expressão:
σcr=
𝜋²𝐸
(
𝐿
𝑟
)²
(13)
Onde
σcr - Tensão critica que é a tensão media na coluna imediatamente antes de a coluna flambar,
essa tensão é uma tensão elástica e, portanto, σcr ≤σE .
E - módulo de elasticidade do material
L - comprimento da coluna sem apoio, cujas extremidades são presas por pinos.
R - o menor raio de giração da coluna, determinado por r=√(𝐼/𝐴) , onde I e o menor momento
de inércia da área da seção transversal A da coluna.
1.6. Exemplo:
O elo de aço ferramenta L-2 usado em uma máquina de forja é acoplado aos garfos por
pinos nas extremidades. Determinar a carga máxima P que ele pode suportar sem sofrer
flambagem. Usar um fator de segurança para flambagem de F.S. = 1,75. Observar, na figura da
esquerda, que as extremidades estão presas por pino para flambagem e, na da direita, que as
extremidades estão engastadas.
6
Solução:
A carga máxima que o elo pode sofrer sem flambagem é de P = 17,7 kip.
1.7. Conclusão.
Concluiu-se que para determinar se uma peça irá sofrer flambagem ou compressão, tem–se que
calcular o seu índice de esbeltez e compará-lo ao índice de esbeltez crítico.
1.8. Referências Bibliográficas
7
BEER, Ferdinand P.; JOHNSTON JR., E. Russell. Resistência dos materiais. 3. ed São Paulo:
Makron Books, 1995. 652 p.
PRAVIA, Zacarias Martin Chamberlain. Modelos Reduzidos para o Ensino de Estruturas. In:
XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ENSINO DE ENGENHARIA, 1995, Recife, UFPE,
1995.
PRAVIA, Z.M.C., BORDIGNON, R. Modelos intuitivos para ensino de estabilidade de
estruturas. In: XXVIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ENSINO DE ENGENHARIA, 2000,
Ouro Preto, UFOP, 2000.
PRAVIA, Z.M.C., ORLANDO, D. Modelos qualitativos de treliças planas: construção e
aplicação no ensino de análise e comportamento estrutural. In: XXIX CONGRESSO
BRASILEIRO DE ENSINO DE ENGENHARIA, 2001, Porto Alegre, PUC-RS, 2001.
PRAVIA, Z.M.C., ORLANDO, D. Avaliação da influencia dos contraventos em estruturas de
coberturas constituídas por sistemas de treliças planas. In XXX Jornadas Sul-Americanas de
Engenharia Estrutural, 2002, Brasília, UNB, 2002.
PRAVIA, Z.M.C. A construção permanente do Laboratório de Ensaios em Sistemas Estruturais
(LESE) da Universidade de Passo Fundo. In: XXX CONGRESSO BRASILEIRO
DE ENSINO DE ENGENHARIA, 2003, Rio de Janeiro, IME, 2003.
SANTOS, J.A. Sobre a concepção o projeto, a execução e a utilização de modelos físicos
qualitativos na engenharia de estruturas. 1983. Dissertação (Mestrado em Estruturas) –
Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Contenu connexe

Tendances

Apostila Teoria das Estruturas
Apostila Teoria das EstruturasApostila Teoria das Estruturas
Apostila Teoria das EstruturasEngenheiro Civil
 
Exercicios resolvidos de resmat mecsol
Exercicios resolvidos de resmat mecsolExercicios resolvidos de resmat mecsol
Exercicios resolvidos de resmat mecsolDanieli Franco Mota
 
Experiencia medidores de vazao
Experiencia medidores de vazaoExperiencia medidores de vazao
Experiencia medidores de vazaoDANIELLE BORGES
 
Mecânicas dos Solos (exercícios)
Mecânicas dos Solos (exercícios)Mecânicas dos Solos (exercícios)
Mecânicas dos Solos (exercícios)Danilo Max
 
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexao
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexaoApostila sensacional !! deformacao de vigas em flexao
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexaoHenrique Almeida
 
Aula diagramas
Aula diagramasAula diagramas
Aula diagramasRoseno11
 
Estrutura do Casco dos Navios Metálicos
Estrutura do Casco dos Navios MetálicosEstrutura do Casco dos Navios Metálicos
Estrutura do Casco dos Navios MetálicosAna Cristina Vieira
 
Relatório permeabilidade 2017-1
Relatório   permeabilidade 2017-1Relatório   permeabilidade 2017-1
Relatório permeabilidade 2017-1Tiago Teles
 
Vigas inclinadas exemplo - viga engastada e livre submetida a uma forca ver...
Vigas inclinadas   exemplo - viga engastada e livre submetida a uma forca ver...Vigas inclinadas   exemplo - viga engastada e livre submetida a uma forca ver...
Vigas inclinadas exemplo - viga engastada e livre submetida a uma forca ver...Charles Lima
 
Estatica dos-corpos-rigidos parte3
Estatica dos-corpos-rigidos parte3Estatica dos-corpos-rigidos parte3
Estatica dos-corpos-rigidos parte3Emerson Assis
 
Estruturas de Aço e Madeira
Estruturas de Aço e MadeiraEstruturas de Aço e Madeira
Estruturas de Aço e Madeiramarcopesoa
 
Resistência dos materiais
Resistência dos materiaisResistência dos materiais
Resistência dos materiaisAndrew Cass
 
Resistência dos materiais r. c. hibbeler
Resistência dos materiais   r. c. hibbelerResistência dos materiais   r. c. hibbeler
Resistência dos materiais r. c. hibbelerMeireles01
 
Apostila de Hidráulica
Apostila de HidráulicaApostila de Hidráulica
Apostila de HidráulicaDanilo Max
 

Tendances (20)

Apostila Teoria das Estruturas
Apostila Teoria das EstruturasApostila Teoria das Estruturas
Apostila Teoria das Estruturas
 
Exercicios resolvidos de resmat mecsol
Exercicios resolvidos de resmat mecsolExercicios resolvidos de resmat mecsol
Exercicios resolvidos de resmat mecsol
 
Experiencia medidores de vazao
Experiencia medidores de vazaoExperiencia medidores de vazao
Experiencia medidores de vazao
 
Mecânicas dos Solos (exercícios)
Mecânicas dos Solos (exercícios)Mecânicas dos Solos (exercícios)
Mecânicas dos Solos (exercícios)
 
Rm exerc resolvidos
Rm exerc resolvidosRm exerc resolvidos
Rm exerc resolvidos
 
Estradas aula 03
Estradas aula 03Estradas aula 03
Estradas aula 03
 
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexao
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexaoApostila sensacional !! deformacao de vigas em flexao
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexao
 
Aula diagramas
Aula diagramasAula diagramas
Aula diagramas
 
Estrutura do Casco dos Navios Metálicos
Estrutura do Casco dos Navios MetálicosEstrutura do Casco dos Navios Metálicos
Estrutura do Casco dos Navios Metálicos
 
Relatório permeabilidade 2017-1
Relatório   permeabilidade 2017-1Relatório   permeabilidade 2017-1
Relatório permeabilidade 2017-1
 
Vigas inclinadas exemplo - viga engastada e livre submetida a uma forca ver...
Vigas inclinadas   exemplo - viga engastada e livre submetida a uma forca ver...Vigas inclinadas   exemplo - viga engastada e livre submetida a uma forca ver...
Vigas inclinadas exemplo - viga engastada e livre submetida a uma forca ver...
 
mecanica dos fluidos
mecanica dos fluidosmecanica dos fluidos
mecanica dos fluidos
 
Estatica dos-corpos-rigidos parte3
Estatica dos-corpos-rigidos parte3Estatica dos-corpos-rigidos parte3
Estatica dos-corpos-rigidos parte3
 
Estruturas de Aço e Madeira
Estruturas de Aço e MadeiraEstruturas de Aço e Madeira
Estruturas de Aço e Madeira
 
Aula 5-flambagem
Aula 5-flambagemAula 5-flambagem
Aula 5-flambagem
 
Resistência dos materiais
Resistência dos materiaisResistência dos materiais
Resistência dos materiais
 
Resistência dos materiais r. c. hibbeler
Resistência dos materiais   r. c. hibbelerResistência dos materiais   r. c. hibbeler
Resistência dos materiais r. c. hibbeler
 
Ec3 parte 3
Ec3   parte 3Ec3   parte 3
Ec3 parte 3
 
Apostila de Hidráulica
Apostila de HidráulicaApostila de Hidráulica
Apostila de Hidráulica
 
Resistência dos Materiais II
Resistência dos Materiais IIResistência dos Materiais II
Resistência dos Materiais II
 

Similaire à Trabalho de flambagem

Resistência dos Materiais - Lista de exercicios 1
Resistência dos Materiais - Lista de exercicios 1Resistência dos Materiais - Lista de exercicios 1
Resistência dos Materiais - Lista de exercicios 1Ricardo Alves Parente
 
resumao resistencia dos materiais
resumao resistencia dos materiaisresumao resistencia dos materiais
resumao resistencia dos materiaisEclys Montenegro
 
Aplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas Isostáticas
Aplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas IsostáticasAplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas Isostáticas
Aplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas Isostáticasdanielceh
 
Exp 3 vibrações alef
Exp 3 vibrações alefExp 3 vibrações alef
Exp 3 vibrações alefAlef Maia
 
Campos vetoriais, espaços lineares e tensores na física (parte iii análise ...
Campos vetoriais, espaços lineares e tensores na física (parte iii   análise ...Campos vetoriais, espaços lineares e tensores na física (parte iii   análise ...
Campos vetoriais, espaços lineares e tensores na física (parte iii análise ...ITA
 
F2 aula 1 equilibrio e elasticidade
F2 aula 1 equilibrio e elasticidadeF2 aula 1 equilibrio e elasticidade
F2 aula 1 equilibrio e elasticidadeA'nderé Freire
 
NOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
NOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS INOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
NOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IUeiglas C. Vanderlei
 
Capítulo 2 mecânica da conformação
Capítulo 2 mecânica da conformaçãoCapítulo 2 mecânica da conformação
Capítulo 2 mecânica da conformaçãoMaria Adrina Silva
 
Exercicios area 1 com resposta
Exercicios area 1 com respostaExercicios area 1 com resposta
Exercicios area 1 com respostaBruna Racoski
 
Aplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas Isostáticas
Aplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas IsostáticasAplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas Isostáticas
Aplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas Isostáticasdanielceh
 
Aula 03 ensaio de tração - propriedades mecânicas avaliada
Aula 03   ensaio de tração - propriedades mecânicas avaliadaAula 03   ensaio de tração - propriedades mecânicas avaliada
Aula 03 ensaio de tração - propriedades mecânicas avaliadaRenaldo Adriano
 
Exercicios resolvidos quantica
Exercicios resolvidos   quanticaExercicios resolvidos   quantica
Exercicios resolvidos quanticaPedro Debossam
 

Similaire à Trabalho de flambagem (20)

Flambagem
FlambagemFlambagem
Flambagem
 
Resistência dos Materiais - Lista de exercicios 1
Resistência dos Materiais - Lista de exercicios 1Resistência dos Materiais - Lista de exercicios 1
Resistência dos Materiais - Lista de exercicios 1
 
Aula cap tulo_13
Aula cap tulo_13Aula cap tulo_13
Aula cap tulo_13
 
resumao resistencia dos materiais
resumao resistencia dos materiaisresumao resistencia dos materiais
resumao resistencia dos materiais
 
Aplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas Isostáticas
Aplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas IsostáticasAplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas Isostáticas
Aplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas Isostáticas
 
Exp 3 vibrações alef
Exp 3 vibrações alefExp 3 vibrações alef
Exp 3 vibrações alef
 
Apostila molas 1
Apostila molas 1Apostila molas 1
Apostila molas 1
 
Apostila molas
Apostila molas Apostila molas
Apostila molas
 
Campos vetoriais, espaços lineares e tensores na física (parte iii análise ...
Campos vetoriais, espaços lineares e tensores na física (parte iii   análise ...Campos vetoriais, espaços lineares e tensores na física (parte iii   análise ...
Campos vetoriais, espaços lineares e tensores na física (parte iii análise ...
 
F2 aula 1 equilibrio e elasticidade
F2 aula 1 equilibrio e elasticidadeF2 aula 1 equilibrio e elasticidade
F2 aula 1 equilibrio e elasticidade
 
NOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
NOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS INOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
NOTAS DE AULA – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
 
Capítulo 2 mecânica da conformação
Capítulo 2 mecânica da conformaçãoCapítulo 2 mecânica da conformação
Capítulo 2 mecânica da conformação
 
Trigonometria
TrigonometriaTrigonometria
Trigonometria
 
Trigonometria
TrigonometriaTrigonometria
Trigonometria
 
Exercicios area 1 com resposta
Exercicios area 1 com respostaExercicios area 1 com resposta
Exercicios area 1 com resposta
 
Aplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas Isostáticas
Aplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas IsostáticasAplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas Isostáticas
Aplicação do Cálculo Diferencial e Integral no Estudo de Vigas Isostáticas
 
Introducao_a_Algebra_Linear.pdf
Introducao_a_Algebra_Linear.pdfIntroducao_a_Algebra_Linear.pdf
Introducao_a_Algebra_Linear.pdf
 
Apostila molas
Apostila molasApostila molas
Apostila molas
 
Aula 03 ensaio de tração - propriedades mecânicas avaliada
Aula 03   ensaio de tração - propriedades mecânicas avaliadaAula 03   ensaio de tração - propriedades mecânicas avaliada
Aula 03 ensaio de tração - propriedades mecânicas avaliada
 
Exercicios resolvidos quantica
Exercicios resolvidos   quanticaExercicios resolvidos   quantica
Exercicios resolvidos quantica
 

Trabalho de flambagem

  • 1. 1 Sumário 1. Flambagem......................................................................................................................2 1.1.Introdução..................................................................................................................2 1.2.Definição....................................................................................................................2 1.3. Cálculo da carga Crítica (Pcr).......................................................................................2 1.4. Comportamento da Coluna Ideal:................................................................................4 1.5. Equação diferencial para flambagem de coluna: ..........................................................4 1.6. Exemplo:...................................................................................................................5 1.7. Conclusão..................................................................................................................6 1.8. Referências Bibliográficas...........................................................................................6
  • 2. 2 1. Flambagem 1.1.Introdução Em todas as construções as peças componentes da estrutura devem ter geometria adequada e definida para resistirem às AÇÕES (forças existentes e peso próprio ou prováveis = ação do vento) impostas sobre elas. Desta maneira, as paredes de um reservatório de pressão têm resistência apropriada para suportar à pressão interna; um pilar de um edifício tem resistência para suportar as cargas das vigas; uma asa de avião deve suportar com segurança as cargas aerodinâmicas que aparecem durante o vôo ou a decolagem. Se o material não resistir às AÇÕES, atingirá um Estado Limite Último por Ruptura. Da mesma forma, um piso de edifício deve ser rígido para evitar uma flecha excessiva, o que em alguns casos pode provocar fissuras no teto, tornando-se inadequado em seu aspecto funcional (Estado Limite de Utilização). Finalmente, uma peça pode ser tão delgada que submetida a uma AÇÃO compressiva atingirá o colapso por perda de estabilidade (FLAMBAGEM), isto é, um Estado Limite Último. Sabemos que a seleção dos elementos estruturais se baseia em três características básicas: •Resistência; •Rigidez; •Estabilidade. 1.2.Definição. Elementos compridos e esbeltos sujeitos a uma força axial de compressão são chamados de colunas e a de flexão lateral que sofrem é chamada de flambagem. Em geral a flambagem leva a uma falha repentina e dramática da estrutura. 1.3. Cálculo da carga Crítica (Pcr) É a carga axial máxima que uma coluna pode suportar antes de ocorrer a flambagem. Qualquer carga adicional provocará flambagem na coluna. Para compreender melhor esse tipo de instabilidade, considere um mecanismo formado por duas barras sem peso, rígidas e acopladas por pinos nas duas extremidades.
  • 3. 3 Tipos de equilíbrio • P< 𝐾𝑙 4 : Equilíbrio estável; • P> 𝐾𝑙 4 : Equilíbrio instável; (1) • P= 𝐾𝑙 4 : Equilíbrio neutro (Carga Crítica) Os estados de equilíbrio apresentados na expressão (1) estão mostrados na Figura 02. Colunas com apoios simples (pinos) A coluna da Figura 03 é carregada por uma força vertical P que é aplicada através do centroide da seção transversal da extremidade. A coluna é perfeitamente reta e é feita de um material elástico linear que segue a lei de Hooke. Uma vez que se considera que a coluna não tem imperfeições, ela é chamada de coluna ideal.
  • 4. 4 1.4. Comportamento da Coluna Ideal: Se P < Pcr , a coluna está em equilíbrio estável na posição reta. Se P = Pcr , a coluna está em equilíbrio neutro tanto na posição reta quanto na posição levemente flexionada. Se P > Pcr , a coluna está em equilíbrio instável na posição retilínea e irá flambar sobre a menor. 1.5. Equação diferencial para flambagem de coluna: Para determinar os carregamentos críticos correspondentes às formas defletidas para uma coluna real apoiada por pinos, usamos as equações diferenciais da curva de deflexão de uma viga. Essas equações são aplicáveis a uma coluna flambada porque a coluna flete como se fosse uma viga. Tem-se a seguinte equação: Elv = M (2) Onde, M = -Pv (3) Se a coluna flambar para a direita a curva da equação diferencial se torna: Elv = - Pv (4) A eq. (4) é uma equação diferencial linear homogênea de segunda ordem com coeficientes constantes. Solução da equação diferencial; K²= 𝑃 𝐸𝑙 (5) A solução geral da equação (4) é; V=C1 seno kx + C2 cosseno kx (6) As duas condições de contorno são determinadas pelas condições de contorno nas extremidades da coluna. Como V = 0 em x = 0. E como V = 0 em x = L, então: C1 seno kL = 0 (7) A equação (7) é satisfeita se: √ 𝑘𝐿=nπ (8) Ou: P= 𝑛²𝜋²𝐸𝑙 𝐿² , n= 1,2,3... (9)
  • 5. 5 O menor valor de P é obtido quando n=1, e a carga crítica para a coluna, é portanto: Pcr= 𝜋²𝐸𝑙 𝐿² (10) P → Carga crítica ou carga axial máxima na coluna imediatamente antes da flambagem, essa carga não deve permitir que a tensão na coluna exceda o limite de proporcionalidade. E →módulo de elasticidade do material I →O menor momento de inércia da área da seção transversal. L→ Comprimento da coluna sem apoio, cujas extremidades são apoiadas por pinos. P cr →Denomina-se também de carga de Euler em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler, que solucionou o problema em 1757. Em projeto se utiliza a eq. (10) em função do raio de giração, onde o momento de inércia é: I=Ar² (11) Onde A e a área da seção transversal e r o raio de giração da área da seção transversal. Dessa forma tem-se: Pcr= 𝜋²𝐸(𝐴𝑟2) 𝐿² 𝑃𝑐𝑟 𝐴 = 𝜋²𝐸 ( 𝐿 𝑟 )² (12) Dessa forma, a tensão critica e dada pela seguinte expressão: σcr= 𝜋²𝐸 ( 𝐿 𝑟 )² (13) Onde σcr - Tensão critica que é a tensão media na coluna imediatamente antes de a coluna flambar, essa tensão é uma tensão elástica e, portanto, σcr ≤σE . E - módulo de elasticidade do material L - comprimento da coluna sem apoio, cujas extremidades são presas por pinos. R - o menor raio de giração da coluna, determinado por r=√(𝐼/𝐴) , onde I e o menor momento de inércia da área da seção transversal A da coluna. 1.6. Exemplo: O elo de aço ferramenta L-2 usado em uma máquina de forja é acoplado aos garfos por pinos nas extremidades. Determinar a carga máxima P que ele pode suportar sem sofrer flambagem. Usar um fator de segurança para flambagem de F.S. = 1,75. Observar, na figura da esquerda, que as extremidades estão presas por pino para flambagem e, na da direita, que as extremidades estão engastadas.
  • 6. 6 Solução: A carga máxima que o elo pode sofrer sem flambagem é de P = 17,7 kip. 1.7. Conclusão. Concluiu-se que para determinar se uma peça irá sofrer flambagem ou compressão, tem–se que calcular o seu índice de esbeltez e compará-lo ao índice de esbeltez crítico. 1.8. Referências Bibliográficas
  • 7. 7 BEER, Ferdinand P.; JOHNSTON JR., E. Russell. Resistência dos materiais. 3. ed São Paulo: Makron Books, 1995. 652 p. PRAVIA, Zacarias Martin Chamberlain. Modelos Reduzidos para o Ensino de Estruturas. In: XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ENSINO DE ENGENHARIA, 1995, Recife, UFPE, 1995. PRAVIA, Z.M.C., BORDIGNON, R. Modelos intuitivos para ensino de estabilidade de estruturas. In: XXVIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ENSINO DE ENGENHARIA, 2000, Ouro Preto, UFOP, 2000. PRAVIA, Z.M.C., ORLANDO, D. Modelos qualitativos de treliças planas: construção e aplicação no ensino de análise e comportamento estrutural. In: XXIX CONGRESSO BRASILEIRO DE ENSINO DE ENGENHARIA, 2001, Porto Alegre, PUC-RS, 2001. PRAVIA, Z.M.C., ORLANDO, D. Avaliação da influencia dos contraventos em estruturas de coberturas constituídas por sistemas de treliças planas. In XXX Jornadas Sul-Americanas de Engenharia Estrutural, 2002, Brasília, UNB, 2002. PRAVIA, Z.M.C. A construção permanente do Laboratório de Ensaios em Sistemas Estruturais (LESE) da Universidade de Passo Fundo. In: XXX CONGRESSO BRASILEIRO DE ENSINO DE ENGENHARIA, 2003, Rio de Janeiro, IME, 2003. SANTOS, J.A. Sobre a concepção o projeto, a execução e a utilização de modelos físicos qualitativos na engenharia de estruturas. 1983. Dissertação (Mestrado em Estruturas) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo.