1. O documento discute estratégias e modelos para universidades do futuro versus universidades do passado, incluindo diferenciação, uniformização, disrupção e evolução.
2. Aborda a noção de "gestão do conhecimento" e como as universidades não têm estratégias para aprender coletivamente.
3. Aponta que os sistemas de informação nas universidades precisam considerar melhor as dimensões sociais e as pessoas, em vez de apenas eficiência e controle burocrático.
2. 2. QUE CONHECIMENTO ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
4. QUE CONCLUSÕES ?
3. 2. QUE CONHECIMENTO ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
4. QUE CONCLUSÕES ?
4. 1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
universidades
do futuro
universidades
do passado
visão
estratégia
navegação
à vista
liderança
gestãodetrabalhadores
do conhecimento
gestão dos
recursos
quem não persegue um destino
não chega a lado nenhum
sem liderança e um destino, não
se sai do mesmo lugar
5. 1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
universidades
do futuro
universidades
do passado
diferenciação
imagem de marca
uniformização
desconstrução
+ construção
construção
quando não se tem qualidades,
faz-se o que calha – é indiferente
sem debater as ideias dominantes,
o futuro será igual ao passado
6. 1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
universidades
do futuro
universidades
do passado
disrupção
+ evolução
evolução
globalização
localização
pedagogias emergentes, educação
híbrida, educação invertida, educação
a distância, big data, modelos de
negócio, imagem de marca
universidades para o mundo
7. 1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
universidades
do futuro
universidades
do passado
coletivo
indivíduo
remoto
+ presencial
presencial
muito para lá dos MOOCs
universidade como espaço
social e transformativo
8. 1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
universidades
do futuro
FIM DA UNIVERSIDADE ARTESANAL
fim do modelo pedagógico medieval
fim da “apresentação” e avaliação artesanal
escalabilidade da pedagogias e das avaliações
orgânicas de coevolução e coavaliação
pedagogias emancipatórias
UNIVERSIDADE PROFISSIONAL
profissionalmente instrumentada
9. 1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
Do ponto de vista estritamente técnico,
O modelo do negócio é
uma rede de valor simples
se o negócio seguir o modelo clássico,
a arquitetura organizacional
é relativamente regular
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
10. 1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
cursos
disciplinas
projetos de I&Dqualidade
visão
estratégia
objetivos
concorrentes
parceiros
agregação/desagregação
fluxos
extensibilidade
encaminhamento
REDE DE VALOR
AECV
ATIVIDADE ESTRATÉGICA
DE CRIAÇÃO DE VALOR
11. 1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
Do ponto de vista sociológico,
o nível de complexidade é elevado
se ignorarmos as recentes derivas
mecanicistas das universidades e
consideramos a descentralização e
autonomia científica e pedagógica
que lhes são próprias,
mas o recurso a redes de atores
permite traduções sólidas e acionáveis
12. 2. QUE CONHECIMENTO ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
4. QUE CONCLUSÕES ?
13. 2. QUE CONHECIMENTO ?
A designação “Gestão do
Conhecimento” não é feliz
Não se pretende “gerir conhecimento”
como se de fluídos ou objetos
materiais se tratasse
mas sim gerir processos de
construção social de conhecimento
14. 2. QUE CONHECIMENTO ?
A Gestão do Conhecimento assenta
em quatro fatores interligados:
1. domínios do conhecimento
2. atores (funções, papéis, profissões)
3. formas de ação/intervenção
4. modelos organizacionais
Estes fatores estão hoje em
desequilíbrio face aos desafios das
economias de inovação intensiva
15. 2. QUE CONHECIMENTO ?
Não se pretende “gerir” de forma
maciça todos os conhecimentos
que a organização mobiliza
Pretende-se, sim, manter os fluxos
de renovação do conhecimento
e assegurar a sua plena utilização
O grande desafio não está no
volume, mas sim na renovação,
consolidação e aplicação permanente
16. 2. QUE CONHECIMENTO ?
os grandes repositórios de
informação ou “capital intelectual”
que várias organizações
têm procurado construir
pouco mais serão do que
sepulturas de informação
se não se destinarem a
servir estes desígnios
17. 2. QUE CONHECIMENTO ?
Os recentes movimentos no
sentido das “teorias da prática”
oferecem inspirações
interessantes para a gestão de
conhecimento nas universidades
Hoje, as universidades, sendo
instituições onde se aprende,
não são instituições que aprendam
18. 2. QUE CONHECIMENTO ?
Não têm nem estratégias
nem políticas
nem práticas
para aprender coletivamente
nem instrumentos
ou para gerir conhecimento,
seja ele próprio ou alheio
DESAFIO PARA OS SI/TI DAS UNIVERSIDADES
19. 2. QUE CONHECIMENTO ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
4. QUE CONCLUSÕES ?
20. Que dimensões em falta nos SI/TI
da Educação Superior?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
3.1. QUE DIMENSÕES EM FALTA ?
21. ASPESSOAS
Que dimensões em falta nos SI/TI
da Educação Superior?
3.1. QUE DIMENSÕES EM FALTA ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
22. As instituições de Educação Superior
têm vindo a adoptar referenciais e práticas
da gestão do mundo empresarial:
• Gestão da Qualidade
• Sistemas de Informação
• Governança de TI
• Gestão & Estratégia
3.2. DAS EMPRESAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
23. No entanto tem vindo a fazê-lo com:
• muito atraso
• abordagens ultrapassadas
50s 60s 80s70s 90s 00s 10s
MUNDO EMPRESARIAL
50s 60s 80s70s 90s 00s 10s
ENSINO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
3.2. DAS EMPRESAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR
24. Educação Superior Empresas Modelo
Gestão
Estratégia
A Educação Superior transitou
diretamente da gestão ad hoc
para a gestão burocrática
Está a enfatizar cada vez mais o
controlo e a ignorar as pessoas
Uma faixa significativa do mundo
empresarial está a transitar da gestão
burocrática e mecanicista para a gestão
orgânica e ecológica e vê as pessoas
como o seu recurso mais valioso
gestão clássica: controlo,
repetibilidade, pessoas
intermutáveis e descartáveis
gestão moderna: cultura,
projeto partilhado,
pessoas como trabalhadores
do conhecimento
analítica, centralizada
e reativa
projetiva, coletiva,
e transformativa
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
3.2. DAS EMPRESAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR
25. Educação Superior Empresas Modelo
Qualidade
Sistemas de
Informação
Governança
de TI
controlo da qualidade, garantia
da qualidade, prestação de
contas (processos mecanicistas)
gestão da qualidade,
qualidade como transformação
(processos sociais)
Qualidade by design,
fortemente ligada à estratégia
Qualidade como reação a auditorias,
essencialmente sumativa
3.2. DAS EMPRESAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
26. THE
QUALITY
MOVEMENT
IN
INDUSTRY
Before
1900
Quality
as
an
integral
element
of
the
cra7
1900-‐1920
Quality
control
by
foreman
1920-‐1940
Inspec>on-‐based
quality-‐control
1940-‐1960
Sta>s>cal
process
control
1960-‐1980
Quality
assurance
(quality
department)
1980-‐1990
Total
quality
management
(TQM)
1990-‐Present
Culture
of
con>nuous
improvement,
organiza>on-‐wide
TQM
(Adapted from Sallis, E. (1996). Total Quality Management in Education, 2nd Ed. London: Kogan Page)
Envolvimento de todas
as pessoas
Educação Superior 2015
3.2. DAS EMPRESAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
30. Educação Superior Empresas Modelo
Qualidade
Sistemas de
Informação
Governança
de TI
controlo da qualidade, garantia
da qualidade, prestação de
contas (processos mecanicistas)
gestão da qualidade,
qualidade como transformação
(processos sociais)
sistemas de informação como
máquinas burocráticas
sistemas de informação
como ecossistemas sociais
baixa maturidade,
ignora a natureza social
elevada maturidade, sensibilidade
crescente à dimensão social
Qualidade by design,
fortemente ligada à estratégia
Qualidade como reação a auditorias,
essencialmente sumativa
3.2. DAS EMPRESAS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
31. Max Weber introduziu o conceito sociológico
de ‘gaiola de ferro’ para descrever
a racionalização das sociedades industriais
do fim do século XIX e início do século XX
que aprisionou as pessoas em
burocracias de eficiência técnica,
racionalidade económica,
comando e controlo
3.3. A GAIOLA DE WEBER NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
32. A promoção da qualidade e
comparabilidade entre universidades
conjugada com orçamentos
apertados e maior concorrência
levou a idêntica burocratização
da educação superior:
• maior coordenação
• mais poder da administração central
3.3. A GAIOLA DE WEBER NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
33. Este fenómeno tem vindo a ser descrito como:
• ideologia do mercado
na educação superior
• substituição da inovação
pela contabilidade
• visão neoliberal
da educação superior
• interpretação de vistas curtas das
comparações entre universidades
3.3. A GAIOLA DE WEBER NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
34. A análise estratégica subjacente à
especificação dos sistemas de informação
está a ser conduzida com base numa
visão burocrática da educação superior
conduzida por visões de curto prazo e
fatores de custo e eficiência
ignorando sistematicamente as pessoas
3.4. QUE DIMENSÕES EM FALTA ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
35. Isto conduz a:
• modelos e processos burocráticos que
são impostos aos utilizadores
• workflows mal estruturados para a coleta
de dados de e para os utilizadores
• desprezo pela experiência do utilizador
• usabilidade medíocre
3.4. QUE DIMENSÕES EM FALTA ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
36. Os sistemas de informação
tornam-se numa larga
parte do problema
3.4. QUE DIMENSÕES EM FALTA ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
37. SIMdesde que sejam concebidos
com as PESSOAS em mente
Poderão os sistemas de
informação ser parte da solução?
3.4. QUE DIMENSÕES EM FALTA ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
38. A natureza social dos SI/TI na
Educação Superior tem de ser
tomada em consideração desde o
primeiro momento e ao longo de
todo o ciclo de vida de SI/TI
É um requisito decisivo, que tem
de ser considerado prioritário
3.5. OS DESAFIOS DA CONCEPÇÃO
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
39. A concepção, gestão e evolução
da solução de SI/TI deve ser vista
como uma parceria entre:
• stakeholders
A CONCEPÇÃO COMO PARCERIA
• negócio/gestão
• tecnologia
As visões tradicionais da Governança de TI
prestam particular atenção ao alinhamento
das TI com o negócio, mas ignoram
a existência de stakeholders humanos
3.5. OS DESAFIOS DA CONCEPÇÃO
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
40. Se uma das partes sente que
está a perder, a parceria colapsa
Para uma parceria ser sustentável tem de
satisfazer em permanência os interesses
e motivações de todas as partes
Cada parte deve assegurar que todas as
outras partes ficam satisfeitas com a parceria
PRINCÍPIO DA PARCERIA SUSTENTÁVEL
3.5. OS DESAFIOS DA CONCEPÇÃO
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
41. Acordo que contempla os interesses
de todas as partes é denominado
a proposição de valor
A clarificação da proposição de valor exige
que sejam identificadas todas as partes e
seus relacionamentos e que o valor para
cada parte seja plenamente reconhecido
3.5. OS DESAFIOS DA CONCEPÇÃO
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
42. A sustentabilidade da proposição de
valor pode ser estabelecida e gerida em
todas etapas do ciclo de vida do sistema
de informação recorrendo a teorias
sociais hoje disponíveis, como as
TEORIAS DA TRADUÇÃO (Callon)
3.5. OS DESAFIOS DA CONCEPÇÃO
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
43. Algumas das dimensões
chave dos SI/TI, como:
GOVERNANÇA DE TI
CIÊNCIAS DOS SERVIÇOS
que eram técnicas nas suas origens
estão agora a tornar-se cada vez mais
sensíveis à natureza social dos SI/TI
3.5. OS DESAFIOS DA CONCEPÇÃO
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
44. Mas há nuvens negras que
se acumulam no horizonte
3.5. OS DESAFIOS DA CONCEPÇÃO
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
45. que podem ter um valor imenso
na educação superior
mas podem ter implicações catastróficas
se usadas contra os valores sociais das
pessoas
as TÉCNICAS ANALÍTICAS
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
46. 2. QUE CONHECIMENTO ?
3. QUE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ?
1. QUE ESTRATÉGIAS E MODELOS ?
4. QUE CONCLUSÕES ?
47. As universidades vão mudar
mais nos próximos 30 anos do
que mudaram nos últimos 300
4. QUE CONCLUSÕES ?
Estarão as universidades
portuguesas a preparar-se
para essa mudança?
Qual o papel das soluções
de SI/TI nessa mudança?
48. As universidades são
instituições onde se aprende
4. QUE CONCLUSÕES ?
mas não são
instituições que aprendem
Que papel poderão ter os SI/TI na
na superação dessa limitação?
49. Os sistemas de Informação
da Educação Superior
podem e devem ser:
4. QUE CONCLUSÕES ?
• sociávies
• socialmente sustentáveis
50. Deverão permitir que as pessoas
vivam melhor, e não pior!
devem ser concebidos tendo em conta a
natureza social da Educação Superior
Para isso acontecer
4. QUE CONCLUSÕES ?
e tornar invisíveis para os utentes as
necessidades burocráticas da gestão
51. Deverão ser auditadas à luz dos princípios
da Qualidade na Educação Superior:
6. CONCLUSIONS
liderança
(10%)
gestão
das pessoas
(9%)
políticas e
estratégia
(8%)
recursos
(9%)
processos
(14%)
satisfação dos
colaboradores
(9%)
satisfação dos
estudantes
(20%)
impacto na
sociedade
(6%)
resultados de
toda a atividade
(15%)
52. 6. CONCLUSIONS
Não deverão os sistemas
de informação ter pelo
menos tanta qualidade
como os sistemas sociais
a quem se destinam?