SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  3
Ritos e costumes da cavalaria medieval
REGINA SCHÖPKE
O período histórico que convencionou-se chamar de Idade Média (entre os séculos V e
XV de nossa era) foi profundamente marcado pelo espírito gregário. A existência de um
espaço destinado ao indivíduo e à sua própria solidão era algo praticamente
desconhecido neste mundo de relações tão estreitas. Um homem, quer fosse ele um
representante das camadas mais humildes ou o mais ilustre dos cavaleiros, estava
necessariamente fadado a uma convivência constante, quase permanente com o grupo
ao qual pertencia. De fato, o engenho medieval suscitou incessantemente o nascimento
de comunidades, grupos e associações, considerando como graves pecados o orgulho e a
soberba - ou seja, tudo aquilo que pudesse colocar um indivíduo numa posição de
destaque com relação ao seu grupo. Essa era, sem dúvida, uma sociedade que se
fundamentava em "ordens" e em "corporações", levando seus integrantes a uma intensa
e compulsória sociabilidade. Não havia espaço para a afirmação individual; existia-se
em função de um grupo e pelo grupo. O indivíduo solitário aparecia assim como uma
espécie de pária, do qual devia-se sempre desconfiar e ao qual não se conferia o mesmo
estatuto dos outros homens (não é sem motivos que as legislações medievais não
consideravam como grave delito abordar violentamente ou roubar transeuntes
desacompanhados nas estradas). Mas, a que se deve este tipo de sentimento que fez
sucumbir até mesmo o cavaleiro - cujo maior e natural desejo era o de sobressair-se
diante dos demais integrantes de seu grupo? Como a instituição da cavalaria conseguiu
unir o sonho gregário do cristianismo com o ideal guerreiro de uma afirmação pessoal?
Quanto à primeira pergunta, diríamos que dois foram os fatores que contribuíram
decisivamente para a formação dos grupos ou das irmandades no Ocidente medieval: I -
a instabilidade e o temor provocados pelas constantes invasões (especialmente pela
ameaça dos mouros) e pela desintegração territorial que seguiu-se à decadência de
Roma; II - a influência do espírito cristão, que apresentava-se com extraordinária força
neste período. É evidente que as concepções religiosas fundamentavam - implícita ou
explicitamente - quase todos os costumes daquela época, mas foi realmente uma
necessidade concreta de auxílio e de proteção que levou os homens a unirem-se de
modo tão estreito. Aqueles que podiam oferecer maiores vantagens podiam contar
inclusive com uma proteção armada - o que significa dizer que um nobre
suficientemente abastado poderia dispor de um séquito de cavaleiros que garantiam a
sua segurança e, até mesmo, o tornavam capaz de impor-se aos menos poderosos. Em
outras palavras, a cavalaria era - ao menos inicialmente - o braço armado dos senhores
de terras, garantindo o seu poder. Mas, é preciso que se diga que o próprio cavaleiro foi,
paulatinamente, conquistando seu direito ao título de nobreza; e será a partir disso que a
sua imagem sofrerá modificações significativas. Tendo surgido como "polícia privada",
temida por seu comportamento violento e por sua índole sanguinária, a cavalaria passará
a ser - por volta dos séculos XII e XIII - representada como uma "ordem", uma
"irmandade" bem organizada (cujas regras chegarão a ser tão rígidas quanto as de
qualquer ordem monástica). É claro que, sendo herdeiros dos velhos guerreiros
germânicos, os cavaleiros (mesmo cristianizados) opunham alguma resistência à idéia
de se tornarem simples membros de um grupo. Mesmo a "ética dos iguais" (ética
guerreira, por excelência) só dizia respeito aos componentes de um mesmo grupo e não
intervinha na relação entre grupos rivais. No geral, os cavaleiros estavam sempre
medindo as suas forças em justas e embates pessoais. Até porque o termo "cavalaria"
abarcava um contingente humano tão díspar e tão fragmentado quanto o próprio
território europeu. Mas, com uma certa relativização, podemos dizer que a cavalaria,
sobretudo depois do século XII, converteu-se realmente em uma instituição de fato - e
com regras de ingresso bem definidas.
Quanto à segunda questão, nada nos faz crer que o cavaleiro tenha conseguido unir de
modo tão indissociável ideais tão contrários como o de viver sob a égide de um grupo
soberano e o de afirmar-se como indivíduo diante do mundo. Mas, a despeito destas
contradições tão evidentes, o cavaleiro firmou-se no cenário medieval (sobretudo, no
período feudal) como legítimo representante dos ideais gregários. Afinal, como
dissemos, a sobrevivência individual estava atrelada e mesmo determinada pela
sobrevivência do grupo. Mas, quem era, afinal, o cavaleiro da Idade Média? Que tipo de
homem estava apto a pleitear o seu ingresso neste universo armado? Para começar,
existe uma diferença bastante profunda entre os antigos guerreiros germânicos e os
cavaleiros medievais: entre os primeiros, todo homem era, em princípio, um guerreiro;
já entre os medievais, somente tornavam-se cavaleiros os indivíduos que pertencessem à
aristocracia. Sabe-se de casos isolados em que o cavaleiro provinha de segmentos mais
humildes da sociedade, mas, no geral, eles eram oriundos de uma média aristocracia. De
qualquer maneira, depois do século XIII, apenas os nobres de nascimento podiam
realmente ser sagrados cavaleiros.
Sobre a introdução do aristocrata no mundo das armas, ela dava-se muito cedo. Ainda
na infância, por volta dos sete anos, o menino abandonava a convivência feminina e a
casa paterna para tornar-se protegido de algum senhor mais poderoso - que deveria
proporcionar-lhe o ensino do manejo das armas e das técnicas militares. Enquanto
aprendia seu ofício e aguardava o momento de tornar-se cavaleiro, o jovem já fazia
parte de um grupo, juntamente com seus muitos colegas. Uma vez sagrado cavaleiro, ele
encontrava-se inexoravelmente ligado por fortes laços de fraternidade aos seus
companheiros de armas, constituindo com eles uma espécie de "família artificial" - à
qual deveria estar ligado até o fim de sua vida guerreira.
Mas, o jovem aristocrata só se tornava, de fato, um legítimo homem de armas no
momento da investidura - ritual através do qual ele era sagrado cavaleiro, recebendo seu
armamento. O rito de iniciação deste aspirante à vida guerreira (ritual proveniente da
cultura germânica) era presidido por um cavaleiro bastante experiente (o padrinho do
novato), que deveria aplicar-lhe uma bofetada - como marca sensível de sua passagem
da infância para a juventude (originariamente pagão, este ritual terminou por ser
cristianizado, passando a identificar-se com o próprio batismo). Na verdade, o termo
utilizado para designar este jovem, mal saído da adolescência, era "juvenis" ("juventus",
no plural). Assim eram chamados os "cavaleiros andantes" das narrativas medievais -
estes jovens solteiros que perambulavam pelo mundo em busca de aventuras heróicas e
de torneios onde pudessem demonstrar o seu valor. Mas, estes "moços" nem sempre
eram tão jovens quanto se poderia pensar, já que este termo era utilizado para
denominar todos os cavaleiros que ainda não estavam estabelecidos, ou seja, casados e
com terras. Uma longa mocidade podia ser o resultado desta vida nômade e desafiadora.
Mas, como todos os demais, o cavaleiro também não ousava correr o mundo
solitariamente. Ao contrário disso, ele vagava junto a sua mesnada, em busca de
torneios, glórias e riquezas.
Seguindo em torno de algum jovem e rico senhor, os cavaleiros passavam quase todo o
seu tempo correndo de cidade em cidade, à procura de competições onde pudessem
conquistar o máximo possível de fama e de prêmios valiosos. Os tipos básicos de
competição entre cavaleiros eram a justa e o torneio. A justa era uma competição
travada entre dois cavaleiros, enquanto que o torneio consistia num enfrentamento que
se dava entre grupos. É claro que estas atividades sangrentas não agradavam à Igreja -
que resolveu intervir de modo mais direto contra este foco de violência inútil.
Decididamente, a Igreja e a cavalaria não partilhavam dos mesmos ideais e pontos de
vista. Mas, tal incompatibilidade não perdurará por toda a Idade Média. Isto porque,
quanto mais a cavalaria se firmava como "ordem" no cenário medieval, mais as suas
atividades eram deslocadas do terreno da simples vaidade pessoal para o âmbito do
serviço à glória de Deus. As Cruzadas (expedições organizadas pela Igreja ou pela
nobreza, com a finalidade de lutar pela libertação do Santo Sepulcro e da Terra Santa,
sob domínio muçulmano) contribuíram para tal mudança de atitude ou, pelo menos,
ajudaram a produzir a imagem do "cavaleiro de Cristo" - do cavaleiro desinteressado,
que buscava apenas lutar e dar sua vida pelos ideais da cristandade. Do mito à realidade,
o sonho da cavalaria cristã não impediu a subsistência dos hábitos guerreiros mais
arraigados. A própria situação dos jovens aristocratas não contribuía muito para
modificar este quadro, já que a primogenitura fazia com que um enorme contingente
deles se visse quase totalmente alijado da herança familiar. Para esses, não restava outra
opção a não ser tentar "fazer nome e fortuna", através dos torneios e das façanhas
guerreiras - que poderiam granjear-lhes um bom casamento (já que os dotes
costumavam ser vultosos).
As façanhas destes cavaleiros deram origem a um gênero literário específico, o romance
de cavalaria, nos quais eram narrados os feitos heróicos deste grupo de armas para o
público das cortes medievais (no qual encontravam-se grande número destes mesmos
cavaleiros). Apesar de seus evidentes exageros, esses romances contribuíram também
para a introdução dos valores cristãos na esfera cavaleiresca. Porém, o papel mais
importante desempenhado por essa literatura foi o de constituir e difundir uma
"imagem" idealizada do cavaleiro medieval - que é basicamente aquela que até hoje
sobrevive no imaginário ocidental. Essa imagem, longe de um valor puramente
ficcional, exerceu uma poderosa influência sobre o espírito dos cavaleiros, criando
modelos de comportamento que eles próprios esforçavam-se para imitar.
Regina Schöpke é graduada em Filosofia pela UERJ, mestra em História Medieval
pela UFF e mestranda em Filosofia pela UFRJ. Já ministrou aulas de Filosofia na
UFRJ.

Contenu connexe

Tendances

A África negra antes dos europeus
A África negra antes dos europeusA África negra antes dos europeus
A África negra antes dos europeusRATHES SILVA
 
A expansão e presença islâmica no norte da África nos séculos VII e XII
A expansão e presença  islâmica no norte da África nos séculos VII e XIIA expansão e presença  islâmica no norte da África nos séculos VII e XII
A expansão e presença islâmica no norte da África nos séculos VII e XIIPortal do Vestibulando
 
O reino dos francos e o império carolíngio
O reino dos francos e o império carolíngioO reino dos francos e o império carolíngio
O reino dos francos e o império carolíngioMatheus Zaian
 
Descolonização Afro-Asiática
Descolonização Afro-AsiáticaDescolonização Afro-Asiática
Descolonização Afro-Asiáticadmflores21
 
Os Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. Medeiros
Os Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. MedeirosOs Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. Medeiros
Os Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. MedeirosJoão Medeiros
 
Idade média slide
Idade média slideIdade média slide
Idade média slidefernando1011
 
Feudalismo trabalho michelle, carol e curioni
Feudalismo   trabalho  michelle, carol e curioniFeudalismo   trabalho  michelle, carol e curioni
Feudalismo trabalho michelle, carol e curioniPatrícia Lima
 
1º ano - Expansão Marítima Européia e Absolutismo
1º ano - Expansão Marítima Européia e Absolutismo1º ano - Expansão Marítima Européia e Absolutismo
1º ano - Expansão Marítima Européia e AbsolutismoDaniel Alves Bronstrup
 
Roma Antiga - monarquia, república e império romano
Roma Antiga - monarquia, república e império romanoRoma Antiga - monarquia, república e império romano
Roma Antiga - monarquia, república e império romanoMunis Pedro
 
A transferência da Corte para o Brasil 1808
A transferência da Corte para o Brasil 1808A transferência da Corte para o Brasil 1808
A transferência da Corte para o Brasil 1808ProfessoresColeguium
 

Tendances (20)

A Idade Média
A Idade MédiaA Idade Média
A Idade Média
 
A África negra antes dos europeus
A África negra antes dos europeusA África negra antes dos europeus
A África negra antes dos europeus
 
Roma antiga
Roma antigaRoma antiga
Roma antiga
 
A expansão e presença islâmica no norte da África nos séculos VII e XII
A expansão e presença  islâmica no norte da África nos séculos VII e XIIA expansão e presença  islâmica no norte da África nos séculos VII e XII
A expansão e presença islâmica no norte da África nos séculos VII e XII
 
O reino dos francos e o império carolíngio
O reino dos francos e o império carolíngioO reino dos francos e o império carolíngio
O reino dos francos e o império carolíngio
 
Descolonização Afro-Asiática
Descolonização Afro-AsiáticaDescolonização Afro-Asiática
Descolonização Afro-Asiática
 
Os Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. Medeiros
Os Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. MedeirosOs Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. Medeiros
Os Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. Medeiros
 
Aula o feudalismo
Aula o feudalismoAula o feudalismo
Aula o feudalismo
 
Império romano
Império romanoImpério romano
Império romano
 
Idade média slide
Idade média slideIdade média slide
Idade média slide
 
Songhai
SonghaiSonghai
Songhai
 
Feudalismo trabalho michelle, carol e curioni
Feudalismo   trabalho  michelle, carol e curioniFeudalismo   trabalho  michelle, carol e curioni
Feudalismo trabalho michelle, carol e curioni
 
América portuguesa - Colonização
América portuguesa - ColonizaçãoAmérica portuguesa - Colonização
América portuguesa - Colonização
 
Feudalismo
FeudalismoFeudalismo
Feudalismo
 
A alta idade média
A alta idade médiaA alta idade média
A alta idade média
 
Feudalismo
FeudalismoFeudalismo
Feudalismo
 
1º ano - Expansão Marítima Européia e Absolutismo
1º ano - Expansão Marítima Européia e Absolutismo1º ano - Expansão Marítima Européia e Absolutismo
1º ano - Expansão Marítima Européia e Absolutismo
 
Roma Antiga - monarquia, república e império romano
Roma Antiga - monarquia, república e império romanoRoma Antiga - monarquia, república e império romano
Roma Antiga - monarquia, república e império romano
 
Povos germânicos
Povos germânicosPovos germânicos
Povos germânicos
 
A transferência da Corte para o Brasil 1808
A transferência da Corte para o Brasil 1808A transferência da Corte para o Brasil 1808
A transferência da Corte para o Brasil 1808
 

Similaire à Ritos cavalaria medieval

Cruzadas e a história dos cavaleiros templários
Cruzadas e a história dos cavaleiros templáriosCruzadas e a história dos cavaleiros templários
Cruzadas e a história dos cavaleiros templáriosHudson Sperandio
 
6.1.1 Feudalismo
6.1.1 Feudalismo6.1.1 Feudalismo
6.1.1 FeudalismoRevelator5
 
HCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosHCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosIsidro Santos
 
HCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosHCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosIsidro Santos
 
HCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosHCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosIsidro Santos
 
HCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosHCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosIsidro Santos
 
HCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosHCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosIsidro Santos
 
HCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosHCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosIsidro Santos
 
HCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosHCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosIsidro Santos
 
El Cid; O Senhor da Espanha
El Cid; O Senhor da EspanhaEl Cid; O Senhor da Espanha
El Cid; O Senhor da EspanhaCláudia Risil
 
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011andrecarlosocosta
 
Revisão de prova de história 1º
Revisão de prova de história 1ºRevisão de prova de história 1º
Revisão de prova de história 1ºeunamahcado
 
A sociedade medieval parte 1
A sociedade medieval  parte 1A sociedade medieval  parte 1
A sociedade medieval parte 1Carla Teixeira
 
A dc3a9cima-terceira-tribo-por-arthur-koestler1
A dc3a9cima-terceira-tribo-por-arthur-koestler1A dc3a9cima-terceira-tribo-por-arthur-koestler1
A dc3a9cima-terceira-tribo-por-arthur-koestler1Januário Esteves
 

Similaire à Ritos cavalaria medieval (20)

Cruzadas e a história dos cavaleiros templários
Cruzadas e a história dos cavaleiros templáriosCruzadas e a história dos cavaleiros templários
Cruzadas e a história dos cavaleiros templários
 
6.1.1 Feudalismo
6.1.1 Feudalismo6.1.1 Feudalismo
6.1.1 Feudalismo
 
Hca M3
Hca   M3Hca   M3
Hca M3
 
Hca M3
Hca   M3Hca   M3
Hca M3
 
HCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosHCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 Apontamentos
 
HCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosHCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 Apontamentos
 
HCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosHCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 Apontamentos
 
HCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosHCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 Apontamentos
 
HCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosHCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 Apontamentos
 
Hca M3
Hca   M3Hca   M3
Hca M3
 
HCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosHCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 Apontamentos
 
Hca M3
Hca   M3Hca   M3
Hca M3
 
HCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 ApontamentosHCA Módulo 3 Apontamentos
HCA Módulo 3 Apontamentos
 
Feudalismo e seus mitos .pptx
Feudalismo e seus mitos .pptxFeudalismo e seus mitos .pptx
Feudalismo e seus mitos .pptx
 
El Cid; O Senhor da Espanha
El Cid; O Senhor da EspanhaEl Cid; O Senhor da Espanha
El Cid; O Senhor da Espanha
 
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
 
Arte na idade media
Arte na idade mediaArte na idade media
Arte na idade media
 
Revisão de prova de história 1º
Revisão de prova de história 1ºRevisão de prova de história 1º
Revisão de prova de história 1º
 
A sociedade medieval parte 1
A sociedade medieval  parte 1A sociedade medieval  parte 1
A sociedade medieval parte 1
 
A dc3a9cima-terceira-tribo-por-arthur-koestler1
A dc3a9cima-terceira-tribo-por-arthur-koestler1A dc3a9cima-terceira-tribo-por-arthur-koestler1
A dc3a9cima-terceira-tribo-por-arthur-koestler1
 

Plus de Adilson P Motta Motta

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - PROJETO POEMA
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - PROJETO POEMACRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - PROJETO POEMA
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - PROJETO POEMAAdilson P Motta Motta
 
A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO...
A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO...A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO...
A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO...Adilson P Motta Motta
 
UM ESTUDO SOBRE A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA ...
UM ESTUDO SOBRE A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA ...UM ESTUDO SOBRE A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA ...
UM ESTUDO SOBRE A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA ...Adilson P Motta Motta
 
As várias faces do ópio do Povo.pdf
As várias faces do ópio do Povo.pdfAs várias faces do ópio do Povo.pdf
As várias faces do ópio do Povo.pdfAdilson P Motta Motta
 
pdf MONTANDO UMA REDACAO - PASSO A PASSO.pdf
pdf MONTANDO UMA REDACAO - PASSO A PASSO.pdfpdf MONTANDO UMA REDACAO - PASSO A PASSO.pdf
pdf MONTANDO UMA REDACAO - PASSO A PASSO.pdfAdilson P Motta Motta
 
Projeto Escolar - História de Bom Jardim-MA.pdf
Projeto Escolar - História de Bom Jardim-MA.pdfProjeto Escolar - História de Bom Jardim-MA.pdf
Projeto Escolar - História de Bom Jardim-MA.pdfAdilson P Motta Motta
 
LEI ORGÂNICA DE BOM JARDIM-MA 2020.pdf
LEI ORGÂNICA DE BOM JARDIM-MA 2020.pdfLEI ORGÂNICA DE BOM JARDIM-MA 2020.pdf
LEI ORGÂNICA DE BOM JARDIM-MA 2020.pdfAdilson P Motta Motta
 
DESAFIOS DAS ESCOLA MULTISSERIADAS EM BOM JARDIM-MA..pdf
DESAFIOS DAS ESCOLA MULTISSERIADAS EM BOM JARDIM-MA..pdfDESAFIOS DAS ESCOLA MULTISSERIADAS EM BOM JARDIM-MA..pdf
DESAFIOS DAS ESCOLA MULTISSERIADAS EM BOM JARDIM-MA..pdfAdilson P Motta Motta
 
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL INGLÊS SÓ ENEM
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL INGLÊS  SÓ ENEMINTERPRETAÇÃO TEXTUAL INGLÊS  SÓ ENEM
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL INGLÊS SÓ ENEMAdilson P Motta Motta
 
LEI ORGANICA DE BOM JARDIM-MA. 2022 - ATUALIZADA.pdf
LEI ORGANICA DE BOM JARDIM-MA. 2022 - ATUALIZADA.pdfLEI ORGANICA DE BOM JARDIM-MA. 2022 - ATUALIZADA.pdf
LEI ORGANICA DE BOM JARDIM-MA. 2022 - ATUALIZADA.pdfAdilson P Motta Motta
 
VALE -PRIVATIZAÇÃO A SAÍDA OU O FUNDO DO POÇO.pptx
VALE -PRIVATIZAÇÃO A SAÍDA OU O FUNDO DO POÇO.pptxVALE -PRIVATIZAÇÃO A SAÍDA OU O FUNDO DO POÇO.pptx
VALE -PRIVATIZAÇÃO A SAÍDA OU O FUNDO DO POÇO.pptxAdilson P Motta Motta
 
01- LINGUAGEM INDÍGENA 5 PRIMEIRAS PÁGINAS.pdf
01-  LINGUAGEM INDÍGENA 5 PRIMEIRAS PÁGINAS.pdf01-  LINGUAGEM INDÍGENA 5 PRIMEIRAS PÁGINAS.pdf
01- LINGUAGEM INDÍGENA 5 PRIMEIRAS PÁGINAS.pdfAdilson P Motta Motta
 
Regimento do conselho municipal de educação bom j ardim - ma
Regimento do conselho municipal de educação   bom j ardim - maRegimento do conselho municipal de educação   bom j ardim - ma
Regimento do conselho municipal de educação bom j ardim - maAdilson P Motta Motta
 
Projeto programa educacao ambiental. bom jardim ma
Projeto programa educacao ambiental. bom jardim  maProjeto programa educacao ambiental. bom jardim  ma
Projeto programa educacao ambiental. bom jardim maAdilson P Motta Motta
 
1º Plano Decenal de Educação de Bom Jardim MA. 2003-2013
1º Plano Decenal de Educação de Bom Jardim  MA. 2003-20131º Plano Decenal de Educação de Bom Jardim  MA. 2003-2013
1º Plano Decenal de Educação de Bom Jardim MA. 2003-2013Adilson P Motta Motta
 

Plus de Adilson P Motta Motta (20)

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - PROJETO POEMA
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - PROJETO POEMACRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - PROJETO POEMA
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - PROJETO POEMA
 
A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO...
A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO...A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO...
A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA INGLESA POR MEIO...
 
UM ESTUDO SOBRE A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA ...
UM ESTUDO SOBRE A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA ...UM ESTUDO SOBRE A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA ...
UM ESTUDO SOBRE A LEITURA E O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO DE LÍNGUA ...
 
As várias faces do ópio do Povo.pdf
As várias faces do ópio do Povo.pdfAs várias faces do ópio do Povo.pdf
As várias faces do ópio do Povo.pdf
 
pdf MONTANDO UMA REDACAO - PASSO A PASSO.pdf
pdf MONTANDO UMA REDACAO - PASSO A PASSO.pdfpdf MONTANDO UMA REDACAO - PASSO A PASSO.pdf
pdf MONTANDO UMA REDACAO - PASSO A PASSO.pdf
 
Projeto Escolar - História de Bom Jardim-MA.pdf
Projeto Escolar - História de Bom Jardim-MA.pdfProjeto Escolar - História de Bom Jardim-MA.pdf
Projeto Escolar - História de Bom Jardim-MA.pdf
 
LEI ORGÂNICA DE BOM JARDIM-MA 2020.pdf
LEI ORGÂNICA DE BOM JARDIM-MA 2020.pdfLEI ORGÂNICA DE BOM JARDIM-MA 2020.pdf
LEI ORGÂNICA DE BOM JARDIM-MA 2020.pdf
 
DESAFIOS DAS ESCOLA MULTISSERIADAS EM BOM JARDIM-MA..pdf
DESAFIOS DAS ESCOLA MULTISSERIADAS EM BOM JARDIM-MA..pdfDESAFIOS DAS ESCOLA MULTISSERIADAS EM BOM JARDIM-MA..pdf
DESAFIOS DAS ESCOLA MULTISSERIADAS EM BOM JARDIM-MA..pdf
 
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL INGLÊS SÓ ENEM
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL INGLÊS  SÓ ENEMINTERPRETAÇÃO TEXTUAL INGLÊS  SÓ ENEM
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL INGLÊS SÓ ENEM
 
LEI ORGANICA DE BOM JARDIM-MA. 2022 - ATUALIZADA.pdf
LEI ORGANICA DE BOM JARDIM-MA. 2022 - ATUALIZADA.pdfLEI ORGANICA DE BOM JARDIM-MA. 2022 - ATUALIZADA.pdf
LEI ORGANICA DE BOM JARDIM-MA. 2022 - ATUALIZADA.pdf
 
VALE -PRIVATIZAÇÃO A SAÍDA OU O FUNDO DO POÇO.pptx
VALE -PRIVATIZAÇÃO A SAÍDA OU O FUNDO DO POÇO.pptxVALE -PRIVATIZAÇÃO A SAÍDA OU O FUNDO DO POÇO.pptx
VALE -PRIVATIZAÇÃO A SAÍDA OU O FUNDO DO POÇO.pptx
 
01- LINGUAGEM INDÍGENA 5 PRIMEIRAS PÁGINAS.pdf
01-  LINGUAGEM INDÍGENA 5 PRIMEIRAS PÁGINAS.pdf01-  LINGUAGEM INDÍGENA 5 PRIMEIRAS PÁGINAS.pdf
01- LINGUAGEM INDÍGENA 5 PRIMEIRAS PÁGINAS.pdf
 
DICIONÁRIO TUPI - PORTUGUES.pdf
DICIONÁRIO TUPI - PORTUGUES.pdfDICIONÁRIO TUPI - PORTUGUES.pdf
DICIONÁRIO TUPI - PORTUGUES.pdf
 
A gramática do texto.ppt
A gramática do texto.pptA gramática do texto.ppt
A gramática do texto.ppt
 
A importância de falar inglês.ppt
A importância de falar inglês.pptA importância de falar inglês.ppt
A importância de falar inglês.ppt
 
Breve Resumo - Novo Ensino Médio
Breve Resumo -  Novo Ensino MédioBreve Resumo -  Novo Ensino Médio
Breve Resumo - Novo Ensino Médio
 
Frases à cidadania
Frases à cidadaniaFrases à cidadania
Frases à cidadania
 
Regimento do conselho municipal de educação bom j ardim - ma
Regimento do conselho municipal de educação   bom j ardim - maRegimento do conselho municipal de educação   bom j ardim - ma
Regimento do conselho municipal de educação bom j ardim - ma
 
Projeto programa educacao ambiental. bom jardim ma
Projeto programa educacao ambiental. bom jardim  maProjeto programa educacao ambiental. bom jardim  ma
Projeto programa educacao ambiental. bom jardim ma
 
1º Plano Decenal de Educação de Bom Jardim MA. 2003-2013
1º Plano Decenal de Educação de Bom Jardim  MA. 2003-20131º Plano Decenal de Educação de Bom Jardim  MA. 2003-2013
1º Plano Decenal de Educação de Bom Jardim MA. 2003-2013
 

Dernier

CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 

Dernier (20)

CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 

Ritos cavalaria medieval

  • 1. Ritos e costumes da cavalaria medieval REGINA SCHÖPKE O período histórico que convencionou-se chamar de Idade Média (entre os séculos V e XV de nossa era) foi profundamente marcado pelo espírito gregário. A existência de um espaço destinado ao indivíduo e à sua própria solidão era algo praticamente desconhecido neste mundo de relações tão estreitas. Um homem, quer fosse ele um representante das camadas mais humildes ou o mais ilustre dos cavaleiros, estava necessariamente fadado a uma convivência constante, quase permanente com o grupo ao qual pertencia. De fato, o engenho medieval suscitou incessantemente o nascimento de comunidades, grupos e associações, considerando como graves pecados o orgulho e a soberba - ou seja, tudo aquilo que pudesse colocar um indivíduo numa posição de destaque com relação ao seu grupo. Essa era, sem dúvida, uma sociedade que se fundamentava em "ordens" e em "corporações", levando seus integrantes a uma intensa e compulsória sociabilidade. Não havia espaço para a afirmação individual; existia-se em função de um grupo e pelo grupo. O indivíduo solitário aparecia assim como uma espécie de pária, do qual devia-se sempre desconfiar e ao qual não se conferia o mesmo estatuto dos outros homens (não é sem motivos que as legislações medievais não consideravam como grave delito abordar violentamente ou roubar transeuntes desacompanhados nas estradas). Mas, a que se deve este tipo de sentimento que fez sucumbir até mesmo o cavaleiro - cujo maior e natural desejo era o de sobressair-se diante dos demais integrantes de seu grupo? Como a instituição da cavalaria conseguiu unir o sonho gregário do cristianismo com o ideal guerreiro de uma afirmação pessoal? Quanto à primeira pergunta, diríamos que dois foram os fatores que contribuíram decisivamente para a formação dos grupos ou das irmandades no Ocidente medieval: I - a instabilidade e o temor provocados pelas constantes invasões (especialmente pela ameaça dos mouros) e pela desintegração territorial que seguiu-se à decadência de Roma; II - a influência do espírito cristão, que apresentava-se com extraordinária força neste período. É evidente que as concepções religiosas fundamentavam - implícita ou explicitamente - quase todos os costumes daquela época, mas foi realmente uma necessidade concreta de auxílio e de proteção que levou os homens a unirem-se de modo tão estreito. Aqueles que podiam oferecer maiores vantagens podiam contar inclusive com uma proteção armada - o que significa dizer que um nobre suficientemente abastado poderia dispor de um séquito de cavaleiros que garantiam a sua segurança e, até mesmo, o tornavam capaz de impor-se aos menos poderosos. Em outras palavras, a cavalaria era - ao menos inicialmente - o braço armado dos senhores de terras, garantindo o seu poder. Mas, é preciso que se diga que o próprio cavaleiro foi, paulatinamente, conquistando seu direito ao título de nobreza; e será a partir disso que a sua imagem sofrerá modificações significativas. Tendo surgido como "polícia privada", temida por seu comportamento violento e por sua índole sanguinária, a cavalaria passará a ser - por volta dos séculos XII e XIII - representada como uma "ordem", uma "irmandade" bem organizada (cujas regras chegarão a ser tão rígidas quanto as de qualquer ordem monástica). É claro que, sendo herdeiros dos velhos guerreiros germânicos, os cavaleiros (mesmo cristianizados) opunham alguma resistência à idéia de se tornarem simples membros de um grupo. Mesmo a "ética dos iguais" (ética guerreira, por excelência) só dizia respeito aos componentes de um mesmo grupo e não intervinha na relação entre grupos rivais. No geral, os cavaleiros estavam sempre medindo as suas forças em justas e embates pessoais. Até porque o termo "cavalaria"
  • 2. abarcava um contingente humano tão díspar e tão fragmentado quanto o próprio território europeu. Mas, com uma certa relativização, podemos dizer que a cavalaria, sobretudo depois do século XII, converteu-se realmente em uma instituição de fato - e com regras de ingresso bem definidas. Quanto à segunda questão, nada nos faz crer que o cavaleiro tenha conseguido unir de modo tão indissociável ideais tão contrários como o de viver sob a égide de um grupo soberano e o de afirmar-se como indivíduo diante do mundo. Mas, a despeito destas contradições tão evidentes, o cavaleiro firmou-se no cenário medieval (sobretudo, no período feudal) como legítimo representante dos ideais gregários. Afinal, como dissemos, a sobrevivência individual estava atrelada e mesmo determinada pela sobrevivência do grupo. Mas, quem era, afinal, o cavaleiro da Idade Média? Que tipo de homem estava apto a pleitear o seu ingresso neste universo armado? Para começar, existe uma diferença bastante profunda entre os antigos guerreiros germânicos e os cavaleiros medievais: entre os primeiros, todo homem era, em princípio, um guerreiro; já entre os medievais, somente tornavam-se cavaleiros os indivíduos que pertencessem à aristocracia. Sabe-se de casos isolados em que o cavaleiro provinha de segmentos mais humildes da sociedade, mas, no geral, eles eram oriundos de uma média aristocracia. De qualquer maneira, depois do século XIII, apenas os nobres de nascimento podiam realmente ser sagrados cavaleiros. Sobre a introdução do aristocrata no mundo das armas, ela dava-se muito cedo. Ainda na infância, por volta dos sete anos, o menino abandonava a convivência feminina e a casa paterna para tornar-se protegido de algum senhor mais poderoso - que deveria proporcionar-lhe o ensino do manejo das armas e das técnicas militares. Enquanto aprendia seu ofício e aguardava o momento de tornar-se cavaleiro, o jovem já fazia parte de um grupo, juntamente com seus muitos colegas. Uma vez sagrado cavaleiro, ele encontrava-se inexoravelmente ligado por fortes laços de fraternidade aos seus companheiros de armas, constituindo com eles uma espécie de "família artificial" - à qual deveria estar ligado até o fim de sua vida guerreira. Mas, o jovem aristocrata só se tornava, de fato, um legítimo homem de armas no momento da investidura - ritual através do qual ele era sagrado cavaleiro, recebendo seu armamento. O rito de iniciação deste aspirante à vida guerreira (ritual proveniente da cultura germânica) era presidido por um cavaleiro bastante experiente (o padrinho do novato), que deveria aplicar-lhe uma bofetada - como marca sensível de sua passagem da infância para a juventude (originariamente pagão, este ritual terminou por ser cristianizado, passando a identificar-se com o próprio batismo). Na verdade, o termo utilizado para designar este jovem, mal saído da adolescência, era "juvenis" ("juventus", no plural). Assim eram chamados os "cavaleiros andantes" das narrativas medievais - estes jovens solteiros que perambulavam pelo mundo em busca de aventuras heróicas e de torneios onde pudessem demonstrar o seu valor. Mas, estes "moços" nem sempre eram tão jovens quanto se poderia pensar, já que este termo era utilizado para denominar todos os cavaleiros que ainda não estavam estabelecidos, ou seja, casados e com terras. Uma longa mocidade podia ser o resultado desta vida nômade e desafiadora. Mas, como todos os demais, o cavaleiro também não ousava correr o mundo solitariamente. Ao contrário disso, ele vagava junto a sua mesnada, em busca de torneios, glórias e riquezas.
  • 3. Seguindo em torno de algum jovem e rico senhor, os cavaleiros passavam quase todo o seu tempo correndo de cidade em cidade, à procura de competições onde pudessem conquistar o máximo possível de fama e de prêmios valiosos. Os tipos básicos de competição entre cavaleiros eram a justa e o torneio. A justa era uma competição travada entre dois cavaleiros, enquanto que o torneio consistia num enfrentamento que se dava entre grupos. É claro que estas atividades sangrentas não agradavam à Igreja - que resolveu intervir de modo mais direto contra este foco de violência inútil. Decididamente, a Igreja e a cavalaria não partilhavam dos mesmos ideais e pontos de vista. Mas, tal incompatibilidade não perdurará por toda a Idade Média. Isto porque, quanto mais a cavalaria se firmava como "ordem" no cenário medieval, mais as suas atividades eram deslocadas do terreno da simples vaidade pessoal para o âmbito do serviço à glória de Deus. As Cruzadas (expedições organizadas pela Igreja ou pela nobreza, com a finalidade de lutar pela libertação do Santo Sepulcro e da Terra Santa, sob domínio muçulmano) contribuíram para tal mudança de atitude ou, pelo menos, ajudaram a produzir a imagem do "cavaleiro de Cristo" - do cavaleiro desinteressado, que buscava apenas lutar e dar sua vida pelos ideais da cristandade. Do mito à realidade, o sonho da cavalaria cristã não impediu a subsistência dos hábitos guerreiros mais arraigados. A própria situação dos jovens aristocratas não contribuía muito para modificar este quadro, já que a primogenitura fazia com que um enorme contingente deles se visse quase totalmente alijado da herança familiar. Para esses, não restava outra opção a não ser tentar "fazer nome e fortuna", através dos torneios e das façanhas guerreiras - que poderiam granjear-lhes um bom casamento (já que os dotes costumavam ser vultosos). As façanhas destes cavaleiros deram origem a um gênero literário específico, o romance de cavalaria, nos quais eram narrados os feitos heróicos deste grupo de armas para o público das cortes medievais (no qual encontravam-se grande número destes mesmos cavaleiros). Apesar de seus evidentes exageros, esses romances contribuíram também para a introdução dos valores cristãos na esfera cavaleiresca. Porém, o papel mais importante desempenhado por essa literatura foi o de constituir e difundir uma "imagem" idealizada do cavaleiro medieval - que é basicamente aquela que até hoje sobrevive no imaginário ocidental. Essa imagem, longe de um valor puramente ficcional, exerceu uma poderosa influência sobre o espírito dos cavaleiros, criando modelos de comportamento que eles próprios esforçavam-se para imitar. Regina Schöpke é graduada em Filosofia pela UERJ, mestra em História Medieval pela UFF e mestranda em Filosofia pela UFRJ. Já ministrou aulas de Filosofia na UFRJ.