LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
Uma educação consciente e transforamadora nas escolas comunitárias
1. UMA EDUCAÇÃO CONSCIENTE E TRANSFORAMADORA NAS
ESCOLAS COMUNITÁRIAS
RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO, NUMA CONQUISTA DIÁRIA.
Muitas pessoas ainda entendem o processo ensino- aprendizagem de forma estática.
Isto é, de um lado existe um professor que ensina, transmite informações; e de outro lado
existe o aluno, que deve escutar, esforçar-se para aprender e, na medida do possível,
permanecer obediente.
Muita gente pensa dessa forma, por que em nossa sociedade, geralmente, sempre
foi assim que se deram as relações entre crianças e adultos; governo e cidadãos. E a escola que
atua dentro desse sistema geral, reproduz essas mesmas relações estatísticas: o professor
manda e ensina; o aluno obedece, escuta e às vezes consegue aprender.
Sendo assim buscaremos refletir sobre a relação professor x aluno.
1-UMA RELAÇÃO DINÂMICA
A relação entre professores e alunos deve ser uma relação dinâmica, como toda e
qualquer relação entre seres humanos. Ambos ensinam e aprendem, ao mesmo tempo. Na
sala de aula os alunos não deixam de ser pessoas, para transformar-se em coisas, em objetos,
que o professor pode manipular, jogar de um lado para outro. Muito pelo contrário, o aluno é
capaz de pensar, refletir, discutir, ter opiniões próprias, participar e decidir o que ele quer, o
aluno também é gente e ser humano assim como o professor.
Sendo assim teremos uma relação não autoritária entre pessoas, onde todos podem
crescer. Dessa forma o professor deixará de ser um mero instrutor ou treinador para
transforma-se em educador.
2- INTERAÇÃO SOCIAL
Por interação social entende-se o processo de influência mútua, que as pessoas
exercem entre si. Sendo assim, numa sala de aula o professor exerce influência sobre os
alunos, e estes sobre o professor e os colegas.
2. Nossos comportamentos são respostas constantes e contínuos ao ambiente físico e
social, as pessoas despertam uma nas outras, comportamentos diferentes. Ex; uma pessoa nos
provoca vontades de abraçar, beijar, junto a outra pessoa podemos querer ficar conversando
sem parar; uma terceira pode fazer com que baixemos a cabeça etc... Isto significa que há
pessoas das quais podemos nos afastar. Mas sempre nos sentimos bem quando estamos junto
das pessoas que nos agradam, por uma ou outra razão.
Em sala de aula um aluno vai se aproximar do professor na medida que essa
aproximação for agradável para ele; o professor se aproximará dos alunos junto aos quais se
sentir bem. As reações do professor dependem, em grande parte, da maneira como ele
percebe os alunos. Convém que o professor tenha consciência de que suas percepções podem
ser falas e de que podem ser modificadas.
3- A IMPORTÂNCIA DA PERCEPÇÃO
Temos a tendência de rotular as pessoas; achamos algumas simpáticas e
outras antipáticas; algumas bonitas outras feias; algumas trabalhadoras, outras
preguiçosas e assim por diante. Nossos critérios de julgamento costumam ser estreitos
e limitados. Entretanto, a percepção que temos é, muitas vezes, falsa e
preconceituosa.
Essa situação acontece em sala de aula, com certa frequência, pois o
professor costuma ter muita influência sobre os alunos. Assim, pois o professor espera
que um aluno seja organizado, provavelmente ele será; se o professor espera que o
outro aluno seja incapaz, provavelmente ele será. É o que se chama de auto -
realizadora.
Preconceito: é um julgamento falso, que não se baseia na realidade, mas num
aspecto parcial da realidade. Por este, é importante que o professor tenha muito
cuidado em formar Juízos. Estes devem ser baseados na observação constante, com
conversas, entrevistas, e etc... O conhecimento do aluno não tem por objetivo
condená-lo e, nem mesmo, julgá-lo, mas ajudá-lo a aprender e realizar-se como
pessoa.
Os preconceitos não permitem que conheçamos as pessoas como realmente
são. Na verdade, toda pessoa tem um potencial muito grande de aprendizagem. Cabe
ao professor reconhecer o potencial de seus alunos e contribuir para sua realização.
4- O CLIMA PSICOLÓGICO
Nós sabemos, por experiência própria, que a influência do professor na sala
de aula é muito grande, seja ela positiva ou negativa. Essa influência atinge, além, das
atitudes dos alunos, mas sim sua própria aprendizagem. Por isso significa que o
comportamento do professor em relação aos alunos é de fundamental importância
para que ocorra a aprendizagem.
O Professor pode criar, na sala de aula um clima psicológico que favoreça a
aprendizagem principalmente através de sua liderança.
Os pesquisadores estudam três tipos de liderança exercida pelos adultos e
caracterizam a atuação de cada um.
3. Líder Autoritário _tudo que deve ser feito é determinado pelo líder. O Líder
forma grupos de trabalho; não participa ativamente da turma, apenas distribui tarefas.
Líder Democrático - tudo que for feito vai ser objeto de discussão e decisão da
turma. Todos são livres para trabalhar com os colegas que quiseram, cabendo a todos a
responsabilidade pela condução das atividades. O líder deve ser discutir com o grupo os
critério de avaliação e participa das atividades do grupo.
Líder Permissivo – o líder desempenha um papel bastante passivo, dando liberdade
completa ao grupo e aos indivíduos, afim de que estes determinem suas próprias atividades. O
líder não se preocupa com qualquer avaliação sobre as atividades do grupo, permanecendo
alheio ao que estar acontecendo.
Existe também um líder chamado Insatisfeito Positivo. É aquele que trabalha com a
insatisfação positiva, ou seja, TRABALHA MAIS E MELHOR. Sua insatisfação é em prol de
melhorar o que não está bem, mas trabalha num clima harmônico com o grupo, coordena,
estabelece sinergia para atingir metas. Consegue envolver o grupo na tarefa comum. Existem
líderes que não sabem fazer as particularidades de seus subordinados, mas sabe liderar e
coordenar quem sabe: Eis a diferença.
Essas lideranças produzem climas psicológicos diversos:
Na liderança autoritária as crianças mostram-se apáticas e agressivas. Quando o líder
se afasta da sala, elas deixam todas as tarefas propostas.
Na liderança democrática os alunos tornam-se mais responsáveis e trabalham de
forma independente; com a saída do líder o trabalho continua do mesmo nível em que estava
antes.
Na liderança permissiva não há um trabalho em grupo. Na ausência do líder, surgem
outras lideranças no grupo.
Quando mais jovens são os alunos, mais sensíveis se mostram ao conhecimento
afetivo com o professor, e este deve incentivar mais do que punir, orientar mais do que forçar,
e compreender mas do que julgar.
Compilação: Adilson Motta, 2014.