SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  28
Télécharger pour lire hors ligne
Síndromede dependênciade substâncias– aspectos neurobiológicos
Prof. Me Aroldo Gavioli
Crédito de imagens
Slide inicial:
http://variadasevariaveis.blogspot.com.br/2012/06/dependencia-quimica.html
Demais imagens – curso supera 9, material de acesso público.
Por que algumas pessoas se tornam
dependentes de substâncias e outras não?
• Pode ser entendida como uma alteração cerebral
(neurobiológica) provocada pela ação direta e prolongada de
uma droga de abuso no encéfalo.
• Essas alterações são influenciadas por aspectos ambientais
(sociais, culturais, educacionais), comportamentais e
genéticos.
Dependência de substâncias
Vários fatores estão envolvidos no
mecanismo de dependência
Um pouco de história
Meados do século XIX -> teorias motivacionais -> “instintos
subconscientes”.
Década de 40 -> “teoria do reforço” – Spragg demonstrou que
chipanzés apresentavam comportamento de “pedir a droga”,
contrariando os instintos programados biologicamente.
Olds e Milner, em 1954 -> ratos trabalhavam a fim de receber
estímulos em áreas especificas do cérebro.
As áreas implicadas são as principais vias neurais envolvidas no
mecanismo de recompensa. Este circuito motivacional são as vias
mesolímbica e mesocortical.
Sistema de recompensa cerebral
• A maioria das drogas de abuso
ativam o sistema de recompensa
cerebral, que é responsável por
ações reforçadas positivas e
negativamente.
• Estímulos prazeroso no nosso
cérebro lançam um sinal (aumento
de dopamina – importante
neurotransmissor do SNC (Sistema
Nervoso Central) – no núcleo
accumbens
• Tal ocorre com estímulos prazerosos
• As drogas de abuso induzem um
aumento brusco e exacerbado de
dopamina no núcleo accumbens, se
associando a sensações de prazer,
fazendo com que a busca pela droga
se torne cada vez mais provável.
Sistema de recompensa cerebral
Sistema mesolímbico
Composto por projeções dopaminérgicas que partem da área tegmentar ventral e chegam, principalmente,
ao núcleo accumbens.
A área tegmentar ventral é onde se localizam os corpos neuronais dopaminérgicos; a mesma também é
responsável pelas projeções desses neurônios para as demais estruturas do sistema de recompensa e o
núcleo accumbens é responsável pelo aprendizado e pela motivação, bem como pela valorização de cada
estímulo.
O sistema mesolímbico está relacionado ao mecanismo de condicionamento ao uso da substância, bem como
à fissura, à memória e às emoções ligadas ao uso.
Sistema mesocortical
Composto pela área tegmentar ventral, pelo córtex pré-frontal, pelo giro do cíngulo e pelo córtex orbitofrontal.
O córtex pré-frontal é responsável pelas funções cognitivas superiores e pelo controle do sequenciamento de ações.
O giro do cíngulo, por estar localizado acima do corpo caloso, tem conexões com diversas outras estruturas do
sistema límbico e tem as seguintes funções: atenção, memória, regulação da atividade cognitiva e emocional;
o córtex orbitofrontal é responsável pelo controle do impulso e da tomada de decisão. Portanto, as alterações que
ocorrem no sistema mesocortical em decorrência do consumo de substâncias psicoativas estão relacionadas com os
efeitos de substâncias psicoativas, compulsão e perda do controle para o consumo de drogas.
Sistema de recompensa
Ambos os sistemas, mesolímbico e mesocortical, relacionam-se, funcionando paralelamente entre si e
com as demais estruturas cerebrais e configuram o sistema de recompensa cerebral.
A dopamina é o principal neurotransmissor presente no sistema de recompensa cerebral, porém não é
o único responsável por sua ação. Neurotransmissores como a serotonina, noradrenalina, glutamato e o
GABA são responsáveis pela modulação do SNC e também estão presentes no sistema de recompensa.
A ação das drogas de abuso sobre o sistema de recompensa cerebral pode levar ao desenvolvimento da
dependência
Aspectos comportamentais relacionados
ao consumo de drogas de abuso
Reforço positivo
• Ligado a sensação de bem estar
• as drogas de abuso aumentam
a liberação de dopamina no
núcleo accumbens.
• as pessoas podem usar drogas
porque querem ter uma
sensação de bem-estar, de
alegria (reforço positivo).
Reforço negativo
• Ligado ao alivio de sensações
ruins
• Mas as pessoas também podem
usar drogas porque estão
tristes, deprimidas ou ansiosas
e querem aliviar essas
sensações ruins – nesse caso,
procuram a droga por seu
poder reforçador negativo.
Tolerância e sensibilização
O uso repetido de drogas de abuso produz alterações no SNC que podem levar às alterações
comportamentais, contribuindo para aumentar a “saliência” do incentivo e o “desejo de consumir mais
drogas”.
Quando uma droga é administrada repetidamente e não provoca mais o mesmo efeito, ou é preciso
aumentar a dose para ter a mesma sensação, diz-se que a pessoa está “tolerante” àquele efeito da droga.
A tolerância, é comumente encontrado nas pessoas que se tornaram dependentes das drogas.
Exemplo: drogas depressoras, como benzodiazepínicos, barbitúricos e altas doses de álcool.
• após período de abstinência, a tolerância pode ser perdida, levando a overdoses
acidentais.
Perda da tolerância
• Reaquisição da tolerância: após o período de “perda de tolerância”, a reaquisição ocorre
de maneira mais rápida que a aquisição inicial.
Reaquisição da tolerância
• Na AUSÊNCIA da droga, muitas dessas adaptações se tornam disfuncionais e podem
desencadear uma série de sintomas, em geral, opostos aos efeitos agudos da droga e que
podem ser revertidos pela administração de novas quantidades de droga. As adaptações
levam a um novo estado de equilíbrio, mas às custas de alterações importantes em muitos
sistemas, que são funcionais SOB a ação da droga, mas disfuncionais na ausência da droga.
Síndrome de Abstinência:
sensibilização
Outras substâncias podem desencadear um efeito inverso ao da tolerância
– ao invés de uma redução do efeito ocorre um aumento do efeito após
repetidas administrações.
Esse processo é chamado de sensibilização e ocorre com drogas
estimulantes, como anfetamina e cocaína, ou com doses baixas de álcool.
Sabe-se que a tolerância e a sensibilização estão relacionadas, pelo menos
em parte, com a forma de uso da droga (intervalo entre as doses e via de
uso).
Para alguns efeitos (em geral depressores) ocorre tolerância, mas para
outros (estimulantes da atividade locomotora, por exemplo) ocorre
sensibilização.
Aspectos neurobiológicos relacionados
ao processo de abstinência da droga
Nos estados de abstinência das drogas de abuso, em geral, a pessoa apresenta
sintomas opostos aos observados quando ela está sob o efeito agudo das drogas.
Nesses casos, observa-se uma “depleção” dos níveis de dopamina (isto é, uma
redução importante devida ao excesso de liberação que ocorreu durante o uso da
droga), principalmente no núcleo accumbens.
Provavelmente isso desencadeie um forte desejo (fissura) de usar a droga
novamente.
Fissura (craving)
Um desejo urgente e quase incontrolável de usar a substância, que invade os pensamentos do usuário de
drogas, alterando o seu humor e provocando sensações físicas e modificação do seu comportamento.
Vários estudos relatam que a fissura está ligada tanto a desencadeadores externos (a própria droga, locais ou
situações de uso) como internos (humor deprimido, ansiedade).
Tanto o uso agudo como o uso crônico de drogas provocam mudanças na função cerebral, e que elas
persistem por longo tempo após a retirada da substância.
Essas modificações manifestam-se na atividade metabólica, na sensibilidade e quantidade de receptores
sinápticos, e na expressão gênica, gerando diferentes respostas aos estímulos ambientais.
Papel do ambiente e da genética
Os mecanismos moleculares que se relacionam com os efeitos das drogas
de abuso, a longo prazo, podem ser divididos em duas classes principais:
• As adaptações homeostáticas
• são as respostas compensatórias das células à exposição repetida à droga de abuso.
• O aprendizado associativo
• representa alterações permanentes ou de longo prazo que ocorrem na sinapse (região
especializada para a comunicação entre os neurônios) e que contêm códigos que
armazenam informações específicas, atuando como uma “memória celular”.
• Há vários indícios de que estímulos ambientais podem alterar o risco de usar drogas. É o que se
chama de “condicionamento” ao ambiente.
Papel do ambiente
A simples visão do local no qual o usuário costumava usar a droga pode estimular a vontade
de usá-la, porque ocorreu uma associação entre o ambiente e o efeito da droga.
Outro indício da importância do ambiente é o papel do estresse na dependência.
Parte desse comportamento é socialmente “aprendido” e outra parte é uma associação entre
o efeito ansiolítico (redutor da ansiedade) de algumas drogas e a situação estressante.
O hábito de consumo de álcool por determinadas famílias também pode ser um fator de risco
ao desenvolvimento de dependência.
Genética
Os fatores genéticos desempenham outro papel importante no desenvolvimento da
dependência química.
Estudos epidemiológicos têm estabelecido há muito tempo que o alcoolismo, por exemplo,
possui um componente familiar preponderante, com uma estimativa de 40% a 60% do risco
para o desenvolvimento desse transtorno.
Parte dessa influência é devida a características herdadas por meio dos genes. Como exemplo:
predisposição genética a algumas doenças psiquiátricas ou o nível de prazer sentido pelo
consumo da droga podem estar associados ao desenvolvimento de dependência.
presença do alelo A1 do receptor DRD2
de dopamina (BLUM et al, 1990)
Critério DSM IV para o diagnóstico da
síndrome de dependência de substâncias
Um padrão de uso disfuncional de uma
substância, levando a um comprometimento ou
desconforto clinicamente significativo,
manifestado por três (ou mais) dos seguintes
sintomas, ocorrendo durante qualquer tempo,
num período de 12 meses:
Critério DSM IV para o diagnóstico da
síndrome de dependência de substâncias
1. Tolerância, definida por um dos seguintes critérios
a. necessidade de quantidades nitidamente aumentadas de
substâncias para atingir intoxicação ou o efeito desejado
b. efeito nitidamente diminuído com o uso contínuo da
mesma quantidade da substância
Critério DSM IV para o diagnóstico da
síndrome de dependência de substâncias
2. Abstinência, manifestada por um dos seguintes critérios
a. síndrome de abstinência característica da substância
b. a mesma substância (ou outra bastante parecida) é
usada para aliviar ou evitar sintomas de abstinência
Critério DSM IV para o diagnóstico da
síndrome de dependência de substâncias
3. A substância é frequentemente usada em grandes quantidades, ou por período maior do que o
intencionado
4. Um desejo persistente ou esforço sem sucesso de diminuir ou controlar a ingestão da substância
5. Grandes perídos de tempo utilizados em atividades necessárias para obter a substância, usá-la
ou recuperar-se de seus efeitos
6. Reduzir ou abandonar atividades sociais, recreacionais ou ocupacionais por causa do uso da
substância
7. Uso continuado da substância, apesar do conhecimento de ter um problema físico ou
psicológico ou recorrente que tenha sido causado ou exacerbado pela substância
CID 10
Transtornos mentais e comportamentais
devidos ao uso de substância psicoativa
F10.- devidos ao uso de álcool
F11.- devidos ao uso de opiáceos
F12.- devidos ao uso de canabinóides
F13.- devidos ao uso de sedativos e hipnóticos
F14.- devidos ao uso da cocaína
F15.- devidos ao uso de outros estimulantes, inclusive a cafeína
F16.- devidos ao uso de alucinógenos
F17.- devidos ao uso de fumo
F18.- devidos ao uso de solventes voláteis
F19.- devidos ao uso de múltiplas drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas
APÓS O PONTO USA-SE A SEGUINTE
CODIFICAÇÃO
.0 Intoxicação aguda
.1 Uso nocivo para a saúde
.2 Síndrome de dependência
.3 Síndrome [estado] de abstinência
.4 Síndrome de abstinência com delirium
.5 Transtorno psicótico
.6 Síndrome amnésica
.7 Transtorno psicótico residual ou de instalação tardia
.8 Outros transtornos mentais ou comportamentais
.9 Transtorno mental ou comportamental não especificado
EXEMPLO
Paciente usuário de crack, em síndrome de abstinência
F – Transtornos mentais e comportamentais
F14. - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso da cocaína
F14.3 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso da cocaína em síndrome de
abstinência.
Referencias
BRASIL. SECRETARIA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS; Supera: Sistema para
detecção do Uso abusivo e dependência de substâncias Psicoativas:
Encaminhamento, intervenção breve, Reinserção social e Acompanhamento. Efeitos
de substâncias psicoativas: módulo 2. – 9. ed. Brasília: Secretaria Nacional de Políticas
sobre Drogas, 2016.
DSM-IV (1995). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre:
Artes Médicas
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação Estatística Internacional de
Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - CID-10, décima revisão. 2008.

Contenu connexe

Tendances

Aula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AnsiolíticosAula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AnsiolíticosJaqueline Almeida
 
Transtornos de ansiedade
Transtornos de ansiedadeTranstornos de ansiedade
Transtornos de ansiedadeCaio Maximino
 
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidadeSaúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidadeAroldo Gavioli
 
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de Enfermagem
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de EnfermagemIntrodução a Farmacologia - Curso Técnico de Enfermagem
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de EnfermagemRAYANE DORNELAS
 
Dependencia quimica
Dependencia quimicaDependencia quimica
Dependencia quimicaAleka Amorim
 
DROGAS NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA
DROGAS NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIADROGAS NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA
DROGAS NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIAFernanda Marinho
 

Tendances (20)

Aula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AnsiolíticosAula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
 
Slides drogas-2
Slides   drogas-2Slides   drogas-2
Slides drogas-2
 
Drogas
DrogasDrogas
Drogas
 
7ª aula classes de medicamentos
7ª aula   classes de medicamentos7ª aula   classes de medicamentos
7ª aula classes de medicamentos
 
Psicologia hospitalar
Psicologia hospitalarPsicologia hospitalar
Psicologia hospitalar
 
Transtornos ansiosos
Transtornos ansiososTranstornos ansiosos
Transtornos ansiosos
 
Transtornos de ansiedade
Transtornos de ansiedadeTranstornos de ansiedade
Transtornos de ansiedade
 
Antidepressivos
AntidepressivosAntidepressivos
Antidepressivos
 
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidadeSaúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
 
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de Enfermagem
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de EnfermagemIntrodução a Farmacologia - Curso Técnico de Enfermagem
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de Enfermagem
 
Farmacologia das drogas do snc
Farmacologia das drogas do sncFarmacologia das drogas do snc
Farmacologia das drogas do snc
 
ÁLcool e outras drogas
ÁLcool e outras  drogasÁLcool e outras  drogas
ÁLcool e outras drogas
 
Palestra prevencao drogas
Palestra prevencao drogasPalestra prevencao drogas
Palestra prevencao drogas
 
Dependencia quimica
Dependencia quimicaDependencia quimica
Dependencia quimica
 
Psicofarmacologia
PsicofarmacologiaPsicofarmacologia
Psicofarmacologia
 
DROGAS NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA
DROGAS NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIADROGAS NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA
DROGAS NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA
 
Slide sobre drogas
Slide sobre drogasSlide sobre drogas
Slide sobre drogas
 
Drogas que atuam no sistema nervoso central
Drogas que atuam no sistema nervoso centralDrogas que atuam no sistema nervoso central
Drogas que atuam no sistema nervoso central
 
mapa-mental.pdf
mapa-mental.pdfmapa-mental.pdf
mapa-mental.pdf
 
Aula - SNC - Antipsicóticos
Aula -  SNC - AntipsicóticosAula -  SNC - Antipsicóticos
Aula - SNC - Antipsicóticos
 

En vedette

Dependencia de alcohol y drogas
Dependencia de alcohol y drogasDependencia de alcohol y drogas
Dependencia de alcohol y drogaslaloenf
 
Abuso y dependencia de alcohol y drogas
Abuso y dependencia de alcohol y drogasAbuso y dependencia de alcohol y drogas
Abuso y dependencia de alcohol y drogasCami Riveros
 
Mito 4 o esposo é o sacerdote do lar
Mito 4 o esposo é o sacerdote do larMito 4 o esposo é o sacerdote do lar
Mito 4 o esposo é o sacerdote do larTérbia Leal
 
Drogas & saúde mental
Drogas & saúde mentalDrogas & saúde mental
Drogas & saúde mentalkmillaalves
 
Consecuencias Del Alcohol
Consecuencias Del AlcoholConsecuencias Del Alcohol
Consecuencias Del AlcoholJesús Arnanz
 
Tratamiento y Rehabilitacion Drogas y Alcoholismo
Tratamiento y Rehabilitacion Drogas y AlcoholismoTratamiento y Rehabilitacion Drogas y Alcoholismo
Tratamiento y Rehabilitacion Drogas y AlcoholismoSusy2305
 
Aula reforma psiquiátrica
Aula reforma psiquiátricaAula reforma psiquiátrica
Aula reforma psiquiátricaAroldo Gavioli
 
Trastornos por consumo de sustancias
Trastornos por consumo de sustanciasTrastornos por consumo de sustancias
Trastornos por consumo de sustanciasRicardo Rosas arango
 
Sindrome de abstinencia alcoholica 2015
Sindrome de abstinencia alcoholica 2015Sindrome de abstinencia alcoholica 2015
Sindrome de abstinencia alcoholica 2015Sergio Butman
 

En vedette (20)

Dependencia de alcohol y drogas
Dependencia de alcohol y drogasDependencia de alcohol y drogas
Dependencia de alcohol y drogas
 
Abuso y dependencia de alcohol y drogas
Abuso y dependencia de alcohol y drogasAbuso y dependencia de alcohol y drogas
Abuso y dependencia de alcohol y drogas
 
Alcoholismo
AlcoholismoAlcoholismo
Alcoholismo
 
Mito 4 o esposo é o sacerdote do lar
Mito 4 o esposo é o sacerdote do larMito 4 o esposo é o sacerdote do lar
Mito 4 o esposo é o sacerdote do lar
 
El alcoholismo
El alcoholismoEl alcoholismo
El alcoholismo
 
T) síndrome de abstinencia
T)   síndrome de abstinenciaT)   síndrome de abstinencia
T) síndrome de abstinencia
 
03. Sindrome de abstinencia
03. Sindrome de abstinencia03. Sindrome de abstinencia
03. Sindrome de abstinencia
 
Drogas & saúde mental
Drogas & saúde mentalDrogas & saúde mental
Drogas & saúde mental
 
Consecuencias Del Alcohol
Consecuencias Del AlcoholConsecuencias Del Alcohol
Consecuencias Del Alcohol
 
Tratamiento y Rehabilitacion Drogas y Alcoholismo
Tratamiento y Rehabilitacion Drogas y AlcoholismoTratamiento y Rehabilitacion Drogas y Alcoholismo
Tratamiento y Rehabilitacion Drogas y Alcoholismo
 
Drogadiccion Y Alcoholismo
Drogadiccion Y AlcoholismoDrogadiccion Y Alcoholismo
Drogadiccion Y Alcoholismo
 
Sx abstinencia
Sx abstinenciaSx abstinencia
Sx abstinencia
 
Síndrome de privación
Síndrome de privaciónSíndrome de privación
Síndrome de privación
 
Aula reforma psiquiátrica
Aula reforma psiquiátricaAula reforma psiquiátrica
Aula reforma psiquiátrica
 
Trastornos por consumo de sustancias
Trastornos por consumo de sustanciasTrastornos por consumo de sustancias
Trastornos por consumo de sustancias
 
Ppt alcohol y drogas i
Ppt alcohol y drogas iPpt alcohol y drogas i
Ppt alcohol y drogas i
 
Intoxicación por picadura de alacrán
Intoxicación por picadura de alacránIntoxicación por picadura de alacrán
Intoxicación por picadura de alacrán
 
Sindrome de abstinencia alcoholica 2015
Sindrome de abstinencia alcoholica 2015Sindrome de abstinencia alcoholica 2015
Sindrome de abstinencia alcoholica 2015
 
Trastornos inducidos por sustancias
Trastornos inducidos por sustanciasTrastornos inducidos por sustancias
Trastornos inducidos por sustancias
 
Alcohol Etilico Efectos
Alcohol Etilico  EfectosAlcohol Etilico  Efectos
Alcohol Etilico Efectos
 

Similaire à Síndrome de dependência de substâncias – aspectos neurobiológicos

Neurobiologia do abuso de drogas
Neurobiologia do abuso de drogas Neurobiologia do abuso de drogas
Neurobiologia do abuso de drogas Henrique Gomide
 
Curso tepac redes de atenção e cuidado
Curso tepac redes de atenção e cuidadoCurso tepac redes de atenção e cuidado
Curso tepac redes de atenção e cuidadoRicardo Alexandre
 
Dependência de substâncias psicoativas
Dependência de substâncias psicoativasDependência de substâncias psicoativas
Dependência de substâncias psicoativasGian Alessandro
 
Aula 2 noções básicas de psicofarmacologia ii
Aula 2   noções básicas de psicofarmacologia iiAula 2   noções básicas de psicofarmacologia ii
Aula 2 noções básicas de psicofarmacologia iiEducação Ucpel
 
O uso de substâncias psicoativas
O uso de substâncias psicoativasO uso de substâncias psicoativas
O uso de substâncias psicoativasMirelly Melo
 
O QUE SÃO DROGAS? Prof. Noe Assunção
O QUE SÃO DROGAS? Prof. Noe AssunçãoO QUE SÃO DROGAS? Prof. Noe Assunção
O QUE SÃO DROGAS? Prof. Noe AssunçãoProf. Noe Assunção
 
Psicofármacos em Crianças e Adolescentes
Psicofármacos em Crianças e AdolescentesPsicofármacos em Crianças e Adolescentes
Psicofármacos em Crianças e Adolescentesssuserea92331
 
Ação das drogas no SNC.pdf
Ação das drogas no SNC.pdfAção das drogas no SNC.pdf
Ação das drogas no SNC.pdfTatilobato
 
Uso e abuso de drogas I
Uso e abuso de drogas IUso e abuso de drogas I
Uso e abuso de drogas ICaio Maximino
 
Psicofarmaco com crs e adolesc
Psicofarmaco com crs e adolescPsicofarmaco com crs e adolesc
Psicofarmaco com crs e adolescCláudio Costa
 
[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 1/2
[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 1/2[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 1/2
[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 1/2Marcelo Zanotti da Silva
 
Ecstasy
EcstasyEcstasy
EcstasyUrau
 
Drogas tabela
Drogas tabelaDrogas tabela
Drogas tabelasavaro
 

Similaire à Síndrome de dependência de substâncias – aspectos neurobiológicos (20)

Neurobiologia do abuso de drogas
Neurobiologia do abuso de drogas Neurobiologia do abuso de drogas
Neurobiologia do abuso de drogas
 
Curso tepac redes de atenção e cuidado
Curso tepac redes de atenção e cuidadoCurso tepac redes de atenção e cuidado
Curso tepac redes de atenção e cuidado
 
Dependência de substâncias psicoativas
Dependência de substâncias psicoativasDependência de substâncias psicoativas
Dependência de substâncias psicoativas
 
Aula 2 noções básicas de psicofarmacologia ii
Aula 2   noções básicas de psicofarmacologia iiAula 2   noções básicas de psicofarmacologia ii
Aula 2 noções básicas de psicofarmacologia ii
 
Toxicodependência
ToxicodependênciaToxicodependência
Toxicodependência
 
Dep qui cog
Dep qui cogDep qui cog
Dep qui cog
 
O uso de substâncias psicoativas
O uso de substâncias psicoativasO uso de substâncias psicoativas
O uso de substâncias psicoativas
 
O QUE SÃO DROGAS? Prof. Noe Assunção
O QUE SÃO DROGAS? Prof. Noe AssunçãoO QUE SÃO DROGAS? Prof. Noe Assunção
O QUE SÃO DROGAS? Prof. Noe Assunção
 
Consumo substâncias
Consumo substânciasConsumo substâncias
Consumo substâncias
 
Consumo subst
Consumo substConsumo subst
Consumo subst
 
Psicofármacos em Crianças e Adolescentes
Psicofármacos em Crianças e AdolescentesPsicofármacos em Crianças e Adolescentes
Psicofármacos em Crianças e Adolescentes
 
Antidepressivos
AntidepressivosAntidepressivos
Antidepressivos
 
Antidepressivos
AntidepressivosAntidepressivos
Antidepressivos
 
Ação das drogas no SNC.pdf
Ação das drogas no SNC.pdfAção das drogas no SNC.pdf
Ação das drogas no SNC.pdf
 
Uso e abuso de drogas I
Uso e abuso de drogas IUso e abuso de drogas I
Uso e abuso de drogas I
 
Psicofarmaco com crs e adolesc
Psicofarmaco com crs e adolescPsicofarmaco com crs e adolesc
Psicofarmaco com crs e adolesc
 
[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 1/2
[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 1/2[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 1/2
[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 1/2
 
Ecstasy
EcstasyEcstasy
Ecstasy
 
Drogadicción
DrogadicciónDrogadicción
Drogadicción
 
Drogas tabela
Drogas tabelaDrogas tabela
Drogas tabela
 

Plus de Aroldo Gavioli

Transtornos mentais orgânicos
Transtornos mentais orgânicosTranstornos mentais orgânicos
Transtornos mentais orgânicosAroldo Gavioli
 
A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...
A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...
A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...Aroldo Gavioli
 
Grupos terapêuticos e intervenção em família
Grupos terapêuticos e intervenção em famíliaGrupos terapêuticos e intervenção em família
Grupos terapêuticos e intervenção em famíliaAroldo Gavioli
 
O diagnóstico de enfermagem em saúde mental
O diagnóstico de enfermagem em saúde mentalO diagnóstico de enfermagem em saúde mental
O diagnóstico de enfermagem em saúde mentalAroldo Gavioli
 
Exame Físico em Saúde Mental
Exame Físico em Saúde MentalExame Físico em Saúde Mental
Exame Físico em Saúde MentalAroldo Gavioli
 
Rede de atenção em saude mental
Rede de atenção em saude mentalRede de atenção em saude mental
Rede de atenção em saude mentalAroldo Gavioli
 
Critérios de admissão em Unidade de Terapia Intensiva
Critérios de admissão em Unidade de Terapia IntensivaCritérios de admissão em Unidade de Terapia Intensiva
Critérios de admissão em Unidade de Terapia IntensivaAroldo Gavioli
 
Intervenção em crises
Intervenção em crisesIntervenção em crises
Intervenção em crisesAroldo Gavioli
 
Segurança do paciente em unidades de urgência
Segurança do paciente em unidades de urgênciaSegurança do paciente em unidades de urgência
Segurança do paciente em unidades de urgênciaAroldo Gavioli
 
Métodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentesMétodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentesAroldo Gavioli
 
Métodos dialíticos contínuos
Métodos dialíticos contínuosMétodos dialíticos contínuos
Métodos dialíticos contínuosAroldo Gavioli
 
O Processo de enfermagem na enfermagem em saúde mental
O Processo de enfermagem na enfermagem em saúde mentalO Processo de enfermagem na enfermagem em saúde mental
O Processo de enfermagem na enfermagem em saúde mentalAroldo Gavioli
 
Time de resposta rápida e escore news
Time de resposta rápida e escore newsTime de resposta rápida e escore news
Time de resposta rápida e escore newsAroldo Gavioli
 
Organização do sistema de saúde brasileiro, a atenção às urgências e o papel ...
Organização do sistema de saúde brasileiro, a atenção às urgências e o papel ...Organização do sistema de saúde brasileiro, a atenção às urgências e o papel ...
Organização do sistema de saúde brasileiro, a atenção às urgências e o papel ...Aroldo Gavioli
 
Método de classificação de risco pelo protocolo de manchester
Método de classificação de risco pelo protocolo de manchesterMétodo de classificação de risco pelo protocolo de manchester
Método de classificação de risco pelo protocolo de manchesterAroldo Gavioli
 
Humanização, acolhimento e classificação de risco em urgência e emergência
Humanização, acolhimento e classificação de risco em urgência e emergênciaHumanização, acolhimento e classificação de risco em urgência e emergência
Humanização, acolhimento e classificação de risco em urgência e emergênciaAroldo Gavioli
 
Saúde mental e cidadania
Saúde mental e cidadaniaSaúde mental e cidadania
Saúde mental e cidadaniaAroldo Gavioli
 

Plus de Aroldo Gavioli (20)

Transtornos mentais orgânicos
Transtornos mentais orgânicosTranstornos mentais orgânicos
Transtornos mentais orgânicos
 
A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...
A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...
A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...
 
psicofarmacologia 2
psicofarmacologia 2psicofarmacologia 2
psicofarmacologia 2
 
Grupos terapêuticos e intervenção em família
Grupos terapêuticos e intervenção em famíliaGrupos terapêuticos e intervenção em família
Grupos terapêuticos e intervenção em família
 
O diagnóstico de enfermagem em saúde mental
O diagnóstico de enfermagem em saúde mentalO diagnóstico de enfermagem em saúde mental
O diagnóstico de enfermagem em saúde mental
 
Exame Físico em Saúde Mental
Exame Físico em Saúde MentalExame Físico em Saúde Mental
Exame Físico em Saúde Mental
 
Rede de atenção em saude mental
Rede de atenção em saude mentalRede de atenção em saude mental
Rede de atenção em saude mental
 
Doença de Alzheimer
Doença de AlzheimerDoença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
 
Critérios de admissão em Unidade de Terapia Intensiva
Critérios de admissão em Unidade de Terapia IntensivaCritérios de admissão em Unidade de Terapia Intensiva
Critérios de admissão em Unidade de Terapia Intensiva
 
Intervenção em crises
Intervenção em crisesIntervenção em crises
Intervenção em crises
 
Segurança do paciente em unidades de urgência
Segurança do paciente em unidades de urgênciaSegurança do paciente em unidades de urgência
Segurança do paciente em unidades de urgência
 
Métodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentesMétodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentes
 
Métodos dialíticos contínuos
Métodos dialíticos contínuosMétodos dialíticos contínuos
Métodos dialíticos contínuos
 
Transtornos do humor
Transtornos do humorTranstornos do humor
Transtornos do humor
 
O Processo de enfermagem na enfermagem em saúde mental
O Processo de enfermagem na enfermagem em saúde mentalO Processo de enfermagem na enfermagem em saúde mental
O Processo de enfermagem na enfermagem em saúde mental
 
Time de resposta rápida e escore news
Time de resposta rápida e escore newsTime de resposta rápida e escore news
Time de resposta rápida e escore news
 
Organização do sistema de saúde brasileiro, a atenção às urgências e o papel ...
Organização do sistema de saúde brasileiro, a atenção às urgências e o papel ...Organização do sistema de saúde brasileiro, a atenção às urgências e o papel ...
Organização do sistema de saúde brasileiro, a atenção às urgências e o papel ...
 
Método de classificação de risco pelo protocolo de manchester
Método de classificação de risco pelo protocolo de manchesterMétodo de classificação de risco pelo protocolo de manchester
Método de classificação de risco pelo protocolo de manchester
 
Humanização, acolhimento e classificação de risco em urgência e emergência
Humanização, acolhimento e classificação de risco em urgência e emergênciaHumanização, acolhimento e classificação de risco em urgência e emergência
Humanização, acolhimento e classificação de risco em urgência e emergência
 
Saúde mental e cidadania
Saúde mental e cidadaniaSaúde mental e cidadania
Saúde mental e cidadania
 

Dernier

Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivProfessorThialesDias
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 

Dernier (11)

Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 

Síndrome de dependência de substâncias – aspectos neurobiológicos

  • 1. Síndromede dependênciade substâncias– aspectos neurobiológicos Prof. Me Aroldo Gavioli
  • 2. Crédito de imagens Slide inicial: http://variadasevariaveis.blogspot.com.br/2012/06/dependencia-quimica.html Demais imagens – curso supera 9, material de acesso público.
  • 3. Por que algumas pessoas se tornam dependentes de substâncias e outras não? • Pode ser entendida como uma alteração cerebral (neurobiológica) provocada pela ação direta e prolongada de uma droga de abuso no encéfalo. • Essas alterações são influenciadas por aspectos ambientais (sociais, culturais, educacionais), comportamentais e genéticos. Dependência de substâncias
  • 4. Vários fatores estão envolvidos no mecanismo de dependência
  • 5. Um pouco de história Meados do século XIX -> teorias motivacionais -> “instintos subconscientes”. Década de 40 -> “teoria do reforço” – Spragg demonstrou que chipanzés apresentavam comportamento de “pedir a droga”, contrariando os instintos programados biologicamente. Olds e Milner, em 1954 -> ratos trabalhavam a fim de receber estímulos em áreas especificas do cérebro. As áreas implicadas são as principais vias neurais envolvidas no mecanismo de recompensa. Este circuito motivacional são as vias mesolímbica e mesocortical.
  • 6. Sistema de recompensa cerebral • A maioria das drogas de abuso ativam o sistema de recompensa cerebral, que é responsável por ações reforçadas positivas e negativamente. • Estímulos prazeroso no nosso cérebro lançam um sinal (aumento de dopamina – importante neurotransmissor do SNC (Sistema Nervoso Central) – no núcleo accumbens • Tal ocorre com estímulos prazerosos • As drogas de abuso induzem um aumento brusco e exacerbado de dopamina no núcleo accumbens, se associando a sensações de prazer, fazendo com que a busca pela droga se torne cada vez mais provável.
  • 8. Sistema mesolímbico Composto por projeções dopaminérgicas que partem da área tegmentar ventral e chegam, principalmente, ao núcleo accumbens. A área tegmentar ventral é onde se localizam os corpos neuronais dopaminérgicos; a mesma também é responsável pelas projeções desses neurônios para as demais estruturas do sistema de recompensa e o núcleo accumbens é responsável pelo aprendizado e pela motivação, bem como pela valorização de cada estímulo. O sistema mesolímbico está relacionado ao mecanismo de condicionamento ao uso da substância, bem como à fissura, à memória e às emoções ligadas ao uso.
  • 9. Sistema mesocortical Composto pela área tegmentar ventral, pelo córtex pré-frontal, pelo giro do cíngulo e pelo córtex orbitofrontal. O córtex pré-frontal é responsável pelas funções cognitivas superiores e pelo controle do sequenciamento de ações. O giro do cíngulo, por estar localizado acima do corpo caloso, tem conexões com diversas outras estruturas do sistema límbico e tem as seguintes funções: atenção, memória, regulação da atividade cognitiva e emocional; o córtex orbitofrontal é responsável pelo controle do impulso e da tomada de decisão. Portanto, as alterações que ocorrem no sistema mesocortical em decorrência do consumo de substâncias psicoativas estão relacionadas com os efeitos de substâncias psicoativas, compulsão e perda do controle para o consumo de drogas.
  • 10. Sistema de recompensa Ambos os sistemas, mesolímbico e mesocortical, relacionam-se, funcionando paralelamente entre si e com as demais estruturas cerebrais e configuram o sistema de recompensa cerebral. A dopamina é o principal neurotransmissor presente no sistema de recompensa cerebral, porém não é o único responsável por sua ação. Neurotransmissores como a serotonina, noradrenalina, glutamato e o GABA são responsáveis pela modulação do SNC e também estão presentes no sistema de recompensa. A ação das drogas de abuso sobre o sistema de recompensa cerebral pode levar ao desenvolvimento da dependência
  • 11. Aspectos comportamentais relacionados ao consumo de drogas de abuso Reforço positivo • Ligado a sensação de bem estar • as drogas de abuso aumentam a liberação de dopamina no núcleo accumbens. • as pessoas podem usar drogas porque querem ter uma sensação de bem-estar, de alegria (reforço positivo). Reforço negativo • Ligado ao alivio de sensações ruins • Mas as pessoas também podem usar drogas porque estão tristes, deprimidas ou ansiosas e querem aliviar essas sensações ruins – nesse caso, procuram a droga por seu poder reforçador negativo.
  • 12. Tolerância e sensibilização O uso repetido de drogas de abuso produz alterações no SNC que podem levar às alterações comportamentais, contribuindo para aumentar a “saliência” do incentivo e o “desejo de consumir mais drogas”. Quando uma droga é administrada repetidamente e não provoca mais o mesmo efeito, ou é preciso aumentar a dose para ter a mesma sensação, diz-se que a pessoa está “tolerante” àquele efeito da droga. A tolerância, é comumente encontrado nas pessoas que se tornaram dependentes das drogas. Exemplo: drogas depressoras, como benzodiazepínicos, barbitúricos e altas doses de álcool.
  • 13. • após período de abstinência, a tolerância pode ser perdida, levando a overdoses acidentais. Perda da tolerância • Reaquisição da tolerância: após o período de “perda de tolerância”, a reaquisição ocorre de maneira mais rápida que a aquisição inicial. Reaquisição da tolerância • Na AUSÊNCIA da droga, muitas dessas adaptações se tornam disfuncionais e podem desencadear uma série de sintomas, em geral, opostos aos efeitos agudos da droga e que podem ser revertidos pela administração de novas quantidades de droga. As adaptações levam a um novo estado de equilíbrio, mas às custas de alterações importantes em muitos sistemas, que são funcionais SOB a ação da droga, mas disfuncionais na ausência da droga. Síndrome de Abstinência:
  • 14. sensibilização Outras substâncias podem desencadear um efeito inverso ao da tolerância – ao invés de uma redução do efeito ocorre um aumento do efeito após repetidas administrações. Esse processo é chamado de sensibilização e ocorre com drogas estimulantes, como anfetamina e cocaína, ou com doses baixas de álcool. Sabe-se que a tolerância e a sensibilização estão relacionadas, pelo menos em parte, com a forma de uso da droga (intervalo entre as doses e via de uso). Para alguns efeitos (em geral depressores) ocorre tolerância, mas para outros (estimulantes da atividade locomotora, por exemplo) ocorre sensibilização.
  • 15. Aspectos neurobiológicos relacionados ao processo de abstinência da droga Nos estados de abstinência das drogas de abuso, em geral, a pessoa apresenta sintomas opostos aos observados quando ela está sob o efeito agudo das drogas. Nesses casos, observa-se uma “depleção” dos níveis de dopamina (isto é, uma redução importante devida ao excesso de liberação que ocorreu durante o uso da droga), principalmente no núcleo accumbens. Provavelmente isso desencadeie um forte desejo (fissura) de usar a droga novamente.
  • 16. Fissura (craving) Um desejo urgente e quase incontrolável de usar a substância, que invade os pensamentos do usuário de drogas, alterando o seu humor e provocando sensações físicas e modificação do seu comportamento. Vários estudos relatam que a fissura está ligada tanto a desencadeadores externos (a própria droga, locais ou situações de uso) como internos (humor deprimido, ansiedade). Tanto o uso agudo como o uso crônico de drogas provocam mudanças na função cerebral, e que elas persistem por longo tempo após a retirada da substância. Essas modificações manifestam-se na atividade metabólica, na sensibilidade e quantidade de receptores sinápticos, e na expressão gênica, gerando diferentes respostas aos estímulos ambientais.
  • 17. Papel do ambiente e da genética Os mecanismos moleculares que se relacionam com os efeitos das drogas de abuso, a longo prazo, podem ser divididos em duas classes principais: • As adaptações homeostáticas • são as respostas compensatórias das células à exposição repetida à droga de abuso. • O aprendizado associativo • representa alterações permanentes ou de longo prazo que ocorrem na sinapse (região especializada para a comunicação entre os neurônios) e que contêm códigos que armazenam informações específicas, atuando como uma “memória celular”. • Há vários indícios de que estímulos ambientais podem alterar o risco de usar drogas. É o que se chama de “condicionamento” ao ambiente.
  • 18. Papel do ambiente A simples visão do local no qual o usuário costumava usar a droga pode estimular a vontade de usá-la, porque ocorreu uma associação entre o ambiente e o efeito da droga. Outro indício da importância do ambiente é o papel do estresse na dependência. Parte desse comportamento é socialmente “aprendido” e outra parte é uma associação entre o efeito ansiolítico (redutor da ansiedade) de algumas drogas e a situação estressante. O hábito de consumo de álcool por determinadas famílias também pode ser um fator de risco ao desenvolvimento de dependência.
  • 19. Genética Os fatores genéticos desempenham outro papel importante no desenvolvimento da dependência química. Estudos epidemiológicos têm estabelecido há muito tempo que o alcoolismo, por exemplo, possui um componente familiar preponderante, com uma estimativa de 40% a 60% do risco para o desenvolvimento desse transtorno. Parte dessa influência é devida a características herdadas por meio dos genes. Como exemplo: predisposição genética a algumas doenças psiquiátricas ou o nível de prazer sentido pelo consumo da droga podem estar associados ao desenvolvimento de dependência.
  • 20. presença do alelo A1 do receptor DRD2 de dopamina (BLUM et al, 1990)
  • 21. Critério DSM IV para o diagnóstico da síndrome de dependência de substâncias Um padrão de uso disfuncional de uma substância, levando a um comprometimento ou desconforto clinicamente significativo, manifestado por três (ou mais) dos seguintes sintomas, ocorrendo durante qualquer tempo, num período de 12 meses:
  • 22. Critério DSM IV para o diagnóstico da síndrome de dependência de substâncias 1. Tolerância, definida por um dos seguintes critérios a. necessidade de quantidades nitidamente aumentadas de substâncias para atingir intoxicação ou o efeito desejado b. efeito nitidamente diminuído com o uso contínuo da mesma quantidade da substância
  • 23. Critério DSM IV para o diagnóstico da síndrome de dependência de substâncias 2. Abstinência, manifestada por um dos seguintes critérios a. síndrome de abstinência característica da substância b. a mesma substância (ou outra bastante parecida) é usada para aliviar ou evitar sintomas de abstinência
  • 24. Critério DSM IV para o diagnóstico da síndrome de dependência de substâncias 3. A substância é frequentemente usada em grandes quantidades, ou por período maior do que o intencionado 4. Um desejo persistente ou esforço sem sucesso de diminuir ou controlar a ingestão da substância 5. Grandes perídos de tempo utilizados em atividades necessárias para obter a substância, usá-la ou recuperar-se de seus efeitos 6. Reduzir ou abandonar atividades sociais, recreacionais ou ocupacionais por causa do uso da substância 7. Uso continuado da substância, apesar do conhecimento de ter um problema físico ou psicológico ou recorrente que tenha sido causado ou exacerbado pela substância
  • 25. CID 10 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substância psicoativa F10.- devidos ao uso de álcool F11.- devidos ao uso de opiáceos F12.- devidos ao uso de canabinóides F13.- devidos ao uso de sedativos e hipnóticos F14.- devidos ao uso da cocaína F15.- devidos ao uso de outros estimulantes, inclusive a cafeína F16.- devidos ao uso de alucinógenos F17.- devidos ao uso de fumo F18.- devidos ao uso de solventes voláteis F19.- devidos ao uso de múltiplas drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas
  • 26. APÓS O PONTO USA-SE A SEGUINTE CODIFICAÇÃO .0 Intoxicação aguda .1 Uso nocivo para a saúde .2 Síndrome de dependência .3 Síndrome [estado] de abstinência .4 Síndrome de abstinência com delirium .5 Transtorno psicótico .6 Síndrome amnésica .7 Transtorno psicótico residual ou de instalação tardia .8 Outros transtornos mentais ou comportamentais .9 Transtorno mental ou comportamental não especificado
  • 27. EXEMPLO Paciente usuário de crack, em síndrome de abstinência F – Transtornos mentais e comportamentais F14. - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso da cocaína F14.3 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso da cocaína em síndrome de abstinência.
  • 28. Referencias BRASIL. SECRETARIA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS; Supera: Sistema para detecção do Uso abusivo e dependência de substâncias Psicoativas: Encaminhamento, intervenção breve, Reinserção social e Acompanhamento. Efeitos de substâncias psicoativas: módulo 2. – 9. ed. Brasília: Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2016. DSM-IV (1995). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre: Artes Médicas ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - CID-10, décima revisão. 2008.