O documento discute o livro O Seminarista de Bernardo Guimarães, criticando o regime monástico dos seminários e defendendo uma educação mais social para os homens. Conta a história de Eugênio, que é forçado a ser padre pelo pai, apesar de amar Margarida. Ele enlouquece ao encontrar o corpo dela na igreja no dia de sua primeira missa.
1. BERNARDO GUIMARÃES
“A educação claustral é triste em si e em suas
consequências: o regime monacal, que se observa nos
seminários, é mais próprio para formar ursos do que
homens sociais.”
*Nasceu em Minas Gerais
*Formou a Sociedade Epicureia com Álvares de Azevedo
*Tinha um temperamento bem-humorado (há em torno dele um
numeroso anedotário)
*Percorreu o interior de Minas e Goiás
*Retratou usos e costumes do Brasil Central
2. O livro de Bernardo Guimarães mais bem
aceito pela crítica é O seminarista, cuja
primeira edição é de 1872.
Permanece atual porque questiona o
celibato dos padres. Conta a história de um
fazendeiro de Minas Gerais que obriga o
seu filho a ser padre. Eugênio, o filho, ama
desde criança Margarida, filha de uma
agregada da fazenda. Ele tenta abandonar o
Seminário de Congonhas em Minas Gerais,
mas o pai dele, o capitão Antunes, inventa
que Margarida se casou.
Eugênio se ordena. Mas ele endoidece no
dia em que volta a sua cidade para rezar a
sua primeira missa e se depara, na igreja,
com um cadáver, o da Margarida, que tinha
estado muito doente.
3. O seu livro mais conhecido é A
Escrava Isaura. Foi publicado pela
primeira vez em 1875. Conta as
agruras de uma bela escrava mulata
que vivia em uma fazenda do Vale do
Paraíba, na região fluminense de
Campos.
O romance foi levado à tela da
Rede Globo de Televisão em 1976 e
em 1977 e à da Rede Record em 2004
(Ver Escrava Isaura (telenovela). A
versão da Globo foi exportada para
cerca de 150 países. Na China,
protagonizada por Lucélia Santos, a
Escrava Isaura foi assistida por mais de
1 bilhão de pessoas. Uma edição do
livro naquele país teve pelo menos 300
mil exemplares.
5. Reparemos esta metáfora de Alencar em seu romance
Lucíola: “- Como se trata de nomes, eu também
proponho uma mudança. Em lugar de Lúcia- diga-se
Lúcifer.” (p.36)
Alencar nos apresenta, a capacidade de Lúcia de situar-se
entre a sedução e a inocência; de mostrar-se ora como
prostituta – maliciosa e sensual, denunciando erotismo e
noutras vezes apresentar-se, adversamente, como donzela
pura e casta.
Na realidade, o que pretendeu foi mostrar ao leitor que,
embora Lúcia comercializasse o seu próprio corpo - situação
exterior - ela ainda preservava, dentro de si, um estado de
inocência que ela própria, por forças das circunstâncias, fora
obrigada a adormecer
6. SENHORA
A personagem Aurélia Camargo é idealizada pelo narrador como
rainha e heroína romântica. De "régia fronte, coroada de diadema
de cabelos castanhos, de formosas espáduas", no entanto, ela é,
concomitantemente, "fada encantada" e "ninfa das chamas,
lasciva salamandra".
Ao estereótipo da "mulher-anjo" romântica, o narrador
acrescenta,assim, um elemento demoníaco, o qual, em vez de
explicitar, deixa sugerida essa negatividade, "sob as pregas do
roupão de cambraia que a luz do sol não ilumina", e também "sob
a voz bramida, o gesto sublime, escondendo o frêmito que
lembrava silvo de serpente" ...
Tal maneira de caracterizar a personagem – pelos elementos
exteriores - humaniza a personagem, afastando-a do
maniqueísmo romântico e acrescentando-lhe traços realistas.
7. O PREÇO POSSE
“Compra-se o noivo” O início da hipocrisia
conjugal.
O RESGATE
QUITAÇÃO
A transformação de
Um retorno para
Fernando e o resgate de
justificar o
sua honra e sua
comportamento de
liberdade.
Aurélia
8. A personagem feminina aqui se encontra dividida entre
a razão e a emoção, a idealizada e a verossímil
Os perfis femininos elaborados por José de Alencar,
Iracema (1865), Lucíola (1864), e Senhora (1875),
estes dois últimos publicados sob o pseudônimo de
G.M., induzem o leitor a pensar o conceito de
verossimilhança, com a intenção de convencer o leitor
de que não se trata de mera narrativa de ficção, mas
de relato verídico, o que de certa forma contribui para
a visão da mulher em um plano mais real que
idealizado.