O Centro Paula Souza lançou o primeiro curso de BigData no Agronegócio no Brasil, oferecido pela Fatec de Pompeia. O curso visa formar profissionais capazes de analisar grandes volumes de dados da agricultura usando técnicas de computação em nuvem, bancos de dados e internet das coisas. O setor agropecuário tem gerado mais empregos no estado de São Paulo.
Nematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviais
Formação BigData no Agronegócio lançada Fatec Pompeia
1. Diário Oficial Poder Executivo - Seção Iquarta-feira, 11 de janeiro de 2017 São Paulo, 127 (7) – III
capacidade de extrair conheci-
mento dos dados computacionais
é uma das necessidades que se
impõem no mercado profissional
da atualidade. Com a proposta de
atender a essa demanda em um
setor específico, o da agricultura,
o Centro Paula Souza lançou, no
Vestibular 2017, vagas para a for-
mação inédita no País em BigData
no Agronegócio.
Centro Paula Souza lança formação
inédita em BigData no Agronegócio
As primeiras 40 vagas do
curso, oferecido pela Fatec
de Pompeia, no interior do
Estado, estão em disputa
no Vestibular 2017
A queda no número de carteiras assi-
nadas, reflexo da crise política e eco-
nômica vivida pelo Brasil nos últimos
anos, não chegou ao setor agropecuário,
o único a registrar aumento de 0,9%
na geração de novos postos de trabalho
formais em 2015. As informações são de
um estudo da Secretaria de Agricultura
e Abastecimento do Estado, por meio do
Instituto de Economia Agrícola (IEA).
Com base nos dados da Relação Anual
de Informações Sociais (Rais) de 2015,
divulgados pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, em setembro, dos 48,1 milhões
de postos de trabalho criados naquele
ano, a agropecuária brasileira foi respon-
sável pela geração de 1,5 milhão de vagas.
No Estado, enquanto os demais seto-
res econômicos tiveram queda de 2,9%
na criação de empregos formais, o setor
agropecuário registrou crescimento de
2,5% nos postos de trabalho com carteira
assinada. São Paulo tem 329 mil empre-
gos agropecuários, representando aproxi-
Agropecuária registra aumento na geração de empregos
dor da secretaria que atua no IEA, Carlos
Eduardo Fredo, um dos responsáveis pelo
estudo.
Entre as principais atividades que
geram empregos formais no segmento
agropecuário paulista destacam-se culti-
vo de cana-de-açúcar (21,3%) e de laranja
(14,3%), criação de bovinos (13,8%), ativi-
dades de apoio à agricultura (10,4%), cria-
ção de aves (7,2%) e cultivo de café (4,2%),
que chegam a representar 71% dos empre-
gos formais no setor.
Embora importante para a ocupação
de mão de obra em todas as regiões admi-
nistrativas paulistas, a agropecuária gerou
mais empregos com carteira assinada nas
regiões de Sorocaba (18,9%), Campinas
(18,3%) e São José do Rio Preto (9,2%).
A íntegra do estudo está disponível para
consulta no site do IEA (goo.gl/J1UOB0).
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial
Assessoria de Imprensa da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento
madamente 21,8% do total de empregos
no segmento em todo o País.
De acordo com o estudo, a repre-
sentatividade do setor na geração de
empregos com carteira assinada, que hoje
equivale a 3,1% dos empregos formais,
poderia ser ainda maior não fossem a
informalidade no trabalho assalariado
rural e a alta ocupação de mão de obra
familiar.
“Ao considerar outros agentes econô-
micos das cadeias produtivas, que são inte-
gradas por usinas e destilarias, fabricação
de sucos e de produtos alimentícios, esse
número chega a ser três vezes maior no
Estado de São Paulo”, ressalta o pesquisa-
A
De acordo com um dos idea-
lizadores do novo curso da Fatec
Pompeia e também seu coorde-
nador, o professor Tsen Chung
Kang, o lançamento é uma res-
posta à grande mudança de para-
digma provocada pela ‘era do
conhecimento’. Ele complemen-
ta: “Trata-se do estágio que está
tomando o lugar da ‘era da infor-
mação’, iniciada com a propaga-
ção do uso do computador”.
O professor explica que,
enquanto essa abrangeu o acú-
mulo de uma quantidade monu-
mental de dados nos meios digi-
tais, a nova etapa é representada
pela transformação desses dados
em conhecimento. Por isso, a for-
mação, criada em parceria com
a Fundação Shunji Nishimura
de Tecnologia, com o apoio de
empresas como Intel, Totvs
e SAP, visa à capacitação para
o manuseio e interpretação de
grandes volumes de dados.
Análise – Baseada em cur-
sos de mestrado da Finlândia e
dos Estados Unidos, a proposta é
que o estudante aprenda tanto a manipular
e instalar equipamentos capazes de captar
e gerar dados de negócios agrícolas quan-
to a desenvolver programas de computador
para reunir e analisar esse grande volume
de informações (big data ou, em português,
megadados).
Para isso, o aluno estudará conteúdos
das áreas de informática, agricultura e
administração e assuntos das disciplinas
de matemática (estatística, probabilidade e
cálculo), física (eletrônica) e biologia.
Os temas do ramo da informática, que
compõem mais de 60% do curso, são lin-
guagens de programação, sistemas base-
ados em computação em nuvem (cloud),
funcionamento de banco de dados e técni-
cas para implementação de aparelhos para
coleta e transmissão de dados (dispositivos
de internet das coisas), entre outros.
Na parte dedicada à agricultura, o
aluno vai aprender noções de plantio, pul-
verização, irrigação, colheita, manejo do
solo e monitoramento de pragas e, entre os
assuntos de gestão, administração geral e
de empreendedorismo, por exemplo. Para
completar o currículo, há inglês instru-
mental em todos os semestres.
Com duração de três anos e oferta de
40 vagas vespertinas, o curso é indicado
para pessoas empreendedoras, inovadoras e
que gostem de matemática e programação,
segundo o professor Kang. “Quem tiver esse
perfil pode candidatar-se a uma vaga, e não
vai se arrepender”, ressalta.
AFatecPompeiaofereceocursodemeca-
nização em agricultura de precisão, lança-
do em 2010, também em parceria com a
Fundação Shunji Nishimura e de forma iné-
dita. De acordo com o superintendente da
Fundação, Alberto Honda, o mercado passou
a solicitar um profissional com formação mais
específica. “Precisávamos montar uma con-
tinuação do curso de mecanização”, afirma,
destacando que os dois são complementares.
Para Kang, os profissionais formados no novo
curso ajudarão a agricultura a entrar de vez
na ‘era do conhecimento’. Os formandos terão
comocampodetrabalhofazendas,lojasreven-
dedoras de produtos agrícolas, consultorias ou
empresas prestadoras de serviços agronômi-
cos, desenvolvedoras de software ou fabrican-
tes de equipamentos agrícolas e insumos.
Simone de Marco
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial
Grupo de excelência
Com inscrições encerradas no dia
15 de dezembro passado, e exame
realizado no domingo, 8, o Processo
Seletivo Vestibular do 1º Semestre de
2017 das Fatecs oferece 15.720 vagas,
das quais 13,8 mil em cursos presen-
ciais e 1.920 em cursos a distância
(EaD).
As formações, gratuitas, são rea-
lizadas em todas as regiões do Estado,
e se inserem nas áreas de ambiente
e saúde; controle e processos indus-
triais; gestão e negócios; hospitalidade
e lazer; informação e comunicação;
infraestrutura; produção alimentícia;
produção cultural e design; produção
industrial; e recursos naturais.
O diploma com a marca do Centro
Paula Souza é reconhecido como um
diferencial, uma vez que as Fatecs
integram o chamado “grupo de exce-
lência” do Índice Geral de Cursos
(IGC) do Ministério da Educação.
JOÃOLUIZDIVULGAÇÃO
Na parte dedicada à agricultura,
o aluno vai aprender noções
de colheita, plantio, pulverização,
irrigação, manejo do solo
Setor agropecuário foi responsável
pela geração de 1,5 milhão de vagas
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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017 às 03:08:23.