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Variações entre verão e inverno definem habilidade em lidar com estresse calórico
Texto: Dr. Israel Flamenbaum
Um índice chamado “relação verão:inverno” foi desenvolvido em Israel, no intuito de
avaliar a efetividade do uso de métodos para aliviar o estresse calórico em fazendas
leiteiras, avaliando o desempenho em três meses de verão (julho a setembro), com
relação aos três meses de inverno (janeiro a março). As diferenças foram muito
significativas.
Nos últimos 40 anos, os pesquisadores de Israel realizaram estudos comparativos
visando definir o efeito negativo do estresse calórico nas vacas leiteiras e o efeito de
usar métodos de resfriamento para mitigar o calor e reduzir as perdas de
produtividade e fertilidade das vacas durante o verão.
Recentemente, um índice chamado “Relação verão:inverno” foi desenvolvido no setor
de lácteos israelense. Esse índice permite avaliar a efetividade do uso de métodos
para aliviar o estresse calórico em cada fazenda leiteira em Israel, avaliando o
desempenho em três meses de verão (julho a setembro), com relação aos três meses
de inverno (janeiro a março), levando em consideração os resultados do inverno como
base. O índice com a relação verão:inverno é incluído em um relatório anual,
apresentado para cada “fazenda participante” no sistema oficial de controle leiteiro,
chamado “Israeli Herd book” [livro do rebanho israelense], e administrado pela
Associação Israelense de Criadores de Gado (ICBA, sigla em inglês). O índice analisa os
dados sobre a produção de leite, gordura, proteína e contagem de células somáticas
(CCS) no leite, bem como a taxa de concepção com relação às inseminações feitas no
inverno e no verão.
Com base nesse relatório sobre os serviços de assistência técnica, as prioridades são
determinadas, concentrando esforços nas fazendas leiteiras com os piores resultados.
As Tabelas 1, 2 e 3 apresentam números da base de dados do Israeli Herd Book em
2015, onde a relação verão:inverno é comparada entre pequenas propriedades
(fazendas familiares), ordenhando vacas duas vezes ao dia; propriedades de grande
escala (fazendas cooperativas) que ordenham vacas três vezes ao dia (Tabela 1);
fazendas leiteiras com níveis diferentes de produção – baixo, médio e alto – (Tabela
2), e fazendas localizadas em diferentes zonas climáticas (Tabela 3).
Tabela 1. Índice relação verão:inverno em pequenas (familiares) e grandes
(cooperativas) fazendas.
Fazendas de grande
escala
Cooperativas
Fazendas
pequenas
Familiares
Parâmetro / Tipo de fazenda
36,434,6Produção de leite no verão (kg/dia)
0,950,95Relação verão:inverno (Leite)
0,960,96Relação verão:inverno (Pico de Lactação)
0,980,97Relação verão:inverno – Gordura do leite
0,960,96Relação verão:inverno – Proteína do leite
1,001,08Relação verão:inverno – Células Somáticas
42,740,6Taxa de Concepção no inverno (%)
20,017,5Taxa de Concepcão no verão (%)
-23-23Diferença taxa de concepção inverno-verão
162390Total de Fazendas
Tabela 2 – Índice relação verão:inverno em fazendas com diferentes níveis de
produção.
Alta
produção
Média
produção
Baixa
produção
Parâmetro / Tipo de fazenda
38,735,532,0Produção de leite no verão (kg/dia)
0,980,950,93Relação verão:inverno (Leite)
0,980,950,95Relação verão:inverno (Pico de Lactação)
0,970,980,97Relação verão:inverno – Gordura do leite
0,960,960,96Relação verão:inverno – Proteína do leite
1,111,051,00Relação verão:inverno – Células Somáticas
42,542,039,7Taxa de Concepção no inverno (%)
23,318,313,7Taxa de Concepcão no verão (%)
-19-23-26Diferença taxa de concepção inverno-verão
164197205Total de Fazendas
Tabela 3. Índice relação verão:inverno em fazendas localizadas em diferentes zonas
climáticas.
Deserto
(Seco)
Costa
(Úmido)
Vales
quentes
(quente)
Montanhas
(frio)
Parâmetro / Tipo de fazenda
34,835,334,137,3Produção de leite no verão (kg/dia)
0,940,950,911,00Relação verão:inverno (Leite)
0,970,950,921,01Relação verão:inverno (Pico de Lactação)
0,980,981,020,95Relação verão:inverno – Gordura do leite
0,960,960,960,95Relação verão:inverno – Proteína do leite
1,071,121,070,94Relação verão:inverno – Células Somáticas
41,640,642,939,4Taxa de Concepção no inverno (%)
15,918,916,326,6Taxa de Concepcão no verão (%)
-26-22-27-13Diferença taxa de concepção inverno-verão
691682314Total de Fazendas
A partir das informações apresentadas nas Tabelas 1, 2 e 3, podemos ver que as vacas
em fazendas de pequena e grande escala são manejadas para obter uma relação de
produção de leite entre verão e inverno de 95%, e ambas perdem cerca de 5% de
gordura e proteína do leite nos meses de verão.
Diferentemente da produção de leite, a taxa de concepção no inverno em ambos os
tipos de fazenda foi de mais de 40%, mas, no verão, a taxa foi mais reduzida nas
fazendas familiares, comparado com as fazendas cooperativas (17% e 20%,
respectivamente), possivelmente devido às melhores práticas de manejo realizadas
em fazendas de grande escala.
Comparando as diferentes fazendas de acordo com o nível anual de produção,
podemos ver que a relação de produção de leite no verão com relação ao inverno foi
muito maior nas fazendas de alto nível de produção, comparado com as fazendas de
produção média e baixa. Isso é possivelmente devido às melhores práticas de manejo
em geral e, acima de tudo, ao melhor uso de sistemas de resfriamento nesses
rebanhos. Comparando os resultados em diferentes zonas climáticas do país, vemos
que exceto para a área montanhosa, em outras regiões, sendo caracterizadas pelas
diferentes condições climáticas durante o verão, as conquistas são quase similares,
quando se mede o declínio da produção de leite no verão e as características de
fertilidade.
Nós consideramos que o uso intensivo de métodos de resfriamento tem potencial de
eliminar grande parte dos efeitos negativos do estresse calórico sobre as vacas. Para
confirmar essa hipótese, fizemos uma comparação do índice de relação verão:inverno
em 2015, para diferentes parâmetros, entre fazendas implementando e
intensivamente operando sistemas de resfriamento (“fazendas bem sucedidas”) com
relação àquelas que não resfriavam as vacas, ou faziam isso extensivamente
(“fazendas com falhas”). Para referência, adicionamos os resultados médios de todas
as fazendas cooperativas, de grande escala, de Israel. Os dados dessa comparação
estão apresentados na Tabela 4.
Tabela 4. Índice relação verão:inverno em fazendas cooperativas de grande escala
bem sucedidas, que implementam sistemas de resfriamento (“fazendas bem
sucedidas”) e em fazendas que não resfriam suas vacas ou fazem isso de forma
extensiva (“fazendas com falhas”).
Fazendas
“com falhas”
Média das
Fazendas
cooperativas
Fazendas
“bem
sucedidas”
Parâmetro / Tipo de fazenda
34,736,439,4Produção de leite no verão (kg/d)
0,880,950,99Relação verão:inverno (Leite)
0,900,960,99Relação verão:inverno (Pico de Lactação)
0,960,980,98Relação verão:inverno – gordura do leite
0,960,960,97Relação verão:inverno – Proteína do leite
0,971,001,02Relação verão:inverno – Células Somáticas
42,942,744,4Taxa de Concepção no inverno (%)
14,320,033,8Taxa de Concepcão no verão (%)
-29-23-11Diferença taxa de concepção inverno-verão
1016210Fazendas totais
Foi demonstrado nesse estudo que o resfriamento intensivo de vacas em diferentes
estágios de lactação, quando feito no verão, pode reduzir significativamente o declínio
esperado no desempenho das vacas no verão. Os declínios na produção de leite do
inverno para o verão em fazendas “bem sucedidas” e “com falhas” foi de 1,5 e 5,8
kg/dia, respectivamente, e o declínio na taxa de concepção foi de 11 e 29 unidades
percentuais, respectivamente.
Não há dúvidas de que, para se obter “bons resultados” no verão, as vacas precisam
receber resfriamento de “boa qualidade” durante toda a estação. Quando se fala em
resfriamento de “boa qualidade”, significa fornecer às vacas um bom tratamento de
umidade e velocidade adequada do ar (ventilação forçada). Precisamos garantir que
as vacas tenham espaço suficiente no “local de resfriamento”, e que tenham acesso
por tempo suficiente durante o dia. As vacas precisam que o tratamento de
resfriamento seja feito várias vezes ao dia, e em uma frequência de pelo menos 4
horas, incluindo o período da noite. Resfriar à noite é extremamente importante para
vacas de alta produção no verão.
Dr. Israel Flamenbaum
Cow Cooling Solutions, Ltd, Israel
www.cool-cows.com
*Artigo Publicado na Revista Leite Integral 06/2016
Para quem quiser saber mais sobre estresse térmico em bovinos leiteiros, e como
dimensionar um sistema de resfriamento em sua propriedade, já estão abertas as
inscrições para o curso on-line "Manejo do estresse calórico para aumentar a
produção leiteira", com Israel Flamembaum.
Durante todo o período do curso, será possível tirar dúvidas sobre o assunto,
diretamente com o instrutor!
Para participar deste treinamento, acesse:
http://www.educapoint.com.br/curso/manejo-calorico/
Ou entre em contato: (19) 3432-2199, contato@educapoint.com.br

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Artigo israel

  • 1. Variações entre verão e inverno definem habilidade em lidar com estresse calórico Texto: Dr. Israel Flamenbaum Um índice chamado “relação verão:inverno” foi desenvolvido em Israel, no intuito de avaliar a efetividade do uso de métodos para aliviar o estresse calórico em fazendas leiteiras, avaliando o desempenho em três meses de verão (julho a setembro), com relação aos três meses de inverno (janeiro a março). As diferenças foram muito significativas. Nos últimos 40 anos, os pesquisadores de Israel realizaram estudos comparativos visando definir o efeito negativo do estresse calórico nas vacas leiteiras e o efeito de usar métodos de resfriamento para mitigar o calor e reduzir as perdas de produtividade e fertilidade das vacas durante o verão. Recentemente, um índice chamado “Relação verão:inverno” foi desenvolvido no setor de lácteos israelense. Esse índice permite avaliar a efetividade do uso de métodos para aliviar o estresse calórico em cada fazenda leiteira em Israel, avaliando o desempenho em três meses de verão (julho a setembro), com relação aos três meses de inverno (janeiro a março), levando em consideração os resultados do inverno como base. O índice com a relação verão:inverno é incluído em um relatório anual, apresentado para cada “fazenda participante” no sistema oficial de controle leiteiro, chamado “Israeli Herd book” [livro do rebanho israelense], e administrado pela Associação Israelense de Criadores de Gado (ICBA, sigla em inglês). O índice analisa os dados sobre a produção de leite, gordura, proteína e contagem de células somáticas (CCS) no leite, bem como a taxa de concepção com relação às inseminações feitas no inverno e no verão. Com base nesse relatório sobre os serviços de assistência técnica, as prioridades são determinadas, concentrando esforços nas fazendas leiteiras com os piores resultados. As Tabelas 1, 2 e 3 apresentam números da base de dados do Israeli Herd Book em 2015, onde a relação verão:inverno é comparada entre pequenas propriedades (fazendas familiares), ordenhando vacas duas vezes ao dia; propriedades de grande escala (fazendas cooperativas) que ordenham vacas três vezes ao dia (Tabela 1); fazendas leiteiras com níveis diferentes de produção – baixo, médio e alto – (Tabela 2), e fazendas localizadas em diferentes zonas climáticas (Tabela 3).
  • 2. Tabela 1. Índice relação verão:inverno em pequenas (familiares) e grandes (cooperativas) fazendas. Fazendas de grande escala Cooperativas Fazendas pequenas Familiares Parâmetro / Tipo de fazenda 36,434,6Produção de leite no verão (kg/dia) 0,950,95Relação verão:inverno (Leite) 0,960,96Relação verão:inverno (Pico de Lactação) 0,980,97Relação verão:inverno – Gordura do leite 0,960,96Relação verão:inverno – Proteína do leite 1,001,08Relação verão:inverno – Células Somáticas 42,740,6Taxa de Concepção no inverno (%) 20,017,5Taxa de Concepcão no verão (%) -23-23Diferença taxa de concepção inverno-verão 162390Total de Fazendas Tabela 2 – Índice relação verão:inverno em fazendas com diferentes níveis de produção. Alta produção Média produção Baixa produção Parâmetro / Tipo de fazenda 38,735,532,0Produção de leite no verão (kg/dia) 0,980,950,93Relação verão:inverno (Leite) 0,980,950,95Relação verão:inverno (Pico de Lactação) 0,970,980,97Relação verão:inverno – Gordura do leite 0,960,960,96Relação verão:inverno – Proteína do leite 1,111,051,00Relação verão:inverno – Células Somáticas 42,542,039,7Taxa de Concepção no inverno (%) 23,318,313,7Taxa de Concepcão no verão (%) -19-23-26Diferença taxa de concepção inverno-verão 164197205Total de Fazendas Tabela 3. Índice relação verão:inverno em fazendas localizadas em diferentes zonas climáticas. Deserto (Seco) Costa (Úmido) Vales quentes (quente) Montanhas (frio) Parâmetro / Tipo de fazenda 34,835,334,137,3Produção de leite no verão (kg/dia)
  • 3. 0,940,950,911,00Relação verão:inverno (Leite) 0,970,950,921,01Relação verão:inverno (Pico de Lactação) 0,980,981,020,95Relação verão:inverno – Gordura do leite 0,960,960,960,95Relação verão:inverno – Proteína do leite 1,071,121,070,94Relação verão:inverno – Células Somáticas 41,640,642,939,4Taxa de Concepção no inverno (%) 15,918,916,326,6Taxa de Concepcão no verão (%) -26-22-27-13Diferença taxa de concepção inverno-verão 691682314Total de Fazendas A partir das informações apresentadas nas Tabelas 1, 2 e 3, podemos ver que as vacas em fazendas de pequena e grande escala são manejadas para obter uma relação de produção de leite entre verão e inverno de 95%, e ambas perdem cerca de 5% de gordura e proteína do leite nos meses de verão. Diferentemente da produção de leite, a taxa de concepção no inverno em ambos os tipos de fazenda foi de mais de 40%, mas, no verão, a taxa foi mais reduzida nas fazendas familiares, comparado com as fazendas cooperativas (17% e 20%, respectivamente), possivelmente devido às melhores práticas de manejo realizadas em fazendas de grande escala. Comparando as diferentes fazendas de acordo com o nível anual de produção, podemos ver que a relação de produção de leite no verão com relação ao inverno foi muito maior nas fazendas de alto nível de produção, comparado com as fazendas de produção média e baixa. Isso é possivelmente devido às melhores práticas de manejo em geral e, acima de tudo, ao melhor uso de sistemas de resfriamento nesses rebanhos. Comparando os resultados em diferentes zonas climáticas do país, vemos que exceto para a área montanhosa, em outras regiões, sendo caracterizadas pelas diferentes condições climáticas durante o verão, as conquistas são quase similares, quando se mede o declínio da produção de leite no verão e as características de fertilidade. Nós consideramos que o uso intensivo de métodos de resfriamento tem potencial de eliminar grande parte dos efeitos negativos do estresse calórico sobre as vacas. Para confirmar essa hipótese, fizemos uma comparação do índice de relação verão:inverno em 2015, para diferentes parâmetros, entre fazendas implementando e intensivamente operando sistemas de resfriamento (“fazendas bem sucedidas”) com relação àquelas que não resfriavam as vacas, ou faziam isso extensivamente (“fazendas com falhas”). Para referência, adicionamos os resultados médios de todas as fazendas cooperativas, de grande escala, de Israel. Os dados dessa comparação estão apresentados na Tabela 4.
  • 4. Tabela 4. Índice relação verão:inverno em fazendas cooperativas de grande escala bem sucedidas, que implementam sistemas de resfriamento (“fazendas bem sucedidas”) e em fazendas que não resfriam suas vacas ou fazem isso de forma extensiva (“fazendas com falhas”). Fazendas “com falhas” Média das Fazendas cooperativas Fazendas “bem sucedidas” Parâmetro / Tipo de fazenda 34,736,439,4Produção de leite no verão (kg/d) 0,880,950,99Relação verão:inverno (Leite) 0,900,960,99Relação verão:inverno (Pico de Lactação) 0,960,980,98Relação verão:inverno – gordura do leite 0,960,960,97Relação verão:inverno – Proteína do leite 0,971,001,02Relação verão:inverno – Células Somáticas 42,942,744,4Taxa de Concepção no inverno (%) 14,320,033,8Taxa de Concepcão no verão (%) -29-23-11Diferença taxa de concepção inverno-verão 1016210Fazendas totais Foi demonstrado nesse estudo que o resfriamento intensivo de vacas em diferentes estágios de lactação, quando feito no verão, pode reduzir significativamente o declínio esperado no desempenho das vacas no verão. Os declínios na produção de leite do inverno para o verão em fazendas “bem sucedidas” e “com falhas” foi de 1,5 e 5,8 kg/dia, respectivamente, e o declínio na taxa de concepção foi de 11 e 29 unidades percentuais, respectivamente. Não há dúvidas de que, para se obter “bons resultados” no verão, as vacas precisam receber resfriamento de “boa qualidade” durante toda a estação. Quando se fala em resfriamento de “boa qualidade”, significa fornecer às vacas um bom tratamento de umidade e velocidade adequada do ar (ventilação forçada). Precisamos garantir que as vacas tenham espaço suficiente no “local de resfriamento”, e que tenham acesso por tempo suficiente durante o dia. As vacas precisam que o tratamento de resfriamento seja feito várias vezes ao dia, e em uma frequência de pelo menos 4 horas, incluindo o período da noite. Resfriar à noite é extremamente importante para vacas de alta produção no verão. Dr. Israel Flamenbaum Cow Cooling Solutions, Ltd, Israel www.cool-cows.com *Artigo Publicado na Revista Leite Integral 06/2016
  • 5. Para quem quiser saber mais sobre estresse térmico em bovinos leiteiros, e como dimensionar um sistema de resfriamento em sua propriedade, já estão abertas as inscrições para o curso on-line "Manejo do estresse calórico para aumentar a produção leiteira", com Israel Flamembaum. Durante todo o período do curso, será possível tirar dúvidas sobre o assunto, diretamente com o instrutor! Para participar deste treinamento, acesse: http://www.educapoint.com.br/curso/manejo-calorico/ Ou entre em contato: (19) 3432-2199, contato@educapoint.com.br