O documento discute sistemas elétricos em veículos, incluindo definições básicas de circuitos elétricos, componentes de sistemas elétricos e recomendações para manutenção e testes de chicotes elétricos. Também aborda coleta seletiva de baterias e medidas de segurança no transporte.
2. Sistemas elétricos
Introdução
A “tecnologia embarcada” representa todo e qualquer sistema
eletroeletrônico montado em uma aplicação móvel, seja ela marítima,
aérea ou automotiva.
Há muitos anos, a indústria automotiva tem feito uso de sistemas
eletroeletrônicos no controle das várias funções existentes em
automóveis de passeio e comerciais.
Observamos nos veículos atualmente comercializados, que boa parte
destes sistemas elétricos vêm sofrendo uma evolução tecnológica
significativa, fazendo com que o técnico reparador busque uma
qualificação mais adequada.
5. Sistemas elétricos
Circuito em série
Nesta configuração os componentes estão ligados um após o outro, existindo um
único caminho para a corrente elétrica e seu valor é sempre o mesmo em
qualquer ponto do circuito.
Circuito em paralelo
Nesta configuração os componentes estão ligados em paralelo, a corrente
elétrica é diferente em cada ponto.
X X X
X X
X X
X
Rt = R1+R2+R3...+Rn
Rt = R1 . R2
R1 + R2
6. Sistemas elétricos
Sistema Elétrico
É o conjunto de componentes elétricos associados e coordenados
entre si, constituído para uma determinada finalidade.
Bateria e
carga
do
alternador
Sistema de
injeção
Iluminação
Sistema de
som
Sistema de
arrefecimento
Quadro de
instrumentos
7. Sistemas elétricos
Corrente elétrica
É o fluxo orientado de elétrons (cargas), provocado pelo desequilíbrio
elétrico (ddp) entre dois pontos. A corrente elétrica é a forma pela qual
os corpos eletrizados procuram restabelecer o equilíbrio elétrico.
Intensidade da corrente
É a quantidade de elétrons que passa por um condutor em determinado
tempo, e a unidade de medida utilizada é o Ampère (A).
I = V
R
Tensão elétrica
É a diferença de força entre dois pontos de um condutor causada pelo
excesso ou falta de elétrons, que por sua vez, dá origem à corrente
elétrica. V = R . I
8. Sistemas elétricos
Resistência elétrica
É a oposição que um material oferece ao fluxo da corrente elétrica,
todos os dispositivos elétricos e eletrônicos apresentam certa oposição à
passagem deste fluxo. A unidade de medida utilizada é o Ohm.
R = V
I
Potência elétrica
É a capacidade de realizar um trabalho em uma unidade de tempo, a
partir da energia elétrica. P = V . I
Trabalho elétrico
É a transformação de energia elétrica em outra forma de energia (calor,
luz ou movimento), realizado por um consumidor. T = V . I . t
9. Sistemas elétricos
Na instalação elétrica inclui também componentes que não conduzem a
corrente, mas são essenciais ao seu funcionamento, tais como:
Componentes
Presilhas
C V M
Estrutura
de suporte
Condutos
10. Sistemas elétricos
Tubos corrugados:
São tubos utilizados para revestir determinados ramais do chicote de
modo a fornecer proteção mecânica daquele trecho.
Porque alguns locais por onde ele é assentado possuem arestas
cortantes ou quinas pontiagudas.
É chamado de corrugado devido ao seu formato sanfonado que lhe
permite uma maior flexibilidade.
11. Sistemas elétricos
Presilhas de chicote
São componentes importantes no processo de manutenção da
integridade do chicote.
Garantem sua fixação apesar das constantes vibração da carroceria
e conseqüentes rupturas devido a estas vibrações.
12. Sistemas elétricos
Chicote elétrico
Entende-se por chicote elétrico toda ligação por onde ocorre o acionamento
ou alimentação de algum componente elétrico.
Seu perfeito funcionamento depende única e exclusivamente da perfeita
ligação entre suas conexões.
14. Sistemas elétricos
Informações importantes:
A diferença entre um fio e um cabo é a flexibilidade.
Os Cabos são feitos de um único e espesso filamento e por isso são
rígidos. Podendo também ser flexíveis em alguns casos.
Os Fios são feitos por diversos filamentos finos.
A vida útil dos fios e cabos elétricos é de 20 anos, isso depende das
condições de instalações e utilização.
Fios e cabos elétricos desencapados e emendas mal feitas, ocasiona o
desperdiço de energia elétrica e podem causar curto-circuito.
15. Sistemas elétricos
Perguntas freqüentes
O que é capacidade de corrente de um cabo?
É a maior corrente, em regime permanente, que um condutor suporta
sem que a temperatura do mesmo ultrapasse a temperatura máxima
suportada pela isolação (temperatura de trabalho).
O que é temperatura de sobrecarga?
E a temperatura máxima que um condutor pode atingir em regime de
sobrecarga, a duração desse regime não pode ser superior a 100 h
durante 12 meses consecutivos, nem 500 h durante toda a vida do cabo.
Para um cabo isolado em PVC, a temperatura de sobrecarga é de 100 °C
e para cabos isolados em EPR 130 °C.
Fonte - Pirelli
16. Sistemas elétricos
O que é temperatura de trabalho?
É a temperatura máxima que um condutor pode atingir em regime
permanente.
Para um cabo isolado em PVC a temperatura de trabalho é de 70 °C e
para cabos isolados em EPR 90 °C .
Fonte - Pirelli
O que é temperatura de curto-circuito?
É a temperatura máxima que um condutor pode atingir em regime de
curto-circuito.
A duração desse regime não pode ser superior a 5 s, e para um cabo
isolado com PVC a temperatura de curto-circuito é de 160 °C e para
cabos isolados em EPR é de 250 °C.
17. Sistemas elétricos
O que é um curto-circuito?
“Curto-circuito" não é um circuito "curto"; não é um trajeto físico de
pequena extensão ... é um percurso de menor resistência elétrica
para a corrente.
Lembre-se:
I = V
R
Onde: I = Corrente resultante
V = Tensão aplicada
R = Resistência do circuito
P = V.I Fórmula de Potência
19. Sistemas elétricos
Cabos blindados
Possuem a função de evitar que os campos de baixa e alta freqüência
venham interferir nos sinais que são enviados para o sistema.
Um cabo blindado possui uma fina camada metálica ao seu redor.
Essa blindagem deve estar sempre ligada ao massa, evitando que os
cabos internos sofram interferência externa.
Esta técnica é indicada para sensores de sinais senoidais, como é o caso
dos sensores de rotação indutivo.
Composição de um chicote elétrico
21. Sistemas elétricos
Recomendações para a realização dos testes em chicotes:
Nunca fure o fio, isto pode danificar o chicote.
Tenha sempre em mãos o esquema elétrico do sistema em questão.
Observe a oxidação ou a ferrugem em pontos de conexão.
Verifique os pontos de massa do veículo em relação ao mau contato.
Ao soldar um fio, não altere sua bitola e o proteja com fita isolante.
Não faça emendas mal feitas.
Tome cuidado ao lavar o motor.
Na instalação de acessórios observe as recomendações do fabricante.
Utilize somente acessórios homologados pelas montadoras.
Manutenção
22. Sistemas elétricos
Para os testes em componentes eletrônicos, utilizar o multímetro.
Manutenção
Sempre ter em mãos as tabelas com os valores a serem analisados no
procedimento de diagnóstico.
Utilize sempre equipamentos de diagnósticos (Scanners) compatíveis
com os sistemas a serem analisados.
23. Sistemas elétricos
Na manutenção do chicote elétrico, não utilizar lâmpada de teste
devido à presença de componentes eletrônicos no sistema.
Não utilizar lâmpada
de teste.
25. Sistemas elétricos
Meio ambiente
Você sabia ?
Que cada pessoa produz diariamente 1,2 kg de lixo, em média.
O Brasil produz cerca de 100 mil toneladas de lixo por dia.
E recicla menos de 5% do lixo urbano – valor muito baixo se
comparado à quantidade de material reciclado nos Estados Unidos e
na Europa (40%).
Tudo que é jogado diariamente no lixo, pelo menos 35% poderia ser
reciclado ou reutilizado, e outros 35% poderia ser transformado em
adubo orgânico.
Fonte: http://www.naturallimp.com.br/index3.htm
26. Sistemas elétricos
Porque hoje se fala tanto em Coleta Seletiva ?
Como já vimos as cidades produzem diariamente milhares de toneladas
de lixo por dia e este número só vem aumentando.
No entanto estamos chegando a um ponto em que não é mais possível
prosseguir sem que medidas mais eficazes sejam tomadas.
Os aterros já não conseguem absorver tanto lixo e a degradação do
meio ambiente está tomando proporções perigosas para a nossa
sobrevivência no planeta.
E o recurso para minimizar esta situação é a coleta seletiva.
27. Sistemas elétricos
Coleta
Todos os estabelecimentos que comercializam baterias automotivas são
obrigados a aceitar a devolução de baterias usadas de qualquer marca,
preservar a solução ácida (não jogar em esgotos e nem adicionar água).
Cuidar para que o manuseio seja efetuado de forma adequada, evitando
o vazamento da solução ácida.
Fonte: www.abinee.org.br
Baterias veiculares
28. Sistemas elétricos
Armazenamento
As baterias usadas devem ser armazenadas em local coberto, com piso
apropriado (Concreto) cercada por muretas ou canaletas, ou em
recipientes que possam ser utilizados para contenção em caso de
vazamentos.
Também devem ser mantidas separadas de baterias novas e/ou outros
produtos.
Nos países desenvolvidos a reciclagem está próxima de 95%, enquanto
que no Brasil a reciclagem está em torno de 80%.
Fonte: www.abinee.org.br
29. Sistemas elétricos
Transporte
De acordo com o Decreto de Lei n. 96.044 de 18 de Maio de 1988,
trata do transporte rodoviário de produtos perigosos e legislação e
normas técnicas complementares.
Determina que os veículos para o transporte deverão possuir painéis
de segurança (Placas) contendo número de identificação do risco do
produto: 88/2794, e rótulos de risco (Placa de Corrosivo), Conforme
NBR 850.
O motorista deverá ser credenciado para o transporte de produtos
perigosos.
O transporte deverá ser com carga lonada, quando não for veículo
baú.
Fonte: www.abinee.org.br
30. Sistemas elétricos
Segurança
O veículo deverá ter kit de emergência e EPI (Equipamento de Proteção
Individual) para uso em caso de acidente ou vazamento.
O motorista deverá manter envelope com ficha de emergência, contendo
instruções sobre o procedimento a ser seguido em caso de vazamento,
incêndio, ingestão ou inalação, etc. e telefones para contato em caso de
emergência.
Fonte: www.abinee.org.br