2. Segundo Aranha (1989), nos
últimos anos, os avanços das
ciências, das mudanças sociais
causadas pela industrialização,
urbanização acelerada e pelas
grandes guerras, a organização
do ensino passou por um
movimento educacional renovador
conhecido como Escola Nova.
3. Quem abriu caminhos?
Pestalozzi e Fröebel – século XVIII
– apontam a necessidade de uma
educação voltada para os
interesses e necessidades infantis.
Montessori e Decrolly – a partir de
1907 – defendem os temas
lúdicos e o ensino ativo.
4. Maria Montessori aponta a
necessidade da atividade livre e
da estimulação sensório-motora
Ovide Decrolly sugere a
aprendizagem globalizadora em
torno de centros de interesses.
5. Dewey e Kilpatrik – década de 20
– acentuam a preocupação de
tornar o espaço escolar um
espaço vivo e aberto ao real. John
Dewey valoriza a experiência e
considera que a educação tem
função social e deve promover o
sujeito de forma integrada,
principalmente valendo-se da
arte.
6. Freinet – década de 30 – propôs a
valorização do trabalho e da
atividade em grupo para estimular
a cooperação, a iniciativa e a
participação.
Paulo Freire – década de 60 –
introduz do debate político e da
realidade sociocultural no
processo escolar com a educação
libertadora e os chamados temas
geradores.
7. Jurjo Santomé e Fernando Hernández –
década de 90 em diante – propõe o
currículo integrado e os projetos de
trabalho;
Antoni Zabala – década de 90 (Espanha)
entende que a complexidade do projeto
educativo deve se abordado por um
enfoque globalizador no qual a
interdisciplinaridade está presente.
8. Jolibert na França, Adelia Lener e
Ana Maria Kaufman, ambas na
Argentina, também divulgam
estudos sobre propostas
educativas globalizadoras.
9. Pedagogia de Projetos apresenta
diversas propostas de ruptura:
Romper com a desarticulação entre
os conhecimentos escolares e a vida
real;
Romper com a fragmentação dos
conteúdos em disciplinas, em séries
e em períodos letivos
predeterminados;
10. Romper como horários fixos e
bimestres;
Romper com o protagonismo do
professor nas atividades educativas;
Romper com o ensino
individualizado e com a avaliação
exclusivamente final, centrada nos
conteúdos assimilados e voltada
exclusivamente para selecionar os
dignos de certificação.
11. Propõe que o docente
abandone o papel de
“transmissor de conteúdos”
para se transformar num
pesquisador. O aluno, por sua
vez, passa de receptor passivo
a sujeito do processo.
12. A prática pedagógica por meio do
desenvolvimento de projetos é
uma forma de conceber a
educação que envolve o aluno, o
professor, os recursos
disponíveis, inclusive as novas
tecnologias, e todas as interações
que ocorrem no ambiente de
aprendizagem.
13. A pedagogia de Projetos traduz uma
determinada concepção de
conhecimento escolar, trazendo a
tona uma reflexão sobre a
aprendizagem dos alunos e os
conteúdos das diferentes disciplinas.
Esta discussão nos leva a identificar
três tipos de posturas com relação ao
conhecimento:
14. a) Concepção científica conservadora –
professores que enxergam o
conhecimento escolar como a
transmissão de um conhecimento já
pronto e acabado a alunos que não o
detêm.
b) Concepção espontaneísta - negam e
desvalorizam os conteúdos
disciplinares, entendendo a escola
apenas como espaço de conhecimento
da realidade dos alunos e de seus
interesses imediatos.
15. c) Concepção integradora –
professores que observam o
processo de elaboração do
conhecimento constitui um único
processo, global e complexo, com
varias dimensões que se inter-
relacionam.
16. Níveis de interação entre as disciplinas
Interdisciplinaridade refere-se a uma
espécie de interação entre as disciplinas ou
áreas do saber. Todavia, essa interação
pode acontecer em níveis de complexidade
diferentes:
Multidisciplinaridade,
Pluridisciplinaridade,
Interdisciplinaridade, e
Transdisciplinaridade.
17. Multidisciplinaridade: caracteriza-se
por uma ação simultânea de uma
gama de disciplinas em torno de uma
temática comum. Essa atuação, no
entanto, ainda é muito fragmentada,
na medida em que não se explora a
relação entre os conhecimentos
disciplinares e não há nenhum tipo
de cooperação entre as disciplinas.
18. Pluridisciplinaridade: observa-se a
presença de algum tipo de
interação entre os conhecimentos
interdisciplinares. há uma espécie
de ligação entre os domínios
disciplinares indicando a
existência de alguma cooperação,
diálogo e ênfase à relação entre
tais conhecimentos.
19. Interdisciplinaridade: há
cooperação e diálogo entre as
disciplinas do conhecimento, mas
nesse caso se trata de uma ação
coordenada, que pode assumir as
mais variadas formas. É preciso
um elemento (ou eixo) de
integração das disciplinas, que
norteia e orienta as ações
interdisciplinares.
20. Transdisciplinaridade: representa um nível
de integração disciplinar além da
interdisciplinaridade. Há uma espécie
de coordenação de todas as
disciplinas e interdisciplinas do
sistema de ensino. É um tipo de
interação onde ocorre uma espécie de
integração de vários sistemas
interdisciplinares num contexto mais
amplo e geral, gerando uma
interpretação mais holística dos fatos
e fenômenos.