O documento discute conceitos e princípios do Design Universal. Aborda as origens do termo, definido por Ronald Mace para designar produtos e ambientes acessíveis a pessoas de diferentes capacidades. Também apresenta os sete princípios do Design Universal definidos pelo The Center for Universal Design para guiar o desenvolvimento inclusivo.
4. REVISÃO
Acessibilidade
Conceitos, métodos e técnicas para a qualidade do acesso.
Usabilidade
Conceitos, métodos e técnicas para a qualidade de uso.
Design Universal
Considerado um processo ou postura.
6. DEFINIÇÕES
Tchau, público-alvo!
O Design Universal (D.U), também chamado de Design Total e Design
Inclusivo, sustenta a ideia de projetar (ou no inglês, to design)
produtos, serviços, ambientes e interfaces que possam ser usadas pelo
maior número de pessoas possível, independentemente de suas
capacidades físico-motoras, idade ou habilidades.
Ou seja, seu design é para todos e para qualquer um!
7. ORIGENS
Ronald L. Mace cunhou o termo “Design Universal” para
designar produtos e ambientes cuja estética e
usabilidade são destinadas ao maior número de pessoas
possível, independentemente da capacidade, habilidade
ou idade.
Ron Mace, fundador do
The Center for Universal
Design, faleceu em 29 de
junho de 1998, aos 56 anos.
8. ORIGENS
A Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos,
possui um centro de estudos chamado The Center for
Universal Design (CUD), que tem como missão ser um
centro de pesquisa, análise, desenvolvimento e
promoção do Design Universal, tanto em produtos
quanto em espaços públicos e domésticos.
Ron Mace, fundador do
The Center for Universal
Design, faleceu em 29 de
junho de 1998, aos 56 anos.
9. ORIGENS
Segundo o CUD, é possível projetar um produto ou um
ambiente para servir a um grande número de usuários,
incluindo crianças, idosos, pessoas com deficiência, de
estatura atípica ou mesmo pessoas circunstancialmente
prejudicadas em suas potencialidades físicas.
Ron Mace, fundador do
The Center for Universal
Design, faleceu em 29 de
junho de 1998, aos 56 anos.
10. ORIGENS
Mas péra aí!!!
Isso não quer dizer que qualquer produto ou ambiente
possa sempre ser usado por todas as pessoas, em todas
as condições. É por isso que é mais apropriado considerar
o Design Universal não como uma meta a ser atingida,
mas, sim, como um processo a ser adotado em todo o
ciclo de vida do desenvolvimento do produto (CENTER
FOR UNIVERSAL DESIGN, 1997).
Ron Mace, fundador do
The Center for Universal
Design, faleceu em 29 de
junho de 1998, aos 56 anos.
12. PRINCÍPIOS
O CUD, lançou uma publicação, em 1997, na qual foram definidos 7
princípios básicos do Design Universal.
Esses princípios, que são seguidos por vários estudiosos da área até hoje,
são fruto de um estudo conduzido por um grupo multidisciplinar formado
por arquitetos, engenheiros, designers, com o intuito de servir como guia a
um vasto leque de disciplinas, envolvendo o desenvolvimento de produtos,
serviços, ambientes e comunicações (CENTER FOR UNIVERSAL DESIGN,
1997).
http://www.ncsu.edu/project/design-projects/udi/
13. PRINCÍPIOS
Os sete princípios listados, a seguir, são apresentados no formato:
nome e número do princípio, com o intento de ser facilmente lembrado e
assimilado;
definição do princípio, que é uma breve descrição das diretivas básicas; e
as recomendações, que são uma lista de elementos-chave que devem
estar presentes no projeto de um produto ou serviço.
É bom lembrar que nem todas as recomendações podem ser relevantes a
todos os tipos de projeto
14. PRINCÍPIOS
1 Uso equitativo
O design deve ser útil e
comercializável às pessoas
com habilidades diversas.
Powered door with sensors is
convenient for all shoppers,
especially if hands are full.
15. PRINCÍPIOS
2 Uso flexível
O design deve acomodar uma
ampla gama de habilidades e
preferências individuais.
Large-grip scissors accommodates use with either hand and
allows alternation between the two in highly repetitive tasks
16. PRINCÍPIOS
O uso do produto deve ser fácil de
3 Uso simples e intuitivo entender, independentemente da
experiência, conhecimento,
competências linguísticas ou nível de
concentração atual do usuário.
Public emergency stations utilize recognized
emergency colors and a simple design to quickly
convey function to passers-by.
17. PRINCÍPIOS
4 Informação perceptível Small bumps on a cell phone
keypad tell the user where
important keys are without requiring
the user to look at the keys.
O produto deve comunicar ao usuário todas as
informações necessárias de forma efetiva,
independentemente das suas condições ambientais
ou habilidades sensoriais.
18. PRINCÍPIOS
5 Tolerância a erros
O design deve minimizar os riscos e as
consequências adversas de ações
acidentais ou não intencionais.
A sequential-trip trigger on a nail gun requires the user
to (1) activate the safety before (2) pulling the
trigger, minimizing accidents that occur when a user
accidentally hits an object or person while pulling the
trigger.
19. PRINCÍPIOS
Door lever does not require grip
strength to operate, and can even be
operated by a closed fist or elbow.
6 Baixo esforço físico
O produto pode ser usado eficiente e
confortavelmente, com um mínimo de fadiga.
20. PRINCÍPIOS
Wide gates at subway stations
accommodate wheelchair users as well
as commuters with packages or luggage.
7 Tamanho e espaço para aproximação e uso
Oferecer espaço e tamanho apropriados para aproximação,
alcance, manipulação e uso independentemente do
tamanho do corpo, postura ou mobilidade do usuário.
21. Número Nome do princípio Definição do princípio Lista de recomendações
do
princípio
Princípio Uso equitativo O design deve ser útil e comercializável 1. Fornecer os mesmos meios de utilização para todos os usuários: idêntico sempre que possível ou
Um às pessoas com habilidades diversas. equivalente quando não.
2. Evitar segregar ou estigmatizar quaisquer usuários.
3. Promover igualmente a todos os usuários privacidade, segurança e proteção.
4. Oferecer um design atraente para todos os usuários.
Princípio Uso flexível O design deve acomodar uma ampla 1. Oferecer a possibilidade de escolha de métodos de utilização.
dois gama de habilidades e preferências 2. Oferecer a possibilidade do uso por pessoas destras ou canhotas.
individuais. 3. Possibilitar a precisão e acurácia do usuário.
4. Oferecer a capacidade de adaptação ao ritmo do usuário.
Princípio Uso simples e O uso do produto deve ser fácil de 1. Eliminar a complexidade desnecessária.
três intuitivo entender, independentemente da 2. Oferecer consistência com a intuição e as expectativas dos usuários.
experiência, conhecimento, 3. Acomodar uma ampla gama de competências linguísticas e alfabetização.
competências linguísticas ou nível de 4. Organizar as informações em consistência com a sua importância.
concentração atual do usuário. 5. Fornecer mensagens eficazes de aviso e de informação, durante e após a conclusão da tarefa.
Princípio Informação O produto deve comunicar ao usuário 1. Usar diferentes modos (pictórica, verbal, tátil) para apresentação redundante de informações
quatro perceptível todas as informações necessárias de essenciais.
forma efetiva, independentemente das 2. Fornecer uma diferenciação adequada entre informações essenciais e acessórias.
suas condições ambientais ou 3. Maximizar a legibilidade de informações essenciais.
habilidades sensoriais. 4. Diferenciar elementos de maneira que possam ser facilmente assimilados.
5. Fornecer compatibilidade com uma variedade de técnicas ou dispositivos utilizados por pessoas
com limitações sensoriais.
Princípio Tolerância a erros O design deve minimizar os riscos e as 1. Organizar elementos para minimizar erros e riscos: os elementos mais usados, mais acessíveis;
cinco consequências adversas de ações elementos perigosos eliminados, isolados ou blindados.
acidentais ou não intencionais. 2. Fornecer avisos quanto aos erros e aos riscos.
3. Fornecer recursos à prova de erros.
4. Evitar ações inconscientes em tarefas que exigem maior atenção e vigilância.
Princípio Baixo esforço físico O produto pode ser usado eficiente e 1. Permitir que o usuário mantenha uma posição corporal neutra.
seis confortavelmente, com um mínimo de 2. Racionalizar a força necessária para sua operação.
fadiga. 3. Minimizar ações repetitivas.
4. Minimizar o esforço físico permanente.
Princípio Tamanho e espaço Oferecer espaço e tamanho 1. Oferecer uma linha clara de visão dos elementos mais importantes para qualquer usuário, esteja
sete para aproximação e apropriados para aproximação, ele sentado ou de pé.
uso. alcance, manipulação e uso 2. Oferecer o alcance a todos os elementos de maneira confortável para qualquer usuário, esteja
independentemente do tamanho do ele sentado ou em pé.
corpo, postura ou mobilidade do 3. Acomodar variações de mão e punho.
usuário. 4. Fornecer espaço adequado para o uso de dispositivos de auxílio ou assistência pessoal.
Tradução: Alan Vasconcelos, 2010
22. LIMITES
É importante ressaltar que os princípios do Design Universal se destinam
apenas aos produtos e serviços cuja utilização deve ser universal, ou
quando a prática do design tiver que ir além da usabilidade
(CENTER FOR UNIVERSAL DESIGN, 1997).
23. LIMITES
Acessibilidade – se preocupa com a qualidade do acesso para qualquer
pessoa (premissa básica para o próximo item);
Usabilidade – uma vez que já se sabe o perfil do usuário, a usabilidade se
preocupa com a qualidade do uso (se garantido o acesso, claro!);
Design Universal – se preocupa em fazer com que o produto seja acessado
e usado por qualquer um, qualquer um mesmo, respeitando os 7 princípios.
28. BIBLIOGRAFIA
CENTER OF UNIVERSAL DESIGN. The center of universal design: enviroments products for all people. Raleigh, NC: North Carolina State
University, 1997. Disponível em: http://www.ncsu.edu/project/design-projects/udi/center-for-universal-design/the-principles-of-
universal-design. Acesso em: 15 out. 2011.
QUEIROZ, M. A. Acessibilidade Web. Abr. 2008. Disponível em: <http://www.acessibilidadelegal.com/ >. Acesso em: 11 set. 2010.
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MCINTIRE, Penny. Visual Design for the Modern Web. New Riders, 2008.
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NIELSEN, Jakob. Usability Engineering. Academyc Press, 2003a.
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Set. 2008.
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