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ESCOLA DE
FRANKFURT
VICTOR, JEAN, AUGUSTO,
GABRIEL, MICHAEL
 A Escola de Frankfurt consistia em um grupo
de intelectuais que na primeira metade do
século passado produzia um pensamento
conhecido como Teoria Crítica. Dentre eles
temos Theodor Adorno, Max Horkheimer,
Herbert Marcuse e Walter Benjamim. Com a II
Guerra Mundial, eles saíram de Frankfurt, na
Alemanha, para se refugiar nos Estados
Unidos, voltando apenas na década de 50.
 Na Europa do início do século XX, os rumos e os
resultados a que se chegaram com os feitos
políticos em nome do proletariado e de uma
ideologia marxista começaram a ser reavaliados
por alguns intelectuais. A ideia de que a luta entre
burgueses e proletariado iria resolver as coisas era
questionada ao se perceber o crescimento de
uma classe média. Segundo consta, esta geração
que conciliava a teoria com o comando do
partido socialista tinha o mal-estar de não possuir
uma definição exata do marxismo.
 O marxismo até então era consenso no Partido da Social
Democracia, o qual entendia teoria e prática como
palavras sinônimas. Por volta de 1900, ocorreu uma
espécie de clivagem, na qual as duas partes (teoria e
prática) discutiam a realidade e os rumos do marxismo. O
contexto europeu da primeira metade do século será
fundamental para se compreender as bases do que veio a
ser o “marxismo ocidental” como resposta aos impasses
teóricos e políticos. Segundo Perry Anderson, o fascismo e
o stalinismo foram as duas grandes tragédias que, de
formas diferentes, se abateram sobre o movimento
operário europeu no período entreguerras e que, juntos,
pulverizaram e destruíram os potenciais criadores de uma
teoria marxista nativa ligada à prática das massas do
proletariado ocidental.
 Enquanto teoria, o marxismo se tornava algo
muito diferente de tudo o que o precedera,
acarretando como ponto alto dessa mudança o
deslocamento dos temas e das preocupações da
intelectualidade marxista. As gerações que
comporiam o marxismo ocidental não eram mais
os engajados líderes políticos de outrora, mas
agora elaboravam uma produção intelectual
que, em certa medida, se devia ao engajamento
político do passado. Afastavam-se daquele
passado clássico e, ao mesmo tempo,
reavaliavam os resultados do marxismo no
presente.
 Desse modo, nasceu a Escola de Frankfurt, a qual se dedicou,
a partir da década de 20, ao estudo dos problemas
tradicionais do movimento operário, unindo trabalho
empírico e análise teórica. Em virtude da perda de sua
tradição intelectual, o marxismo para os frankfurtianos será
alvo de um movimento autorreflexivo. O que será
característico no marxismo ocidental é esta autorreflexão do
que era, foi e seria futuramente o marxismo, com obras que
trataram de temas como o “novo” papel do materialismo
histórico, o conceito de história, a tomada da consciência de
classe, a cultura, a arte, literatura, enfim, todos considerados
como categorias e instrumentos para se pensar as
transformações, a validade, as limitações, possíveis caminhos
e leituras do marxismo diante da sociedade industrializada
moderna. Segundo Danilo Marcondes, os autores ligados à
Escola de Frankfurt não se pretendiam realmente
comentadores ou intérpretes do pensamento de Marx, mas
tinham como proposta buscar inspiração no marxismo para
uma análise da sociedade contemporânea.
 Para os frankfurtianos, a razão que desponta com a
valorização da ciência cada vez mais evidente, trata-se
de uma razão instrumental. Assim, o que se tinha era
uma racionalidade de cunho positivista que visava a
dominação e intervenção na natureza a serviço do
poder do capital, estendendo-se esta dominação
também aos homens, cada vez mais alienados dos
processos sociais em que estavam envolvidos. Logo a
ciência não seria imparcial, mas controlaria o exterior e
o interior do homem. Ainda segundo Danilo Marcondes,
para a Escola de Frankfurt alguns dos aspectos centrais
dessa dominação da técnica seriam a indústria cultural
e a massificação do conhecimento, da arte e da
cultura que se produzia naquele contexto diluindo-se
assim a força expressiva de cada um, seus significados
próprios, transformando tudo em objeto de consumo.
 Assim, os intelectuais da Escola de Frankfurt
conduziram suas obras a uma esfera crítica e
reflexiva quanto ao marxismo, abordando
categorias e conceitos que ora dizem muito sobre
as consequências e rumos da prática marxista do
passado e daquele momento em que escreviam,
ora dizem respeito a uma espécie de proposta ou
releitura daquilo que poderia (ou não) e
mereceria ser feito. Logo, será da preocupação
em sugerir e descortinar uma realidade reificada
e “contaminada” pela lógica capitalista que
nascerão tais trabalhos, num questionamento
quanto às maneiras de se alcançar a efetiva
tomada da consciência de classe e, dessa forma,
superar a conjuntura capitalista dada.

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Escola de frankfurt

  • 1. ESCOLA DE FRANKFURT VICTOR, JEAN, AUGUSTO, GABRIEL, MICHAEL
  • 2.  A Escola de Frankfurt consistia em um grupo de intelectuais que na primeira metade do século passado produzia um pensamento conhecido como Teoria Crítica. Dentre eles temos Theodor Adorno, Max Horkheimer, Herbert Marcuse e Walter Benjamim. Com a II Guerra Mundial, eles saíram de Frankfurt, na Alemanha, para se refugiar nos Estados Unidos, voltando apenas na década de 50.
  • 3.  Na Europa do início do século XX, os rumos e os resultados a que se chegaram com os feitos políticos em nome do proletariado e de uma ideologia marxista começaram a ser reavaliados por alguns intelectuais. A ideia de que a luta entre burgueses e proletariado iria resolver as coisas era questionada ao se perceber o crescimento de uma classe média. Segundo consta, esta geração que conciliava a teoria com o comando do partido socialista tinha o mal-estar de não possuir uma definição exata do marxismo.
  • 4.  O marxismo até então era consenso no Partido da Social Democracia, o qual entendia teoria e prática como palavras sinônimas. Por volta de 1900, ocorreu uma espécie de clivagem, na qual as duas partes (teoria e prática) discutiam a realidade e os rumos do marxismo. O contexto europeu da primeira metade do século será fundamental para se compreender as bases do que veio a ser o “marxismo ocidental” como resposta aos impasses teóricos e políticos. Segundo Perry Anderson, o fascismo e o stalinismo foram as duas grandes tragédias que, de formas diferentes, se abateram sobre o movimento operário europeu no período entreguerras e que, juntos, pulverizaram e destruíram os potenciais criadores de uma teoria marxista nativa ligada à prática das massas do proletariado ocidental.
  • 5.  Enquanto teoria, o marxismo se tornava algo muito diferente de tudo o que o precedera, acarretando como ponto alto dessa mudança o deslocamento dos temas e das preocupações da intelectualidade marxista. As gerações que comporiam o marxismo ocidental não eram mais os engajados líderes políticos de outrora, mas agora elaboravam uma produção intelectual que, em certa medida, se devia ao engajamento político do passado. Afastavam-se daquele passado clássico e, ao mesmo tempo, reavaliavam os resultados do marxismo no presente.
  • 6.  Desse modo, nasceu a Escola de Frankfurt, a qual se dedicou, a partir da década de 20, ao estudo dos problemas tradicionais do movimento operário, unindo trabalho empírico e análise teórica. Em virtude da perda de sua tradição intelectual, o marxismo para os frankfurtianos será alvo de um movimento autorreflexivo. O que será característico no marxismo ocidental é esta autorreflexão do que era, foi e seria futuramente o marxismo, com obras que trataram de temas como o “novo” papel do materialismo histórico, o conceito de história, a tomada da consciência de classe, a cultura, a arte, literatura, enfim, todos considerados como categorias e instrumentos para se pensar as transformações, a validade, as limitações, possíveis caminhos e leituras do marxismo diante da sociedade industrializada moderna. Segundo Danilo Marcondes, os autores ligados à Escola de Frankfurt não se pretendiam realmente comentadores ou intérpretes do pensamento de Marx, mas tinham como proposta buscar inspiração no marxismo para uma análise da sociedade contemporânea.
  • 7.  Para os frankfurtianos, a razão que desponta com a valorização da ciência cada vez mais evidente, trata-se de uma razão instrumental. Assim, o que se tinha era uma racionalidade de cunho positivista que visava a dominação e intervenção na natureza a serviço do poder do capital, estendendo-se esta dominação também aos homens, cada vez mais alienados dos processos sociais em que estavam envolvidos. Logo a ciência não seria imparcial, mas controlaria o exterior e o interior do homem. Ainda segundo Danilo Marcondes, para a Escola de Frankfurt alguns dos aspectos centrais dessa dominação da técnica seriam a indústria cultural e a massificação do conhecimento, da arte e da cultura que se produzia naquele contexto diluindo-se assim a força expressiva de cada um, seus significados próprios, transformando tudo em objeto de consumo.
  • 8.  Assim, os intelectuais da Escola de Frankfurt conduziram suas obras a uma esfera crítica e reflexiva quanto ao marxismo, abordando categorias e conceitos que ora dizem muito sobre as consequências e rumos da prática marxista do passado e daquele momento em que escreviam, ora dizem respeito a uma espécie de proposta ou releitura daquilo que poderia (ou não) e mereceria ser feito. Logo, será da preocupação em sugerir e descortinar uma realidade reificada e “contaminada” pela lógica capitalista que nascerão tais trabalhos, num questionamento quanto às maneiras de se alcançar a efetiva tomada da consciência de classe e, dessa forma, superar a conjuntura capitalista dada.