A historiadora e coordenadora da pesquisa de Mapeamento das Casas de Religiões Africanas do Rio de Janeiro, Denise Pini, afirmou que, desde o ano de 2000, foram abertas 256 novas instituições em todo o estado do Rio, o que corresponde a 30,2% das casas mapeadas no estudo. O anúncio foi feito durante a apresentação pública da pesquisa, realizada na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), nesta terça-feira (05/06). Segundo Denise, a intolerância religiosa não impede que as religiões de matrizes africanas cresçam no estado. “Durante quatro anos, mapeamos 847 casas religiosas, localizadas nos 30 municípios mais populosos do estado, com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas para as comunidades de terreiros e de ações efetivas pela liberdade religiosa”, ressaltou.
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2. Definição de intolerância
A intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e
atitudes ofensivas a diferentes crenças e religiões. Em
casos extremos esse tipo de intolerância torna-se uma
perseguição. Sendo definida como um crime de ódio
que fere a liberdade e a dignidade humana, a
perseguição religiosa é de extrema gravidade e costuma
ser caracterizada pela ofensa, discriminação e até
mesmo atos que atentam à vida de um determinado
grupo que tem em comum certas crenças.
3. Meios de análise:
Cruzamentos no SPSS;
Tabelas em Excel;
Elaboração de mapas;
5. Primeiras Conclusões:
Não foi identificado diferença significativa na discriminação
entre lideranças masculinas e lideranças femininas;
Não há diferença entre as matrizes (Candomblé, Umbanda e
Outras pertenças) quanto ao nível de discriminação;
A localização geográfica das casas parece interferir pouco no
nível de discriminação.
6. Número de adeptos X Discriminação
90
80
70
60
50
40
Sofre discriminação
30
20
10
0
7. Relatos mais frequentes:
Agressões verbais;
Agressões físicas;
Agressões contra a casa;
Denúncias policiais;
Outros.
8. Lugares mais frequentes:
Locais públicos
(escola, trabalho, hospitais, transportes, mercados);
Cachoeiras, encruzilhadas, cemitérios;
Próximo à casa e na própria casa;
10. Alguns relatos:
“Um senhor Evangélico que mora ao lado do terreiro derrubou o
centro, deixando só as vigas. Alegando ser um local de prática de
bruxarias e sacrifícios de animais; Mãe Kenia teve que sair do
trabalho por ser insultada tempo integral pela patroa com um CD
do grupo Evangélico „Fogo no Pé‟; Filha de santo deixou de usar
blusas de alça, por ter no braço as marcas das curas, os outros
funcionários discriminam. Para não criar polêmica prefere deixar
de usar. Trecho da música: „Chuta essa macumba, não tem orixá
nem Iemanjá‟. “
11.
“Um vizinho costuma implicar com os
membros quando eles arreiam oferendas na
rua. Os membros de igreja evangélica nas
proximidades colocam hinos muito alto nos
aparelhos de som e ofereceram panfletos da
igreja na porta da casa de candomblé.”
12.
“Sua filha biológica foi discriminada na escola em
razão de usar paramentos da religião após sua
iniciação. Evangélicos costumam jogar ovos podres em
sua casa religiosa e também sacos plásticos com água e
ainda um pastor invadiu sua casa para fazer
“pregação” e expulsar a “mulher do demônio” dali.
Informou ainda que não pode deixar os ornamentos
típicos da religião em seu portão porque os evangélicos
os quebram.”