Este documento discute os primeiros socorros, incluindo como prestar socorro às vítimas de acidentes, avaliar e tratar paradas respiratórias e cardíacas, e hemorragias. É importante sinalizar o local do acidente, chamar por socorro especializado e avaliar as vítimas para manter os sinais vitais, como respiração, pulso e nível de consciência.
2. PRIMEIROS SOCORROS
Esta matéria é de grande importância e se
tornou obrigatória no curso teórico - técnico de
formação de condutores de veículo.
Primeiros socorros é o tratamento imediato e
provisório ministrado a uma vítima de trauma ou
doença, fora do ambiente hospitalar, com o
objetivo de prioritariamente evitar o
agravamento das lesões ou até mesmo a morte
e estende-se até que a vítima esteja sob
cuidados médicos.
OBS : Deixar de prestar socorro a vítima de
acidente de trânsito podendo fazê-lo constitui
crime de omissão de socorro, mesmo não tendo
envolvimento. 2/16
3. QUEM DEVE PRESTAR SOCORRO AS VÍTIMAS
O conselho Federal de Medicina recomenda que
o socorro seja prestado pela pessoa mais
capacitada no momento e mais próxima do local
do evento de emergência:
-Socorrista;
-Médico ou outro profissional de saúde presente;
-Pessoas leigas, mas que conheçam noções de
primeiros socorros ou suporte básico de vida;
-Pessoas leigas, mas que não tenham noções de
Primeiros socorros.
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4. QUAIS SÃO AS PRIMEIRAS PROVIDÊNCIAS?
É comum encontrar em locais de acidentes cenas de
sofrimento e nervosismo e pânico, pessoas inconsciente e
outras situações que exijam providências imediatas.
1. Sinalizar o Local;
2. Chamar por socorro especializado.
Após sinalizar o local e proteger as vítimas acione o
serviço especializado informando :
1. Seu nome e nº de telefone
2. Ponto de referência
3. Números de vítimas e estado das mesmas
4. Gravidade dos ferimentos
5. Situação do trânsito no local e n º de veículos
envolvidos
Telefones de EMERGÊNCIA : PM 190 PRF 191 SAMU 192
BOMBEIROS 193 4/16
5. ATENDENDO ÀS VÍTIMAS
Existem critérios internacionalmente aceitos no
que se refere à abordagem para prestar socorro
a uma vítima. As principais etapas são:
-AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ou AVALIAÇÃO INICIAL
DO PACIENTE;
-MANUTENÇÃO DOS SINAIS VITAIS;
-AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA;
-PROCEDIMENTOS EMERGENCIAIS (parada
cardiorrespiratória, estado de choque,
hemorragias, fraturas, etc.).
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6. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA – é uma avaliação inicial,
obedecida uma sequência padroniza, é feito um
rápido exame na vítima, sendo corrigidos
imediatamente os problemas que forem
encontrados.
Segue-se a seguinte sequência:
- Desobstrução das vias aéreas e estabilização
da coluna cervical;
- Respiração;
- Circulação, hemorragia e controle de choque;
- Nível de consciência;
- Exposição e proteção da vítima.
7. 1. Desobstruir as vias aéreas e controlar a coluna cervical.
Quando se observar que a vítima está impossibilitada de
respirar, precisa-se rapidamente agir, desobstruindo suas vias
aéreas. Pois se não fizer o necessário, ela poderá morrer ou
ter danos irreversíveis no cérebro. Como fazer?
Vamos posicionar a cabeça da vítima da melhor maneira
possível, levantando assim o queixo dela levemente, para que
assim lhe facilite a respiração.
•Vamos então abrir a boca da vítima, e com os dedos vamos
remover (pontes, dentaduras, balas, líquidos, sangue, etc,)
objetos que estiverem ali presente impedindo-a de respirar
perfeitamente.
* Tomar muito cuidado com a coluna cervical (pescoço
quebrado), evitando qualquer tipo de movimento com a cabeça
e pescoço, pois podem causar lesões sérias na medula; e se
isso acontecer a pessoa ficará tetraplégica por esse descuido.
9. 2. Verificar a respiração.
Ouvir, Ver e Sentir são atos importantes para se poder
comprovar se a vítima está respirando. Deve se aproximar dela
para escutar a boca e o nariz, observando também se há
movimentos do tórax e abdômen.
Se não estiver respirando, é preciso entrar imediatamente com
os procedimentos de uma Parada cardiorrespiratória. Para isso
será necessário aplicar as técnicas de respiração
artificial.
Existem três tipos: Boca-a-boca, Boca-máscara e por Aparelhos.
Para determinar a respiração, o socorrista deve gastar de 3 a 5
segundos na avaliação.
10. 3. Verificar a circulação.
Pela pulsação podemos ter informações importantes sobre o
estado da vítima. Por exemplo: Se a vítima estiver com o pulso
fraco, pálida ou lábios arroxeados, isso é sinal de um estado
de choque. Se não houver pulsação, provavelmente a vítima
está com uma Parada Cardiorrespiratória.
Podemos verificar a pulsação de uma vítima por dois modos:
* Colocando dois dedos na Artéria Radial que fica localizada
bem na base do polegar.
* Ou colocando dois dedos na Artéria Carótida, que fica
localizada no pescoço, entre o músculo e a traquéia. A
pulsação fica mais fácil de ser identificada.
12. 4. Verificar o estado de consciência.
Para se identificar o nível de consciência da vítima, temos de
nos certificar de que a mesma se comunica perguntando se
ela nos ouve, qual o nome dela, ou como se sente.
* Se ela estiver consciente, devemos conversar com ela
procurando sempre a acalmar.. Pergunte se sente dores no
pescoço, se sente as pernas e os braços (para ver se há
fraturas na coluna).
* Se não houver comunicação, vamos ver se ela reage a
estímulos verbais: Peça que faça algum movimento (olhos,
mãos, pés).
* Se mesmo assim ainda não houver resposta, vamos ver se
ela reage ao toque no qual eu o farei provocando a dor (um
aperto, beliscão em alguma parte de seu corpo).
13. * Sempre que a vítima estiver inconsciente, podemos
desconfiar de fratura na coluna ou parada cardiorrespiratória.
Sendo assim, procure não movimentar muito a vítima.
* Se ela estiver inconsciente e respirando devemos colocá-la
na posição lateral de segurança (gire o corpo 90 graus).
* Se ela não estiver respirando, então devemos aplicar
imediatamente a respiração artificial. (boca-a-boca, boca-
máscara ou por aparelhos).
Movimentar a vítima somente se o socorro estiver demorando
pra chegar e o quadro clínico for se alterando.
ATENÇÃO: não se deve dar líquidos para beber.
14. 5. Proteção da vítima.
Vamos procurar se há outros ferimentos na vítima, mas
sempre evitando os movimentos. Devemos aquecê-la com
cobertor e roupa, pois rapidamente perde o calor vital.
Os cinco passos vistos até agora são também chamados
de sinais vitais. Devemos mantê-los durante todo o
atendimento, e, conforme for se alterando algum destes,
devemos iniciar os procedimentos emergenciais.
15. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
O principal propósito da análise secundária é descobrir lesões ou
problemas diversos que possam ameaçar a sobrevivência da vítima,
se não forem tratados convenientemente. É um processo
sistemático de obter informações e ajudar a tranquilizar a vítima,
seus familiares e testemunhas que tenham interesse pelo seu
estado, e esclarecer que providências estão sendo tomadas.
Os elementos que constituem a análise secundária são:
Entrevista objetiva ( conseguir informações);
Exame da cabeça aos pés (avaliação pormenorizada);
Sintomas (tontura, náuseas);
Sinais vitais (pulso e respiração);
Outros sinais (cor da pele e temperatura, diâmetro da pupila).
16. PARADA RESPIRATÓRIA
Qualquer perturbação, acidente ou patologia que
compreende o sistema respiratório ocasionado uma
parada respiratória.
SINTOMAS:
-AGITAÇÃO E ANSIEDADE;
-DIFICULDADES DE RESPIRAR E FALAR;
-TOSSE;
-CIANOSE;
-INCONSCIÊNCIA.
Respirar é essencial. Se esse processo básico cessar
todas as outras funções vitais também serão paralisadas.
17. PARADA RESPIRATÓRIA
Com a parada respiratória, o coração em pouco tempo
também vai deixar de bater. Quando isso ocorre, lesões
irreversíveis nas células do sistema nervoso central
começam acontecer, após um período de
aproximadamente seis minutos.
VIAS AÉREAS - Dentro da análise primária, o socorrista
deve promover a abertura das vias aéreas e assegurar,
desta forma, a respiração adequada.
18. Respiração artificial - É o processo mecânico empregado
para restabelecer a respiração que deve ser ministrado
imediatamente, em todos os casos de asfixia, mesmo quando
houver parada cardíaca.
Os pulmões precisam receber oxigênio, caso contrário ocorrerão
sérios danos ao organismo no aspecto circulatório, com grandes
implicações para o cérebro.
A respiração artificial pode ser feita de cinco modos:
a) boca a boca;
b) boca-nariz;
c) boca-nariz-boca;
d) boca-máscara;
e) por aparelhos (entubação).
19. Lesões na boca ou na mandíbula podem inviabilizar a
respiração artificial pelo método boca-boca. Neste caso, o
socorrista deve optar pela manobra conhecida como boca-
nariz, que consiste em:
•Manter as vias aéreas abertas;
•Cobrir com a boca o nariz da vítima;
•Ventilar durante um a um segundo e meio;
•Abrir a boca da vítima para auxiliar na exalação.
VERIFICAR OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA
20. VERIFICAR OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA
CAUSAS:
Causada pela língua;
Causada por corpos estranhos.
SINAIS DE OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA PARCIAL:
Respiração dificultosa, cianose (principalmente lábio), está
tossindo. (forçar a tossir)
OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA COMPLETA: Vítima
inconsciente , cabeça flexionada para frente ou com objeto
(travesseiro), retirada do objeto e abertura das vias.
21. VERIFICAR OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA
OBSTRUÇÃO CAUSADA POR CORPO ESTRANHO – VÍTIMA
INCONSCIENTE.
-RESISTÊNCIA A LIVRE CIRCULAÇÃO DO AR;
- ABRIR VIAS AÉREAS;
-NÃO SUCESSO, DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS
RESTABELECENDO A RESPIRAÇÃO (MANOBRA DE
HEIMLICH).
22. MANOBRA DE HEIMLICH
Segure seu punho com a outra mão e dê quatro apertões
rápidos e vigorosos (para dentro e para cima).
23. VERIFICAR OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA
OBSTRUÇÃO CAUSADA POR CORPO ESTRANHO – VÍTIMA
CONSCIENTE.
- PARA CONSTATAR ESSA OBSTRUÇÃO O SOCORRISTA DEVE
QUESTIONAR A VÍTIMA: “VOCÊ PODE RESPIRAR?”; “VOCÊ
PODE FALAR?”; “VOCÊ ESTÁ ENGASGADO?”.
-REALIZAR TAMBÉM MANOBRA DE HEIMLICH.
24. MANOBRA DE HEIMLICH EM BEBÊS
-BEBÊ NOS BRAÇOS COSTAS PARA CIMA;
-CINCO PANCADAS PALMA DA MÃO ENTRE AS ESCÁPULAS;
-GIRAR O BEBÊ, AINDA COM CABEÇA MAIS BAIXA, CINCO
COMPRESSÕES TORÁCICAS ATRAVÉS DA PRESSÃO DOS DEDOS
INDICADOR E MÉDIO SOBRE O OSSO EXTERNO.
-COLOCAR BEBÊ EM SUPERFÍCIE PLANA E TENTAR RETIRAR
OBJETO, UTIIZANDO O DEDO MÍNIMO;
-PROCEDER DUAS VENTILAÇÕES, CASO DE INSUCESO REPETIR
TODA SEQUENCIA
26. PARADA CARDÍACA
Quando o coração deixa de bombear sangue para o
organismo, as células deixam de receber oxigênio.
Existem órgão que resistem vivos até algumas horas,
mas os neurônios do SNC, não resistem mais que seis
minutos sem serem oxigenados e entram em processo
de necrose.
IDENTIFICAÇÃO: Inconsciência, Palidez excessiva,
Ausência de pulsação e batimentos cardíacos; Pupilas
dilatadas; Pele e lábios roxos.
27. PARADA CARDÍACA
TRATAMENTO: O socorrista deve iniciar a massagem
cardíaca externa o mais cedo possível.
-Em adultos utilização das duas mãos;
-Crianças entre 1 e 8 anos, a pressão deve ser exercida
com apenas uma mão;
-Bebês de 0 a 1 ano, com dois dedos.
NO CASO DE PARADA RESPIRATÓRIA E CARDÍACA SIMULTÂNEAS,
DEVE-SE INTERCALAR A RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL COM A
MASSAGEM CARDÍACA, MÉTODO CONHECIDO COMO RCP.
28. REANIMAÇÃO CARDIO-PULMONAR
As diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE recomendam uma
alteração na sequência de procedimentos se SBV de A-B-C (via aérea,
respiração, compressões torácicas) para C-A-B (compressões
torácicas, via aérea, respiração) em adultos, crianças e bebês.
UM SOCORRISTA:
- ADULTO – 2 ventilações por 30 compressões, de 80 a
100 vezes por minuto;
- CRIANÇA – 2 ventilação por 30 compressões, 100
vezes por minuto;
- BEBÊ – 1 ventilação por 5 massagens, 100 a 120
vezes por minuto.
30. HEMORRAGIA - é quando ocorre uma ruptura dos vasos (artéria,
veias ou capilares) ocasionando a saída de sangue.
Evite qualquer contato com sangue ou secreções das vítimas nos
acidentes.
HEMORRAGIAS INTERNA – São difíceis de serem reconhecidas
porque o sangue se acumula nas cavidades do corpo, tais como:
estômago pulmões, bexiga, cavidade craniana, etc.
SINTOMAS: Fraqueza, sede, frio, ansiedade ou indiferença.
SINAIS : Alteração do nível de consciência ou inconsciência,
agressividade ou passividade, tremores e arrepio do corpo, pulso
rápido e fraco, respiração rápida e artificial; pele pálida, fria e
úmida; sudorese; e pupilas dilatadas.
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31. IDENTIFICAÇÃO
Além dos sinais e sintomas clínicos, suspeita-se que haja
hemorragia interna quando houver:
acidente por desaceleração (acidente automobilístico);
ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete,
principalmente no tórax ou abdome;
e acidente em que o corpo suportou grande pressão
(soterramento, queda).
Se houver perda de sangue pela boca, nariz e ouvido, existe
suspeita de uma hemorragia no cérebro.
Se a vítima apresentar escarros sanguinolentos,
provavelmente a hemorragia será no pulmão; 31/16
32. IDENTIFICAÇÃO
se vomitar sangue será no estômago; se evacuar
sangue, será nos intestinos (úlceras profundas);
e se houver perda de sangue pela vagina, poderá estar
ocorrendo um processo abortivo.
Normalmente, estas hemorragias se dão (se não forem
por doenças especiais) logo após acidentes violentos, nos
quais o corpo suporta pressões muito fortes (colisões,
soterramentos, etc.).
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33. Hemorragia Externa
As hemorragias externas dividem-se em: arterial, venosa e capilar.
Nas hemorragias arteriais, o sangue é vermelho vivo, rico em
oxigênio, e a perda é pulsátil, obedecendo às contrações sistólicas
do coração. Esse tipo de hemorragia é particularmente grave pela
rapidez com que a perda de sangue se processa.
As hemorragias venosas são reconhecidas pelo sangue vermelho
escuro, pobre em oxigênio, e a perda é de forma contínua e com
pouca pressão. São menos graves que as hemorragias arteriais,
porém, a demora no tratamento pode ocasionar sérias
complicações.
As hemorragias capilares são pequenas perdas de sangue, em
vasos de pequeno calibre que recobrem a superfície do corpo.
O torniquete não deve ser utilizado para estancar
hemorragia externa.
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34. Métodos para Detenção de Hemorragias
Elevação da região acidentada: pequenas hemorragias nos
membros e outras partes do corpo podem ser diminuídas, ou
mesmo estancadas, elevando-se a parte atingida e,
consequentemente, dificultando a chegada do fluxo
sanguíneo.
Não elevar o segmento ferido se isto produzir dor ou se houver
suspeita de lesões internas.
35. Métodos para Detenção de Hemorragias
Tamponamento: pequenas, médias e grandes hemorragias
podem ser detidas pela obstrução do fluxo sanguíneo, com as
mãos ou, preferencialmente, com um pano limpo ou gaze
esterilizada, fazendo um curativo compressivo. É o melhor
método de estancar uma hemorragia.
Compressão arterial: se os métodos
anteriores não forem suficientes para
estancar a hemorragia, ou se não
for possível comprimir diretamente
o ferimento, deve-se comprimir as
grandes artérias para diminuir o fluxo
sanguíneo.
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36. Hemorragia nasal - causada por um choque da
cabeça do condutor ou passageiro contra as partes
internas do veículo.
PROCEDIMENTO: Sentar a vítima, respirar pela
boca, não assoar o nariz, pressionar o nariz e levantar a
cabeça, se inconsciente fazer rolamento 90º.
37. Tratamento da Hemorragia Interna
Deitar o acidentado e elevar os membros inferiores.
Prevenir o estado de choque.
Providenciar transporte urgente, pois só em hospital se pode
estancar a hemorragia interna.
Tratamento da Hemorragia Externa
Deitar a vítima; o repouso da parte ferida ajuda a formação
de um coágulo.
Se o ferimento estiver coberto pela roupa, descobri-lo (evitar,
porém, o resfriamento do acidentado).
Deter a hemorragia.
Evitar o estado de choque.
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38. Estado de choque – É a falência do sistema circulatório, provocando a
interrupção ou alteração no abastecimento de sangue ao cérebro com
acentuada depressão das funções do organismo.
A causa mais comum do estado de choque é a perda de sangue.
Sintomas : pele fria e úmida, suor na testa e nas mãos, face pálida,
náuseas, vômitos, respiração irregular, pulso fraco ou rápido, lábios e
extremidades arroxeados, sensação de frio, fraqueza e inconsciência.
Desmaio - a perda súbita dos sentidos, normalmente momentânea,
com interrupção das atividades normais do cérebro.
Sintomas : inconsciência, suor abundante, pulso e respiração fracos,
palidez, vista embaralhada ou nublada.
Se a situação prolongar-se por mais de 2 minutos
agasalhe a vítima e procure atendimento médico.
39. Convulsões - contratura involuntária e descontrolada da
musculatura, com movimentos desordenados e perda de
consciência, causada por alterações de funções do
cérebro, que costuma durar alguns minutos.
PROCEDIMENTOS: Afastar objetos próximos, não tentar
impedir os movimentos convulsivos, colocar a vítima
deitada de costas e com a cabeça de lado para não se
afogar com a saliva.
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40. FRATURAS
Fraturas – Quebra ou ruptura de qualquer osso do corpo
humano, necessitando de imobilização.
Os dois tipos de fraturas que existem são :
FECHADA ou COBERTA– o osso quebrado não aparece na
superfície e a pele não é perfurada.
ABERTA ou EXPOSTA – o osso ao quebrar rompe a pele e
se exterioriza.
42. FRATURAS FECHADAS
Aqui o primeiro passo consiste em impedir o deslocamento
das partes quebradas evitando maiores danos.
Proceder imobilização:
Movimentar a vítima o mínimo possível;
Colocar talas para sustentar o membro;
As talas deverão ultrapassa a articulação;
Envolver as talas em panos;
O braço com suspeita de fratura deverá ser imobilizado
junto ao peito.
43. FRATURAS ABERTAS (EXPOSTAS)
Aqui, além da fratura propriamente dita, deve-se cuidar do
ferimento da pele, evitando contaminações, infecções e
hemorragias:
• Fazer um curativo protetor sobre o ferimento, com gaze
ou pano limpo.
• Se houver hemorragia abundante (sinal indicativo de
ruptura de vasos) aplicar os procedimentos já vistos.
• Imobilizar o membro fraturado, da mesma forma que
uma fratura fechada.
• Providenciar socorro especializado para o acidentado.
45. Entorse e luxação
Entorse - É uma lesão que ocorre quando se ultrapassa o
limite normal de movimento de uma articulação. Normalmente,
ocasiona distensão dos ligamentos e da cápsula articular e,
consequentemente, dor intensa ao redor da articulação, dificuldade de
movimentação em graus variáveis e, às vezes, sangramentos internos.
Luxação – Luxação é o deslocamento de um osso da
articulação, geralmente acompanhado de uma grave lesão de
ligamentos articulares. Isso resulta no posicionamento anormal dos
dois ossos da articulação. A luxação pode ser total ou parcial – os dois
ossos da articulação ainda permanecem em contato.
Sintomas: Dificuldades e dores nos movimentos, inchaço, etc.
Procedimentos: Imobilize a região atingida e encaminhe a vítima a
um hospital.
47. Fratura da coluna vertebral
Constitui uma das emergências mais delicadas e, se a
vítima for mal atendida pode ter sequelas permanentes e
graves.
Sintomas : Dor muito intensa, perda dos movimentos, perda
da sensibilidade ou formigamento nos membros.
Evite movimentar ou mexer nas vítimas com
suspeita de fratura de coluna, devendo esperar
sempre que possível o socorro especializado.
48. Fratura de crânio : As fraturas de crânio são sempre graves,
tendo em vista a possibilidade das lesões atingirem o cérebro, e
estas nem sempre são visíveis.
Sintomas : Dor de cabeça, perda de sangue pelo nariz ouvidos
ou boca, tontura seguida de desmaios e com possibilidade de
perda de consciência, enjôo e vômitos, podendo ainda ocorrer
alteração no tamanho das pupilas.
Fratura de quadril ou bacia : A vítima com suspeita de fratura de
bacia ou quadril apresenta fortes dores no local, e restrição no
movimento das pernas.
Deitar a vítima numa posição plana movimentando-a o mínimo
possível, pois qualquer movimento desnecessário pode
ocasionar perfuração dos órgãos internos.
Fratura de costela - é um traumatismo na região torácica que
pode determinar a fratura de uma ou mais costelas.
49. QUEIMADURAS
São lesões decorrentes do calor excessivo, do ataque de
produtos químicos , líquidos e vapores, podendo também ocorrer
pelo frio intenso e por radiação, inclusive solar e elétrica.
Classificação das queimaduras : 1º, 2º e 3º graus.
1º GRAU – Vermelhidão e dor local, sem formação de bolhas.
2º GRAU – Vermelhidão, dor e formação de bolhas na camada
superficial, com posterior descamação.
3º GRAU – Pele destruída em todas as camadas, atingindo
músculos, nervos, outros órgão e até os ossos.
50. QUEIMADURAS
PROCEDIMENTO:
Afaste o elemento causador da queimadura
Quando se tratar de fogo, apague-o
Deite a vítima com a cabeça e o tórax mais alto que o restante
do corpo.
Não perfure as bolhas
Não remova a roupa, salvo de em razão de produtos químicos;
Utilize água corrente ou compressas frias
Se a vítima estiver consciente, acalme-a e dê-lha líquidos
Encaminhe-a para atendimento médico.
As áreas do corpo mais críticas em caso de queimaduras são as
vias aéreas, as partes genitais e a face.
51. FERIMENTO NOS OLHOS
Qualquer tipo de ferimento nos olhos pode ser muito grave e, por
isso, a vítima deve ser levada imediatamente a um especialista.
PROCEDIMENTOS:
Não permitir que a vítima esfregue os olhos;
Em caso de contato com produtos químicos, lavá-los com água
abundante;
Não tentar retirar cacos ou objetos cravado;
Utilizar ataduras para cobrir os dois olhos, mesmo que um
deles esteja sadio.
52. FERIMENTOS
Ferimentos – A ferida ocorre em consequência de acidentes, e é
caracterizada pelo rompimento da pele.
Ferimento com abdômen aberto:
Não retirar corpos estranhos dos cortes e perfurações;
Cobrir o ferimento com um compressa ou pano limpo;
No caso de órgão internos expostos, não tocar diretamente
neles, nem tentar recolocá-los. Cobrir com uma compressa ou
pano limpo, umedecido em água limpa ou soro fisiológico.
53. Ferimento com abdômen aberto
Tampar ferimentos externos que possa ter atingidos
pulmões;
Pressione o ferimento diretamente com uma gaze ou
pano limpo;
Prender o curativo com uma faixa ou cinto;
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54. Os três tipos de envenenamento são :
I. Pela pele
II. Por inalação
III. Por ingestão
AIDS
O vírus da AIDS atua silenciosamente no organismo durante
muitos anos, diminuindo as defesas imunológicas.
Ao socorrer vítima de acidente, verifique se possui lesões
abertas que possam entrar em contato com o socorrista,
utilize se de luvas descartáveis e lave bem as mãos após o
socorro.
ACIDENTE DE MOTO NÃO RETIRAR IMEDIATAMENTE O
CAPACETE DA VÍTIMA.
55. AMPUTAÇÕES TRAUMÁTICAS
Lesões onde ocorre a separação de um membro e/ou seu segmento. Podem ser
causadas por objetos cortantes, por esmagamentos ou por forças de tração.
CONDUTA:
- Abrir vias aéreas e prestar assistência ventilatória, se necessário.
- Controlar a hemorragia.
- Controlar o estado de choque, caso presente, enquanto a vítima esteja sendo
encaminhada para assistência qualificada com o segmento amputado.
Cuidados com o segmento amputado, para o reimplante:
- Lavar a parte amputada o mais rapidamente possível com sabão líquido
protegendo a face interna (cruenta) e em seguida irriga-la com soro fisiológico em
grande quantidade.
- Envolver o segmento numa compressa de gaze estéril ou tecido de algodão bem
limpo, embebido com soro fisiológico (nunca mergulhar a peça em soro
diretamente).
- Envolver o material dentro de um saco plástico duplo bem limpo e fecha-lo.
- Acondicionar o saco plástico num recipiente de isopor ou similar com gelo, de
forma que seja mantida uma temperatura interna aproximada de 4 ° C, porém sem
contato direto com o gelo.