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Práticas e modelos A.A. das B.E. - DRELVT T3 2010 - O Modelo de Auto-Avaliação      2010
                                                         das Bibliotecas Escolares




                                            Reflexão Final

         Neste momento de reflexão final, considero que a realização desta Oficina de
Formação foi bastante interessante apesar do ritmo intenso em que decorreram as sessões.
Considero, apesar disso, que as tarefas constituíram aliciantes desafios para a reflexão sobre a
temática da auto-avaliação das BEs e para a produção de trabalhos que serão bons recursos
para facilitar a implementação do processo – refiro-me aos trabalhos que foram elaborados
pelas formandas, à bibliografia proposta e aos textos elaborados pelas formadoras que
serviram de pontos de referência para o desenvolvimento das sessões. O ritmo da formação,
como anteriormente referi, associado ao trabalho que já desenvolvemos nas escolas, dificultou
bastante a troca de experiências entre formandas e formadoras, mas, apesar de todas nos
queixarmos da falta de tempo, as interacções nos fóruns foram muito produtivas para dar a
conhecer uma panorâmica mais correcta das nossas BES e encontrarmos nos desabafos força
para continuar.
         Pensar a avaliação das BE em contexto da avaliação da escola/agrupamento é, por
vezes, mais complexo do que à partida parece. A realidade é que, em muitos casos, como no
meu, um PB deve dar apoio a várias escolas, por vezes, sem BE. Esta continua a ser a realidade
de muitas das nossas escolas. E parece ser uma realidade que não vai mudar
significativamente e, por isso, cada escola/agrupamento terá que pensar em estratégias que
envolvam a BE, e o PB terá, por sua vez, que mobilizar recursos, no sentido de viabilizar uma
auto-avaliação das BES em agrupamento.
         A aplicação de um modelo de auto-avaliação trabalhoso e exigente como o MAABE,
colide, assim, com a realidade espartilhada das escolas e a sua aplicação apenas na biblioteca
da escola sede, como acontece frequentemente, pode também ser redutor, pois não dá a
partilhar a dinâmica própria das restantes BES. Seria muito proveitoso que este modelo fosse
repensado tendo em conta esse contexto diverso.
         Antes de mais são caminhos de incerteza em que se erguem obstáculos mas que
deixam igualmente entrever mais oportunidades de mudança – de práticas, procedimentos
enraizados, de modos de pensar.
         Antes de mais este contexto de mudança traz, a par dessa incerteza, a oportunidade
única de partilhar - através de redes de professores bibliotecários, da partilha de ideias e de
experiências, em fóruns, redes sociais, como o twitter, facebook ou wikis, blogues e
plataformas – e, desta forma, disseminar a mudança. Neste tempo de instabilidade (própria
dos tempos de mudança) surgem, ainda, outras oportunidades incontornáveis, como a
formação disponibilizada para os professores bibliotecários, horários a tempo inteiro nas
bibliotecas escolares, o Plano Tecnológico, o Plano Nacional de Leitura.
         Este contexto de mudança em que vivemos pede-nos obviamente mais - é pedido ao
professor bibliotecário que seja capaz de transformar a BE num local de conhecimento
privilegiando os acessos à literacia da informação, propiciando a aprendizagem dos alunos e a
construção de conhecimentos.
         Achei por tudo isto os textos propostos extremamente pertinentes. Mais do que um
espaço de informação, a biblioteca escolar é, nestes tempos de mudança um espaço de
conhecimento (knowledge space, not information place como refere Ross Todd), eu diria, de
conhecimentos, nos mais diversos suportes e que nos chegam das mais diversas formas. Como
poderemos lidar com essas mudanças? Aderindo, tomando parte nelas, através da construção
de materiais e desenvolvimento de acções de apoio ao currículo e à aprendizagem,
dialogando, partilhando dúvidas para criar.
         Por fim, mudança também na avaliação. De uma forma geral, não há uma cultura de
avaliação no ensino. Muito menos de uma forma sistemática a partir evidências como aqui se
lê. A instauração do modelo de auto-avaliação da RBE traz, assim, mais possibilidades de
mudar este estado de coisas ao colocar como central a necessidade premente de reunir
evidências do que foi feito, está a ser feito, para reflectir, avaliar e planear o que pode ser
feito, de forma articulada, entre o professor bibliotecário e a sua equipa, em colaboração com
a direcção da escola, professores, pais, alunos (apesar da dificuldade em agendar reuniões em
parte devido à carga burocrática excessiva dos professores).
         Procurei apresentar um workshop sobre a implementação do modelo de auto-
avaliação da BE. A introdução do modelo de auto-avaliação da BE pressupõe, antes de mais,
que o professor bibliotecário consiga o necessário envolvimento das diversas estruturas
educativas, de forma a destacar a ligação entre a BE, a escola/agrupamento e o sucesso
educativo. A BE, como núcleo de trabalho e aprendizagem ao serviço da escola, tem hoje um
papel transformador na vida dos alunos, não só em termos de desenvolvimento intelectual,
mas também social e cultural.
         Assim, pressupõe um professor coordenador, que Todd designa por learning specialist,
de forma a assegurar um trabalho contínuo com professores e alunos, adequando o trabalho
da BE aos objectivos educativos e ao sucesso dos alunos/escola/agrupamento - a
implementação deste modelo está inegavelmente condicionada por uma série de factores
inerentes à estrutura interna da escola/agrupamento, equipamentos e de recursos de
informação que a BE disponibiliza. Este workshop pretende, numa primeira fase, divulgar e
motivar os diversos agentes educativos, para uma participação activa neste processo e, numa
segunda fase, assegurar a necessária articulação da aprendizagem, informação e tecnologia, é
aliás um desafio também para os professores, na sala de aula, na medida em que permite aos
alunos aprenderem e obterem melhores resultados. Só através da dinâmica da BE podemos
ter um ensino de qualidade, na medida em que a dinâmica de auto-avaliação, como processo
pedagógico e regulador, inerente à gestão e procura de uma melhoria contínua da BE e, dessa
forma, da escola/agrupamento.
         O valor da BE na vida da escola/agrupamento é não só mensurável através dos
resultados de aprendizagem, mas também da qualidade dos trabalhos apresentados que
deixem transparecer crescimento pessoal, social e cultural. Só através da partilha da
responsabilidade de implementar esta mudança, poderemos ter uma escola de valor. A escola
de qualidade só é possível através de uma BE em que a recolha de evidências e a consequente
análise e reflexão que poderão oferecer novos caminhos a percorrer – entrevistas, portfolios,
tarefas formativas, medidas baseadas em resultados, exames, produtos de projectos,
avaliações de índices de leitura concelhios, resultados de exames nacionais ou de provas de
aferição, estando, assim, estreitamente ligado ao processo de auto-avaliação à escola.
         Este poderá ser o maior desafio para o PB, na medida em que o modelo de auto-
avaliação obriga à redefinição de práticas, a uma liderança activa que se reflicta nas estratégias
de ensino/ aprendizagem da escola e nas práticas de alunos e professores.
         Considerei a terceira sessão extremamente proveitosa na medida em que permitiu
uma reflexão sobre a aplicação directa do modelo de auto-avaliação, mas também sobre as
suas implicações na vida da escola/agrupamento. Propiciar esta implicação parece ser o maior
desafio que se coloca ao PB, na medida em que o modelo de auto-avaliação obriga à uma
redefinição de práticas educativas que se reflicta nas estratégias de ensino/ aprendizagem da
escola e nas práticas de alunos e professores, - obrigando a, como refere à liderança
transformativa (2002 Todd). A introdução do modelo de auto-avaliação da BE pressupõe, desta
forma, que o PB consiga o necessário envolvimento das diversas estruturas educativas, de
forma a articular a BE, a escola/agrupamento e promover o sucesso educativo.
         A maior ou menor aceitação e envolvimento dependem também da crença na utilidade
do processo por parte do professor bibliotecário que tem de desempenhar a função de
catalizador junto da equipa e de todos os outros agentes. A sua capacidade de comunicar e de
gerir a situação serão fundamentais. A resposta poderá ser um barómetro da maior integração
e valoração das práticas. O Modelo de Auto-Avaliação no contexto da Escola/ Agrupamento
         Essa resposta está interdependente de diversos factores críticos de sucesso
designadamente: a busca incessante de novas formas de aprendizagem, a articulação entre as
metas de aprendizagem que a escola estabelece e o trabalho desenvolvido pelos professores e
pela BE, uma estrutura tecnológica que apoia este trabalho ou mesmo da ligação com outras
bibliotecas (do Agrupamento).
         No que se refere à tabela apresentada, partiu-se do Plano de Acção definido para as BE
do Agrupamento para o quadriénio de 2009 - 2013. As propostas enunciadas resultam da
análise e orientações dos documentos de referência do Agrupamento (Projecto Educativo,
Projecto Curricular, Plano Anual de Actividades e Regulamento Interno) e, claro, do modelo de
auto-avaliação. Apresenta-se, desta forma, uma forma de implementar o MAABE que propicie
uma reflexão daquilo que se pretenda da BE, que conduzirá inevitavelmente a uma BE que
avalia as actividades realizadas, que consegue identificar os seus pontos fortes e os seus
pontos fracos para, assim, poder melhorar. Nesta acção de melhoria toda a escola terá de se
empenhar, criando condições para que o PB e a equipa da BE possam implementar o processo
de auto-avaliação, pois o trabalho a ser desenvolvido terá de ser em conjunto.
         Dar início ao processo de auto-avaliação da BE, foi, provavelmente a tarefa que mais
inquietações nos suscitou desde o início desta acção de formação. Desde logo pelo facto de
nos ter sido pedido que se esta operacionalização se integrasse no contexto real da nossa BE e
pelo que tal obriga de (auto)reflexão e questionamento1 e depois pelo nos ter dado uma noção
do caminho que ainda há a percorrer.
         Questionamento é provavelmente aqui a palavra-chave – o processo de auto-avaliação
coincide com questões fulcrais relacionadas com a BE e com a própria escola/agrupamento. As


1
  Reflectir sobre as diferentes etapas do processo de auto-avaliação, desde a necessidade de enquadramento nas diversas
estruturas educativas, elaboração do diagnóstico para identificação do problema e definição dos objectos da avaliação, factores
críticos, métodos e técnicas a utilizar, instrumentos identificados, e numa fase posterior planear igualmente a recolha e
tratamento dos dados, análise e interpretação da informação obtida, síntese. (cf texto da sessão quatro).
questões que se nos colocam ao planear a avaliação da BE - Porquê? O quê? Com quem?
Quando? Como? – são idênticas às que devem reger a própria estrutura educativa. Esta
avaliação é tão importante para a biblioteca como para a escola, para a comunidade educativa.
Ou deve ser. Tal contexto todavia, na maioria das escolas, ainda não foi criado. A BE é
importante mas ainda não é entendida pelos agentes educativos como central na vida escolar.
        Resta, portanto, a meu ver, dar início a este processo de forma inversa. Ou seja ir de
encontro ao que se solicita no PE, no PCA e, definir percursos paralelos que, mais à frente,
poderão modelar e contribuir para a transformação. É sempre possível equacionar esse apoio,
definindo actividades ou projectos concretos que podemos acompanhar e partilhar com
coordenadores curriculares, coordenadores de projectos, directores de turma. Torna-se aqui
imperativo enunciar alguns aspectos que condicionam e dificultam a implementação deste
modelo: desde logo a falta de tempo para consecução do processo, dada a sobrecarga de
trabalho que a aplicação do modelo acarreta e, embora, o workshop formativo ou a
apresentação em conselho pedagógico seja, a meu ver, muito proveitoso, continua a ser difícil
garantir o envolvimento de todos os intervenientes, quer na aplicação dos inquéritos aos
alunos e/ou coordenadores de departamento na resposta aos inquéritos solicitados quer na
participação activa em determinadas areas.
        A elaboração do plano de avaliação, como documento, impõe, assim, uma reflexão
sobre o forma como a própria escola funciona e, ao fazer tomar consciência da importância da
biblioteca, demonstra igualmente junto dos professores, o contributo da BE para a
aprendizagem e os resultados escolares, mostrando-lhes as suas potencialidades e a forma
como podem utilizá-la melhor nas suas actividades de planeamento das aulas e de ensino. A
auto-avaliação pode ajudar a encorajar uma melhor utilização da BE. A mais-valia deste
documento é a de permitir a melhoria contínua da acção e do impacto da biblioteca nas
aprendizagens. A sua meta é, obviamente, a meta do próprio sistema de ensino. Neste caso
concreto, na elaboração do Plano de Avaliação da BE Elias Garcia partiu-se do Plano de Acção
definido para as BE do Agrupamento para o quadriénio de 2009-2013. As propostas
enunciadas resultam da análise e orientações dos documentos de referência do Agrupamento
(Projecto Educativo, Projecto Curricular, Plano Anual de Actividades e Regulamento Interno) e,
claro, do modelo de auto-avaliação. Apresenta-se, desta forma, uma forma de implementar o
MAABE que propicie uma reflexão daquilo que se pretenda da BE, que conduzirá
inevitavelmente a uma BE que avalia as actividades realizadas, que consegue identificar os
seus pontos fortes e os seus pontos fracos para, assim, poder melhorar.
        Parto, para a reflexão sobre a tarefa proposta para esta sexta sessão, de uma
passagem do nosso texto-guia, em que se lê que a auto-avaliação da BE é importante porque
se constitui como um poderoso factor de mudança: de reforço do papel pedagógico das BE e
dos seus potenciais impactos na aprendizagem, formação e sucesso dos alunos(…). Destaco
este excerto por me parecer que igualmente no âmbito do acesso, avaliação e uso da
informação e das novas tecnologias a BE constitui um poderoso factor de mudança. Pode ser, a
meu ver, uma função prioritária da BE/BES pela centralidade que estas competências têm no
processo de aprendizagem.
        Promover a Literacia da informação, ensinar a fazer pesquisa documental e de
informação, passa pela formação de utilizadores e por um papel activo no
Apoio/enriquecimento curricular por parte das BES. E leva o seu tempo. Embora a equipa a
que pertenço tenha vindo a desenvolver diversas actividades de promoção da literacia da
informação, todavia, muitos alunos ainda não seguem os guiões de pesquisa, ignorando, ao
elaborar o seu trabalho, as diferentes fases do processo de pesquisa e tratamento de
informação, limitando-se muitas vezes a copiar informação.
        Como implementar então essa mudança? Através de um trabalho colaborativo com os
colegas da sala de aula, nomeadamente, de Área de Projecto e Estudo Acompanhado, para
que se atinjam os objectivos pretendidos na aquisição de competências de literacia. No final
do ano, a avaliação deste domínio servirá para medir o impacto do trabalho desenvolvido
pelas BES nas competências de literacia de informação dos alunos e o plano de avaliação
contribuirá para que o trabalho a desenvolver para o próximo ano seja mais eficaz. É, ainda,
importante reflectir sobre as vantagens que esta abordagem colaborativa pode trazer para a
gestão colaborativa das BES do Agrupamento, na medida em que pressupõe um guião de
pesquisa uniformizado para as bibliotecas/escolas do 1º ciclo, por exemplo indo ao encontro
do universo total das turmas do Agrupamento, numa óptica de rede.
        Persistem, todavia, dificuldades em implementar esta uniformização, por um lado,
pela falta de tempo, dada a sobrecarga de trabalho que as reuniões de preparação de
actividades de pesquisa implicam (depois do final das aulas, às 18:30), no meu caso, de três
bibliotecas, para avaliar o progresso dos alunos e pensar em “o que está a correr bem” e “o
que precisamos de fazer de maneira diferente”. Persistem igualmente dificuldades em
envolver todos os intervenientes na aplicação dos questionários e a dificuldade em registar
algumas evidências de forma sistemática. Falta de tempo, por último, e não menos importante
para o apoio aos utilizadores: para que sejam (progressivamente) capazes de realizar as suas
consultas autonomamente.
        Considero que esta sétima tarefa se tornou interessante de realizar, pela leitura que
fizemos de relatórios de avaliação de escolas em articulação da análise do MAABE que temos
vindo a fazer.

        Assim, através da leitura dos relatórios analisados, pude constatar que há muito para
fazer no que se refere à inclusão da auto-avaliação da BE na auto-avaliação da
escola/agrupamento. Há, assim, que dar a conhecer a forma como se está a concretizar o
trabalho nas BE e o contributo que estas dão para as aprendizagens, para o sucesso educativo
e para a promoção da aprendizagem ao longo da vida. Tal não era visível em nenhum dos
relatórios da IGE analisados. É, por isso, fundamental que cada escola/agrupamento conheça o
impacto que as actividades realizadas pela e com a BE vão tendo no processo ensino-
aprendizagem, bem como o grau de eficiência dos serviços prestados e, acima de tudo, que o
dêem a conhecer. A implementação deste modelo de auto-avaliação vem dar outra visibilidade
e credibilidade ao trabalho desenvolvido nas bibliotecas escolares.

        Gostaria, por último, de salientar, na actividade desta sessão/workshop, a necessidade
de mudança na maneira de encarar a BE e a forma como a comunicação para o exterior dos
resultados de avaliação apurados no processo de auto-avaliação da BE é incorporado na auto-
avaliação de cada escola.
Relativamente à minha auto-avaliação gostei muito de participar nesta acção e penso
ter atingido os objectivos a que me propus.

             Participei em todas as sessões de formação;

             Realizei com empenho e seguindo as orientações dadas, todas as tarefas
               propostas;

             Tentei fazer uma exploração adequada dos recursos disponibilizados na
               plataforma;

             Participei com regularidade nos fóruns e acedi à plataforma de forma
               continuada;

             Cumpri os prazos definidos para as actividades a realizar, à excepção da tarefa
               de auto-avaliação da 2ª sessão online.




       Relatório de auto-avaliação da sessão 1



       A formanda

       Alexandra Lopes

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  • 1. Práticas e modelos A.A. das B.E. - DRELVT T3 2010 - O Modelo de Auto-Avaliação 2010 das Bibliotecas Escolares Reflexão Final Neste momento de reflexão final, considero que a realização desta Oficina de Formação foi bastante interessante apesar do ritmo intenso em que decorreram as sessões. Considero, apesar disso, que as tarefas constituíram aliciantes desafios para a reflexão sobre a temática da auto-avaliação das BEs e para a produção de trabalhos que serão bons recursos para facilitar a implementação do processo – refiro-me aos trabalhos que foram elaborados pelas formandas, à bibliografia proposta e aos textos elaborados pelas formadoras que serviram de pontos de referência para o desenvolvimento das sessões. O ritmo da formação, como anteriormente referi, associado ao trabalho que já desenvolvemos nas escolas, dificultou bastante a troca de experiências entre formandas e formadoras, mas, apesar de todas nos queixarmos da falta de tempo, as interacções nos fóruns foram muito produtivas para dar a conhecer uma panorâmica mais correcta das nossas BES e encontrarmos nos desabafos força para continuar. Pensar a avaliação das BE em contexto da avaliação da escola/agrupamento é, por vezes, mais complexo do que à partida parece. A realidade é que, em muitos casos, como no meu, um PB deve dar apoio a várias escolas, por vezes, sem BE. Esta continua a ser a realidade de muitas das nossas escolas. E parece ser uma realidade que não vai mudar significativamente e, por isso, cada escola/agrupamento terá que pensar em estratégias que envolvam a BE, e o PB terá, por sua vez, que mobilizar recursos, no sentido de viabilizar uma auto-avaliação das BES em agrupamento. A aplicação de um modelo de auto-avaliação trabalhoso e exigente como o MAABE, colide, assim, com a realidade espartilhada das escolas e a sua aplicação apenas na biblioteca da escola sede, como acontece frequentemente, pode também ser redutor, pois não dá a partilhar a dinâmica própria das restantes BES. Seria muito proveitoso que este modelo fosse repensado tendo em conta esse contexto diverso. Antes de mais são caminhos de incerteza em que se erguem obstáculos mas que deixam igualmente entrever mais oportunidades de mudança – de práticas, procedimentos enraizados, de modos de pensar. Antes de mais este contexto de mudança traz, a par dessa incerteza, a oportunidade única de partilhar - através de redes de professores bibliotecários, da partilha de ideias e de experiências, em fóruns, redes sociais, como o twitter, facebook ou wikis, blogues e plataformas – e, desta forma, disseminar a mudança. Neste tempo de instabilidade (própria dos tempos de mudança) surgem, ainda, outras oportunidades incontornáveis, como a formação disponibilizada para os professores bibliotecários, horários a tempo inteiro nas bibliotecas escolares, o Plano Tecnológico, o Plano Nacional de Leitura. Este contexto de mudança em que vivemos pede-nos obviamente mais - é pedido ao professor bibliotecário que seja capaz de transformar a BE num local de conhecimento
  • 2. privilegiando os acessos à literacia da informação, propiciando a aprendizagem dos alunos e a construção de conhecimentos. Achei por tudo isto os textos propostos extremamente pertinentes. Mais do que um espaço de informação, a biblioteca escolar é, nestes tempos de mudança um espaço de conhecimento (knowledge space, not information place como refere Ross Todd), eu diria, de conhecimentos, nos mais diversos suportes e que nos chegam das mais diversas formas. Como poderemos lidar com essas mudanças? Aderindo, tomando parte nelas, através da construção de materiais e desenvolvimento de acções de apoio ao currículo e à aprendizagem, dialogando, partilhando dúvidas para criar. Por fim, mudança também na avaliação. De uma forma geral, não há uma cultura de avaliação no ensino. Muito menos de uma forma sistemática a partir evidências como aqui se lê. A instauração do modelo de auto-avaliação da RBE traz, assim, mais possibilidades de mudar este estado de coisas ao colocar como central a necessidade premente de reunir evidências do que foi feito, está a ser feito, para reflectir, avaliar e planear o que pode ser feito, de forma articulada, entre o professor bibliotecário e a sua equipa, em colaboração com a direcção da escola, professores, pais, alunos (apesar da dificuldade em agendar reuniões em parte devido à carga burocrática excessiva dos professores). Procurei apresentar um workshop sobre a implementação do modelo de auto- avaliação da BE. A introdução do modelo de auto-avaliação da BE pressupõe, antes de mais, que o professor bibliotecário consiga o necessário envolvimento das diversas estruturas educativas, de forma a destacar a ligação entre a BE, a escola/agrupamento e o sucesso educativo. A BE, como núcleo de trabalho e aprendizagem ao serviço da escola, tem hoje um papel transformador na vida dos alunos, não só em termos de desenvolvimento intelectual, mas também social e cultural. Assim, pressupõe um professor coordenador, que Todd designa por learning specialist, de forma a assegurar um trabalho contínuo com professores e alunos, adequando o trabalho da BE aos objectivos educativos e ao sucesso dos alunos/escola/agrupamento - a implementação deste modelo está inegavelmente condicionada por uma série de factores inerentes à estrutura interna da escola/agrupamento, equipamentos e de recursos de informação que a BE disponibiliza. Este workshop pretende, numa primeira fase, divulgar e motivar os diversos agentes educativos, para uma participação activa neste processo e, numa segunda fase, assegurar a necessária articulação da aprendizagem, informação e tecnologia, é aliás um desafio também para os professores, na sala de aula, na medida em que permite aos alunos aprenderem e obterem melhores resultados. Só através da dinâmica da BE podemos ter um ensino de qualidade, na medida em que a dinâmica de auto-avaliação, como processo pedagógico e regulador, inerente à gestão e procura de uma melhoria contínua da BE e, dessa forma, da escola/agrupamento. O valor da BE na vida da escola/agrupamento é não só mensurável através dos resultados de aprendizagem, mas também da qualidade dos trabalhos apresentados que deixem transparecer crescimento pessoal, social e cultural. Só através da partilha da responsabilidade de implementar esta mudança, poderemos ter uma escola de valor. A escola de qualidade só é possível através de uma BE em que a recolha de evidências e a consequente análise e reflexão que poderão oferecer novos caminhos a percorrer – entrevistas, portfolios, tarefas formativas, medidas baseadas em resultados, exames, produtos de projectos,
  • 3. avaliações de índices de leitura concelhios, resultados de exames nacionais ou de provas de aferição, estando, assim, estreitamente ligado ao processo de auto-avaliação à escola. Este poderá ser o maior desafio para o PB, na medida em que o modelo de auto- avaliação obriga à redefinição de práticas, a uma liderança activa que se reflicta nas estratégias de ensino/ aprendizagem da escola e nas práticas de alunos e professores. Considerei a terceira sessão extremamente proveitosa na medida em que permitiu uma reflexão sobre a aplicação directa do modelo de auto-avaliação, mas também sobre as suas implicações na vida da escola/agrupamento. Propiciar esta implicação parece ser o maior desafio que se coloca ao PB, na medida em que o modelo de auto-avaliação obriga à uma redefinição de práticas educativas que se reflicta nas estratégias de ensino/ aprendizagem da escola e nas práticas de alunos e professores, - obrigando a, como refere à liderança transformativa (2002 Todd). A introdução do modelo de auto-avaliação da BE pressupõe, desta forma, que o PB consiga o necessário envolvimento das diversas estruturas educativas, de forma a articular a BE, a escola/agrupamento e promover o sucesso educativo. A maior ou menor aceitação e envolvimento dependem também da crença na utilidade do processo por parte do professor bibliotecário que tem de desempenhar a função de catalizador junto da equipa e de todos os outros agentes. A sua capacidade de comunicar e de gerir a situação serão fundamentais. A resposta poderá ser um barómetro da maior integração e valoração das práticas. O Modelo de Auto-Avaliação no contexto da Escola/ Agrupamento Essa resposta está interdependente de diversos factores críticos de sucesso designadamente: a busca incessante de novas formas de aprendizagem, a articulação entre as metas de aprendizagem que a escola estabelece e o trabalho desenvolvido pelos professores e pela BE, uma estrutura tecnológica que apoia este trabalho ou mesmo da ligação com outras bibliotecas (do Agrupamento). No que se refere à tabela apresentada, partiu-se do Plano de Acção definido para as BE do Agrupamento para o quadriénio de 2009 - 2013. As propostas enunciadas resultam da análise e orientações dos documentos de referência do Agrupamento (Projecto Educativo, Projecto Curricular, Plano Anual de Actividades e Regulamento Interno) e, claro, do modelo de auto-avaliação. Apresenta-se, desta forma, uma forma de implementar o MAABE que propicie uma reflexão daquilo que se pretenda da BE, que conduzirá inevitavelmente a uma BE que avalia as actividades realizadas, que consegue identificar os seus pontos fortes e os seus pontos fracos para, assim, poder melhorar. Nesta acção de melhoria toda a escola terá de se empenhar, criando condições para que o PB e a equipa da BE possam implementar o processo de auto-avaliação, pois o trabalho a ser desenvolvido terá de ser em conjunto. Dar início ao processo de auto-avaliação da BE, foi, provavelmente a tarefa que mais inquietações nos suscitou desde o início desta acção de formação. Desde logo pelo facto de nos ter sido pedido que se esta operacionalização se integrasse no contexto real da nossa BE e pelo que tal obriga de (auto)reflexão e questionamento1 e depois pelo nos ter dado uma noção do caminho que ainda há a percorrer. Questionamento é provavelmente aqui a palavra-chave – o processo de auto-avaliação coincide com questões fulcrais relacionadas com a BE e com a própria escola/agrupamento. As 1 Reflectir sobre as diferentes etapas do processo de auto-avaliação, desde a necessidade de enquadramento nas diversas estruturas educativas, elaboração do diagnóstico para identificação do problema e definição dos objectos da avaliação, factores críticos, métodos e técnicas a utilizar, instrumentos identificados, e numa fase posterior planear igualmente a recolha e tratamento dos dados, análise e interpretação da informação obtida, síntese. (cf texto da sessão quatro).
  • 4. questões que se nos colocam ao planear a avaliação da BE - Porquê? O quê? Com quem? Quando? Como? – são idênticas às que devem reger a própria estrutura educativa. Esta avaliação é tão importante para a biblioteca como para a escola, para a comunidade educativa. Ou deve ser. Tal contexto todavia, na maioria das escolas, ainda não foi criado. A BE é importante mas ainda não é entendida pelos agentes educativos como central na vida escolar. Resta, portanto, a meu ver, dar início a este processo de forma inversa. Ou seja ir de encontro ao que se solicita no PE, no PCA e, definir percursos paralelos que, mais à frente, poderão modelar e contribuir para a transformação. É sempre possível equacionar esse apoio, definindo actividades ou projectos concretos que podemos acompanhar e partilhar com coordenadores curriculares, coordenadores de projectos, directores de turma. Torna-se aqui imperativo enunciar alguns aspectos que condicionam e dificultam a implementação deste modelo: desde logo a falta de tempo para consecução do processo, dada a sobrecarga de trabalho que a aplicação do modelo acarreta e, embora, o workshop formativo ou a apresentação em conselho pedagógico seja, a meu ver, muito proveitoso, continua a ser difícil garantir o envolvimento de todos os intervenientes, quer na aplicação dos inquéritos aos alunos e/ou coordenadores de departamento na resposta aos inquéritos solicitados quer na participação activa em determinadas areas. A elaboração do plano de avaliação, como documento, impõe, assim, uma reflexão sobre o forma como a própria escola funciona e, ao fazer tomar consciência da importância da biblioteca, demonstra igualmente junto dos professores, o contributo da BE para a aprendizagem e os resultados escolares, mostrando-lhes as suas potencialidades e a forma como podem utilizá-la melhor nas suas actividades de planeamento das aulas e de ensino. A auto-avaliação pode ajudar a encorajar uma melhor utilização da BE. A mais-valia deste documento é a de permitir a melhoria contínua da acção e do impacto da biblioteca nas aprendizagens. A sua meta é, obviamente, a meta do próprio sistema de ensino. Neste caso concreto, na elaboração do Plano de Avaliação da BE Elias Garcia partiu-se do Plano de Acção definido para as BE do Agrupamento para o quadriénio de 2009-2013. As propostas enunciadas resultam da análise e orientações dos documentos de referência do Agrupamento (Projecto Educativo, Projecto Curricular, Plano Anual de Actividades e Regulamento Interno) e, claro, do modelo de auto-avaliação. Apresenta-se, desta forma, uma forma de implementar o MAABE que propicie uma reflexão daquilo que se pretenda da BE, que conduzirá inevitavelmente a uma BE que avalia as actividades realizadas, que consegue identificar os seus pontos fortes e os seus pontos fracos para, assim, poder melhorar. Parto, para a reflexão sobre a tarefa proposta para esta sexta sessão, de uma passagem do nosso texto-guia, em que se lê que a auto-avaliação da BE é importante porque se constitui como um poderoso factor de mudança: de reforço do papel pedagógico das BE e dos seus potenciais impactos na aprendizagem, formação e sucesso dos alunos(…). Destaco este excerto por me parecer que igualmente no âmbito do acesso, avaliação e uso da informação e das novas tecnologias a BE constitui um poderoso factor de mudança. Pode ser, a meu ver, uma função prioritária da BE/BES pela centralidade que estas competências têm no processo de aprendizagem. Promover a Literacia da informação, ensinar a fazer pesquisa documental e de informação, passa pela formação de utilizadores e por um papel activo no Apoio/enriquecimento curricular por parte das BES. E leva o seu tempo. Embora a equipa a que pertenço tenha vindo a desenvolver diversas actividades de promoção da literacia da
  • 5. informação, todavia, muitos alunos ainda não seguem os guiões de pesquisa, ignorando, ao elaborar o seu trabalho, as diferentes fases do processo de pesquisa e tratamento de informação, limitando-se muitas vezes a copiar informação. Como implementar então essa mudança? Através de um trabalho colaborativo com os colegas da sala de aula, nomeadamente, de Área de Projecto e Estudo Acompanhado, para que se atinjam os objectivos pretendidos na aquisição de competências de literacia. No final do ano, a avaliação deste domínio servirá para medir o impacto do trabalho desenvolvido pelas BES nas competências de literacia de informação dos alunos e o plano de avaliação contribuirá para que o trabalho a desenvolver para o próximo ano seja mais eficaz. É, ainda, importante reflectir sobre as vantagens que esta abordagem colaborativa pode trazer para a gestão colaborativa das BES do Agrupamento, na medida em que pressupõe um guião de pesquisa uniformizado para as bibliotecas/escolas do 1º ciclo, por exemplo indo ao encontro do universo total das turmas do Agrupamento, numa óptica de rede. Persistem, todavia, dificuldades em implementar esta uniformização, por um lado, pela falta de tempo, dada a sobrecarga de trabalho que as reuniões de preparação de actividades de pesquisa implicam (depois do final das aulas, às 18:30), no meu caso, de três bibliotecas, para avaliar o progresso dos alunos e pensar em “o que está a correr bem” e “o que precisamos de fazer de maneira diferente”. Persistem igualmente dificuldades em envolver todos os intervenientes na aplicação dos questionários e a dificuldade em registar algumas evidências de forma sistemática. Falta de tempo, por último, e não menos importante para o apoio aos utilizadores: para que sejam (progressivamente) capazes de realizar as suas consultas autonomamente. Considero que esta sétima tarefa se tornou interessante de realizar, pela leitura que fizemos de relatórios de avaliação de escolas em articulação da análise do MAABE que temos vindo a fazer. Assim, através da leitura dos relatórios analisados, pude constatar que há muito para fazer no que se refere à inclusão da auto-avaliação da BE na auto-avaliação da escola/agrupamento. Há, assim, que dar a conhecer a forma como se está a concretizar o trabalho nas BE e o contributo que estas dão para as aprendizagens, para o sucesso educativo e para a promoção da aprendizagem ao longo da vida. Tal não era visível em nenhum dos relatórios da IGE analisados. É, por isso, fundamental que cada escola/agrupamento conheça o impacto que as actividades realizadas pela e com a BE vão tendo no processo ensino- aprendizagem, bem como o grau de eficiência dos serviços prestados e, acima de tudo, que o dêem a conhecer. A implementação deste modelo de auto-avaliação vem dar outra visibilidade e credibilidade ao trabalho desenvolvido nas bibliotecas escolares. Gostaria, por último, de salientar, na actividade desta sessão/workshop, a necessidade de mudança na maneira de encarar a BE e a forma como a comunicação para o exterior dos resultados de avaliação apurados no processo de auto-avaliação da BE é incorporado na auto- avaliação de cada escola.
  • 6. Relativamente à minha auto-avaliação gostei muito de participar nesta acção e penso ter atingido os objectivos a que me propus.  Participei em todas as sessões de formação;  Realizei com empenho e seguindo as orientações dadas, todas as tarefas propostas;  Tentei fazer uma exploração adequada dos recursos disponibilizados na plataforma;  Participei com regularidade nos fóruns e acedi à plataforma de forma continuada;  Cumpri os prazos definidos para as actividades a realizar, à excepção da tarefa de auto-avaliação da 2ª sessão online. Relatório de auto-avaliação da sessão 1 A formanda Alexandra Lopes