O documento discute o sistema de escrita SignWriting para línguas de sinais, como foi desenvolvido para representar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e como tem sido aplicado em pesquisas e no ensino de surdos. O SignWriting permite a representação gráfica de diferentes parâmetros das línguas de sinais, como configurações de mãos, movimentos e expressões faciais.
1. Marianne Rossi Stumpf SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos
2. Oposições escrita/oral língua de sinais/línguas orais LO LS Forma falada Forma escrita Forma falada Forma escrita (?)
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4. Sistemas de Notações Escritas de Línguas de Sinais 1. Auguste Bébian (1789 – 1934), 1825: la Mimographie 2. Notação de Stokoe (1919 – 2000), 1960 Mais nomes de sistemas criados à partir de anos 1980 3. Sistema SignWriting, 1974 - 2006 4. Sistema D` Sign (Paul Jouison, 1948-1991), 1985 - 1990 5. Hamnosys, (Susanne Bentele), 1989 - 2006 6. Notação de International Visual Théatre IVT- 1980 utiliza números,letras do alfabeto latino, palavras do francês escrito 7. Notação de François Nève (Béligica, 1996) sistema de Stokoe mais completo escreve em colunas de cima para baixo 8…..
5. Pesquisador Auguste Bébian INJS – Institut National de Jeunes Sourds de Paris Livro: Mimographie, ou Essai d´écriture mimique, propre a régulariser le language des sourds-muets Paris, 1825
11. DanceWriting de Valerie Sutton http://www.dancewriting.org
12. Sistema SignWriting : Sistema para escrita de língua de sinais Sistema de representação gráfica das LS Orientações e posições de mãos Tipos de contatos Configurações de mãos Movimentos de dedos Movimentos de braços e apontação (retos, curvos, flexões-rotações, circulares) Expressões faciais Localizações de símbolos da cabeça Movimentos de cabeça Orientações de olhar Movimentos de corpo Símbolos de pontuações Dinâmicas de movimentos
13. Orientações e Posições de mãos Visão de perfil palma da mão Visão do dorso desenho preto Visão de perfil desenho da metade preta
15. Configurações de Mãos Punho fechado de frente Punho fechado, indicador estendido de frente Punho aberto de perfil Punho aberto, indicador estendido de perfil Mão plana de frente Mão plana aberta – forma com 5 de frente Mão curvada de perfil Mão curvada de perfil
16. Em cada grupo são indicadas diversas configurações manuais daquele grupo, cada configuração é colocada em seis símbolos conforme a orientação da mão (vista de frente, vista de perfil, vista de dorso) e conforme a posição da mão (perto do corpo ou separada do corpo). A tabela abaixo dá o conjunto de símbolos para o primeiro grupo (índice) Perto do Corpo Separada do Corpo Frente Perfil Dorso Frente Perfil Dorso
17. O fato de o sistema representar unidades gestuais, faz com que ele possa ser aplicado a qualquer LS, e não apenas à língua brasileira de sinais - Libras
18. Muitas vezes quando há dois ou três sinais parecidos precisamos colocar mais símbolos para que a grafia possa ser bem compreendida verde frio muito frio
21. Espaço de Sinalização Locutor = zona 1 Interlocutor = zona 2 Zona 3 Zona 3 Zona 3 Zona 3
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25. Agora, nós vamos discutir sobre a paz e a guerra. Na paz, temos a vida, isso é bom. Já na guerra, há destruição, isto é ruim. A paz é melhor do que a guerra.
28. Alfabetização 1. Modelo teórico proposto por Ferreiro e Teberosky fundamentado em Piaget 2. A alfabetização é uma construção do aprendiz não um conhecimento dado. Ela acontece em 3 grandes etapas: a) Distinção entre desenho e escrita b) Diferenciação entre os elementos que compõe a escrita (no caso entre os elementos que compõe o sinal escrito) c) Estabelecimento de correspondência entre os elementos da escrita e a fala no caso entre os elementos do símbolo do SignWriting com o sinal manual
29. Narrativa das Interações durante o processo de alfabetização em SignWriting adaptado á LIBRAS Sinal de lobo Sinal de casa e mão fazendo o sinal de casa Sinal de comer e desenho de prato Sinal de pássaro Sinal de pássaro com expressão facial
30. Produções de crianças em fase de alfabetização pelo sistema SignWriting Sinal de Bola usando o SignWriting Sinal de futebol formas de mãos Desenho de indicador e símbolo de indicador em SignWriting da posição
69. Carta de aluna do Colégio de André Malraux Oi TUDO-BEM DAR SUA EXPERIÊNCIA TEMA SINAIS ESCREVER QUERER PRÓXIMO-ANO VOCÊ VIR AQUI. OBRIGADA ME-ENSINAR. H.
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71. Argumentos a favor: 1. O sistema SignWriting é para o surdo visualmente fonético 2. O sistema SignWriting permite operações metalingüísticas em relação à Libras 3. O sistema SignWriting é limitado apenas pela sofisticação do usuário 4. O SignWriting tem na ferramenta computador um aliado muito compatível 5. Sua introdução na escola de surdos é um grande desafio 6. Os alunos prestam muita atenção aos sinais quando precisam escrever 7. A ELS permite a transmissão direta do pensamento para a escrita 8. A escrita do surdo em SignWriting é mais espontânea e coerente 9. Fortalece a auto-estima 10. Ajuda a construir a Identidade Surda 11. O uso do SignWriting na escola de surdos representa uma mudança muito significativa no currículo que acrescenta possibilidades ao estudo da Libras
72. Softwares utilizados na pesquisa SW-Edit Dr. Antônio Carlos Rocha Costa Rafael P. Torchlsen Graçaliz P. Dimuro
73. Clica o símbolo do grupo, e então clica o símbolo, e move o símbolo na caixa
78. Processo de grafia da LS: uma análise fono-morfológica da escrita em SW. Rundesth Saboia Nobre (2011). O autor encontrou determinadas ocorrências que indicam padronização e variação na escrita de surdos usando o SW: Aspectos padronizadores: Os símbolos que representam as CM´s foram centralizados na pilha. Os símbolos de contato na sua maioria foram escritos à esquerda dos símbolos de CM. Os símbolos de movimentos foram inseridos à direita da CM. Nos sinais com P. A na cabeça o símbolo de cabeça foi escrito no centro, os símbolos de contato, de configuração de mão e de movimento à direita. O símbolo de contato é o principal elemento de ligação da pilha, onde não é permitido dois símbolos diferentes por pilha. A repetição de símbolos só é permitida quando forem dois símbolos iguais.
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89. ANALISANDO O PROCESSO DE LEITURA DE UMA POSSÍVEL ESCRITA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS: SIGNWRITING. Fábio Irineu da Silva (2009) Os resultados das análises demonstraram que ao ler em SignWriting, o leitor é capaz de associar informações já adquiridas às novas informações. Acrescentar, interpretar, resumir, tudo é possível nesta troca de informações entre texto e leitor na língua de sinais. A compreensão de um texto depende de vários fatores complexos e inter-relacionados entre si, dentre eles a bagagem cultural, a legibilidade do texto através do uso de determinadas expressões, o léxico, etc. A coerência não está no texto mas sim no processo de interação com o autor e o texto baseados nos nossos conhecimentos sociocognitivos, diferente da coesão a qual, pode-se, apontar, destacar, sublinhar. Este sistema de escrita faz com que se reflita sobre determinado assunto, manifeste pensamentos adormecidos, e se exercite o pensamento diferentemente de apenas sinalizar. O exercício da escrita da língua de sinais é basilar para o processo de desenvolvimento cognitivo dos surdos. No contexto escolar, mais especificamente nas aulas da disciplina de Libras, a escrita exerce papel principal no processo de memorização – não no sentido de decorar, mas sim de assimilar.
90. Propostas para a Educação Bilíngue Professores de surdos precisam ter formação de ELS As escolas de surdos precisam colocar a ELS no currículo Realizar/apoiar pesquisas sobre alfabetização de crianças surdas em LS, antes da alfabetização em português Estar incentivado para ajudar a fazer/publicar histórias em quadrinhos e histórias infantis com textos escritos em LS Preparar materiais didáticos escritos em LS e jogos didáticos