2. 2 NBR 13797/1997
solúvel mas pouco dissociado; o excesso de titulante é de-tectado
pela formação de um complexo de cor púrpura do
mercúrio, como difenilcarbazona.
5.1.2 Método B - Método titulométrico do nitrato de prata
O cloreto, a partir de soluções neutras ou levemente alca-linas,
é precipitado quantitativamente como cloreto de prata
pelo nitrato de prata, sendo o ponto final indicado pela
formação do cromato de prata de cor vermelha.
5.2 Reagentes
5.2.1 Peróxido de hidrogênio p.a. 30% (H2O2).
5.2.2 Solução de ácido sulfúrico 1 N: diluir 28 mL de ácido
sulfúrico p.a. (H2SO4) a 100 mL com água destilada (5.2.15).
5.2.3 Solução de ácido nítrico 0,1 N: diluir 6,4 mL de ácido
nítrico p.a. (HNO3) a 1000 mL com água destilada (5.2.15).
5.2.4 Solução de hidróxido de sódio 0,1 N: dissolver 4,0 g de
hidróxido de sódio p.a. (NaOH) a 1000 mL com água
destilada (5.2.15).
5.2.5 Suspensão de hidróxido de alumínio: dissolver 125 g
de sulfato de alumínio e potássio duodecaidratado p.a.
(Alk(SO4)2.12H2O), ou sulfato de alumínio e amônio
duodecaidratado p.a. (AlNH4(SO4)2.12H2O), em 1000 mL
de água destilada. Aquecer a 60°C, adicionar 55 mL de
hidróxido de amônio p.a. (NH4OH), lentamente e com agi-tação.
Deixar a mistura em repouso por 1 h. Transferir para
um béquer de 2000 mL e lavar o precipitado várias vezes
por adição de água destilada, misturando e deixando
decantar até que os ensaios indiquem ausência de amônia,
cloreto, nitrito e nitrato, no sobrenadante. Remover o máximo
de sobrenadante possível, restando a suspensão concen-trada.
5.2.6 Solução-estoque de cloreto de sódio 0,141 N: dissolver
8,240 g de cloreto de sódio p.a. (NaCl), previamente seco,
a 140°C, em água destilada isenta de cloreto (5.2.15) e
diluir a 1000 mL.
5.2.7 Solução-padrão de cloreto de sódio 0,141 N: diluir
100 mL da solução-estoque como em 5.2.6 a 1000 mL com
água destilada isenta de cloreto (5.2.15).
5.2.8 Solução de nitrato mercúrico 0,0141 N: conforme 5.2.8.1
e 5.2.8.2.
5.2.8.1 Preparo da solução: dissolver 2,3 g de nitrato mercú-rico
p.a. (Hg(NO3) ou 2,5 g de nitrato mercúrico mo-noidratado
p.a. (Hg(NO3)2.H2O) em 100 mL de água
destilada (5.2.15) contendo 0,25 mL de ácido nítrico p.a.
(HNO3) (5.2.16). Diluir a 1000 mL em balão volumétrico e
padronizar.
5.2.8.2 Padronização:
a) diluir 20 mL de solução-padrão de cloreto de sódio
(5.2.7) a 100 mL com água destilada isenta de cloreto;
b) adicionar 10 mg de bicarbonato de sódio p.a.
(Na2CO3) e 1,0 mL do indicador ácido (5.2.9);
c) titular com solução de nitrato mercúrico 0,0141 N
(5.2.8.1) até a primeira coloração púrpura perma-nente;
d) calcular a normalidade da solução através da rela-ção:
N1V1 = N2V2
Onde:
N1 = normalidade do cloreto de sódio
V1 = volume usado da solução de cloreto de sódio
N2 = normalidade do nitrato mercúrico
V2 = volume da solução do nitrato mercúrico gasto
na titulação (mL)
Baseado no resultado, calcular o fator de correção
para a normalidade esperada, conforme a fórmula:
fc
0,0141 N
N2
=
Onde:
N = normalidade da solução de nitrato
Notas: a) A cor da solução pode ser verde-azulada no momento da
adição do indicador ácido. Se a solução apresentar co-loração
verde-clara, significa um pH < 2,0. Se a solução
apresentar coloração azul-clara, significa um pH > 3,8.
b) Para a maior parte das águas potáveis, o pH após a adi-ção
do indicador fica em torno de 2,5 ± 0,1.
c) Para águas com alcalinidade ou acidez elevadas, faz-se
necessário o ajuste do pH com ácido nítrico 0,1 N (5.2.3)
ou hidróxido de sódio 0,1 N (5.2.4) em torno de 8,0 antes
da adição do indicador ácido. Nunca utilizar carbonato de
sódio.
d) Próximo ao ponto de viragem a solução passa da colo-ração
verde-azulada a azul.
e) De preferência não utilizar eletrodo de referência do tipo
cloreto. Se for usado do tipo cloreto, determinar a quan-tidade
de ácido ou álcali necessário para obter pH de
2,5 ± 0,1 e descartar esta porção de amostra. Tratar uma
porção da amostra em separado com a quantidade de-terminada
de ácido ou álcali e continuar a análise. Sob
esta condição, utilizar uma solução indicadora preparada
sem ácido nítrico (HNO3).
5.2.9 Indicador ácido: dissolver na ordem, 250 mg de
S-difenilcarbazona p.a. 4,0 mL de ácido nítrico (5.2.16) e
30 mg de xileno cianol FF p.a., em 100 mL de álcool etílico
p.a. (C2H5OH) ou isopropílico p.a. (C3H7OH) a 95%.
Armazenar em frasco âmbar e refrigerar. A solução não é
estável indefinidamente. Deteriorada, causa erros positivos.
Cópia não autorizada
3. NBR 13797/1997 3
5.2.10 Indicador misto: dissolver 0,5 g de S-difenilcarbazona
p.a. e 0,05 g de azul-de-bromofenol p.a. em 75 mL de álcool
etílico p.a. (C5H5OH) ou álcool isopropílico p.a. (C3H7OH),
e completar o volume a 100 mL com o mesmo álcool.
5.2.11 Solução de nitrato mercúrico monoidratado 0,141 N:
dissolver 25 g de Hg(NO3)2.H2O) em 900 mL de água des-tilada
(5.2.15) contendo 5,0 mL de ácido nítrico (5.2.16).
Diluir a 1000 mL e padronizar conforme 5.2.8.2-b), utilizando
solução-estoque de cloreto de sódio 0,141 N (5.2.6).
5.2.12 Solução-padrão de nitrato de prata 0,0141 N: conforme
5.2.12.1 e 5.2.12.2.
5.2.12.1 Preparo da solução: dissolver 2,395 g de nitrato de
prata (AgNO3) em água destilada e diluir a 1000 mL.
5.2.12.2 Padronização:
a) diluir 20 mL da solução-padrão de cloreto de sódio
(5.2.7) a 100 mL com água destilada (5.2.15);
b) ajustar o pH entre 7 e 10 com solução de ácido sul-fúrico
1 N (5.2.2), ou solução de hidróxido de sódio
0,1 N (5.2.4);
c) adicionar 1 mL da solução indicadora de cromato de
potássio (5.2.13);
d) titular com solução-padrão de nitrato de prata
(5.2.12.1) até o aparecimento de coloração amarela-rosada,
característica do ponto final de titulação;
e) calcular a normalidade:
N1V1 = N2V2
Onde:
N1 = normalidade do cloreto de sódia
V1 = volume usado da solução de cloreto de sódia
N2 = normalidade do cloreto mercúrico
V2 = volume da solução de nitrato mercúrico gasto
na titulação (mL)
f) calcular o fator de correção:
fc
0,0141 N
N2
=
Onde:
N = normalidade da solução de nitrato
Nota: 1 mL AgNO3 0,0141 N = 500 HgCl-.
5.2.13 Solução indicadora de cromato de potássio: dissolver
50 g de cromato de potássio p.a. (K2CrO4) em um pouco de
água destilada. Adicionar a solução de nitrato de prata
(5.2.12) até a formação de um precipitado vermelho. Deixar
em repouso por 2 h, filtrar e diluir a 1000 mL em água des-tilada
(5.2.15).
5.2.14 Solução indicadora de fenolftaleína: dissolver
0,5 g de fenolftaleína (sal dissódico) p.a. em 50 mL de álcool
etílico ou álcool isopropílico. Adicionar 50 mL de água
destilada (5.2.15) e solução de hidróxido de sódio 0,02 N
(5.2.18), gota a gota, até o aparecimento de uma cor
levemente rosa.
5.2.15 Água destilada isenta de cloreto: usar água redestilada
ou deionizada.
5.2.16 Ácido nítrico p.a. (HNO3).
5.2.17 Bicarbonato de sódio p.a. (NaHCO3).
5.2.18 Solução de hidróxido de sódio 0,02 N: diluir 20 mL da
solução de hidróxido de sódio 0,1 N (5.2.4) a 100 mL com
água destilada.
5.3 Interferentes
5.3.1 No método A interferem:
a) brometo e iodeto, que são titulados como cloreto;
b) íons cromato, férrico e sulfito em concentrações
acima de 10 mg/L;
c) cor e turbidez.
5.3.2 No método B interferem:
a) brometo, iodeto e cianeto, que são titulados como
cloreto;
b) sulfeto, tiossulfato e sulfito, que podem ser removidos
pelo tratamento com peróxido de hidrogênio;
c) ortofosfato em concentrações acima de 25 mg/L,
porque precipita como fosfato de prata;
d) ferro em concentrações acima de 10 mg/L, mas-carando
o ponto final;
e) cor e turbidez.
5.4 Procedimento
Proceder a coleta da amostra conforme a NBR 9898.
5.4.1 Tratamento preliminar da amostra
5.4.1.1 Remoção de cor e/ou turbidez
Transferir 200 mL de amostra para um béquer, adicionar
6 mL de suspensão de hidróxido de alumínio (5.2.5) e agitar
rapidamente durante 1 min e lentamente por 5 min. Após,
deixar decantar, filtrar em papel de filtro para filtração rápida
e prosseguir conforme 5.4.2, 5.4.3 ou 5.4.4.
5.4.1.2 Oxidação do sulfito, sulfeto e tiossulfato
A um volume adequado de amostra ou previamente tratada
como em 5.4.1.1, adicionar solução de hidróxido de sódio
(5.2.4) ou ácido sulfúrico (5.2.2) até a viragem com fe-nolftaleína
(5.2.14) e adicionar 0,5 mL a 1,0 mL de peróxido
de hidrogênio (5.2.1), agitar e aguardar alguns minutos. Pros-seguir
conforme 5.4.2, 5.4.3 ou 5.4.4.
Cópia não autorizada
4. 4 NBR 13797/1997
5.4.2 Método A, para concentrações menores que
100 mg Cl-/L
5.4.2.1 Medir 100 mL da amostra ou uma alíquota diluída a
100 mL que tenha até 10 mg de Cl e transferir para um fras-co
de Erlenmeyer de 250 mL.
5.4.2.2 Adicionar 1 mL do indicador ácido (5.2.9).
5.4.2.3 Titular com solução de nitrato mercúrico 0,0141 N
(5.2.8) até uma coloração púrpura, característica do ponto
final (ver notas de 5.2.8.2).
5.4.2.4 Titular uma prova em branco, usando água destilada
(5.2.15), seguindo o mesmo procedimento.
5.4.3 Método A, para concentrações maiores que 100 mg Cl/L
5.4.3.1 Medir 50 mL da amostra ou uma alíquota diluída a
50 mL e transferir para frasco de Erlenmeyer de 250 mL.
5.4.3.2 Adicionar aproximadamente 0,5 mL do indicador misto
(5.2.10) e misturar bem. A solução deve apresentar uma
cor púrpura.
5.4.3.3 Adicionar solução de ácido nítrico 0,1 N (5.2.3), gota
a gota, até o desenvolvimento de cor amarela.
5.4.3.4 Titular com solução de nitrato mercúrico 0,141 N
(5.2.11) até o desenvolvimento da cor roxa permanente.
5.4.3.5 Titular uma prova em branco, usando água destilada
(5.2.15), seguindo o mesmo procedimento.
5.4.4 Método B
5.4.4.1 Medir 100 mL da amostra ou uma alíquota diluída a
100 mL.
Nota: Na presença de interferentes, proceder conforme 5.4.1.
5.4.4.2 Ajustar o pH da amostra entre 7 e 10 com solução de
ácido sulfúrico 1 N (5.2.2) ou solução de hidróxido de sódio
0,1 N (5.2.4).
Nota: De preferência, não utilizar eletrodo de referência do tipo
cloreto. Se for usado este tipo, determinar a quantidade de
ácido ou álcali necessário para obter pH entre 7 e 10 e des-cartar
esta porção de amostra. Tratar uma porção da amos-tra
em separado com a quantidade determinada de ácido ou
álcali e continuar o procedimento.
5.4.4.3 Adicionar 1 mL da solução indicadora de cromato de
potássio (5.2.13).
5.4.4.4 Titular com solução-padrão de nitrato de prata
0,0141 N (5.2.12) até o aparecimento de cor amarela-rosada,
característica do ponto final.
5.4.4.5 Titular uma prova em branco, usando água destilada
(5.2.15), seguindo o mesmo procedimento da amostra.
6 Resultados
6.1 Cálculo e expressão dos resultados
6.1.1 A concentração de cloreto no método A é dada por:
- = A B
mg Cl / L
(V - V ) N fc 35450
mL da amostra
Onde:
VA = mL de solução de nitrato mercúrico gastos para
titular a amostra (precisão ± 0,05 mL)
VB = mL de solução de nitrato mercúrico gastos para
titular prova em branco (precisão ± 0,05 mL)
N = normalidade da solução de nitrato
fc = fator de correção do nitrato mercúrico
6.1.2 A concentração de cloreto no método B é dado por:
- = A B
mg Cl / L
(V - V ) N fc 35450
mL da amostra
Onde:
VA = mL da solução de nitrato de prata gastos para
titular a amostra
VB = mL da solução de nitrato de prata gastos para
titular o branco
fc = fator de correção da normalidade da solução de
nitrato de prata
N = normalidade da solução de nitrato
/ANEXO
Cópia não autorizada
5. Cópia não autorizada
NBR 13797/1997 5
ANEXO - Tabela
Tabela - Reagentes e soluções utilizados nos métodos mercurimétrico (método A) e argentométrico (método B)
Método mercurimétrico
Método
Reagentes e soluções Para concentração Para concentração argentométrico
abaixo de acima de
100 mg Cl/L 100 mg Cl/L
Indicador ácido X
Indicador misto X
Solução-padrão de cloreto de sódio
0,0141 N X X
Solução de nitrato mercúrico 0,0141 N X
Indicador de cromato de potássio X
Solução de nitrato de prata 0,0141 N X
Suspensão de hidróxido de alumínio X X X
Solução indicadora de fenolftaleína X
Solução de hidróxido de sódio 1 N X
Solução de ácido sulfúrico 1 N X
Solução de ácido nítrico 0,1 N X
Solução-padrão de cloreto de sódio
0,141 N X
Solução de nitrato mercúrico 0,141 N X
Água isenta de cloreto X X X
Bicarbonato de sódio p.a. X X