O documento discute a situação do Brasil através da música, descrevendo um povo sofredor em uma "vida de gado" mas acolhedor. Questiona se os brasileiros têm se comportado como cidadãos dignos e se aceitam passivamente violência, miséria e desigualdade. Defende que quem pensa pode fazer a diferença e mudar esta realidade.
2. O Mundo Lenine, Zeca Baleiro, Chico César e Paulinho Moska O mundo é pequeno pra caramba Tem alemão, italiano e italiana O mundo filé milanesa Tem coreano, japonês e japonesa O mundo é uma salada russa Tem nego da Pérsia, tem nego da Prússia O mundo é uma esfiha de carne Tem nego do Zâmbia, tem nego do Zaire O mundo é azul lá de cima O mundo é vermelho na China O mundo tá muito gripado O açúcar é doce, o sal é salgado O mundo caquinho de vidro Tá cego do olho, tá surdo do ouvido O mundo tá muito doente O homem que mata, o homem que mente Por que você me trata mal Se eu te trato bem Por que você me faz o mal Se eu só te faço o bem Todos somos filhos de Deus Só não falamos as mesmas línguas Todos somos filhos de Deus Só não falamos as mesmas línguas Everybody is filhos de God Só não falamos as mesmas línguas Everybody is filhos de Ghandi Só não falamos as mesmas línguas Composição: André Abujanra / Karnak
3. “ Cantando a gente inventa. Inventa um romance, uma saudade, uma mentira... Cantando a gente faz história. Foi gritando que eu aprendi a cantar: sem nenhum pudor, sem pecado. Canto pra espantar os demônios, pra juntar os amigos. Pra sentir o mundo, pra seduzir a vida.” (Cazuza) É como diz o ditado popular: “quem canta , seus males espanta”
4. Hoje faremos uma caminhada pela música, para (re)inventarmos o significado do que é ser brasileiro para cada um de nós; para (re)descobrirmos o quão forte bate em nosso peito um coração sincero, caridoso, humano, corajoso,acolhedor, forte, digno. No final dessa caminhada que a gente se pergunte: que tempo estamos construindo para o nosso amanhã???
5. “ Para tudo há um momento, há um tempo para cada coisa debaixo do céu. Tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar a p lanta. tempo de matar e tempo de curar; tempo de destruir e tempo de construir. Tempo de chorar e tempo de rir; tempo de gemer e tempo de dançar. Tempo de atirar pedras e tempo de ajuntá-las; tempo de abraçar e tempo de se separar. Tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de jogar fora. Tempo de rasgar e tempo de costurar; tempo de calar e tempo de falar. Tempo de amar e tempo de odiar, tempo de guerra e tempo de paz.” (Eclesiastes, 3)
6. Em que tempo estamos vivendo??? Em que tempo gostaríamos de estar?? O que nós como cidadãos, pensantes e atuantes no mundo, podemos fazer pra viver em outro tempo?? Pra fazer a diferença, para buscar o melhor?? Somos cidadãos de Canoas, do Brasil, do MUNDO. Será que temos nos comportado como merecedores desse título??? São tempos de paz esse em que vivemos??
7. E para nos ajudar a entender tudo isso, muitos cantores e cantoras compuseram músicas sobre seus próprios tempos. A música traduz em palavras, em melodia, os nossos sentimentos mais profundos, muitos deles a gente nem sabia que tinha. Ela nos ensina, por exemplo, a ser ALGUÉM, a querer fazer parte do mundo, a ser CIDADÃO, com todos os direitos e deveres que essa palavra impõe. O bom cidadão pensa, age, protesta, cobra... mas também contribui, cumpre, ajuda. Será que somos sempre assim??
8. Os músicos quando usam a ironia em suas letras, querem provocar uma reação, atitudes que levem à mudança.
9. Será que não nos acomodamos demais diante da violência, da miséria , da fome , do medo, da insegurança, do preconceito , da discriminação, desigualdade , da ignorância ?? Será que não estamos deixando a vida passar?
10. Até quando vamos aceitar tudo isso?? Até quando seremos a platéia da nossa própria vida??
11. Que País É Este? Legião Urbana Nas favelas, no Senado Sujeira pra todo lado Ninguém respeita a Constituição Mas todos acreditam no futuro da nação Que país é este? No Amazonas, no Araguaia iá, iá, Na baixada fluminense Mato grosso, Minas Gerais e no Nordeste tudo em paz Na morte o meu descanso, mas o Sangue anda solto Manchando os papeis e documentos fieis Ao descanso do patrão Que país é esse? Terceiro mundo, se foi Piada no exterior Mas o Brasil vai fica rico Vamos faturar um milhão Quando vendermos todas as almas Dos nossos índios num leilão Que país é este? Composição: Renato Russo Diante de tudo isso nos perguntamos:
12. Contamos, através da música, a história de um povo que perdeu a consciência do que é ser brasileiro, do que é trabalhar duro e dar o melhor de si pra crescer... é um povo triste e sofredor , numa eterna vida de gado , mas acolhedor , com um sorriso no rosto, e “ samba no pé ”.
14. Brasil Cazuza Não me convidaram Pra esta festa pobre Que os homens armaram Pra me convencer A pagar sem ver Toda essa droga Que já vem malhada Antes de eu nascer... Não me ofereceram Nem um cigarro Fiquei na porta Estacionando os carros Não me elegeram Chefe de nada O meu cartão de crédito É uma navalha... Brasil! Mostra tua cara Quero ver quem paga Pra gente ficar assim Brasil! Qual é o teu negócio? O nome do teu sócio? Confia em mim... Não me convidaram Pra essa festa pobre Que os homens armaram Pra me convencer A pagar sem ver Toda essa droga Que já vem malhada Antes de eu nascer... Não me sortearam A garota do Fantástico Não me subornaram Será que é o meu fim? Ver TV a cores Na taba de um índio Programada Prá só dizer "sim, sim" Brasil! Mostra a tua cara Quero ver quem paga Pra gente ficar assim Brasil! Qual é o teu negócio? O nome do teu sócio? Confia em mim... Grande pátria Desimportante Em nenhum instante Eu vou te trair Não, não vou te trair Brasil! Mostra a tua cara Quero ver quem paga Pra gente ficar assim Brasil! Qual é o teu negócio? O nome do teu sócio? Confia em mim...(2x) Confia em mim Brasil!! Composição: Cazuza / Nilo Roméro / George Israel
15. Autoria: Ione Magnus Baronio Escola: E.M.E.F. Odete de Freitas Turmas: EJA – T1, T2A e T2B Trabalho realizado no dia: 3 de Novembro de 2011, como encerramento do subeixo da Cidadania e abertura do Meio Ambiente. Agradeço à minha filha Natália Magnus Baronio que auxiliou-me na seleção musical e abrilhantou a apresentação do presente trabalho.