Este documento discute por que a vulnerabilidade é um critério melhor do que o risco para orientar atividades de prevenção de doenças. A vulnerabilidade leva em conta fatores pessoais, institucionais e sociais, enquanto o risco se concentra em relações de causa e efeito. Considerar a vulnerabilidade permite desenvolver ações preventivas mais sensíveis ao contexto de vida das pessoas.
1. POR QUE A VULNERABILIDADE É UM CRITÉRIO PARA ORIENTAR AS ATIVIDADES DE
PREVENÇÃO?
A construção e a aplicação do conceito de vulnerabilidade no campo da saúde são relativamente
recentes e estão relacionadas ao esforço de superação das práticas preventivas apoiadas no conceito
de risco.
O conceito de risco é um instrumento para quantificar as possibilidades de adoecimento de indivíduos ou
populações, a partir da identificação de relações de causa-efeito entre a ocorrência de doenças e outros
eventos e condições de vida. As estimativas de risco oferecem informações importantes sobre a
distribuição de doenças. Por exemplo: é possível calcular o número de fumantes que desenvolvem
algum tipo de câncer e o número de não fumantes que têm os mesmos tipos de câncer. A comparação
entre os resultados permite concluir que as pessoas que fumam têm mais chances de ter câncer.
Por outro lado, esse conhecimento não é suficiente para orientar as práticas preventivas porque, para
fazer cálculos que mostrem relações de causa-efeito, os fenômenos são reduzidos a alguns de seus
componentes que podem ser medidos isoladamente. Por meio desses recursos, o todo (ou o conjunto
da situação de vida) é decomposto em partes que possam ser quantificadas. Entretanto, é preciso
compreender a situação em seu conjunto, para encontrar as “pistas” para planejar e desenvolver ações
preventivas que façam sentido para as pessoas e grupos, em sua realidade de vida. Por exemplo: as
pessoas que têm pais diabéticos têm, estatisticamente, mais chances de desenvolver essa doença. Mas
as suas condições de vida (acesso a informações, hábitos alimentares, renda) podem mudar essa
possibilidade de forma muito significativa.
Vejamos outro exemplo: uma profissional do sexo, que sempre usa o preservativo, pode nunca ser
infectada pelo HIV; por outro lado, uma mulher que mantém relações sexuais com um único parceiro,
durante toda a sua vida, pode ser infectada por seu parceiro, caso ele tenha tido uma relação sexual
com outra pessoa que tem a infecção.
Em resumo, não se trata de uma questão simplesmente matemática. Alguns comportamentos comuns
entre adolescentes podem aumentar sua exposição a riscos, mas, freqüentemente, é parte de uma
atitude de resistência. Símbolos de resistência, como atitudes, hábitos e roupas, podem fortalecer a
identidade do grupo e a solidariedade entre seus membros, uma situação na qual a resistência pode ser
protetora e, simultaneamente, aumentar a chances de ocorrência de determinados problemas de saúde.
Nesse caso, a tentativa de isolar um fator, digamos, o uso de determinada droga, e calcular os riscos
associados sem tomar em conta os sentidos que o comportamento tem para aquele grupo, pode gerar
dados estatísticos importantes, mas de pouca valia para orientar ações preventivas. Em alguns casos,
as tentativas de mudar comportamentos dos adolescentes para alcançar objetivos definidos pelos
profissionais de saúde, e sem tomar em conta sua situação de vida e seus valores, pode até aumentar a
sua necessidade de resistência.
Hoje sabemos que nossa fragilidade – ou nossa capacidade de enfrentar os desafios – depende de um
conjunto integrado de aspectos individuais, sociais e institucionais.
José Ricardo Ayres (2005) define a vulnerabilidade ao HIV e à aids como o conjunto de aspectos
individuais e coletivos relacionados ao grau e modo de exposição à infecção e adoecimento pelo HIV e,
de modo indissociável, ao maior ou menor acesso a recursos adequados para se proteger de ambos.
Por isso, os comportamentos associados à maior vulnerabilidade não podem ser entendidos como uma
decorrência imediata da vontade pessoal. Estão relacionados às condições objetivas nas quais os
comportamentos acontecem e ao efetivo poder que as pessoas e grupos sociais podem exercer para
transformá-las. Vejamos algumas situações:
- Um adolescente está motivado para fazer sexo seguro, mas não consegue comprar camisinha, o que
indica sua vulnerabilidade social;
- Uma pessoa viveu uma situação que a deixou preocupada com a aids, mas não sabe onde realizar um
teste sigiloso e gratuito, o que mostra sua vulnerabilidade institucional;
- A maior vulnerabilidade social das mulheres está associada com a desigualdade nas relações: quantas
jovens não conseguem negociar o uso da camisinha com seus parceiros?
- Uma adolescente está apaixonada e faz qualquer coisa para que o seu namorado fique com ela, até
transa sem camisinha, mesmo sabendo que isso aumenta sua vulnerabilidade pessoal diante da aids.
Visando ampliar horizontes para construir ações preventivas que possam trazer a saúde - e a
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2. possibilidade de adoecer - para o campo da vida real, a vulnerabilidade ao HIV/aids é analisada a partir
de três eixos interligados: pessoal, institucional e social.
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Vulnerabilidade pessoal
No plano pessoal, a vulnerabilidade está associada a comportamentos que criam a oportunidade de
infectar-se e/ou adoecer, nas diversas situações já conhecidas de transmissão do HIV (relação sexual
desprotegida uso de drogas injetáveis, transfusão sangüínea e transmissão vertical). Depende, portanto,
do grau e da qualidade da informação sobre o problema de que os indivíduos dispõem da sua
capacidade de elaborar essas informações e incorporá-las ao seu repertório cotidiano e, também, das
possibilidades efetivas de transformar suas práticas. O grau de consciência que os indivíduos têm dos
possíveis danos decorrentes de comportamentos associados à maior vulnerabilidade precisa ser
considerado, mas a mudança de comportamentos não é compreendida como decorrência imediata da
vontade dos indivíduos. Conhecimentos e comportamentos têm significados e repercussões muito
diversos na vida das pessoas, dependendo de uma combinação, sempre singular, de características
individuais, contextos de vida e relações interpessoais que se estabelecem no dia-a-dia. Por isso, não é
possível dizer que uma pessoa “é vulnerável”. Só é possível dizer que uma pessoa está (mais ou
menos) vulnerável a um determinado problema, em um determinado momento de sua vida.
Vulnerabilidade institucional ou programática
No plano institucional, a vulnerabilidade está associada à existência de políticas e ações organizadas
para enfrentar o problema da aids. Pode ser avaliada a partir de aspectos como: a) compromisso das
autoridades com o enfrentamento do problema;
b) ações efetivamente propostas e implantadas; c) integração dos programas e ações desenvolvidos nos
diferentes setores como saúde, educação, bem-estar social, trabalho etc.; d) sintonia entre programas
implantados e as aspirações da sociedade. Quanto maiores forem o compromisso, a integração e o
monitoramento dos programas de prevenção e atenção à saúde, maiores serão as chances de canalizar
os recursos, de timizar seu uso e de fortalecer as instituições e a sociedade frente à epidemia.
Vulnerabilidade social
No plano social, a vulnerabilidade está relacionada a aspectos sociais, políticos e culturais combinados:
acesso a informações, grau de escolaridade, disponibilidade de recursos materiais, poder de influenciar
decisões políticas, possibilidades de enfrentar barreiras culturais etc. A vulnerabilidade social pode ser
entendida, portanto, como um espelho das condições de bem-estar social, que envolvem moradia,
acesso a bens de consumo e graus de liberdade de pensamento e expressão. Quanto menor a
possibilidade de interferir nas instâncias de tomada de decisão, maior a vulnerabilidade dos cidadãos.
Para avaliar o grau de vulnerabilidade social é necessário conhecer a situação de vida das coletividades
através de aspectos como: a) legislação em vigor e sua aplicação; b) situação de acesso aos serviços
de saúde por parte das pessoas de diferentes extratos sociais; c) qualidade dos serviços de saúde aos
quais se tem acesso. Por exemplo: a situação da mulher na sociedade (menores salários, exposição a
violências e restrições de exercício da cidadania) aumenta consideravelmente a vulnerabilidade social
das mulheres frente à epidemia. Além disso, as desigualdades aumentam quando, além de pertencer ao
sexo feminino, as pessoas pertencem à população negra.
Conclusões
Articulados entre si, esses três componentes permitem construir uma visão mais ampla dos problemas
de saúde. O planejamento de programas e ações com base no conceito da vulnerabilidade só é uma
ferramenta útil para a mudança das realidades de saúde se tomamos em conta que as pessoas não são,
em si, vulneráveis, mas podem estar vulneráveis a alguns agravos e não a outros, sob determinadas
condições, em diferentes momentos de suas vidas.
O conceito de vulnerabilidade busca relacionar os dados científicos a respeito do HIV e da aids às
dimensões socioculturais e econômicas da epidemia para permitir a realização de um trabalho
preventivo mais eficaz, mais humano e mais ético.
Texto elaborado a partir de consulta às seguintes fontes:
- Ayres JRCM. Práticas educativas e prevenção de HIV/Aids: lições aprendidas e
2
3. desafios atuais. Interface – Comunicação, saúde, educação 2002; 6 (11): 11-24.
Ayres JRCM, França-Júnior I, Calazans GJ, Saletti-Filho HC. O conceito de vulnerabilidade e as práticas
de saúde: novas perspectivas e desafios. In: Czeresnia D,
Freitas CM, organizadores. Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio
de Janeiro (RJ): Fiocruz; 2003. p. 117-39.
- Feliciano KVO, Ayres CMJ. Prevenção da aids entre jovens: significados das práticas e os desafios à
técnica. Revista Brasileira de Epidemiologia 2002; (suppl. especial / pôster 668): 297.
- Ayres CMJ. Exposição Oral. Seminário Vulnerabilidade e Prevenção. Rio Preto,
novembro de 2005.
HIV & AIDS - SAIBA MAIS !
Quais são as formas de transmissão do HIV?
As formas de transmissão são: sexual, sangüínea e perinatal. A transmissão pode acontecer por meio
de:
* Relação sexual com pessoa infectada pelo HIV sem o uso da camisinha feminina ou masculina (sexo
oral, sexo vaginal e sexo anal);
* Contato com sangue (e seus derivados) contaminado pelo HIV em transfusões;
* Contato com objetos pontudos e cortantes como agulhas, seringas e instrumentos com resíduo de
sangue contaminado pelo HIV;
* Uso de seringa compartilhada por usuários de droga injetável;
* Transmissão vertical (da mãe infectada para o filho), na gestação, no parto, na amamentação.
As formas de prevenção estão ligadas às práticas seguras tais como:
* Negociar e usar corretamente a camisinha em relações sexuais com penetração;
* Ter relações sexuais sem penetração;
* Não compartilhar seringas e agulhas;
* Utilizar seringas esterilizadas, caso use drogas injetáveis.
A prática das seguintes atividades não faz com que o sangue, o sêmen, ou as secreções vaginais de
uma pessoa entrem em contato com o sangue de outras pessoas, nem que ocorra a transmissão do
HIV: masturbar-se, massagear-se, roçar-se, abraçar-se, fazer carícias genitais.
Como a infecção pode ser evitada?
Usando camisinha (feminina ou masculina) corretamente, em todas as relações sexuais.
O que significa sexo seguro ou sexo protegido?
Praticar sexo de forma segura ou protegida é adotar o uso adequado do preservativo.
O uso correto e constante da camisinha na relação sexual previne contra o risco de
infecção pelo HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis (DST). A relação sexual
com uso de preservativo é chamada de “sexo protegido”.
Embora apenas um pequeno número de pessoas tenha contraído HIV por estes meios,
as práticas seguintes apresentam risco:·
* Felação (introdução do pênis na boca);
* Sexo oral vaginal (boca na vagina);
* Sexo oral anal (boca no ânus).
As seguintes práticas representam, sem dúvida, alto risco, se realizadas sem
preservativo:
* Sexo anal (introdução do pênis no reto);
* Sexo vaginal (introdução do pênis na vagina);
* Qualquer prática sexual que cause sangramento;
* Esperma ou sangue levado à boca durante sexo oral-genital.
Quais são os meios de se prevenir da aids?
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4. A única barreira comprovadamente eficaz contra a transmissão sexual do HIV é o uso adequado da
camisinha, masculina ou feminina. O uso correto, em todas as relações sexuais, pode reduzir
substancialmente o risco de transmissão do HIV e de outras DST.
O uso regular da camisinha leva ao aperfeiçoamento da técnica de utilização, reduzindo a freqüência de
ruptura e escape, aumentando sua eficácia. Se a camisinha se romper deve-se interromper a relação
sexual e lavar imediatamente os órgãos genitais.
Ter um pacto de fidelidade com o parceiro – ou parceira - é uma boa forma de prevenir a aids?
Nesse caso é preciso contar com a camisinha, além do pacto, para garantir a prevenção.
Muitos casais fazem esse tipo de pacto mas o que se verifica, na prática, é que as relações mais
inesperadas (e fora da relação regular) podem trazer mais dificuldade no uso do preservativo. Além
disso, uma das pessoas do casal pode manter o pacto e a outra não.
Vale observar que muitas mulheres que estão com HIV só tiveram um parceiro sexual em toda a vida.
Além disso, especialmente entre adolescentes, o pacto de fidelidade pode durar enquanto dura o
relacionamento, que é seguido de outro. Assim, os adolescentes podem acabar tendo vários parceiros –
ou parceiras, mesmo que seja um de cada vez.
Como se previne a transmissão do HIV da mãe para o filho?
O risco pode ser reduzido em até 67% com o uso do AZT durante a gravidez, no momento do parto e
com a administração da droga ao recém nascido por 6 semanas, sempre com orientação médica. A
transmissão pelo leite materno pode ser evitada com o uso de leite artificial ou de leite humano
processado em bancos de leite, que realizam aconselhamento e triagem das doadoras.
Como se prevenir do HIV quando se usa drogas injetáveis?
Os riscos de uma pessoa infectar-se por meio do uso de droga injetável (pelo HIV ou por outro agente
de doença) estão relacionados à forma como a droga é utilizada, ou seja, pelo compartilhamento de
seringas e agulhas. O que podemos fazer efetivamente?
Certamente não vamos resolver esse problema dando uma aula sobre os malefícios das drogas. O que
nos resta é tentar convencer as pessoas que usam drogas injetáveis a usar preservativo e, se possível,
disponibilizá-lo ao casal, com um forte apelo para que o utilizem. O mesmo vale para a seringa. Não se
pode esquecer, também, que uma pessoa alterada pelo uso de qualquer droga psicotrópica, inclusive o
álcool, pode dar menos valor aos cuidados de proteção e ao sexo seguro.
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O HIV pode penetrar pela pele?
Não. A pele serve normalmente como barreira. Mas é importante lembrar que essa barreira pode ser
quebrada, quando acontecem cortes, escoriações, úlceras, feridas, sangramento.
O HIV pode ser transmitido pela tosse ou espirro?
O HIV não é transmitido por tosse, espirro, alimentos, piscinas, toalhas, assentos sanitários, animais
caseiros, mosquitos e outros insetos.
Tomar água no copo ou comer com os mesmos talheres de um portador do HIV é perigoso?
Não. Podemos tomar água ou qualquer bebida no mesmo copo de uma pessoa que tem aids porque a
saliva não transmite o vírus. Também podemos comer com os mesmos talheres e pratos de uma pessoa
com aids.
Há risco em dormir (sem transar) com uma pessoa que estiver com o vírus?
Não há risco. Dormir na mesma cama, compartilhar os mesmos lençóis de uma pessoa com aids não
infecta, porque o vírus não passa através de objetos.
Mosquitos e insetos transmitem o HIV?
Há provas de que o HIV não é transmitido por mosquitos ou outros insetos, como pulgas, piolhos,
percevejos que possam estar presentes na residência de doentes com aids. Sabe-se que o HIV vive em
algumas células do organismo humano mas que não vive nas células dos insetos que, portanto, não
podem ser hospedeiros do HIV.
Quando as pessoas devem fazer o teste do HIV?
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5. Todas as pessoas com dúvidas se estão ou não infectadas pelo HIV ou que se expuseram a situações
de risco de infecção devem realizar o teste sorológico anti-HIV. Apesar dos grandes avanços científicos
no diagnóstico e no tratamento, a decisão de fazer ou não o teste é sempre uma situação difícil, em
função das responsabilidades e conseqüências psicológicas, sociais e éticas que o seu resultado implica
para o indivíduo. O preconceito e a discriminação que ainda imperam em nossa sociedade em relação
aos portadores de HIV/aids afastam muitas pessoas da possibilidade e dos benefícios de um diagnóstico
precoce da infecção e do tratamento. Em muitos casos isso contribui para a manutenção da cadeia de
transmissão do vírus.
Como saber se tenho o HIV?
Os exames disponíveis para o conhecimento do “status” sorológico são realizados a partir do sangue e
identificam a presença de anticorpos anti-HIV, que são células de defesa do nosso organismo
especificamente contra o HIV. Ou seja, os resultados dos exames informam se uma pessoa já teve
contato com o vírus ou não. É importante esclarecer que não existem exames que identificam se uma
pessoa tem aids ou não. O fato de uma pessoa ser portadora de HIV não significa, necessariamente,
que ela tem aids, mas, simplesmente, que poderá ou não desenvolver a doença. Quanto mais cedo uma
pessoa ficar sabendo que é portadora do vírus mais chance ela tem de prevenir o aparecimento das
doenças oportunistas que caracterizam a aids.
Onde podemos fazer o teste e buscar aconselhamento?
Para ampliar o acesso ao diagnóstico precoce da infecção pelo HIV e ao aconselhamento, dentro de
normas e princípios que não ferem os direitos humanos e garantem a realização voluntária da sorologia
anti-HIV, o Programa Nacional de DST/Aids vem promovendo, em conjunto com estados, municípios e
universidades, a implantação dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs). Os CTAs são
unidades de saúde que oferecem gratuitamente o diagnóstico sorológico da infecção pelo HIV. Além dos
CTAs, muitos municípios estão desenvolvendo esta prática na rotina nas unidades básicas de saúde
(UBS), possibilitando acesso mais amplo da população brasileira ao aconselhamento e realização do
teste. A confidencialidade e o aconselhamento são as marcas distintivas destes serviços. Os indivíduos
diagnosticados como soropositivos são encaminhados a unidades de saúde de referência para
assistência e acompanhamento permanentes.
Qualquer exame de sangue mostra se uma pessoa está infectada com o HIV?
Não. Num exame de sangue comum, como o hemograma, não é possível saber se a pessoa está com o
HIV. Para a pessoa saber se está infectada ou não é preciso que ela faça um exame de sangue
específico para o HIV.
Quais são os exames anti-HIV mais usados?
Os testes mais comuns para detectar anticorpos contra o HIV utilizam uma técnica denominada ELISA
(ensaio imuno enzimático). Existem outras técnicas que são menos utilizadas ou realizadas apenas para
confirmar o resultado do ELISA, que são o Western-Blot e a imunofluorescência indireta para HIV.
Recentemente foi desenvolvido outro teste chamado Teste Rápido, que fornece o resultado em um
tempo inferior a 30 minutos, por meio da coleta de uma gota de sangue da ponta digital. Este tipo de
teste não requer laboratório para a sua realização.
As pessoas que já tem o diagnóstico da infecção pelo HIV devem realizar exames de sangue para
avaliar a imunidade e sua carga de vírus, identificando quando é necessário receber tratamento antes
mesmo do aparecimento de sintomas, garantindo, com isso uma boa qualidade de vida. Tais exames
são a contagem de Linfócitos T CD4 (verifica o dano imunológico sofrido) e a carga viral (demonstra a
contagem de vírus no sangue).
Para realizar o exame de contagem da carga viral, que é a quantidade de HIV existente no sangue,
utiliza-se uma técnica denominada PCR (reação de cadeia de polimerize).
Estes exames também são necessários para monitorar o tratamento das pessoas infectadas com HIV ou
já doentes de aids.
O que é o “período da janela imunológica”?
Corresponde ao tempo que o organismo leva para produzir, depois da infecção, uma certa quantidade
de anticorpos que podem ser detectados pelos exames de sangue específicos. Para o HIV, esse período
5
6. é de quatro semanas e, em algumas circunstâncias, muito raras, pode ser mais prolongado. Isso
significa que se um teste para anticorpos de HIV é feito durante o “período da janela imunológica”, é
provável que dê um resultado falso-negativo, embora a pessoa já esteja infectada pelo HIV e já possa
transmiti-lo a outras pessoas. Quando o teste é realizado em período de “janela imunológica” (logo
depois da exposição) e o resultado é negativo, a pessoa deve repetir o teste dentro de dois meses. Caso
a pessoa tenha sido infectada, os anticorpos se desenvolverão durante esse período. Para que o
resultado seja confiável as pessoas devem evitar práticas desprotegidas durante esses dois meses.
Aliás, devemos evitar sempre, não é mesmo?
Quais são as vantagens de se fazer o teste para o HIV?
Independente se o resultado for positivo ou negativo, é sempre bom conhecer a própria condição
sorológica, o que pode contribuir para que você adote medidas de proteção.
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Se você estiver infectado com o HIV:
* Poderá receber tratamento precoce e viver mais tempo com melhor qualidade de vida;
* Poderá usar novos medicamentos, à medida que forem sendo descobertos;
* Poderá informar seu(s) parceiro(s) de que você tem o HIV evitando que seja(m) infectado(s);
* Poderá decidir não doar sangue ou outros tecidos;
* Poderá desenvolver um bom sistema de apoio emocional para melhor enfrentar a doença.
O que é aconselhamento?
É uma prática utilizada pelos profissionais de saúde que consiste em uma relação de escuta e confiança
entre um profissional de saúde e a pessoa que o procura no serviço de saúde. Hoje em dia recomenda-
se que todos os serviços de saúde tenham profissionais habilitados para oferecer atividades de
aconselhamento aos usuários. Especialmente no âmbito das DST e HIV/aids, o processo de
aconselhamento tem três componentes:
* Apoio emocional;
* Componente educativo, que envolve trocas de informações sobre DST e HIV/aids, suas formas de
transmissão, prevenção e tratamento;
*Avaliação de riscos, que propicia a reflexão sobre valores, atitudes e condutas, incluindo o
planejamento de estratégias de redução de risco.
Adaptado de : www.adolesite.aids.gov.br
A CARTA DO DIA - Negociando Camisinha
Kitah Soares
Na hora do sexo, negociar o uso da Camisinha ainda é um desafio pra muita gente. Fazendo vista
grossa aos inúmeros riscos presentes na relação sem a devida prevenção, ainda tem gente que cede ao
ato sexual sem segurança, por diversas razões – medo de perder o parceiro ou parceira, a crença de
que a transa com camisinha não é prazerosa, a própria ignorância em relação às conseqüências de tal
atitude, a adrenalina do prazer de correr riscos, vulnerabilidade à inconseqüência devido ao uso de
álcool ou drogas. Tem gente que já sabe de tudo isso, que é capaz de explicar e de dar todas as
informações necessárias a outras pessoas sobre a importância da prevenção, mas na hora H, se torna
tão vulnerável quanto qualquer um mais ignorante no assunto, e acaba falhando na arte de negociar a
camisinha, praticando o sexo sem prevenção. Sabia que ainda existe gente que não acredita que possa
contrair uma DST ou HIV só por ter transado desprevenido(a), “uma vezsinha só?” Se um dos(as)
parceiros(as) for contra o uso da camisinha e o outro quiser usar, como fazer para negociar?
A CARTA DO DIA – Camisinha
Kitah Soares
Transar sem Camisinha...
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7. Não é prova de amor, é egoísmo, é falta de autoestima, é carência, é falta de auto-confiança, é
descuidado, é irresponsabilidade, é ignorância, é des-compromisso consigo, é descuido com o/a
parceiro/a;
Transar sem Camisinha...
Expõe ao risco de HIV, Aids, cancro mole, cancro duro, candidíase, herpes, gonorréia, condiloma
acuminado/HPV, linfogranuloma venéreo, granuloma inguinal, pediculose do púbis, chato, clamídia,
donovanose, tricomoniase, hepatite B, sem falar no risco de uma gravidez indesejada;
Transar sem Camisinha...
Dá dor de cabeça, provoca briga, traz insegurança, compromete o relacionamento, gera dúvida,
desconfiança, culpa, baixa o tesão, preocupa, angustia, tira o sono, cria medos em relação ao futuro
Transar COM Camisinha...
É seguro, estimula a criatividade, aumenta o tesão, é prova de amor, é expressão de confiança, é
manifestação de cuidado, dá muito prazer - antes, durante e, principalmente, depois do sexo.
Todo dia é dia de usar Camisinha
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são tidas como um grave problema de saúde pública
por afetarem muitas pessoas. Além disso, os sinais e sintomas são de difícil identificação e o acesso ao
tratamento correto, também.
Uma das principais preocupações relacionadas às DST é o fato de facilitarem a transmissão sexual do HIV. Quando acometem
gestantes, podem atingir o feto durante seu desenvolvimento, causando-lhe lesões. Podem, também, provocar uma interrupção
espontânea da gravidez (aborto), determinar uma gravidez ectópica (fora do útero) ou, ainda, causar o nascimento de crianças
com graves má-formações. Durante o parto, podem atingir o recém-nascido, causando doenças nos olhos, pulmões, etc.
Diante dessas possibilidades, o acesso irrestrito das pessoas ao diagnóstico precoce e tratamento adequado de todas as DST é
fundamental.
AIDS: Síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações) causada pela infecção do organismo
humano pelo HIV (vírus da imunodeficiência adquirida, traduzido do inglês Human Immunodeficiency
Virus). O HIV compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar
adequadamente sua função de proteger o organismo contra as agressões externas, tais como:
bactérias, outros vírus, parasitas e células cancerígenas.
Mesmo apresentando resultado positivo para a infecção pelo HIV, um indivíduo pode não estar com a
aids. A aids representa o estágio mais avançado da infecção pelo HIV, quando o sistema imunológico já
se encontra bastante comprometido e surgem determinadas infecções, conhecidas como doenças
oportunistas.
Sintomas: A infecção pelo HIV é um processo de longa duração que passa por diferentes estágios. A
duração e a gravidade de cada estágio dependem de vários fatores relacionados tanto ao vírus quanto
ao indivíduo infectado e apresenta sintomas diferentes. O tempo entre a exposição ao HIV e o início dos
sinais e sintomas, em geral, varia de cinco dias a três meses. As manifestações podem resultar em gripe
persistente, perda de peso progressiva, diminuição da força física, febre intermitente, dores musculares,
suores noturnos, diarréia, entre outras reações. Quando a infecção pelo HIV já está avançada, começam
a aparecer doenças oportunistas, tais como: tuberculose, pneumonia, diarréia crônica.
Formas de Contágio: Contato sexual desprotegido com pessoa soropositiva; contato direto com sangue
contaminado (que inclui compartilhamento de agulhas para injeção de drogas; transfusões de sangue
e/ou hemoderivados; acidentes com materiais biológicos, ocupacionais ou não, que gerem contato direto
destes com mucosas, com pele lesionada ou ferida e com tecidos profundos do corpo, permitindo o
acesso à corrente sangüínea); da mãe portadora do HIV para o filho, durante a gestação, o parto ou pelo
aleitamento.
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8. Prevenção: Na transmissão sexual, recomenda-se a prática do sexo seguro (relação monogâmica com
parceiro HIV negativo e uso de preservativo em todas as relações sexuais). Na transmissão pelo
sangue, recomenda-se cuidado no manejo de sangue (uso de seringas descartáveis, exigir que todo
sangue a ser transfundido seja previamente testado para a presença do HIV, uso de luvas quando
estiver manipulando feridas ou líquidos potencialmente contaminados). Não há, no momento, vacina
efetiva para a prevenção da infecção pelo HIV.
Tratamento: A aids ainda não tem cura e caso não seja tratada, ou seja tratada de maneira inadequada, pode resultar em
morte. O tratamento da aids é feito com medicamentos anti-retrovirais, drogas que inibem a reprodução do HIV no sangue. A
associação desses medicamentos é popularmente conhecida como "coquetel". Também faz parte do tratamento contra a aids o
controle do avanço da doença, feito por meio dos testes realizados regularmente de acordo com o pedido da equipe médica.
Com a terapia anti-retroviral tem-se melhorado a qualidade de vida em todos os estágios da infecção e ampliado a sobrevida
das pessoas portadoras do HIV. As doenças oportunistas são, em sua maioria, tratáveis, mas há necessidade de uso contínuo
de medicações para o controle dessas manifestações.
CANCRO MOLE: Pode ser chamada também de cancro venéreo. Popularmente é conhecida como
cavalo. Manifesta-se através de feridas dolorosas com base mole.
Os primeiros sintomas aparecem dois a cinco dias após relação sexual desprotegida com portador da
doença, período que pode se estender até duas semanas.
Sinais e Sintomas: No início, surgem uma ou mais feridas pequenas com pus. Após algum tempo,
forma-se uma ferida úmida e bastante dolorosa, que se espalha e aumenta de tamanho e profundidade.
A seguir, surgem outras feridas em volta das primeiras. Após duas semanas do início da doença, pode
aparecer um caroço doloroso e avermelhado (íngua) na virilha, que chega a prender os movimentos da
perna, impedindo a pessoa de andar. Essa íngua pode abrir e expelir um pus espesso, esverdeado,
misturado com sangue. Nos homens, as feridas, em geral, localizam-se na ponta do pênis. Na mulher,
ficam, principalmente, na parte externa do órgão sexual e no ânus e mais raramente na vagina (ressalte-
se que a ferida pode não ser visível, mas provoca dor na relação sexual e ao evacuar).
A manifestação dessa doença pode vir acompanhada de dor de cabeça, febre e fraqueza.
Formas de contágio: Transmitido pela prática de sexo (vaginal, anal ou oral) desprotegido com pessoa
contaminada.
Prevenção: Como o contágio é feito pela prática sexual, a melhor forma de prevenir-se contra o cancro
mole é fazer uso do preservativo em todas as relações sexuais. Cuidar bem da saúde e da higiene
também são formas de prevenção.
Tratamento: O cancro mole é tratado com medicamentos à base de antibióticos, sabonetes e loções.
Além do tratamento, deve-se realizar intensa higiene local. Deve ser indicada a abstinência sexual até a
conclusão do tratamento. É recomendado o tratamento dos parceiros sexuais, em qualquer
circunstância, pela possibilidade de existirem portadores que não manifestem sintomas.
O condiloma acuminado é uma lesão na região genital, causada pelo Papilomavirus Humano (HPV). A
doença é também conhecida como crista de galo, figueira ou cavalo de crista.
CONDILOMA ACUMINADO OU HPV
Sinais e Sintomas: O HPV provoca verrugas, com aspecto de couve-flor e de tamanhos variáveis, nos
órgãos genitais. Pode ainda estar relacionado ao aparecimento de alguns tipos de câncer,
principalmente no colo do útero, mas também no pênis ou no ânus. Porém, nem todo caso de infecção
pelo HPV irá causar câncer.
Formas de contágio: A infecção pelo HPV é muito comum. Esse vírus é transmitido pelo contato direto
com a pele contaminada, mesmo quando essa não apresenta lesões visíveis. A transmissão também
pode ocorrer durante o sexo oral. Há, ainda, a possibilidade de contaminação por meio de objetos como
toalhas, roupas íntimas, vasos sanitários ou banheiras.
Prevenção: Não existe forma de prevenção 100% segura, já que o HPV pode ser transmitido até
mesmo por meio de uma toalha ou outro objeto. Calcula-se que o uso da camisinha consiga barrar entre
70% e 80% das transmissões, e sua efetividade não é maior porque o vírus pode estar alojado em outro
8
9. local, não necessariamente no pênis, mas também na pele da região pubiana, períneo e ânus. A
novidade é a chegada, ainda em 2006, da primeira vacina capaz de prevenir a infecção pelos dois tipos
mais comuns de HPV, o 6 e o 11, responsáveis por 90% das verrugas, e também dos dois tipos mais
perigosos, o 16 e o 18, responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo do útero. Ainda em
discussão os valores para dose (3 doses), para o mercado privado brasileiro. Na maioria das vezes os
homens não manifestam a doença. Ainda assim, são transmissores do vírus. Quanto às mulheres, é
importante que elas façam o exame de prevenção do câncer do colo, conhecido como "papanicolau" ou
preventivo, regularmente.
Tratamento: O tratamento do HPV pode ser feito por meio de diversos métodos: químicos, quimioterápicos, imunoterápicos
e cirúrgicos. A maioria deles destruirá o tecido doente.
GONORREIA E CLAMIDIA
A gonorréia é a mais comum das DST. Também é conhecida pelo nome de blenorragia, pingadeira,
esquentamento. Nas mulheres, essa doença atinge principalmente o colo do útero.
Sinais e Sintomas: Entre dois e oito dias após relação sexual desprotegida, a pessoa passa a sentir
ardência e dificuldade para urinar. Às vezes, pode-se notar um corrimento amarelado ou esverdeado -
até mesmo com sangue - que sai pelo canal da urina, no homem, e pela vagina, na mulher.
A clamídia também é uma DST muito comum e apresenta sintomas parecidos com os da gonorréia,
como, por exemplo, corrimento parecido com clara de ovo no canal da urina e dor ao urinar. As
mulheres contaminadas pela clamídia podem não apresentar nenhum sintoma da doença, mas a
infecção pode atingir o útero e as trompas, provocando uma grave infecção. Nesses casos, pode haver
complicações como dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas (fora do útero), parto
prematuro e até esterilidade.
Formas de contágio: A principal forma de transmissão da gonorréia é por meio de relação sexual com
pessoa infectada, seja essa relação oral, vaginal ou anal, sem o uso de preservativo. Mesmo sem
apresentar sintomas, as mulheres contaminadas transmitem a bactéria causadora da doença. Pode
ocorrer também, durante o parto, transmissão da mãe contaminada para o bebê. Caso esse tipo de
transmissão aconteça, corre-se o risco de o bebê ter os olhos gravemente afetados, podendo levar à
cegueira.
Prevenção: Usar camisinha masculina ou feminina nas relações sexuais vaginais e orais. Além da
camisinha masculina ou feminina, usar lubrificantes à base de água (KY, Preserv Gel) nas relações
sexuais anais.
É recomendado realizar sempre o auto-exame, observando os próprios órgãos genitais e vendo se a
cor, aparência, cheiro e a pele estão saudáveis.
Tratamento: Caso não sejam tratadas, essas DST podem provocar esterilidade, atacar o sistema
nervoso (causando meningite), afetar os ossos e o coração.
Atenção: corrimentos são muito comuns em mulheres. Portanto, sua ocorrência não significa,
necessariamente, sinal de DST. O médico poderá fazer seu correto diagnóstico e indicação de
tratamento adequado.
OFTALMIA NEONATAL: É definida como uma conjuntivite do recém-nascido que apresenta pus. Surge
no primeiro mês de vida, usualmente contraída durante o seu nascimento, a partir do contato com
secreções genitais maternas contaminadas. A oftalmia neonatal pode levar à cegueira, especialmente
quando causada pela N. gonorrhoeae. Os agentes etiológicos mais importantes são: Neisseria
gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.
Sinais e Sintomas: Geralmente o recém-nascido é trazido ao serviço de saúde por causa de eritema e
inchaço das pálpebras, e/ou existência de secreção nos olhos. Conjuntivite severa que se desenvolva na
primeira semana de vida é, mais provavelmente, de origem gonocócica. A conjuntivite por clamídia é
bem menos severa, e o seu período de incubação varia de 5 a 14 dias.
Os achados objetivos incluem:
- secreção, que pode ser purulenta;
- eritema e edema da conjuntiva; e
- edema e eritema das pálpebras.
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10. Prevenção: A profilaxia ocular, no período neonatal, deve ser feita rotineiramente com:
- Nitrato de prata a 1% (Método de Credè), aplicação única, na 1ª hora após o nascimento,
Tratamento: Estando disponível apenas o diagnóstico clínico, toda oftalmia neonatal deve receber
tratamento para gonococo (principalmente) e clamídia. A mãe e seu(s) parceiro(s) devem sempre ser
tratados para gonorréia e infecção por clamídia, e serem submetidos a exame genital e exame
sorológico para sífilis e anti-HIV, após aconselhamento. A oftalmia neonatal pode ser classificada como
gonocócica ou não gonocócica. Quando houver condições para o estabelecimento desse diagnóstico
pelo esfregaço corado (azul de metileno ou Gram), deve-se fazer o tratamento específico.
Tratamento da oftalmia neonatal gonocócica
A oftalmia gonocócica precisa ser tratada imediatamente, para prevenir dano ocular. A conjuntivite pode
ser, também, um marcador de uma infecção neonatal generalizada.
- Devem ser instituídos procedimentos de isolamento do caso, quando em instituições, para prevenir a
transmissão da infecção, terapia específica.
Tratamento da oftalmia neonatal não gonocócica
Não há evidência de que a terapia tópica ofereça benefício adicional, neste caso.
HERPES: É uma doença que aparece e desaparece sozinha, de tempos em tempos, dependendo de
certos fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição ao sol, traumatismo e
menstruação. Nas mulheres, o herpes pode também se localizar nas partes internas do corpo. Uma vez
infectada pelo vírus da Herpes simples, a pessoa permanecerá com o vírus em seu organismo para
sempre.
Sinais e Sintomas: Manifesta-se através de pequenas bolhas localizadas principalmente na parte
externa da vagina e na ponta do pênis. Essas bolhas podem arder e causam coceira intensa. Ao se
coçar, a pessoa pode romper a bolha, causando uma ferida.
Formas de contágio: O herpes genital é transmitido por meio de relação sexual (oral, anal ou vaginal)
desprotegida (sem uso da camisinha). Essa doença é bastante contagiosa e a transmissão ocorre
quando as pequenas bolhas, que se formam durante a manifestação dos sintomas, se rompem,
ocasionando uma ferida e eliminando o líquido do seu interior. Esse líquido, ao entrar em contato com
mucosas da boca ou da região ano-genital do parceiro, pode transmitir o vírus. Raramente a
contaminação se dá através de objetos contaminados.
As feridas desaparecem por si mesmas. Após algum tempo, porém, o herpes pode reaparecer no
mesmo local, com os mesmos sintomas. Enquanto persistirem as bolhas e feridas, a pessoa infectada
estará transmitindo a doença. Na presença dessas lesões, a pessoa deve abster-se de relações
sexuais, até que o médico as autorize.
Prevenção: Uso de preservativo em todas as relações sexuais, vaginais, orais e anais.
Tratamento: A herpes é altamente transmissível. Por isso, a primeira orientação aos pacientes sempre diz respeito aos
cuidados locais de higiene: lavar bem as mãos, evitar contato direto com outras pessoas e não furar as bolhas sob nenhum
pretexto são recomendações importantes. O tratamento é feito com medicamentos antivirais, por via oral e tópica, e tem como
objetivo encurtar a duração dos sintomas, prevenir as complicações e diminuir os riscos de transmissão, pois o vírus não pode
ser completamente eliminado
LINFOGRANULOMA VENÉREO
O agente causador dessa DST é a Chlamydia trachomatis, e seu período de incubação pode ser de 7 a
30 dias.
Sinais e Sintomas: O Linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital
de curta duração (de três a cinco dias), que se apresenta como uma ferida ou como uma elevação da
pele. Essa lesão é passageira e não é facilmente identificada pelos pacientes. Após a cura da lesão
primária, que acontece geralmente entre duas a seis semanas, surge um inchaço doloroso dos gânglios
de uma das virilhas , denominada bubão. Se esse inchaço não for tratado adequadamente, evolui para o
rompimento espontâneo e formação de feridas que drenam pus.
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11. Formas de contágio: A transmissão do linfogranuloma venéreo se dá por via sexual.
Prevenção: Uso do preservativo em todas relações sexuais e higienização dos órgãos genitais após o
ato sexual.
Tratamento: Consiste no tratamento das feridas. São utilizados medicamentos à base de antibióticos que, entretanto, não
revertem seqüelas, tais como o estreitamento do reto e a elefantíase dos órgãos sexuais. Quando necessário, também é feita a
aspiração do bubão inguinal. O parceiro também deve ser tratado.
SÍFILIS
É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Manifesta-se em três estágios:
primária, secundária e terciária. Os dois primeiros estágios apresentam as características mais
marcantes da infecção, quando se observam os principais sintomas e quando essa DST é mais
transmissível. Depois, ela desaparece durante um longo período: a pessoa não sente nada e apresenta
uma aparente cura das lesões iniciais, mesmo em casos de indivíduos não tratados. A doença pode
ficar, então, estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como
cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas cardíacos, podendo inclusive levar à morte.
Sinais e Sintomas: A sífilis manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida nos órgãos sexuais
(cancro duro) e com ínguas (caroços) nas virilhas, que surgem entre a 2ª ou 3ª semana após a relação
sexual desprotegida com pessoa infectada. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e
não apresentam pus. Após um certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a
falsa impressão de estar curada. Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo,
surgindo manchas em várias partes do corpo (inclusive nas palmas das mãos e solas dos pés), queda
de cabelos, cegueira, doença do coração, paralisias. Caso ocorra em grávidas, poderá causar
aborto/natimorto ou má formação do feto.
Transmissão da sífilis: A sífilis pode ser passada de uma pessoa para outra por meio de relações
sexuais desprotegidas (sem preservativos), através de transfusão de sangue contaminado (que hoje em
dia é muito raro em razão do controle do sangue doado), e durante a gestação e o parto (de mãe
infectada para o bebê).
Prevenção: Como não há perspectiva de desenvolvimento de vacina, em curto prazo, a prevenção recai
sobre a educação em saúde: uso regular de preservativos, diagnóstico precoce em mulheres em idade
reprodutiva e parceiros, e realização do teste diagnóstico por mulheres com intenção de engravidar.
Tratamento: O tratamento mais indicado para a sífilis é a utilização do mais antigo dos antibióticos: a
penicilina. O maior problema do tratamento é o seu diagnóstico, visto que a sífilis pode ser confundida
com muitas outras doenças. Os pacientes devem evitar ter relação sexual até que o seu tratamento (e
do parceiro com a doença) se complete. A gestante deve realizar controle de cura mensal.
Se não tratada, a sífilis progride, torna-se crônica e pode comprometer várias partes do corpo ou levar à
morte.
SÍFLIS CONGÊNITA: A sífilis congênita é resultado da infecção do feto pelo Treponema pallidum,
bactéria causadora da sífilis, através da placenta
Infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que pode se hospedar no colo do útero, na
vagina e/ou na uretra.
Sinais e Sintomas: Muitas mulheres infectadas pelo Tricomonas podem não sentir nenhuma alteração
ou reação. Quando os sintomas surgem, esses são, principalmente, corrimento amarelo-esverdeado,
com mau cheiro, dor durante o ato sexual, ardor, dificuldade para urinar e coceira nos órgãos sexuais.
Na mulher, a doença pode também se localizar em partes internas do corpo, como o colo do útero. A
maioria dos homens não apresenta sintomas. Quando isso ocorre, consiste em uma irritação na ponta
do pênis.
Formas de contágio: O contágio se dá através de secreções, durante contato sexual desprotegido com
parceiro contaminado.
Prevenção: Uso de preservativo em todas as relações sexuais, vaginais, orais ou anais.
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12. Tratamento: O tratamento é feito com antibióticos e quimioterápicos. Parceiros sexuais devem ser
tratados ao mesmo tempo. Pessoas em tratamento devem suspender relações sexuais até que o
tratamento esteja completo e os sintomas tenham desaparecido.
Em homens, os sintomas podem desaparecer dentro de algumas semanas, mesmo sem o tratamento.
No entanto, mesmo sem nunca ter apresentado sintomas, pode continuar infectando seus parceiros, até
que seja tratado. Como outras DST, caso não seja tratada, a tricomoníase aumenta a probabilidade de
uma pessoa ser infectada ou infectar a outros com o vírus da aids, o HIV. Pode também gerar
complicações durante a gravidez, ocasionando ruptura da bolsa antes da hora, parto prematuro e
nascimento de bebê com peso baixo.
DOENÇA INFLAMATÓRIA PELVICA (DIP)
É uma síndrome clínica atribuída à ascensão de microorganismos do trato genital inferior, espontânea
ou devida à manipulação (inserção de DIU, biópsia de endométrio, curetagem, etc.),
comprometendo endométrio, trompas, anexos uterinos e/ou estruturas contíguas (salpingite, miometrite,
ooforite, parametrite, pelviperitonite).
Sinais e Sintomas: manifesta-se por dor e calor na parte baixa do abdômen; secreção vaginal
abundante ou anormal que cheira mal; menstruação irregular ou abundante; dor na região pélvica ou
abdominal durante o ato sexual (pode ser grave); sintomas gripais como febre, desconforto geral, fadiga,
dor nas costas ou vômitos.
Formas de Contágio: Aproximadamente 90% dos casos têm origem em uma DST prévia,
principalmente gonorréia e clamídia. Os restantes 10% têm outras origens (iatrogênica, por exemplo).
Prevenção: Usar camisinha para reduzir o risco de infecção todas as vezes que tiver relações sexuais
e fazer exames pélvicos anualmente, incluindo testes para infecções.
Tratamento: Em geral, feito com antibióticos. Se a mulher usar DIU, este deve ser removido. Em
mulheres jovens, sexualmente ativas, com queixa de desconforto ou dor pélvica, deve-se iniciar
imediatamente o tratamento pois um retardo poderá acarretar danos irreversíveis no seu sistema
reprodutor.
VAGINOSE BACTERIANA
Também conhecida como vaginite não específica, é a mais comum das vaginites. É causada por uma
alteração na flora vaginal normal, com diminuição na concentração de lactobacilos e predomínio de uma
espécie de bactérias sobre outras, principalmente a Gardnerella vaginalis. Por ter uma causa orgânica,
não é considerada uma DST.
Sinais e sintomas: Corrimento vaginal, geralmente de cor amarela, branca ou cinza, que apresenta
odor desagradável. Algumas mulheres o descrevem como “um odor forte com cheiro de peixe” que
aparece, principalmente, após uma relação sexual e durante o período da menstruação. Pode gerar
ardência ao urinar e/ou coceira no exterior da vagina porém, algumas mulheres podem não apresentar
sintoma algum.
Formas de contágio: Está associado a um desequilíbrio do nível de bactérias normalmente presente na
vagina, causado pela diminuição das bactérias protetoras daquele ambiente. Desenvolve-se quando
uma mudança no ambiente da vagina causa o aumento do nível de bactérias prejudiciais - como
bactérias do intestino, por exemplo.
Pode ser transmitida entre parcerias femininas.
Prevenção: Alguns cuidados básicos podem ajudar a reduzir o risco de desequilíbrio da natureza da
vagina e evitar o desenvolvimento da vaginose bacteriana:
- Usar camisinha durante as relações sexuais
- Evitar o uso de duchinhas
- Evitar produtos químicos que podem causar irritação e desconforto na região genital
Tratamento: Em geral, feito com Metronidazol. Fazer o tratamento completo, mesmo que os sintomas
desapareçam antes do fim. Normalmente, os parceiros (de ambos os sexos) não precisam fazer o
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13. tratamento de vaginose bacteriana.
Vaginose não tratada
Na maioria dos casos a vaginose bacteriana não causa grandes complicações. Mas existem algumas
implicações sérias:
- Parto prematuro ou recém-nascido com peso abaixo da média;
- As bactérias que causam a vaginose bacteriana podem infectar o útero e as trompas de falópio. Esta
inflamação é conhecida como doença inflamatória pélvica (DIP). A vaginose bacteriana pode aumentar a
probabilidade de infecção por DST/aids em casos de exposição ao vírus.
- Pode aumentar a probabilidade de uma mulher ser infectada por outras doenças sexualmente
transmissíveis, como clamídia e gonorréia.
CORRIMENTO VAGINAL
Também chamado de vaginite ou vulvovaginite. É um dos problemas ginecológicos mais comuns e uma
das causas mais freqüentes de consulta ao ginecologista. Pode ocorrer durante a infância, graças a
uma higiene inadequada, principalmente após a evacuação; nesta fase do desenvolvimento denomina-
se vulvovaginite inespecífica. Pode, também, surgir com a menopausa, devido à diminuição na produção
de estrógenos (hormônios femininos) e à ocorrência de modificações na camada interna da vagina,
fatores que tornam a pessoa mais suscetível às agressões externas.
Sinais e Sintomas: Alterações, tais como: fluxo vaginal anormal, geralmente evidenciado por um
aumento de volume, com cheiro desagradável ou não; irritação, coceira ou ardência na vagina ou na
vulva e vontade de urinar freqüentemente. Alguns produtos químicos encontrados em sabões,
sabonetes, absorventes e substâncias perfumadas podem causar irritação e desconforto
DONOVANOSE: É uma infecção causada por uma bactéria klebsiella granulomatis que afeta a pele e
mucosas das regiões da genitália, da virilha e do ânus. Ela causa úlceras e destruição da pele.
Sinais e sintomas: Os sintomas podem incluir caroços e feridas de aspecto vermelho vivo e
sangramento fácil. Após a infecção, surge uma lesão na região da genitália que lentamente se
desenvolve em forma de úlcera ou caroço vermelho que, progressivamente, vai danificando a pele a sua
volta.
Formas de contágio: Contato direto com feridas ou úlceras durante relações sexuais com uma pessoa
infectada.
Prevenção: Uso do preservativo em qualquer relação sexual, seja vaginal, oral ou anal. Porém, a
prevenção só será eficaz se a área infectada estiver coberta ou protegida pela camisinha. Se houver
contato com uma ferida aberta, a donovanose pode ser transmitida.
Tratamento: Pode ser tratada com antibióticos. Após terminar o tratamento, o paciente deverá retornar
ao médico para certificar-se de que todas as feridas sararam e a infecção está completamente curada. É
necessário evitar contato sexual até que o tratamento esteja terminado e todos os sintomas tenham
desaparecido.
As pessoas que tiveram relação sexual nos últimos 60 dias com pessoa infectada devem procurar um
médico, fazer exames e o tratamento.
HTLV: O vírus HTLV (sigla na língua inglesa que indica vírus que infecta células T humanas) é um retrovírus isolado em 1980
a partir de um paciente com um tipo raro de leucemia de células T. Apresenta dois tipos: HTLV-I, que está implicado em doença
neurológica e leucemia, e HTLV-II, o tipo 2, que está pouco evidenciado como causa de doença.
Sinais e sintomas: Cerca de 99% das pessoas portadoras do HTLV-I nunca desenvolverão qualquer problema de saúde
relacionado ao vírus HTLV. Entretanto, alguns pacientes podem desenvolver problemas neurológicos. Geralmente, começam a
se queixar de dores nos membros inferiores (panturrilhas), na região lombar (parte inferior da coluna lombar), e apresentam
dificuldade em defecar ou urinar. Estes sintomas são sempre progressivos e estão na região abaixo da linha do umbigo. A
minoria dos portadores sem sintomas poderão desenvolver alguma doença. No Japão, por exemplo, 14 em cada 1500
portadores assintomáticos poderão desenvolver uma doença neurológica (dificuldade de andar). No caso de leucemia o risco é
ainda menor: um em cada 10.000 portadores do HTLV poderá desenvolvê-la ao longo da vida.
Formas de contágio: O HTLV possui as mesmas rotas de transmissão que outros vírus como o vírus da imunodeficiência
humana (HIV) e o vírus da hepatite C (HCV): pela relação sexual desprotegida com uma pessoa infectada; uso em comum de
13
14. seringas e agulhas durante o uso de drogas; da mãe infectada para a o recém-nascido (principalmente pelo aleitamento
materno).
Prevenção: Recomenda-se o uso de preservativo todas as relações sexuais.
Tratamento: Como o risco do desenvolvimento da doença associado ao HTLV-I é muito baixo, não existe indicação de
tratamento nos casos assintomáticos, até este momento. Os casos onde existem sintomas comprovados de doença associada
ao HTLV-I, como paraparesia espástica tropical (TSP), uveíte, ATL, entre outras, o tratamento irá depender de uma avaliação
neurológica, assim como estadiamento do grau de comprometimento, tempo de evolução, presença de outras infecções virais
etc.
PEDICULOSE PUBIANA
Ectoparasitose conhecida há séculos, a pediculose do púbis é causada pelo Phthirus pubis, um piolho
pubiano. É para alguns autores a mais contagiosa das doenças sexualmente transmissíveis.
Sinais e sintomas: Os sintomas surgem de uma a duas semanas após a infestação ou em menor
tempo, se o paciente apresentou infestação prévia pelo piolho. O piolho adulto e as lêndeas são
encontrados fixados aos pêlos pubianos e também nas regiões pilosas do abdômen inferior, coxas e
nádegas. Ocasionalmente, o piolho adulto pode ser encontrado nas axilas, pálpebras e supercílios.
Coceira intensa é a principal queixa do paciente.
Lesões de urticária, bolhas e manchas azuladas podem ocorrer após as picadas dos piolhos.
Formas de contágio: Transmite-se por meio do contato sexual, mas pode ser veiculada por meio
de vestuário, roupas de cama e toalhas.
Prevenção: Evitar contato com os piolhos e das lêndeas aderidos aos pêlos. Boa higiene corporal.
Tratamento: Os produtos e esquemas usados para o tratamento da escabiose também são eficazes no
tratamento da pediculose pubiana. Não é necessário depilar a região. Quando utilizados corretamente,
os medicamentos empregados topicamente apresentam toxicidade quase nula. Devem ser aplicados
nas áreas afetadas, em duas aplicações, com intervalo de sete dias entre uma e outra. Na primeira
aplicação, eliminam-se todos os insetos adultos e na segunda, os que ainda não são capazes de
reprodução. A aplicação deve incluir, além da região pubiana, as áreas das coxas, tronco e axilas.
PERGUNTAS MAIS FREQUENTES:
Quem deve ser procurado para fazer o tratamento de outras DST que não a aids?
Deve-se procurar os serviços de saúde que atendem DST, encontrados na lista de Endereços Úteis
deste site.
Que período de tempo é necessário esperar para se fazer a identificação de um possível caso de
sífilis?
A sífilis manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida nos órgãos sexuais, denominada cancro
duro, e com ínguas (caroços) nas virilhas, que surgem entre a 2ª ou 3ª semana, em geral, entre sete e
dez dias após a data de exposição à situação de risco com pessoa infectada.
Quais as providências a serem tomadas em caso de suspeita de infecção por alguma DST?
Uma das principais preocupações relacionadas às DST é o fato de elas facilitarem a transmissão sexual
de outras DST e, principalmente, do vírus da Aids. Diante disso, em caso de suspeita de infecção por
uma DST, é imprescindível que a pessoa procure um profissional especializado (médico) para que
sejam realizados o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da doença
Quais os sintomas do condiloma?
O HPV provoca verrugas com aspecto de couve-flor e de tamanhos variáveis nos órgãos genitais. Nas
mulheres, pode não apresentar sintomas. Daí a importância da ida periódica ao ginecologista. Pode
ainda estar relacionado ao aparecimento de alguns tipos de câncer, principalmente no colo do útero,
vulva, pênis e reto. Porém, nem todo caso de infecção pelo HPV irá causar câncer.
Quais as formas de tratamento do condiloma acuminado (lesão causada pelo HPV)?
O tratamento é local e, dependendo do desenvolvimento da doença, é feito com uso da cauterização,
quimioterapia ou produtos cáusticos. Além disso, o parceiro também deve ser submetido a exame
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15. TUDO COMEÇA POR VOCÊ
Publicada em 20/02/2010 por Bruno Krug
Vamos partir do princípio de que não estamos satisfeitos com a nossa vida atual, e que sendo assim
desejamos uma vida melhor, mais plena e satisfatória. Entretanto, o que costumamos fazer? Reclamamos?
Brigamos? Achamos algum culpado por nossos problemas? Ficamos com pena de nós mesmos? Ou o que
mais?
Quer queiramos ou não, as mudanças em nossa vida devem ter início em nós mesmos. Primeiramente em
nossa mente, depois, por consequência, em nosso comportamento.
Ocorre que sempre é mais fácil e mais cômodo esperarmos uma solução vinda de fora, vinda dos outros,
até por que normalmente possuímos a tendência de colocar a responsabilidade pelo que nos acontece de
ruim nas costas de alguém que não seja nós mesmos. Fazemos isto porque assim ficamos isentos das
responsabilidades pelo nosso presente, como também pelo que venha a nos acontecer de ruim no futuro.
Por isso é que sempre buscamos conseguir um bode expiatório para botarmos a culpa e a responsabilidade
dos acontecimentos negativos que ocorrem na nossa vida. Pode ser nossos pais, nossos filhos, nossa
família, vizinhos, professores, alunos, chefes, funcionários, ou até mesmo Deus, o diabo ou quem sabe
alguma outra entidade sobrenatural.
Somos educados a esperar soluções milagrosas vindas de outros, e nesta espera perdemos muito do pouco
tempo que nos é dado nesta vida. Sendo assim torna-se urgente que aceitemos a responsabilidade pela
nossa vida, pelos efeitos que surgem como consequências de nossas ações e de nossos pensamentos. Se
realmente queremos uma vida melhor, mais satisfatória e feliz, com certeza precisamos começar a pensar
e a agir com mais coerência, trabalhando positivamente para colhermos resultados positivos, tanto no
presente como no futuro.
Cada atitude mental resulta num comportamento, quer positivo ou não. Se tomarmos a decisão começar a
viver melhor, devemos então estabelecer o que queremos para nós e o que vamos fazer para chegar lá. É
preciso perceber que tipo de pensamentos e ações tem nos levado a ter a vida que temos hoje, e
principalmente, quais os tipos de pensamentos e de ações que precisamos criar para conseguirmos o que
desejamos para nosso futuro.
Por mais que seja difícil parar de culpar os demais e começar a pensar e a agir positivamente, é somente
assim que você fará uma verdadeira revolução positiva em sua vida. Quer você goste ou não, é assim que
é, e tudo começa e tudo depende primeiramente e principalmente de você mesmo. Depois de você
começar a melhorar a sua maneira de pensar e de agir, com toda certeza, os demais começarão a lhe ajudar
a chegar aonde quer e a viver melhor.
Por Bruno Krug, consultor empresarial e palestrante.
FICHA DE TRABALHO
Método: ________________________
COMO ESTE MÉTODO IMPEDE A CONCEPÇÃO?
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16. COMO ELE É UTILIZADO?
QUAIS SÃO AS SUAS VANTAGENS?
QUAIS AS SUAS DESVANTAGENS?
QUAL É A OPINIÃO DO GRUPO SOBRE ELE?
QUAIS OS MITOS E VERDADES SOBRE ESTE MÉTODO?
A explosão de um torpedo
Contaminação do medo
Eu guardo o seu segredo
O GOSTO DO AZEDO
Rita Lee
Sou o HIV que você não vê
Você não me vê
Para o sangue, sou o veneno
Mas eu vejo você
Eu mato, eu como, eu dreno
Para o resto da vida, sou extremo
Sou o gosto do azedo
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17. Sou a ponta da agulha
Tanto bato até que você fura
É a minha a sua captura
Sou dupla persona
Seu estado de coma
Sou o caos, sou a zona
Seu nocaute na lona
Sou o HIV que você não vê
Você não me vê
Mas eu vejo você
Eu sou o livre-arbítrio
Sem causa com efeito
Sua força é meu grande defeito
Sou a dor da tortura
Uma nova ditadura
Terminal da loucura
Sou o vírus sem cura
Sou o HIV que você não vê
Você não me vê
Mas eu vejo você
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