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A LINGÜÍSTICA E A RELAÇÃO ENTRE LINGUAGEM E
PENSAMENTO

KATHARINE DUNHAM MACIEL (UFRJ)

       Este trabalho tem como objetivo apresentar posições da Teoria
Lingüistica sobre a relação entre linguagem e pensamento.
       Partindo do pressuposto de que teoria Lingüistica é a Teoria da
Ciência Lingüística, tomamos como primeira necessidade a definição
de Lingüística. A Lingüística é muitas vezes apresentada como o estudo
científico da linguagem. Há necessidade de se definir melhor
linguagem, como também o que se pretende dizer com "estudo
científico da linguagem". Linguagem vista como propriedade natural
do ser humano, que se comunica com outros homens através de código
oral ou escrito, linguagem que apresenta propriedades peculiares ao
ser humano(dualidade de estrutura, produtividade) e que difere das
outras linguagens - códigos de comunicação - tais como a linguagem
gestual, a linguagem de sinais entre outras. Não podemos deixar de
notar também a linguagem como componente da cultura de um
determinado grupo social. Para o lingüista americano Noam Chomsky
a linguagem era considerada como um conjunto de sentenças, cada
uma finita em comprimento e construída a partir de um conjunto
finito de elementos (Syntatic Structures, 1957). Chomsky enfatiza as
propriedades estruturais da linguagem que podem ser estudadas numa
perspectiva matemática.(Lyons, 1987)
       Continuando na nossa linha de raciocínio, o que se pretende
dizer com o estudo científico da linguagem? A questão fundamental
passa pela necessidade da Lingüística, enquanto pertencente às
Ciências Humanas, em alcançar o status científico das Ciências Exatas.
As Ciências Humanas e Sociais visavam ganhar reconhecimento
adequando-se aos modelos das Ciências Exatas. Citando Freitas(1994):
"A partir do século XIX, o homem ingressou na era da representação.
Tornou-se necessário naturalizar os fenômenos humanos e sociais para
explicá-los, uma vez que as Ciências da Natureza passaram a ser a base
sólida e insuspeita de conhecimentos objetivos. Tudo passou a ser
explicado pelo modelo de inteligibilidade das Ciências Naturais. As
Ciências Humanas, ao se pretenderem científicas, tomaram das
Ciências Naturais os seus métodos. Passaram a almejar objetividade e
neutralidade em direção a um conhecimento positivo da realidade
humana." Somente através do discurso "científico" a Lingüística

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poderia se alçar a produzir conhecimento reconhecido e respeitado no
mundo científico. Não só os modelos, como o próprio discurso da
Lingüística tenta muitas vezes se aproximar do discurso da Física, da
Química, da Biologia. Esta questão epistemológica é central nos
movimentos lingüísticos do século XX, caracterizando-se as teorias
lingüísticas por esta preocupação com a cientificidade de suas
propostas e conceitos. Uma gramática no sentido de Chomsky seria
estruturalmente semelhante a uma teoria matemática formalizada (cf.
Bach) As mais marcantes teorias lingüísticas deste século são o
estruturalismo e o gerativismo, com os quais nos ocuparemos
posteriormente.
       A questão da linguagem é fundamental para o ser humano;
desde tempos antigos o homem tem se preocupado com a origem e
natureza da linguagem. Em várias épocas filósofos e cientistas se
ocuparam e abordaram a linguagem de inúmeras maneiras
formulando perguntas tais como: a linguagem é anterior ao
pensamento, existe pensamento sem linguagem, como o homem
conhece o mundo, qual o papel da experiência? Todas estas questões
são polêmicas e se aguçam a partir da tentativa de se estabelecer uma
base científica para explicar as Ciências Humanas. Em seus
primórdios, o interesse pela linguagem está ligado aos estudos
filosóficos. Platão coloca a questão da existência de ligação entre as
palavras que usamos e as coisas que elas designam. Para Aristóteles,
tratar-se-ia apenas de convenção a ligação entre forma e significado. O
Renascimento e o Iluminismo, o despertar para as Ciências Exatas
(ligadas a mudanças político-sociais), fazem surgir o debate entre
empiristas e racionalistas. Os séculos XVII e XVIII foram
influenciados por discussões relacionadas à filosofia. Para os
empiristas, todo o conhecimento provém da experiência,
diferentemente dos racionalistas, para os quais todo o conhecimento
provém da razão - através da razão o homem procuraria conhecer o
mundo que o cerca.
       A questão da linguagem e do pensamento, de acordo com o que
foi exposto, ocupa a discussão filosófica há vários séculos. A filosofia da
Linguagem tem contribuído significativamente para os estudos sobre a
natureza da linguagem e os processos cognitivos do homem. As
Ciências Humanas e Sociais estão envolvidas naturalmente com estas
questões, uma vez que a linguagem e o pensamento são fundamentais
para a análise da ação do homem no mundo.
       As principais teorias lingüísticas do século XX estão ligadas, de
certa forma, a questões básicas de filosofias dos séculos anteriores. O

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debate empirismo-racionalismo, a questão do conhecimento humano
emergem nos movimentos estruturalistas e gerativistas nas Ciências
Lingüísticas. Segundo Bach (1970) a visão clássica dos empiristas é a
de que as imagens sensoriais seriam transmitidas ao cérebro como
impressões e subsistiriam como idéias que seriam associadas de
inúmeras maneiras dependendo do caráter fortuito da experiência.
Uma língua não passaria de uma coleção de palavras, locuções e
sentenças, um sistema de hábitos que havia sido adquirido acidental e
extrinsecamente. Para o lingüista Chomsky, as teorias racionalistas se
caracterizariam pela importância que atribuem a estruturas
intrínsecas nas operações mentais, a processos e princípios de
organização na percepção e princípios inatos na aprendizagem. Critica
a atitude empirista que acentuava o papel da experiência e do controle
por fatores ambientais.
       A abordagem empírica do estruturalismo nega os universais
lingüísticos, nos remetendo à polêmica entre racionalistas e empiristas
do século XVII e XVIII. Segundo Robins (1979): "os racionalistas
buscaram a certeza do conhecimento não nas impressões do sentido,
mas nas verdades irrefutáveis da razão humana". Os cartesianos
defendiam a existência das idéias inatas na mente humana, ao
contrário dos empiristas que negam pensamento anterior à
experiência.
       Saussure desponta no início do século com a sua abordagem
sincrônica do estudo da linguagem, com a sua noção de sistema, como
um dos grandes nomes da lingüística contemporânea. Saussure
estabelece a distinção entre langue (sistema de signos, fenômeno
coletivo e social) e parole que é a realização individual desta langue. Da
mesma forma que Chomsky se interessou pela competência do falante,
Saussure toma a langue como base de sua teoria lingüística. Ele admite
que o signo tem duas faces (significante e significado) e é caracterizado
por sua arbitrariedade. A língua tem uma forma, pode ser descrita
independentemente da substância em que se realiza e ser considerada
como uma totalidade viva mas estática.
       Os estruturalistas tinham como preocupação a descrição
minuciosa das formas físicas das estruturas de uma língua. A
gramática não seria, como a gerativa transformacional, um conjunto
de regras, mas uma relação de estruturas. A aquisição da linguagem
era vista como algo mecânico, condicionado de acordo com a psicologia
behaviorista: "assim se impôs uma nova corrente psicológica, o
behaviorismo que, excluindo a consciência, substituiu-a por um novo
objeto - o comportamento. O psíquico foi reduzido ao físico

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(observação, quantificação como garantia de objetividade) e o social ao
biológico (adaptação, organismo, estímulo, meio)" (Freitas, 1994). Há
uma influência das teorias comportamentalistas sobre lingüistas
estruturalistas, tais como Bloomfield, com sua teoria mecanicista que
abstrai a hipótese da mente nas suas descrições lingüísticas. Bloomfield
sofreu influência dos neo-gramáticos do século XIX, que tentaram
fazer da lingüística histórica uma ciência exata, adotando os métodos
das ciências naturais. A questão da influência do positivismo nas
ciências humanas se faz sentir fortemente através do trabalho de
Bloomfield. Para ele não era pertinente à lingüística o estudo do
significado, tese que defende em seu livro Language (1933), importante
era a descrição das formas lingüísticas.
       Vale ressaltar, no contexto do estruturalismo americano, Sapir,
que sofreu influências de Franz Boas (concepção antropológica da
lingüística). Para Sapir, "a essência da linguagem está em atribuir sons
convencionais, voluntariamente articulados ou um equivalente desses
sons aos diversos elementos de nossa experiência" (Sapir, 1971).
       As teorias gerativas-transformacionalistas apresentam como seu
principal teórico Noam Chomsky. Sua obra surge como reação às
tendências empiristas da lingüistica americana das primeiras décadas
do século XX. Chomsky foi influenciado pelo pensamento dos
racionalistas do Iluminismo como também pelas idéias acerca da
linguagem do alemão Humboldt. A questão da linguagem e do
pensamento, como já foi dito, ocupa o centro de interesse de
pensadores do Iluminismo, como Descartes. O pensamento cartesiano,
a lógica formal influenciam inúmeros lingüistas de nosso século.
       Em 1966, na Lingüística Cartesiana Chomsky ressalta que a
gramática gerativa-transformacional "é essencialmente uma versão
moderna e mais explícita da gramática de Port Royal" (Roulet)
       Chomsky expôs o seguinte sobre sua noção de competência
lingüística: "a teoria lingüística ocupa-se de um falante ouvinte ideal
numa comunidade de fala completamente homogênea, que conhece sua
língua com perfeição e não é afetado por condições gramaticalmente
descabidas, tais como limitações e memória, distrações, mudanças de
atenção ou interesse e erros (casuais ou característicos) na aplicação de
seu conhecimento de língua ao desempenho real" (Chomsky, 1965)
       Chomsky critica o estruturalismo na medida em que a gramática
estrutural segmenta os enunciados, ficando limitado à estrutura
superficial, a um corpus e não dando conta da intuição do falante que
consegue produzir um número infinitos de sentenças nunca produzidas
ou ouvidas antes. A gramática transformacional surge como reação ao

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empirismo, que domina as teorias lingüisticas no início do século.
Chomsky está interessado nos processos mentais dos falantes, nas
estruturas profundas que seriam aquelas do pensamento. Lança mão
de uma metalinguagem rigorosa como os sistemas formais da
matemática e da lógica para formular regras precisas. Ao lingüista
cabe, com base nos sistemas formais, dar conta do sistema abstrato que
todo falante possui de sua língua, reconstruir o sistema de regras que
permite a uma falante produzir um número infinito de orações
gramaticais. Chomsky separa em sua teoria a competência do
desempenho. Está preocupado, como foi exposto, com o sistema
abstrato de regras que estão na mente dos falantes, de caráter
universal e especificamente humanas. Somente através da introspecção
teremos acesso a esses processos cognitivos. Chomsky afirmava que
linguagem e pensamento estão estritamente relacionados e que o
estudo da linguagem contribui significativamente para a compreensão
do raciocínio humano. Ele foi também influenciado por Humboldt,
para quem a língua espelha o pensamento. Segundo Humboldt: "a
atividade da linguagem é uma mediação entre o espírito e a realidade.
O homem vive no mundo que está em torno dele exatamente como a
linguagem o apresenta a ele" (Nef, 1995).
      As teorias mais recentes, influenciadas em parte pelos trabalhos
do lingüista inglês Firth, que considerava os papéis sociais ligados a
diferentes situações, a contribuição do antropólogo Malinovski ao
afirmar que a lingüística deveria se ocupar da fala viva num contexto
de situação levam lingüistas a considerarem não apenas o sistema da
língua mas todo um contexto onde ela acontece, caracterizando-se a
linguagem como social por excelência. Sapir e Whorf acentuaram a
importância do cultural - língua vista como parte da cultura e da
sociedade: a hipótese da relatividade lingüística, isto é, a hipótese de
que o pensamento dos falantes de uma determinada língua é afetado
pela estrutura dessa língua.
      O lingüista e antropólogo Del Hymes chamou a atenção para a
necessidade de novas teorias para analisar as línguas onde fossem
incluídas as funções sociais e comunicativas. Fishman afirmava que
todo comportamento lingüístico é social, e Bernstein estabelecia a
relação entre linguagem e estrutura social. O papel da filosofia da
linguagem se faz sentir nas primeiras décadas do século e influencia os
ramos da lingüística do fim do século. Nomes como Bakhtin, Searle,
Austin, e Habermas são determinantes para se pensar a linguagem
como ação. Ela se redime da neutralidade de um sistema lingüístico
abstrato e parte para ser vista como ação no mundo: "a forma e o

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conteúdo constituem um todo no discurso compreendido como
fenômeno social em todas as esferas de sua existência e em todos os
seus elementos, desde a imagem auditiva até às estratificações
semânticas mais abstratas". (Bakhtin, 1992)
            Gostaria de salientar neste contexto a posição do
interacionismo social (cf. Bronckart, 1996) ao questionar a
interpretação das condutas humanas em suas especificidades,
relacionando-as diretamente às propriedades do substrato
neurobiológico humano (cognitivismo e neuro-ciências) ou como
resultado da acumulação de aprendizagens condicionadas pelas
restrições de um meio preexistente (behaviorismo). Coloca-se a
historicidade do humano como ponto central para o desenvolvimento
da espécie. O agir comunicativo de Habermas, as interações verbais
são constitutivas do psiquismo humano como também do social. O
homem transforma o meio nesses mundos representados que se
constituem específicos de suas atividades. É preciso salientar que o
conhecimento humano teria sua origem na atividade coletiva, sendo
um construto social(cf. Bronckart).
      Neste contexto de análise faz-se necessário citar a obra
Pensamento e Linguagem de Vigotsky. Ele afirma que uma palavra
vazia de pensamento é uma coisa morta, por outro lado um
pensamento despido de palavras é uma sombra. Vigotsky chama a
atenção para a importância de se compreender a inter-relação entre o
pensamento e a palavra, processo vivo e dinâmico. O discurso dá
forma à consciência, cada palavra não remete a um único objeto, na
verdade cada palavra é uma generalização e sendo assim já é um
pensamento. Os significado das palavras são construídos, eles não são
independentes do pensamento, eles pertencem ao campo mental e
sócio-cultural. É interessante citar Vigotsky quando se considera a
relação entre intelecto e afeto "a sua separação como objeto de estudo
é uma importante debilidade da psicologia tradicional, pois faz com
que o processo de pensamento surja como uma corrente autônoma de
'pensamentos que pensam por si próprios', dissociada da plenitude da
vida, das necessidades e interesses das inclinações e dos impulsos
pessoais de quem pensa". Seus conceitos de discurso interior (o qual
flutua entre a palavra e o pensamento) e discurso externo (pensamento
em palavras - sua materialização) são interessantes para melhor se
compreender estes processos mentais. O pensamento tem a sua própria
estrutura, passa pelos significados e depois pelas palavras, sendo a
motivação fundamental: "para compreendermos o discurso de outrem
não basta compreender as suas palavras - temos que compreender o

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seu pensamento. Mas também isto não basta - temos que conhecer
também as suas motivações." (Vigotsky, 1979).
       Estas concepções acima vão além das teorias mentalistas e
abstratas do gerativismo e estruturalismo, incluindo o social como
fator essencial da consciência humana. Como o texto trata da relação
entre linguagem e pensamento, considerei fundamental discutir a
linguagem não só como fruto do psiquismo mas também como fruto do
social.




                BIBLIOGRAFIA

                                110
FD4 (2000) ARTIGOS




AUSTIN, J. L. Quando dizer é fazer - palavras e ação. Porto Alegre,
Artes Médicas, 1990.
BACH, E. "A lingüística estrutural e a filosofia da ciência" in: Novas
perspectivas     lingüísticas. Petrópolis, Vozes, 1970.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. Hucitec, São Paulo,
1992.
BRONCKART, J. P. Activités langagières, textes et discours.
Paris/Neuchâtel, Delachaux & Niestlé, 1996.
CAROLL, J. "Linguagem e psicologia" in: Aspectos da lingüística
moderna. Cultrix,      São Paulo, 1972.
CHOMSKY, N. "A linguagem e a mente" in: Novas Perspectivas
lingüísticas.    Petrópolis, Vozes, 1970.
________ Aspects of the theory of syntax. Cambridge, Mass: Mitpress,
1965.
CRISTAL D. A lingüística. Don Quixote, Lisboa, 1991.
DANIELS, H. Vigotsky em foco. Papirus, Campinas, 1993.
FREITAS, M. T. Vygotsky e Bakhtin. Ática, São Paulo, 1994.
LYONS, J. Linguagem e lingüística. Editora Guanabara, Rio de
Janeiro, 1987.
MARCONDES, D. Filosofia, linguagem e comunicação. São Paulo,
Cortez, 1992.
________ Iniciação à história da filosofia. Zahar Rio de Janeiro, 1995.
NEF, F. A linguagem. Rio de Janeiro, Zahar, 1995.
ROBBINS, R. H. Pequena história da lingüística. Ao Livro Técnico,
Rio de Janeiro, 1979.
ROULET, E. Teorias lingüísticas, gramática e ensino de línguas. São
Paulo, Pioneira, 1978.
SAPIR, E. A linguagem. Livraria Acadêmica, Rio de Janeiro, 1971.
VIGOTSKY, L. Pensamento e linguagem. Edições Antídoto, Lisboa,
1979.




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A relação entre linguagem e pensamento na teoria lingüística

  • 1. FD4 (2000) ARTIGOS A LINGÜÍSTICA E A RELAÇÃO ENTRE LINGUAGEM E PENSAMENTO KATHARINE DUNHAM MACIEL (UFRJ) Este trabalho tem como objetivo apresentar posições da Teoria Lingüistica sobre a relação entre linguagem e pensamento. Partindo do pressuposto de que teoria Lingüistica é a Teoria da Ciência Lingüística, tomamos como primeira necessidade a definição de Lingüística. A Lingüística é muitas vezes apresentada como o estudo científico da linguagem. Há necessidade de se definir melhor linguagem, como também o que se pretende dizer com "estudo científico da linguagem". Linguagem vista como propriedade natural do ser humano, que se comunica com outros homens através de código oral ou escrito, linguagem que apresenta propriedades peculiares ao ser humano(dualidade de estrutura, produtividade) e que difere das outras linguagens - códigos de comunicação - tais como a linguagem gestual, a linguagem de sinais entre outras. Não podemos deixar de notar também a linguagem como componente da cultura de um determinado grupo social. Para o lingüista americano Noam Chomsky a linguagem era considerada como um conjunto de sentenças, cada uma finita em comprimento e construída a partir de um conjunto finito de elementos (Syntatic Structures, 1957). Chomsky enfatiza as propriedades estruturais da linguagem que podem ser estudadas numa perspectiva matemática.(Lyons, 1987) Continuando na nossa linha de raciocínio, o que se pretende dizer com o estudo científico da linguagem? A questão fundamental passa pela necessidade da Lingüística, enquanto pertencente às Ciências Humanas, em alcançar o status científico das Ciências Exatas. As Ciências Humanas e Sociais visavam ganhar reconhecimento adequando-se aos modelos das Ciências Exatas. Citando Freitas(1994): "A partir do século XIX, o homem ingressou na era da representação. Tornou-se necessário naturalizar os fenômenos humanos e sociais para explicá-los, uma vez que as Ciências da Natureza passaram a ser a base sólida e insuspeita de conhecimentos objetivos. Tudo passou a ser explicado pelo modelo de inteligibilidade das Ciências Naturais. As Ciências Humanas, ao se pretenderem científicas, tomaram das Ciências Naturais os seus métodos. Passaram a almejar objetividade e neutralidade em direção a um conhecimento positivo da realidade humana." Somente através do discurso "científico" a Lingüística 104
  • 2. FD4 (2000) ARTIGOS poderia se alçar a produzir conhecimento reconhecido e respeitado no mundo científico. Não só os modelos, como o próprio discurso da Lingüística tenta muitas vezes se aproximar do discurso da Física, da Química, da Biologia. Esta questão epistemológica é central nos movimentos lingüísticos do século XX, caracterizando-se as teorias lingüísticas por esta preocupação com a cientificidade de suas propostas e conceitos. Uma gramática no sentido de Chomsky seria estruturalmente semelhante a uma teoria matemática formalizada (cf. Bach) As mais marcantes teorias lingüísticas deste século são o estruturalismo e o gerativismo, com os quais nos ocuparemos posteriormente. A questão da linguagem é fundamental para o ser humano; desde tempos antigos o homem tem se preocupado com a origem e natureza da linguagem. Em várias épocas filósofos e cientistas se ocuparam e abordaram a linguagem de inúmeras maneiras formulando perguntas tais como: a linguagem é anterior ao pensamento, existe pensamento sem linguagem, como o homem conhece o mundo, qual o papel da experiência? Todas estas questões são polêmicas e se aguçam a partir da tentativa de se estabelecer uma base científica para explicar as Ciências Humanas. Em seus primórdios, o interesse pela linguagem está ligado aos estudos filosóficos. Platão coloca a questão da existência de ligação entre as palavras que usamos e as coisas que elas designam. Para Aristóteles, tratar-se-ia apenas de convenção a ligação entre forma e significado. O Renascimento e o Iluminismo, o despertar para as Ciências Exatas (ligadas a mudanças político-sociais), fazem surgir o debate entre empiristas e racionalistas. Os séculos XVII e XVIII foram influenciados por discussões relacionadas à filosofia. Para os empiristas, todo o conhecimento provém da experiência, diferentemente dos racionalistas, para os quais todo o conhecimento provém da razão - através da razão o homem procuraria conhecer o mundo que o cerca. A questão da linguagem e do pensamento, de acordo com o que foi exposto, ocupa a discussão filosófica há vários séculos. A filosofia da Linguagem tem contribuído significativamente para os estudos sobre a natureza da linguagem e os processos cognitivos do homem. As Ciências Humanas e Sociais estão envolvidas naturalmente com estas questões, uma vez que a linguagem e o pensamento são fundamentais para a análise da ação do homem no mundo. As principais teorias lingüísticas do século XX estão ligadas, de certa forma, a questões básicas de filosofias dos séculos anteriores. O 105
  • 3. FD4 (2000) ARTIGOS debate empirismo-racionalismo, a questão do conhecimento humano emergem nos movimentos estruturalistas e gerativistas nas Ciências Lingüísticas. Segundo Bach (1970) a visão clássica dos empiristas é a de que as imagens sensoriais seriam transmitidas ao cérebro como impressões e subsistiriam como idéias que seriam associadas de inúmeras maneiras dependendo do caráter fortuito da experiência. Uma língua não passaria de uma coleção de palavras, locuções e sentenças, um sistema de hábitos que havia sido adquirido acidental e extrinsecamente. Para o lingüista Chomsky, as teorias racionalistas se caracterizariam pela importância que atribuem a estruturas intrínsecas nas operações mentais, a processos e princípios de organização na percepção e princípios inatos na aprendizagem. Critica a atitude empirista que acentuava o papel da experiência e do controle por fatores ambientais. A abordagem empírica do estruturalismo nega os universais lingüísticos, nos remetendo à polêmica entre racionalistas e empiristas do século XVII e XVIII. Segundo Robins (1979): "os racionalistas buscaram a certeza do conhecimento não nas impressões do sentido, mas nas verdades irrefutáveis da razão humana". Os cartesianos defendiam a existência das idéias inatas na mente humana, ao contrário dos empiristas que negam pensamento anterior à experiência. Saussure desponta no início do século com a sua abordagem sincrônica do estudo da linguagem, com a sua noção de sistema, como um dos grandes nomes da lingüística contemporânea. Saussure estabelece a distinção entre langue (sistema de signos, fenômeno coletivo e social) e parole que é a realização individual desta langue. Da mesma forma que Chomsky se interessou pela competência do falante, Saussure toma a langue como base de sua teoria lingüística. Ele admite que o signo tem duas faces (significante e significado) e é caracterizado por sua arbitrariedade. A língua tem uma forma, pode ser descrita independentemente da substância em que se realiza e ser considerada como uma totalidade viva mas estática. Os estruturalistas tinham como preocupação a descrição minuciosa das formas físicas das estruturas de uma língua. A gramática não seria, como a gerativa transformacional, um conjunto de regras, mas uma relação de estruturas. A aquisição da linguagem era vista como algo mecânico, condicionado de acordo com a psicologia behaviorista: "assim se impôs uma nova corrente psicológica, o behaviorismo que, excluindo a consciência, substituiu-a por um novo objeto - o comportamento. O psíquico foi reduzido ao físico 106
  • 4. FD4 (2000) ARTIGOS (observação, quantificação como garantia de objetividade) e o social ao biológico (adaptação, organismo, estímulo, meio)" (Freitas, 1994). Há uma influência das teorias comportamentalistas sobre lingüistas estruturalistas, tais como Bloomfield, com sua teoria mecanicista que abstrai a hipótese da mente nas suas descrições lingüísticas. Bloomfield sofreu influência dos neo-gramáticos do século XIX, que tentaram fazer da lingüística histórica uma ciência exata, adotando os métodos das ciências naturais. A questão da influência do positivismo nas ciências humanas se faz sentir fortemente através do trabalho de Bloomfield. Para ele não era pertinente à lingüística o estudo do significado, tese que defende em seu livro Language (1933), importante era a descrição das formas lingüísticas. Vale ressaltar, no contexto do estruturalismo americano, Sapir, que sofreu influências de Franz Boas (concepção antropológica da lingüística). Para Sapir, "a essência da linguagem está em atribuir sons convencionais, voluntariamente articulados ou um equivalente desses sons aos diversos elementos de nossa experiência" (Sapir, 1971). As teorias gerativas-transformacionalistas apresentam como seu principal teórico Noam Chomsky. Sua obra surge como reação às tendências empiristas da lingüistica americana das primeiras décadas do século XX. Chomsky foi influenciado pelo pensamento dos racionalistas do Iluminismo como também pelas idéias acerca da linguagem do alemão Humboldt. A questão da linguagem e do pensamento, como já foi dito, ocupa o centro de interesse de pensadores do Iluminismo, como Descartes. O pensamento cartesiano, a lógica formal influenciam inúmeros lingüistas de nosso século. Em 1966, na Lingüística Cartesiana Chomsky ressalta que a gramática gerativa-transformacional "é essencialmente uma versão moderna e mais explícita da gramática de Port Royal" (Roulet) Chomsky expôs o seguinte sobre sua noção de competência lingüística: "a teoria lingüística ocupa-se de um falante ouvinte ideal numa comunidade de fala completamente homogênea, que conhece sua língua com perfeição e não é afetado por condições gramaticalmente descabidas, tais como limitações e memória, distrações, mudanças de atenção ou interesse e erros (casuais ou característicos) na aplicação de seu conhecimento de língua ao desempenho real" (Chomsky, 1965) Chomsky critica o estruturalismo na medida em que a gramática estrutural segmenta os enunciados, ficando limitado à estrutura superficial, a um corpus e não dando conta da intuição do falante que consegue produzir um número infinitos de sentenças nunca produzidas ou ouvidas antes. A gramática transformacional surge como reação ao 107
  • 5. FD4 (2000) ARTIGOS empirismo, que domina as teorias lingüisticas no início do século. Chomsky está interessado nos processos mentais dos falantes, nas estruturas profundas que seriam aquelas do pensamento. Lança mão de uma metalinguagem rigorosa como os sistemas formais da matemática e da lógica para formular regras precisas. Ao lingüista cabe, com base nos sistemas formais, dar conta do sistema abstrato que todo falante possui de sua língua, reconstruir o sistema de regras que permite a uma falante produzir um número infinito de orações gramaticais. Chomsky separa em sua teoria a competência do desempenho. Está preocupado, como foi exposto, com o sistema abstrato de regras que estão na mente dos falantes, de caráter universal e especificamente humanas. Somente através da introspecção teremos acesso a esses processos cognitivos. Chomsky afirmava que linguagem e pensamento estão estritamente relacionados e que o estudo da linguagem contribui significativamente para a compreensão do raciocínio humano. Ele foi também influenciado por Humboldt, para quem a língua espelha o pensamento. Segundo Humboldt: "a atividade da linguagem é uma mediação entre o espírito e a realidade. O homem vive no mundo que está em torno dele exatamente como a linguagem o apresenta a ele" (Nef, 1995). As teorias mais recentes, influenciadas em parte pelos trabalhos do lingüista inglês Firth, que considerava os papéis sociais ligados a diferentes situações, a contribuição do antropólogo Malinovski ao afirmar que a lingüística deveria se ocupar da fala viva num contexto de situação levam lingüistas a considerarem não apenas o sistema da língua mas todo um contexto onde ela acontece, caracterizando-se a linguagem como social por excelência. Sapir e Whorf acentuaram a importância do cultural - língua vista como parte da cultura e da sociedade: a hipótese da relatividade lingüística, isto é, a hipótese de que o pensamento dos falantes de uma determinada língua é afetado pela estrutura dessa língua. O lingüista e antropólogo Del Hymes chamou a atenção para a necessidade de novas teorias para analisar as línguas onde fossem incluídas as funções sociais e comunicativas. Fishman afirmava que todo comportamento lingüístico é social, e Bernstein estabelecia a relação entre linguagem e estrutura social. O papel da filosofia da linguagem se faz sentir nas primeiras décadas do século e influencia os ramos da lingüística do fim do século. Nomes como Bakhtin, Searle, Austin, e Habermas são determinantes para se pensar a linguagem como ação. Ela se redime da neutralidade de um sistema lingüístico abstrato e parte para ser vista como ação no mundo: "a forma e o 108
  • 6. FD4 (2000) ARTIGOS conteúdo constituem um todo no discurso compreendido como fenômeno social em todas as esferas de sua existência e em todos os seus elementos, desde a imagem auditiva até às estratificações semânticas mais abstratas". (Bakhtin, 1992) Gostaria de salientar neste contexto a posição do interacionismo social (cf. Bronckart, 1996) ao questionar a interpretação das condutas humanas em suas especificidades, relacionando-as diretamente às propriedades do substrato neurobiológico humano (cognitivismo e neuro-ciências) ou como resultado da acumulação de aprendizagens condicionadas pelas restrições de um meio preexistente (behaviorismo). Coloca-se a historicidade do humano como ponto central para o desenvolvimento da espécie. O agir comunicativo de Habermas, as interações verbais são constitutivas do psiquismo humano como também do social. O homem transforma o meio nesses mundos representados que se constituem específicos de suas atividades. É preciso salientar que o conhecimento humano teria sua origem na atividade coletiva, sendo um construto social(cf. Bronckart). Neste contexto de análise faz-se necessário citar a obra Pensamento e Linguagem de Vigotsky. Ele afirma que uma palavra vazia de pensamento é uma coisa morta, por outro lado um pensamento despido de palavras é uma sombra. Vigotsky chama a atenção para a importância de se compreender a inter-relação entre o pensamento e a palavra, processo vivo e dinâmico. O discurso dá forma à consciência, cada palavra não remete a um único objeto, na verdade cada palavra é uma generalização e sendo assim já é um pensamento. Os significado das palavras são construídos, eles não são independentes do pensamento, eles pertencem ao campo mental e sócio-cultural. É interessante citar Vigotsky quando se considera a relação entre intelecto e afeto "a sua separação como objeto de estudo é uma importante debilidade da psicologia tradicional, pois faz com que o processo de pensamento surja como uma corrente autônoma de 'pensamentos que pensam por si próprios', dissociada da plenitude da vida, das necessidades e interesses das inclinações e dos impulsos pessoais de quem pensa". Seus conceitos de discurso interior (o qual flutua entre a palavra e o pensamento) e discurso externo (pensamento em palavras - sua materialização) são interessantes para melhor se compreender estes processos mentais. O pensamento tem a sua própria estrutura, passa pelos significados e depois pelas palavras, sendo a motivação fundamental: "para compreendermos o discurso de outrem não basta compreender as suas palavras - temos que compreender o 109
  • 7. FD4 (2000) ARTIGOS seu pensamento. Mas também isto não basta - temos que conhecer também as suas motivações." (Vigotsky, 1979). Estas concepções acima vão além das teorias mentalistas e abstratas do gerativismo e estruturalismo, incluindo o social como fator essencial da consciência humana. Como o texto trata da relação entre linguagem e pensamento, considerei fundamental discutir a linguagem não só como fruto do psiquismo mas também como fruto do social. BIBLIOGRAFIA 110
  • 8. FD4 (2000) ARTIGOS AUSTIN, J. L. Quando dizer é fazer - palavras e ação. Porto Alegre, Artes Médicas, 1990. BACH, E. "A lingüística estrutural e a filosofia da ciência" in: Novas perspectivas lingüísticas. Petrópolis, Vozes, 1970. BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. Hucitec, São Paulo, 1992. BRONCKART, J. P. Activités langagières, textes et discours. Paris/Neuchâtel, Delachaux & Niestlé, 1996. CAROLL, J. "Linguagem e psicologia" in: Aspectos da lingüística moderna. Cultrix, São Paulo, 1972. CHOMSKY, N. "A linguagem e a mente" in: Novas Perspectivas lingüísticas. Petrópolis, Vozes, 1970. ________ Aspects of the theory of syntax. Cambridge, Mass: Mitpress, 1965. CRISTAL D. A lingüística. Don Quixote, Lisboa, 1991. DANIELS, H. Vigotsky em foco. Papirus, Campinas, 1993. FREITAS, M. T. Vygotsky e Bakhtin. Ática, São Paulo, 1994. LYONS, J. Linguagem e lingüística. Editora Guanabara, Rio de Janeiro, 1987. MARCONDES, D. Filosofia, linguagem e comunicação. São Paulo, Cortez, 1992. ________ Iniciação à história da filosofia. Zahar Rio de Janeiro, 1995. NEF, F. A linguagem. Rio de Janeiro, Zahar, 1995. ROBBINS, R. H. Pequena história da lingüística. Ao Livro Técnico, Rio de Janeiro, 1979. ROULET, E. Teorias lingüísticas, gramática e ensino de línguas. São Paulo, Pioneira, 1978. SAPIR, E. A linguagem. Livraria Acadêmica, Rio de Janeiro, 1971. VIGOTSKY, L. Pensamento e linguagem. Edições Antídoto, Lisboa, 1979. 111