2. Etimologicamente, a palavra cnidário vem do grego (knidos,
"urticante"). O mesmo ocorre com o vocábulo celenterado (do
grego koilos, "oco", e enteron, "intestino") . São Eumetazoários
(com tecidos), diploblásticos, com simetria radial
3. Neste filo se enquadram os animais mais inferiores dentre os que
já possuem tecidos bem definidos com alguma organização de
sistemas. Eles possuem um esboço de sistema nervoso difuso
(uma rede de células nervosas pelo corpo) e gônadas, isto é,
órgãos produtores de gametas
4. A estrutura do corpo de um celenterado é formada por duas
camadas de células: a epiderme (camada de revestimento
externo) e a gastroderme (camada de revestimento interno).
Entre as duas, situa-se a mesogléia, uma fina lâmina acelular,
gelatinosa, constituída de substâncias segregadas pelas células
das duas camadas citadas
7. Estes últimos são células especializadas para a defesa, contendo
uma pequena cápsula — o nematocisto — capaz de projetar um
estilete canaliculado (acúleo) e injetar uma substância paralisante
ou irritante (actinotoxina) na pele do animal que lhe toque na
superfície.
9. Na mesogléia,
logo abaixo da
epiderme,
localizam-se
ramificações das
células nervosas,
que não se
assemelham
funcionalmente
aos dendritos e
axônios dos
neurônios ou
células nervosas
desenvolvidas dos
animais mais
evoluídos
10. Essas células nervosas
fazem contato direto
com os prolongamentos
das células sensitivas e
com as fibras contráteis
das células epitélio-
musculares. Dessa
forma, surge um
mecanismo sensitivo-
neuromotor: as células
sensitivas recebem
estímulos, as células
nervosas conduzem os
impulsos e as fibras
contráteis reagem com a
contração e os
movimentos do corpo.
11. A gastroderme também possui diversos tipos de célula: células
sensitivas, células flageladas, células intersticiais, células
glandulares e células epitélio-digestivas. As células glandulares
produzem enzimas digestivas que são lançadas na cavidade
central ou cavidade gastrovascular, contribuindo para a digestão
extracelular.
12. Lembre-se de que os
poríferos fazem
somente digestão
intracelular. Já os
celenterados
realizam digestão
intracelular e
extracelular. Os
animais mais
evoluídos fazem
habitualmente só a
digestão extracelular.
13. Os
celenterados ou
cnidários podem ser
vistos como pólipos
ou como medusas.
Estas últimas têm
aspecto de cúpula
transparente, são
flutuantes e se
deslocam mais
facilmente. Os
pólipos vivem
preferentemente
fixos às rochas e,
salvo raras
exceções, têm
deslocamentos
lentos.
16. Varias espécies cnidários reproduzem-se por metagênese ou
alternância de gerações, passando por uma fase sexuada de
medusa e por uma fase assexuada de pólipo.
Assim se reproduz a Aurelia aurita
17. . Outros
celenterados só se
reproduzem
sexuadamente. E
outros, ainda, nunca
passam pela fase de
medusa, só
existindo na forma
de pólipos. Os
corais e a anêmona-
do-mar estão neste
caso.
19. Classe Hydrozoa:
a forma
predominante é a
de pólipos, ainda
que em muitas
espécies ocorra
também a forma de
medusas. As
medusas são
pequenas e
dotadas de véu.
Exemplo: Hydra
sp., Chlorohydra
sp., Bougainvillia
sp., Obelia sp.,
Physalia sp.
20. Classe Scyphozoa:
predominam as
medusas. Medusas sem
véu. As dimensões variam
de poucos centímetros a
vários metros. A fase
pólipo é passageira.
Exemplos:
Tamoya sp.
Aurelia sp. (água-viva).
22. Em alguns casos,
entretanto, pode-
se observar a
divisão
assexuada, por
brotamento, no
pólipo. Exemplos:
Coralllium rubrum
(coral vermelho),
Pennatula sp.
(coral branco),
Actinia sp.
(anêmona-do-
mar).
24. Nesse caso, a
forma pólipo
cresce,
fragmenta-se
transversalment
e (cifístoma) e
produz
assexuadament
e, por
estrobilização,
pequenas
medusas
(éfiras) que,
26. A
fecundação é
externa na maioria
dos celenterados,
havendo espécies
em que o encontro
dos gametas ocorre
dentro da cavidade
gástrica. Nos casos
em que o
desenvolvimento é
indireto (todas as
espécies marinhas) o
zigoto formado dá
origem a uma larva
ciliada (plânula).
27. Após algum tempo
a larva se fixa ao
substrato dando
origem a um novo
organismo (pólipo).
Nas
espécies que
apresentam
apenas forma de
pólipo, esse se
reproduz
sexuadamente
originando novos
pólipos
28. Os espermatozóides
são liberados na água,
nadando ao encontro
do óvulo. A
fecundação e as
primeiras divisões
ocorrem com o zigoto
ainda preso ao
organismo materno.
Como seqüência do
processo, o embrião
se destaca e
transforma-se em um
pólipo jovem que na
maturidade repete o
ciclo.